Davi passou os próximos dias atuando como um verdadeiro espião de janelas. Ele sabia que toda a aleivosia do vizinho poderia ser perigosa, mas ele não estava disposto a aceitar aquela situação. Estava no tédio, seus jogos acabaram e os desenhos “eram de neném”, completamente ao contrário dele que se autoproclamava um adulto com impressionantes onze anos. Precisava ter algo pra fazer.

Numa noite de investigação, ele abriu a janela e, para sua surpresa, deparou-se com o meliante. Ambos se encararam por alguns segundos, como se seus olhares estivessem travando uma batalha de sentimentos.

Humpf, bufou Davi, fechando a janela.