Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 59
A dança macabra




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Dias depois, algumas coisas se passavam no Mundo Subterrâneo.  Zeba, o crudelíssimo imperador, estava a tramar mais um plano de ataque contra a superfície.  Qual será seu próximo trunfo? 

 

ZEBA:  Finalmente chegou a hora de executar o ritual da dança do nosso Império Subterrâneo Tube! – diz. 

 

Ritual da dança?  E que ritual será esse?  E que dança? 

 

BARRABÁS:  Dança subterrânea? – indaga, surpreso. 

ANAGUMAS:  É a dança que é dedicada ao deus da guerra.  Fazendo isso, ele manifestar-se-á neste mundo, e provocará uma calamidade fenomenal na Terra! 

IGAN:  E aproveitando a desordem, o Grande Senhor Zeba vai ao ataque – diz. 

ZEBA:  Justamente! – responde – Dancem!  Dancem em homenagem ao início da batalha.  Aquele que conseguir manifestar o deus da guerra será o comandante do grande ataque! 

 

Parece que Zeba não está mesmo poupando esforços em atacar a superfície.  Cada vez mais, sua sede de poder cresce. 

 

BARRABÁS:  Senhor Zeba, não se preocupe.  Quanto à dança, pode deixar comigo. 

 

Que será que Barrabás tem em mente?  Será que ele entende algo de dança?  Impossível, já que ele é apenas um guerreiro espadachim sedento de poder e desejoso pela guerra, além de não ser lá muito inteligente para lutar, embora seja um inimigo muito forte. 

 

Minutos depois, eis que Barrabás estava acompanhado de alguns Soldados Angla, numa câmara, onde havia um mini altar, com um fogo aceso, dedicado ao deus da guerra.  Que deus da guerra será esse?  ARES?? 

 

BARRABÁS:  Dancem!  HAHAHAHAHAHAHA  Dancem, dancem...   

 

Ao fundo, Oyubu não estava a gostar nada do que vê.  Todos dançando de forma desengonçada e ridícula. 

 

OYUBU:  Tudo desordenado... – diz, fechando os olhos, e cabisbaixo. 

 

Enquanto isso, algumas coisas aconteciam numa academia de dança.  Uma professora e seus alunos seguiam no ritmo. 

 

PROFESSORA:  Um, dois, três...  coloquem força nisso...  isso... 

 

Tudo corria bem, exceto por um detalhe; a mão de alguém aparece na janela, e dispara um raio dourado, que faz todo mundo cair inconsciente.  Oh, não!  Era o terrível bandoleiro assassino Kiroz.  O que quererá ele, afinal de contas, com aquelas pobres pessoas?  

 

Enquanto isso, no Mundo Subterrâneo, Barrabás continuava com sua coreografia ridícula e desajeitada, já que não entende patavinas de dançar.  Nisso, eis que os dançarinos raptados por Kiroz são ali jogados, para surpresa de Barrabás e Oyubu.   

 

BARRABÁS:  Kiroz...  o que você faz aqui?  Sabe que não é bem-vindo – diz. 

KIROZ:  Desse jeito você jamais conseguirá manifestar o deus da guerra – responde, de forma sarcástica. 

BARRABÁS:  O quê?? 
       KIROZ:  Você deve oferecer a dança dos seres humanos para o deus da guerra – aponta para seus reféns – dancem...  DANCEM!!!

 

Não tendo outra opção, os dançarinos se veem obrigados a fazer o que ordena Kiroz.  Todos ali se surpreendem com a agilidade dos dançarinos, que, praticamente, desbancam os inúteis e desajeitados Soldados Angla. 

 

KIROZ:  HAHAHAHAHAHA  Bem-vinda dança...  o deus da guerra ficará muito satisfeito com isso, se houver dedicação total... 

 

Ao fundo, vários trovões ecoavam, onde estava a tocha acesa em honra ao deus da guerra.  Um lampejo se manifesta, lançando Barrabás para trás, como forma de puni-lo por ter falhado. 

 

BARRABÁS:  Maldito...  não posso permitir que você comande o grande ataque...  atrás de dançarinos! – e sai, junto com Oyubu.

 

Será que eles vão raptar mais dançarinos para seu plano macabro de dedicar a dança ao deus da guerra, e assim, facilitar para Zeba atacar a superfície com tudo? 

 

Nesse momento, outras coisas se passavam numa outra academia de dança.  Lá estava Setsuna Meioh, a Sailor Plutão.  E estava como...  professora de dança?  Que a gente saiba, ela é professora de física na Universidade de Tóquio.  Mas professora de dança...?  Batia no quadril com um pandeiro o tempo todo, treinando uma aprendiz de dançarina, mas a jovem parecia estar fazendo corpo mole. 

 

SETSUNA:  Vamos...  força...  isso...  mais rápido...   

 

No entanto, a jovem aluna parecia estar muito exausta. 

 

SETSUNA:  Isso...  muito bem... – ambas abrem os braços. 

 

No entanto, não sabia a heroína que Barrabás e Oyubu, escondidos do lado de fora, observavam tudo.  Eis que a jovem dançarina, demonstrando todo seu cansaço, acaba por cair. 

 

SETSUNA:  Vamos, de pé, rápido! – ordena. 

 

Mas a jovem estava totalmente esgotada, além de suada, e os pés doloridos.   

 

SETSUNA:  Esforce-se!  O dia do concurso está chegando...  você precisa se preparar. 

MENINA:  Professora...  eu não consigo...  continuar... – balbucia. 

SETSUNA:  Não diga bobagem!  Não é só você quem vai participar.  Não faça corpo mole, levanta!  Essa é uma prova que qualquer pessoa ganha em seu lugar.  Só quando você se superar é que vai ser uma grande dançarina. 

MENINA:  Eu não consigo...  não tenho mais...  confiança em mim... 

 

Sentindo-se inútil, a jovem dançarina que era treinada por Setsuna se põe a correr.  Setsuna vai atrás dela. 

 

SETSUNA:  Hitomi!!  Cadê você? – chamava. 

 

Hitomi, no entanto, se esconde atrás de uma árvore, para não ser achada.  No entanto, quando vira para o outro lado, continuar sua fuga, é agarrada por Oyubu, que a observara de longe, na academia. 

 

HITOMI:  AAAAAAAAAA  SOCORRO!!!! 

 

Ouvindo o grito de sua aluna, Setsuna corre em sua direção. 

 

SETSUNA:  Oh, não, Hitomi...  Oyubu a pegou, preciso salva-la... 

 

Mas antes que a alcance, é atacada por Barrabás, que a derruba com um empurrão. 

 

SETSUNA:  Barrabás...  por que está fazendo essa covardia? – indaga, furiosa. 

BARRABÁS:  Ela vai oferecer a dança ao deus da guerra... – diz. 

SETSUNA:  Quê...  a dança da oferenda? – se espanta. 

 

Num salto, outro monstro subterrâneo aparece para lutar.   

 

SETSUNA:  Muito bem...  PELO PODER DE PLUTÃO!!! 

 

Se transforma para lutar.  Num salto, acerta um chute no ombro do monstro, mas o mesmo era resistente, e nisso, faz surgir uma agulha no pé, que a fere no ombro.   

 

SETSUNA:  AAAAAAAAAA  que monstro terrível esse... 

 

Mas antes que ele ataque novamente, leva um golpe que o joga pra trás.  Era Dohko de Libra, que viera em socorro de sua amada. 

 

DOHKO:  Não fará nada com ela, seu covarde! – ameaça. 

SETSUNA:  Meu amor...  que bom que veio! 

 

Shiryu, acompanhado de Serena, Seiya, Rini, Koga, Mina, Shun, Hyoga e Ami, também ali estavam. 

 

HYOGA:  Experimente isso...  PÓ DE DIAMANTE!!! 

AMI:  PINGOS DE CHUVA DE MERCÚRIO!!! 

 

Mas o monstro recebe o ataque, sem piscar, e continua intacto, sem ser congelado. 

 

HYOGA:  Nosso poder congelante não funcionou...  não é um monstro qualquer! 

BARRABÁS:  Spindogla...  faça aquela dança! 

 

O monstro Spindogla executa um giro, no qual seu corpo se energiza, e dispara bolas a laser por todos os lados, atingindo os heróis, e fazendo-os cair para trás.  Barrabás aproveita para fugir, pois já tinha conseguido mais uma prisioneira para oferecer a dança ao deus da guerra.  Nesse momento, no Mundo Subterrâneo, os dançarinos raptados por Kiroz caem, totalmente esgotados, deram tudo de si.  Aquilo deixa o bandoleiro subterrâneo possesso. 

 

KIROZ:  Dancem, vamos! – ordenava. 

RAPAZ:  Não consigo...  não aguento mais... – demonstrando cansaço. 

 

Barrabás e Oyubu chegam, trazendo a aluna de Setsuna em seu poder. 

 

OYUBU:  Saia Kiroz! – ordena – a dança da oferenda será dedicada por Barrabás.   

KIROZ:  O quê? – indaga, revoltado. 

BARRABÁS:  Dance!!! – ameaça a jovem, botando o fio de sua espada na garganta. 

 

Que homem cruel e desprezível ele é! 

 

Mais tarde, na base debaixo do fliperama, os heróis lá estavam.  Setsuna estava nervosa, querendo notícias de sua aluna. 

 

SETSUNA:  Alguma notícia de Hitomi? – indaga. 

ARTEMIS:  Nada ainda...  não estou gostando disso. 

SHIRYU:  Muitas pessoas foram raptadas de repente, Mestra Setsuna, e não sabemos seu paradeiro.   

RYUHO:  Mas que bando de insensíveis! – brada, indignado. 

SETSUNA:  Se eu não a tivesse ensinado a dançar...  nada disso estaria acontecendo. 

DOHKO:  Meu bem...  não quer nos explicar isso, com detalhes? – indaga. 

 

Setsuna, como confia em seu amado Dohko, em seu pupilo Shiryu, e nos demais, resolve se abrir. 

 

SETSUNA:  Conheci Hitomi há mais de um ano atrás.  Como ela era de uma família pobre, quase sem posses, não podia estudar dança.  Foi então que me ofereci para ensina-la. 

 

Nisso, lembranças de um dia em que Hitomi observava, pela janela de uma academia de dança, os dançarinos a praticar, e procurava seguir os mesmos passos que eles.  Eis que Setsuna, que já era professora universitária, vinha passando, e ao ver a jovem ensaiar dança, sorriu, e viu nela uma promissora dançarina.   

 

SETSUNA:  Seu talento me conquistou de imediato.  Quando eu era pequena, adorava dançar, mas, infelizmente, devido à minha missão de vigiar a porta do tempo, não pude realizar tal sonho.  Desde que encontrei Hitomi, passei a treina-la na arte da dança.   

 

E vinham outras lembranças de Setsuna ensinando Hitomi a dançar, bem como de ambas juntas a lanchar num quiosque.  Quando estavam indo embora, veem um anúncio de um concurso de dança. 

 

SETSUNA:  Hitomi, veja...  concurso júnior – ambas sorriem – a partir daí, decidimos que ela ia participar daquele concurso.   

 

E mais e mais treinos se sucederam, até aquele momento. 

 

SETSUNA:  Queria que ela ganhasse o concurso...  mas acho que ultrapassei os limites, e só fiz isso porque eu...  não consegui realizar meu sonho – diz, com voz triste – e no fim, só a fiz sofrer... 

CAMUS:  Não, Setsuna!  Você fez o certo.  Se o treinamento não fosse rigoroso, não teria valor nenhum.  Eu mesmo fui rigoroso com o Hyoga, quando ele era aspirante a cavaleiro, mas ele nunca desistiu, e hoje, graças ao rigor dos meus treinos, ele é um guerreiro – sorri, olhando para o discípulo, e também para sua irmã mais jovem. 

DOHKO:  Isso mesmo!  Também fui rigoroso com o Shiryu em seu treinamento, e graças a isso, hoje ele é não só um guerreiro, como também lidera a Irmandade.  Você passou a ela tudo o que tem.  E o que você fez, não há o que apague – diz, abraçando sua amada. 

SETSUNA:  Meu amor... – derrama umas lágrimas, e o beija. 

 

Nesse momento, lá fora, coisas estranhas começavam a acontecer.  Um vento frio e muito forte soprava, e a temperatura baixava cada vez mais.  Mas não é possível!  Era verão, e a temperatura devia estar mais alta.  Fora que a força do vento chega a arrancar telhas das casas, e até mesmo derrubar árvores, arrancando-as do chão pela raiz.  Será que tem a ver com a manifestação do deus da guerra? 

 

LUA:  Pessoal, isso é muito estranho!  A temperatura está baixando rapidamente, e é verão.   

 

No monitor, apitava o alerta de perigo, diante daquela temperatura tão baixa. 

 

SHURA:  Barrabás disse que vai oferecer a dança ao deus da guerra...  só pode ser o anúncio prévio do grande ataque. 

HARUKA:  Maldito Barrabás, sempre ele... – range os dentes. 

 

No Mundo Subterrâneo, Hitomi, cheia de medo, era forçada por Barrabás a dançar.  O vilão estava gostando de ver como ela mostrava ser uma ótima dançarina. 

 

BARRABÁS:  Dance!  HAHAHAHAHAHAHAHA  Quanto mais dançar, mais desgraça provocará na Terra – ria diabolicamente.   

 

O monstro Spindogla, por sua vez, acompanhava os passos de dança da aluna de Setsuna.  Na superfície, a temperatura baixava mais e mais, e começavam a acontecer desmoronamentos.  Hitomi, por sua vez, começava a se ver pega pelo cansaço.  Exausta, cai.  Seus pés estavam estourados, e sangravam de tanto dançar.   

 

BARRABÁS:  Dance! – aponta sua espada para ela – se não dançar... MORRE!! 

 

Apesar do medo, se lembra das palavras de sua professora de dança. 

 

“Somente se superando é que será uma grande dançarina”. 

 

Apesar do extremo cansaço, volta a se levantar, com medo de ser morta por Barrabás.  Mas o corpo não ajudava muito.  Vendo que precisará de muito mais que aquilo, o vilão sente que precisará de mais oferendas. 

 

BARRABÁS:  Vamos, Oyubu, traga mais oferendas! – ordena. 

OYUBU:  Sim!! 

 

O vilão velocista acata e sai à procura de mais dançarinos.  Será que ele vai encontrar mais vítimas para oferecer a dança da morte ao deus da guerra? 

 

Na rua, o frio era intenso, até nevava.  Neve em pleno verão?  Sim!  Era o deus da guerra, aos poucos, a se manifestar, como uma prévia do futuro grande ataque de Zeba.  Melhor os heróis se apressarem em parar a sanha maligna de Barrabás o quanto antes! 

 

Nisso, eis que Oyubu volta à academia de dança onde Setsuna estava a instruir Hitomi, e lá chegando, encontra duas figuras misteriosas, vestindo terno, de cartola, e ambos mascarados.  Estavam a dançar sapateado.  Será que ele irá conseguir rapta-los para seu chefe?  Eis que o bandido chega por trás deles, de forma bem silenciosa e sorrateira, e antes que percebam o que vai acontecer, são agarrados e imobilizados.  E agora?  Será que Barrabás terá sucesso em sua tentativa de evocar o deus da guerra para o Senhor Zeba?  E onde estará a Irmandade, afinal de contas?  


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