Câmara Secreta: Regulus Black, Mestre de Poções 2 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 17
Capítulo 17




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O plano deles tinha tudo para dar meio certo. Talvez plano não seja o modo certo de chamar a ideia de ir até Hagrid e confrontar o meio gigante pela verdade, mas eles tem doze anos e a amiga deles está petrificada, não como se eles fossem as pessoas mais sensatas da escola de qualquer forma.

 

Usando a capa da invisibilidade e a claridade da noite estrelada ao seu favor, Ron e Harry atravessaram a escola até  o lado de fora, e então todo o terreno entre o castelo e a cabana de Hagrid. Tudo parecia estranhamente quieto naquela noite, como se até o meio ambiente notasse a tensão no ar.

 

Foi assustador e muito suspeito quando Hagrid abriu a porta de sua cabana com a besta armada, apontando para eles. Felizmente o homem abaixou a arma assim que percebeu que eram eles ali.

 

Infelizmente, assim que Harry fez a pergunta que os levou até lá, Quem abriu a Câmara Secreta da primeira vez? Alguém bateu na porta da cabana, assustando os três.

 

Harry e Ron se esconderam debaixo da capa de invisibilidade, e assistiram chocados a entrada de Dumbledore e outro homem.

 

— É o chefe do papai — Ron murmurou — Fudge, o Ministro da Magia.

 

Eles assistiram enquanto o Ministro conversava com Hagrid sobre os ataques, três deles. E agora eles levariam Hagrid para Azkaban, ao mesmo tempo que Dumbledore garantia ao político, que o meio gigante tinha toda a sua confiança.

 

E como se as coisas não pudessem ficar piores, a porta se abriu novamente e o sr. Malfoy entrou na cabana. Sua presença esnobe transformando o lugar quente e aconchegante em um lugar gélido, fedendo a arrogância.

 

— Eu e os conselheiros achamos que é hora do senhor sair de cena — Malfoy disse para Dumbledore — aqui está é uma ordem de suspensão — ele caminhou até o diretor para lhe entregar um pergaminho — vai encontrar as doze assinaturas.

 

Harry e Ron trocaram olhares assustados enquanto ouviam Dumbledore ser afastado do cargo de diretor por causa dos ataques. Eles se seguraram para não falar nada e revelar suas presenças ali, eles estariam em grandes problemas se isso acontecesse, mas Harry queria muito lançar alguma azaração em Malfoy.

 

Dumbledore então olhou diretamente para eles, escondidos sob a capa, então saiu acompanhando Malfoy. Fudge logo em seguida foi até a porta, chamando Hagrid para acompanhá-lo.

 

— Se alguém estiver procurando alguma coisa — Hagrid disse nervoso, olhando para todos os lugares menos para onde os dois meninos estão — meu conselho é que sigam as aranhas.

 

[...]



— Por que as aranhas? — Ron choramingou — por que não, siga as borboletas?

 

O ruivo estava apavorado, quase tremendo desde que eles começaram a seguir várias aranhinhas que fugiam da escola.

 

— Eu me lembro de ver várias delas fugindo pela janela quando Justin e Nick foram atacados.

 

— Eu tenho pavor de aranhas Harry — Ron respondeu — eu não me importo com o que elas façam desde que seja longe de mim.

 

— Vamos Ron, temos que descobrir o que está acontecendo.

 

Ele choramingou novamente.

 

Fazia dois dias des que o diretor Dumbledore foi afastado da escola, agora a profª Minerva estava no comando, os boatos só pioraram depois que Hagrid foi preso.

 

Malfoy fazia piadas estupidas sobre a prisão do meio gigante sempre que podia, mesmo que isso pudesse significar que Hagrid era o tal herdeiro de Slytherin.

 

Harry não estava tão confiante de que era isso, mas ele tinha que fazer algo para ajudar a escola. Se Hogwarts fosse fechada, o que seria de sua vida? Voltar a morar permanentemente com os Dursley ou mandado para um internato horrivel onde seria tão maltratado quanto era em casa?

 

Não, Harry não podia deixar isso acontecer. Ele já falhou quando sua amiga foi uma das vítimas.

 

Eles fugiram novamente da escola, seguindo as aranhas escondidos com a capa da invisibilidade até a entrada da Floresta Proibida.

 

— Isso é uma péssima ideia — Ron disse, seus passos pouco confiantes quanto mais para dentro da floresta eles iam.

 

Eles caminham por vários minutos, talvez quase uma hora, eles não tem certeza, apenas Canino ao seu lado como algum tipo de defesa, mesmo o cão sendo completamente covarde.

 

— Por que você tem tanto medo de aranhas? — Harry perguntou em um momento.

 

— Por que você não tem?

 

— Eu morava em um armário embaixo da escada Ron — ele disse observando centenas delas passarem num espaço grande entre dois troncos caídos, como a entrada de alguma coisa — eu me acostumei com elas.

 

Ron ficou em silêncio depois disso, por alguns momentos enquanto seguiam pelo caminho cheio de teias e aranhas.

 

— Quando eu era pequeno — ele respondeu, se encolhendo quando chegou muito perto de uma parede cheia delas — Fred e George transformaram meu ursinho favorito em uma grande aranha.

 

Harry se sentiu mal pelo amigo, por mais que gostasse dos irmãos gêmeos de Ron, mas talvez eles levavam uma brincadeira longe de mais.

 

— Está tudo bem Ron — ele tentou tranquilizar ao amigo e a si mesmo — vamos terminar logo aqui, e voltar para o castelo.

 

— O que é aquilo? — Ron aponta para algo nos galhos da árvore.

 

A frente há o que parece um pequeno barranco, mas se aproximando mais ele pode ver uma entrada, como se fosse uma caverna subterrânea.

 

Uma voz que provavelmente seria considerado baixo, se não fosse o silêncio assustador da floresta fria, vinha do fundo escuro da mata.

 

— Hagrid — a voz profunda dizia, o som acompanhado pelo som de pinças batendo — Hagrid é você?

 

Harry sentiu Ron agarrando seu braço com força. Eles recuaram um passo enquanto a voz repetia a pergunta.

 

— Somos amigos dele — ele respondeu sentindo Ron tremendo ao seu lado.

 

Algo se mexeu a diante, longo e peludo. Sons parecidos com passos sobre a grama seca. Então outros surgiram se movendo, eram pernas de aranhas.

 

— Ha-Har-ry — até a viz dele tremia.

 

— Não entre em pânico — Harry disse tentando se convencer disso tanto quanto a Ron.

 

A aranha surgiu, a maior que ele já havia visto na vida, quatro vezes maior do que ele. Oitos olhos redondos escuros refletiam a imagem deles, as pinças se mexiam enquanto ele falava e duas das patas estavam levantadas.

 

— Hagrid nunca mandou ninguém a essa planície.

 

— Ele está em apuros — Harry disse — aconteceram ataques na escola, acham que foi ele quem abriu a Câmara Secreta

 

Ao seu lado Ron olhava ao redor, muito assustado para falar qualquer coisa, usando toda a sua força para não chorar nem gritar de terror.

 

— Hagrid nunca abriu a Câmara — a assustadora aranha disse.

 

O aperto de Ron no braço de Harry ficou mais forte quando viu uma aranha do tamanho de um gato descendo pela teia.

 

— Então você não é o monstro?

 

— Não, o monstro nasceu no castelo. Eu vim de um lugar distante.

 

— Harry — Ron choramingou baixo.

 

Ron se aproximou ainda mais, vendo cada vez mais aranhas, ele puxou a manga da roupa de Harry que apenas o silenciou.

 

— Então o que matou aquela garota a cinquenta anos?

 

— Não falamos sobre isso — Aragogue deu mais um passo a frente — é uma criatura muito antiga, que as aranhas temem mais do que qualquer outra.

 

— Mas você já a viu?

 

— Nunca vi parte alguma do castelo além da caixa onde Hagrid me guardava. A garota morreu no banheiro. Quando foi acusado, Hagrid me trouxe para cá.

 

Ron estava em pânico, percebendo que eles estavam sendo cercados.

 

— Harry?

 

— Que foi? — ele finalmente deu atenção ao amigo.

 

Ron apontou para cima, vendo as aranhas descendo por suas teias, centenas de tarantulas.

 

Harry engoliu em seco se voltando a Aragogue.

 

— É, bem, obrigado. A gente... a gente já vai indo.

 

— Saída? — Aragogue pergunta enquanto eles se afastam.

 

— Sim — Ron afirmou, sua voz ainda chorosa e em pânico.

 

Os sons das centenas de pernas se movendo ao seu redor destruiu o silêncio tenso, transformando em um som aterrorizante, enquanto mais e mais aranhas surgiam de diferentes tamanhos, desde a do tamanho de um gato, até as do tamanho de uma criança de dez anos.

 

— Meus filhos não machucam Hagrid por minhas ordem. Mas não posso negar alimento fresco a eles, quando este entra de tão boa vontade.

 

— Já posso entrar em pânico agora?

 

Harry se pôs de costas contra as de Ron, eles se mexiam fazendo círculos onde estavam, Canino ao seu lado tão apavorado quanto eles.

 

Eles puxaram suas varinhas quando uma do tamanho de um pastor alemão caiu próximo.

 

Eles estavam cercados, por todos os lados, não havia como fugir. Tudo ao seu redor era os som dos passos e das pinças batendo, com um chiado coletivo.

 

Essa com certeza não era a maneira que ele pensou que morreria. E Harry já pensou nisso, talvez mais do que fosse saudável aos doze anos, mas depois de passar alguns dias sem comida, e depois de enfrentar o homem que matou seus pais, esse é um assustador pensamento que pode surgir.

 

De qualquer forma, ser devorado por milhares de aranhas com certeza não era uma dessas maneiras. Na verdade, Harry esperava que sua morte fosse calma, ou no mínimo rápida.

 

De repente uma luz surge em um canto distante, por onde eles vieram. Junto com uma o som de metal batendo contra o chão da floresta.

 

Os meninos olharam para a direção, assim como as aranhas que começaram a dispersar quando o som de um motor de carro começou a ressoar mais alto do que elas.

 

Ron e Harry assistiram chocados enquanto o carro de Arthur Weasley, surgiu do meio da floresta, amassado e sujo.

 

Harry quase se esqueceu daquela coisa, se não fosse pelo mês de detenção com cada professor de matérias obrigatórias da escola. Agora ali estava o veiculo que um dia foi azul, indo em direção a eles sem ninguém no volante.

 

Ele parou a dois metros deles abrindo as portas.

 

— Vamos — Harry gritou para Ron.

 

O ruivo correu para o lado do motorista, empurrando o cão para dentro.

 

— Arania Exumai — Harry gritou, apontando a varinha para uma aranha que estava entre ele e o carro.

 

O animal voou longe com uma rajada de luz branca.

 

Harry entrou no carro, a porta se fechou em seguida, e o veiculo saiu correndo, subindo e descendo pelas raízes e troncos caídos como um barco no mar durante uma tempestade. Atropelando e afastando as aranhas.

 

Eles atravessaram a floresta, batendo em aranhas por todos os lados, algumas até subiram sobre o capô dianteiro. Eles foram perseguidos por parte do caminho, até eles finalmente conseguirem fazer o carro voar.

 

O carro voou instavelmente por sobre as árvores por alguns minutos antes de cair perto da cabana de Hagrid, longe e a salvo da floresta.

 

Eles saíram do carro, as pernas de Ron tremiam tanto que ele mal estava de pé. Canino pulou para fora do veiculo e correu de volta para a cabana.

 

— Sigam as aranhas — o ruivo gritou indignado — Se um dia Hagrid sair de Azkaban, eu mesmo o mato.

 

O carro deu outra guinada e então sumiu de volta para a floresta.

 

— Por que eles nos mandou para lá? Não descobrimos nada.

 

— Sabemos que Hagrid não abriu a Câmara da primeira vez, nem agora.

 

— Ótimo, e isso nos deixa mais perto de quem abriu como?

 

[...]

 

Eles provaram a inocência de Hagrid, pelo menos para eles próprios. Mas Ron estava certo, Harry sabia disso. Provar a inocência de Hagrid não os ajudou exatamente a descobri quem era o culpado por abrir a Câmara Secreta.

 

Na tarde do dia seguinte, Harry colheu algumas flores e com Ron, ele foi visitar Hermione. Ela estava numa ala da enfermaria separada dos outros, junto com Justin e Colin.

 

Ele trocou as flores murchas do vasinho na mesa ao lado da cama dela.

 

— Queria que você estivesse bem — Harry disse se sentando ao lado dela — preciso de você, agora mais do que nunca.

 

Ele segurou a mão fria dela, a que estava abaixada próximo ao corpo.

 

Foi quando ele sentiu algo na mão de Hermione.

 

Ron sentado do outro lado da cama se levantou ao notar Harry puxando um papel da mão da amiga.

 

— Vem comigo — Harry disse se levantando.

 

Eles sairam da enfermaria, Ron perguntando o que estava acontecendo. Harry lia o papel que achou com Hermione. Era uma página de um livro, a razão pela qual ela estava na biblioteca quando foi atacada.

 

"Das bestas mortais que vagam pela terra, o basilisco é a criatura mais perigosa e mortal delas. Capaz de viver por centenas de anos, seu olhar é mortal a qualquer um que o encare. As aranhas fogem dele" Harry leu.

 

— Você entende? — ele se virou para Ron — a criatura da Câmara é um brasílico. Por isso eu posso ouvi-lo, porque é uma cobra.

 

— Mas ninguém morreu, todos foram petrificados.

 

Ele estava certo, ninguém havia morrido — ainda bem.

 

Harry levantou o olhar e se viu pelo reflexo de uma janela.

 

Imagens voltaram a sua mente de todas as vezes que alguém foi petrificado.

 

— Mas ninguém olhou diretamente para ele — eles voltaram a andar — pensa comigo, Colin estava com a camera dele, ele viu através da lente. Justin... ele deve ter visto através do Nick-Quase-Sem-Cabeça. Nick recebeu toda a carga, mas ele é um fantasma, não pode morrer de novo. E a Mione estava com o espelho, ela deve ter o usado para ficar de olho nos cantos.

 

— E a Madame Nor-r-ra?

 

— Havia água no chão naquela noite — ele se lembrou. O Chão estava tão encharcado quanto no dia que ele encontrou o diário de Riddle — ela só viu o reflexo.

 

— Certo, mas como isso se move por ai, uma cobra imensa dessa não consegue passar despercebida.

 

Eles andaram até uma das tochas para iluminar o papel em sua mão. No canto inferior dele, escrito a tinta recente, a letra de Hermione em uma única palavra. Canos.

 

— Lembra o que Aragogue disse? Sobre a garota que morreu no banheiro. E se ela ainda estiver lá.

 

— A Murta.

 

— Atenção, todos os alunos retornem imediatamente para as suas comunais — a voz de McGonagall ressoou acima deles assim com a de Dumbledore fazia no salão principal — professores me encontrem no corredor do segundo andar imediatamente.

 

Eles se olharam, aquilo não podia ser boa coisa. Então eles foram para lá, se esgueirando por outros corredores se escondendo.

 

Chegaram ao local pouco segundos depois dos professores.

 

— O que mais temíamos aconteceu — McGonagall dizia — uma aluna foi levada.

 

Na parede a frente deles havia algo escrito, que os meninos não puderam ver imediatamente.

 

Passos chamaram a atenção de todos, Lockhart se aproximava sem pressa dos outros professores. Mesmo não vendo o rosto de Black, Harry apostaria que ele tinha um olhar mortal para o outro professor.

 

— O que aconteceu?

 

— Uma aluna foi levada para a Câmara Secreta — Minerva disse com voz pesarosa — Sua grande chance chegou.

 

O olhar confuso de Lockhart ficou levemente espantado.

 

— Me desculpe, o quê?

 

— Ontem mesmo você não disse que sabia onde ficava a entrada? — Black disse — essa é sua chance de ser o herói.

 

— Ah, sim. Eu... — o professor olhava para todos os lugares exceto para o sr. Black — vou ao meu escritório me preparar.

 

E saiu muito mais rápido do que chegou.

 

— O que faremos?

 

— O alunos devem voltar para casa — McGonagall respondeu — Hogwarts não é segura.

 

— Quem foi levada? — Pomfrey perguntou.

 

— Ginevra Weasley.


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