Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 37
O amor proibido de Kiroz




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Dias depois, algumas coisas se passavam no centro de Tóquio.  A princípio, tudo parecia estar na mais completa paz, sem nenhum distúrbio maior, ou ataque realizado por parte de Tube.  Mas, como o perigo pode surgir por onde menos se espera...  e não demora muito para o perigo surgir!  Nisso, um forte terremoto começa a sacudir tudo, causando pânico e correria.  Levando em conta que o Japão está situado numa região da Terra sujeita a constantes atividades sísmicas, é até normal que desastres assim aconteçam periodicamente.  Mas não era um terremoto comum, como outro qualquer.  Era mais um plano malvado de Tube!  Nisso, o chão se abre, formando uma enorme fenda, e de dentro dessa fenda, surge mais um monstro subterrâneo, fazendo com que as pessoas entrem em pânico e tentem correr.  Mas a criatura, mais rápida, invoca uma espécie de estranho poder, onde umas bolas em seu ventre brilham, fazendo tudo ali levitar, até mesmo as pessoas, arremessando-as para o alto.  Acidentes de trânsito se sucediam um atrás do outro.  O pânico era geral!  Dessa vez, Tube parecia estar mais ousado em sua tentativa de dominar a superfície.  Shiryu, acompanhado de Seiya, Serena, Rini, Koga, Ryuho e Paradox, vai ao centro da cidade investigar o que se passava.  Sabiam que era mais uma operação de ataque de Tube. 

 

No entanto, não era obra de Barrabás, nem de Igan.  Tanto que os próprios servos de Zeba estranham aquele monstro estar a agir, quando em parte, devia estar ainda em estado de hibernação na câmara refrigeradora do Mundo Subterrâneo. 

 

BARRABÁS:  Senhor Zeba...  por que o monstro subterrâneo Goladogla, que devia estar na câmara refrigeradora, está na Terra? – indaga. 

ZEBA:  Eu permiti que Kiroz o levasse, para que seu veneno fosse produzido – responde.   

 

Ao ouvir aquilo, Igan olha para o lado, demonstrando profundo asco.  Nutre um ódio profundo por Kiroz, já que ele sempre virou as costas para Zeba. 

 

Falando em Kiroz, o guerreiro bandoleiro estava numa área de mata, caminhando à beira de um rio.  Eis que para um pouco, e fica a olhar em direção à superfície d’água.  Tinha certa expressão de ódio no rosto, e os olhos cheios de sangue. 

 

KIROZ:  Cavaleiro do Dragão... – eis que vê a imagem de seu inimigo refletida na superfície d’água, e arremessa a corrente de sua kusarigama nela – ainda teremos nosso confronto definitivo.  Vou acabar com você com todas as minhas forças, e provarei que sou o guerreiro mais forte de todo o Universo.  Você não perde por esperar, desgraçado dos infernos! 

 

Nisso, eis que o bandoleiro sente a presença de alguém nos arredores, e se ajeita para lutar, caso seja um dos Cavaleiros, ou das Sailors a rondar por ali.   

 

KIROZ:  Quem está aí?  Apareça! – ordena. 

 

Eis que aparece a figura estranha, mas não era nenhum dos heróis.  Era uma jovem, provavelmente uma camponesa.   

 

???:  Kiroz...  há quanto tempo... – parece conhece-lo. 

KIROZ:  Mas quem é você? – já o bandido não a reconhece. 

 

A jovem misteriosa saca uma espécie de adaga e a mostra ao bandido.  Ele, então, reconhece o brasão no punho da arma. 

 

KIROZ:  É o brasão da Família Kiroz... – sorri ao ver o que parece ter sido sua arma – mas quem é você, afinal? 

???:  Me chamo Erika.  Há três anos, você me salvou de um monstro lá no mundo subterrâneo. 

KIROZ:  Erika?! – nisso, uma lembrança de um duelo ocorrido anos atrás lhe vem em mente. 

 

FLASHBACK 

 

Erika vivia no Mundo Subterrâneo, como uma camponesa que vivia entre o subterrâneo e a superfície.  Um dia, fora atacada por um terrível e cruel monstro.  Assustada, cai ao chão, enquanto a fera a ameaçava.  Nisso, um punhal é arremessado, atacando o monstro, mas o mesmo consegue rebatê-lo.  Nisso, Kiroz aparece. 

 

KIROZ:  Até que enfim o encontrei...  você que tem a fama de ser forte, enfrente a mim!  Lute contra este cavaleiro ladrão! – e saca sua foice. 

 

O monstro parte com tudo pra cima de Kiroz, dando início a um combate pra lá de titânico.  A fera é muito forte, mas o cavaleiro ladrão consegue dar conta de seu oponente, desviando-se dos disparos que o monstro fazia.  Num dado momento, com sua foice, Kiroz decepa um dos braços e a cabeça do monstro, acabando de vez com seu inimigo.   

 

FIM DO FLASHBACK 

 

ERIKA:  E naquele momento...  passei a amar a pessoa que me salvou. 

 

O quê?  Erika...  então ela AMA Kiroz?  Coitada...  se soubesse ela o tipo de homem que ele realmente é... 

 

KIROZ:  Como é? – fica surpreso. 

ERIKA:  Até agora, estive pensando em sua bondade e senso de justiça... – diz, em meio às lágrimas – quando soube que você se salvou daquele terrível Inferno Vendaval, saí de casa.  Só pensava em você, no nosso reencontro... 

KIROZ:  HEHEHEHEHE  está dizendo que me ama? – indaga. 

 

A jovem responde positivamente com a cabeça.  No entanto, um ruído estranho chama a atenção de ambos, sobretudo do bandoleiro. 

 

KIROZ:  Goladogla...  você conseguiu atrair os Cavaleiros e as Sailors como planejei – e sai correndo. 

ERIKA:  Kiroz...  espere! – grita. 

 

Inútil!  Para Kiroz, era mais importante liquidar com seus inimigos, custe o que custar.  O vilão sai correndo, com sua kusarigama em mãos, em meio ao matagal.  Mais adiante, encontra os heróis enfrentando o monstro Goladogla, mas a luta estava mais a favor do monstro, com seus poderes assombrosos, usados para causar pânico em Tóquio.  Hyoga e Ami saltam para intercepta-lo, mas levam um golpe que os tomba para trás.  Em seguida, ataca com violentas rajadas energéticas, que atordoa a todos ali.   

 

HYOGA:  AFF  que monstro forte esse...   

AMI:  MMMM  ele antecipa nossos ataques... 

 

Nisso, Goladogla usa a mesma técnica de levitação com a qual atacou inocentes nas ruas da cidade, jogando os heróis para o alto, pra lá e pra cá, fazendo-os se enjoar com aquilo.   

 

SHIRYU:  Amigos... – diz, preocupado – cuidado todos!  O monstro está movendo o espaço, aumentando e diminuindo por conta própria. 

MINA:  Muito bem, vamos ver se ele gosta disso... – e saca sua corrente mágica – CORRENTE DO AMOR DE VÊNUS!!! 

SHUN:  CORRENTES DE ANDRÔMEDA!!! 

 

Arremessam suas correntes, mas o monstro devolve a técnica, acorrentando a ambos com suas próprias armas, para surpresa e espanto de todos. 

 

TODOS:  Mina!  Shun! 

 

Segue-se uma explosão que os atordoa.   

 

KIROZ:  Shiryu! – diz o vilão, recém-chegado – Vou acabar com você, e provar que sou muito mais forte.  Vai me pagar por me ter jogado naquele maldito Inferno Vendaval, séculos atrás – e se vira para o monstro – Goladogla...  JATO D’ÁGUA!!! 

 

Usando a técnica do jato d’água, o monstro volta a atacar os heróis, que são lançados longe com a força tenebrosa de Goladogla.  

 

KIROZ:  HAHAHAHAHAHAHA  O fim de vocês chegou! 

 

Umas explosões se seguem, fazendo com que todos saiam voando para lugares distintos, arremessados pelo impacto.   

 

KIROZ:  Goladogla...  deixe o Cavaleiro do Dragão comigo.  Você se encarrega dos demais...  vá! 

 

Goladogla obedece às ordens de Kiroz, e parte na direção dos demais heróis, deixando Shiryu por conta de seu chefe. 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam noutro lugar.  Erika, a jovem que fora salva por Kiroz, anos atrás, aparece carregando uma cuia d’água.  Estava a ajudar um homem ferido, que estava desmaiado.  Mas ele...  é Shiryu!  Sim!  Erika estava ajudando o inimigo daquele a quem ela tanto ama.  Após Shiryu, mesmo desmaiado, ingerir um pouco d’água, eis que ele acorda, e vê a jovem oriunda do Mundo Subterrâneo diante dele. 

 

ERIKA:  Tudo bem com você? – indaga. 

SHIRYU:  Hã...  mas quem é você? 

ERIKA:  Me chamo Erika.   

SHIRYU:  Erika...  muito obrigado – sorri, agradecendo. 

KIROZ:  SHIRYU!!! – grita, chegando no pedaço – chegou a hora do duelo – e se volta para a camponesa – Erika...  esse homem é nosso inimigo! 

 

Aquilo deixa Erika surpresa e intrigada.  Estava a ajudar o inimigo daquele a quem ela ama.   

 

ERIKA:  O que...  inimigo?! – se vira para Shiryu, olhando surpresa. 

 

Nisso, recua uns passos, fazendo menção de sacar o punhal que fora de Kiroz.   

 

SHIRYU:  Erika...  você é do Mundo Subterrâneo? – indaga. 

KIROZ:  Shiryu...  seus amigos estão agora enfrentando Goladogla!  Sem seus amigos, vamos lutar só nos dois...  homem a homem! 

 

Num salto, Kiroz ataca Shiryu com a foice da sua kusarigama, mas ele bloqueia e desvia.  Em seguida, o agarra pelo braço com a corrente de sua arma.  Como Shiryu ainda estava debilitado pelo ataque de Goladogla, Kiroz lhe dá uma terrível surra, jogando-o pra lá e pra cá com a corrente da kusarigama.  Pelo visto, mais uma vez, o Dragão estava numa situação desesperadora, desde que passara a ser o alvo principal do Tube, por conta de seu amor por Lita, que estava dormente no gelo.  No entanto, quando Kiroz arremessa Shiryu, ainda acorrentado, contra as árvores, o herói usa o tronco de uma árvore para tomar impulso, e ataca com uma voadora, atingindo o vilão.  Furioso, Kiroz ataca com diversas rajadas, o ferindo ainda mais.  Mesmo cambaleante por conta dos ferimentos, queria insistir naquela luta que ele, dificilmente, vencerá, pois estava diante de um inimigo ainda mais forte que todos os demais que vencera.  Nem mesmo entre os soldados de Ares, Hades, Poseidon, Zeus, Hera e Odin, ele vira tantos inimigos tão fortes assim, como Kiroz é.  Salta em direção a uma árvore, mas recebe uma rajada de Kiroz, que o tomba.  Será que nosso herói finalmente será vencido por um bandoleiro?  Shiryu já sangrava por diversas partes do corpo.  Kiroz corre com tudo, empunhando sua foice, mas o Dragão, num salto, o atinge com um murro, que o joga para trás, e ainda lhe faz um corte na altura do peito, com seu punho afiado.  Parece que a sorte agora está virando a favor do jovem Cavaleiro de Atena.   

 

ERIKA:  KIROZ!!! – tenta acudir o vilão, a quem tanto ama. 

KIROZ:  Não se aproxime! – ordena. 

ERIKA:  Kiroz...  seu inimigo é também meu inimigo – e desembainha o punhal. 

 

Completamente enfurecida – e fora de si – corre com tudo contra Shiryu, na esperança de mata-lo cravando o punhal em seu coração, para proteger o bandido a quem tanto ama, sem se dar conta do verdadeiro tipo de ser que é aquele monstro sem coração nenhum.  No entanto, mesmo desarmado, Shiryu consegue bloquear o ataque de Erika, e a imobiliza, procurando não machuca-la, pois ela apenas estava sendo usada como bucha de canhão pelo próprio Kiroz.   

 

SHIRYU:  Erika...  por Atena...  pare com isso! – diz. 

ERIKA:  Me solta! – grita – Me solta Shiryu! 

 

Kiroz se divertia com tudo aquilo, sádico que só.   

 

KIROZ:  Shiryu...  você há de me pagar por isso...  com a sua vida! – e gira sua corrente – CRESCENT SCREW!!!! 

SHIRYU:  Pare com isso Kiroz!  Está querendo acabar com Erika também?  

 

Para um homem desalmado e sem honra como Kiroz, não importa matar alguém que dele goste, pois ele não gosta de ninguém, tudo que lhe importa são os tesouros do mundo.  Nisso, se segue uma violenta explosão, que arremessa Shiryu e Erika para trás. 

 

ERIKA:  Kiroz... – parecia já não entender mais nada. 

KIROZ:  Erika...  você vai se arrepender por se meter no meu combate! – ameaça. 

 

Será que assim, vendo com seus próprios olhos, e ouvindo com seus próprios tímpanos, Erika finalmente se dá por conta do monstro que é Kiroz, e enxerga a razão?  Ou continuará cega por um amor que não existe? 

 

SHIRYU:  Kiroz...  Erika arriscou a própria vida para salva-lo... – diz. 

KIROZ:  CALE A BOCA!!!  Eu não sou covarde ao ponto de ser ajudado por uma mulher – diz, com sangue nos olhos. 

 

Em seguida, dispara mais rajadas de seus olhos e seus punhos, disposto a acabar com Shiryu, e também com Erika.   

 

SHIRYU:  Kiroz...  pare com essa loucura!! – grita. 

 

Mas nada daquilo faz o assassino querer parar.  Shiryu, mesmo arriscando morrer em meio àquele combate, entra na frente de Erika para protege-la, recebendo vários disparos, que o ferem ainda mais, enquanto outros resvalam ao redor, causando mais explosões.  Dessa vez, Kiroz conseguiu se superar em sua própria covardia.  Será que não há nenhuma forma de conseguir parar de vez esse demônio?   

 

Enquanto isso, Seiya, Serena, Koga, Rini, Ryuho, Paradox, Hyoga, Ami, Shun e Mina estavam a procurar por Shiryu.  Sentiram seu cosmo enfraquecer, e sabiam que ele estava a correr perigo.  Atravessam uma ponte que passa por sobre um rio. 

 

TODOS:  SHIRYU!!! – o chamavam. 

Por mais que o chamassem aos gritos, nenhum sinal. 

KOGA:  Nenhum sinal dele... – diz. 

RINI:  Sei que ele está ferido em algum lugar, sua força cósmica está muito fraca... 

HYOGA:  Se Kiroz e Goladogla o encontrarem antes de nós, será o fim dele – diz. 

AMI:  Não...  não podemos perder nosso amigo assim, Lita não nos perdoaria por isso... 

RYUHO:  Essa não...  se fizerem mal ao meu pai, então eu... – pensa na possibilidade de se apagar da existência. 

PARADOX:  Não pense assim, Ryuho!  Não deixaremos que nada aconteça a seu pai.  Eu não permitirei que o matem.  Não quero perder você – o abraça. 

 

Ryuho, até então indiferente a Paradox, por ela, num futuro próximo, em Tóquio de Cristal, tentar desgraçar a vida de seus pais, parece agora estar se sentindo melhor em sua companhia, já que a mesma estava a dar mostras de mudar sua conduta.   

 

Nesse momento, Kiroz, determinado a acabar com Shiryu, de qualquer jeito, estava a perseguir seu inimigo, mas, ao que parece, não havia nenhum rastro que ele tenha deixado.  Entretanto, procura com mais assiduidade, pois não é o tipo de desistir facilmente.  Enquanto procura, eis que o bandoleiro assassino encontra um rastro de sangue entre as folhas no chão. 

 

KIROZ:  Sangue... – e vê um outro rastro de sangue no chão – Shiryu...  não adianta você se esconder!  Onde quer que você vá, eu vou atrás de você, e não descansarei até enterrar minha kusarigama no seu coração.  Você não perde por esperar, maldito! 

 

Obstinado pelo seu desejo de matar Shiryu, Kiroz prossegue em sua caçada. 

 

Nesse momento, em outro lugar, Shiryu estava a cuidar de Erika, mesmo sabendo que ela nutre ódio por ele, por causa de Kiroz.  Mas não podia deixar que ela arrisque sua própria vida por um bandido que não vale nem o chão que pisa.  Passava um pano molhado em sua cabeça, para ajudar a mantê-la com a testa fria, evitando que seja acometida por uma febre.   

 

SHIRYU (pensando):  Erika...  sei que você me odeia por causa de Kiroz.  Mas eu não posso permitir que arrisque sua vida por um bandido sanguinário e sem honra como Kiroz, que só liga para riquezas.  Kiroz não pode continuar a viver da forma que vive.  Eu vou para-lo, nem que pra isso eu tenha que morrer nesta guerra. 


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