POV Edward

Um mês após fechar o acordo com Charlie e Renne Swan já iniciei uma pós-graduação em merketing digital e assim como prometido aos dois, venho me dedicando o máximo que posso a esse curso, também fui transferido para o setor criativo da empresa, que é composto por uma equipe de Design-Gráfico, Web-Design, e publicitários, e a área de Marketing digital irá dividir espaço com a área de Web-Design e agora divido um cubículo com Erik, que vem me ajudando bastante.

O curso que estou fazendo é muito bom, estou aprendendo muito sobre a área de marketing no geral e claro que principalmente sobre o marketing digital, já tive várias ideias que com a ajuda de Erik e o aval de Charlie consegui botar em prática.

Desde que comecei a trabalhar nessa empresa, venho me surpreendendo muito comigo mesmo, fiz a faculdade de administração apenas para tirar meus pais do meu pé, já que os dois estavam sempre me cobrando a respeito de estudos, mas depois de tudo o que aconteceu  fui expulso da fazenda e vim para Seattle tentar a vida, então comecei a trabalhar em minha área de formação, percebi que realmente gosto disso, da área de administração de empresas e agora estou adorando o curso de pós-graduação e a área de marketing, descobri minha vocação e estou feliz nessa nova vida.

POV Bella

Tenho um conselho para dar a todos, se um dia vocês resolveram testar seus limites, o faça consciente de suas habilidades, para que quando conseguir o que quer não fique muito surpreendido. Meu erro foi não ter confiado em mim mesma.

Sou Isabella Swan, tenho vinte e dois anos, sou uma hacker, aprendi a hackear quando tinha dez anos e com o passar do tempo fui aprimorando a técnica e hoje posso dizer que sou uma das melhores do pais. Mas então cometi um erro, resolvi testar meus limites e hackear o sistema da CEA, eu confio no meu potencial, mas não imaginei que conseguiria e esse foi o meu grande erro, pois quando consegui fiquei tão surpresa comigo mesma que vacilei e acabei sendo pega.

Agora estou sentada e algemada na sala de interrogação da delegacia de crimes cibernéticos, não sei quanto tempo faz que estou aqui, mas acredito que já faz mais de uma hora, veio um detetive falar comigo, mas resolvi fazer uso de meus direitos de ficar em silencio  e de um advogado.

Sou desperta de meus pensamentos pelo barulho da porta se abrindo, olhei e vi minha mãe, a grande advogada Renne Swan passando pela mesma.

— Hackear o sistema da CEA Isabella? Aonde você estava com a cabeça? – Despejou sem ao menos me dar oi e se sentou a minha frente.

— Oi para você também mamãe! – Respondi irónica.

— Sem ironia Isabella! – Cortou. – Preciso saber os detalhes do que aconteceu. – Ela assumiu seu tom profissional.

— Mãe, eu juro, que não pretendia fazer nada de errado. – Iniciei e percebi o olhar acusatório de minha mãe. – Se você não acredita em mim por que está aqui? – Perguntei seca. - Posso não ser advogada, mas acredito que a função deles não é julgar o cliente e eles não devem pegar uma causa a qual eles não acreditam. -

— Está certo Isabella, vou ouvir você. Mas se você não pretendia fazer nada errado, por que hackeou o sistema da CEA? –

— Porque eu queria testar meus limites. – Quando falei isso seu olhar foi ainda mais incrédulo. - Pode verificar, eu não fiz nada, só fui pega por ter ficado tão deslumbrada com a minha façanha que me descuidei. –

— Tudo bem, acredito em você. – Declarou, se levantou da cadeira e pegou sua pasta. – Verei o que poço fazer. – Concluiu e saiu da sala me deixando novamente sozinha com meus pensamentos.

O que me pareceu uma eternidade depois minha mãe voltou à sala acompanhada do detetive que me prendeu, ele veio até mim e soltou as algemas presa em meu pulso.

— Está liberada Srta Swan – Me informou a contra gosto e eu respirei aliviada.

Segui minha mãe para fora da sala, ela assinou um documento depois me entregou um saco plástico que continha meus objetos pessoais e pois meu notbook em baixo do braço.

— Vamos. – Sussurrou simplesmente e nós duas saímos do prédio em silêncio.

— O que aconteceu para eles me liberarem assim tão fácil? – Perguntei quando entramos no carro de minha mãe.

— Para você tudo é muito fácil né Isabella? – Ela me cortou. – Eu aleguei o que você me disse, como você não fez nada e somado ao fato de que você não tem antecedentes criminais, os convenci de que eles não tinham motivos para te segurar na delegacia e também prometi que garantiria que você não voltará a fazer isso. –

Pensei no que minha mãe disse, ela precisou prometer que eu não voltaria a invadir o sistema da CEA, para que eles me liberassem, mas eu não prometi nada e é óbvio que farei de novo, mas aprendi com meus erros e na próxima vez serei mais cuidadosa e não me pegaram novamente.

— É justo. – Respondi simplesmente.

Logo chegamos em casa, assim que desci do carro entrei em disparada, fui direto para meu quarto, peguei uma toalha e roupas limpas e corri para tomar um banho, tirar essa sujeira de delegacia que sinto grudada em minha pele, após o banho fui pegar meu notbook e só então me lembrei que está com minha mãe então desci atrás dela.

— Você viu minha mãe? – Perguntei a Ana a governanta da casa.

— Sua mãe e seu pai estão no escritório menina. – Respondeu solicita.

— Obrigada Ana! – Lhe agradeci e fui para o escritório atrás de meus pais.

Quando cheguei dei duas batidinhas de leve na porta e sem esperar por resposta entrei.

— Oi papai! – Cumprimentei meu pai e fui lhe dar um beijo.

— Hackeando o sistema da CEA Isabella? É isso mesmo? – Disparou sem nem ao menos me cumprimentar assim como minha mãe fez mais cedo na delegacia. Eles devem ter combinado isso, não é possível.

— É sério isso? Vocês ensaiaram? – Perguntei.

— Não tem outras formas de você testar seus limites não? Teve mesmo que hackear o sistema da CEA? – Ele me perguntou ignorando a minha pergunta.

Pelo menos minha mãe contou a história toda para ele, me sentei no sofá que tem ao lado, respirei fundo, decidi por ignorar a pergunta de meu pai e me virei para minha mãe.

— Mamãe, vim pegar meu notbook que ficou com você. – Informei.

— Hah! Essa é boa, você não vai pegar notbook nem um Isabella. – Me informou.

— Que história é essa, como assim não poderei pegar meu notbook? – Indaguei incrédula.

— Para que? Para você resolver testar seus limites outra vez? Dessa vez vai hackear o que? O sistema da NASA? – Foi meu pai quem me respondeu.

— Até que é uma boa ideia. – Ironizei.

— Você precisa merecer ter um notbook, nesse momento você não está merecendo, você perdeu a nossa confiança. – Foi minha mãe quem afirmou.

— Não acredito que vocês vão me tratar como uma adolescente. – Declarei incrédula.

— A partir de amanhã você irá para a agência conosco e vai trabalhar. – Meu pai informou ignorando minha declaração anterior.

— Ainda por cima vocês vão me botar para trabalhar? –

— O que já devíamos ter feito há muito tempo. – Respondeu minha mãe.

—Sim, já passou da hora de você começar a trabalhar. - Meu pai afirmou, buffei com suas palavras. – Você precisa começar a criar responsabilidades Isabella, um dia a agência será sua e eu não quero que você jogue fora todo o trabalho de teu avô por ser imprudente. –

— Então por que você não coloca alguém de sua confiança para administrar tudo e eu apenas colho os frutos? – Sugeri, até porquê essa sempre foi a minha ideia.

— A vida não é só colher os frutos pelo trabalho dos outros não minha filha, você também precisa ter responsabilidades. – Minha mãe quem me respondeu.

— Sua mãe tem razão. – Concordou meu pai. – Porém já tem alguém de minha confiança que estou preparando para cuidar de tudo, mas quero vocês dois trabalhando juntos e ele cuidará para que você não faça besteira.

— Ah que legal! Voltei a ser adolescente! – Comentei. – Estou de castigo e terei uma baba. – Completei.

— Se Você quer ver as coisas dessa forma Isabella, não podemos fazer nada, teu pai e eu estamos fazendo isso pelo seu bem. –

Depois da fala de minha mãe sai do escritório bufando é batendo os pés, era só o que me faltava, eles me deixaram de castigo, agora vou ter uma baba e como se fosse pouco terei que trabalhar. Não poderia ser pior.