Um novo dia amanhece na fundação GRAAD e os garotos estão bastante tensos. Muitos deles não conseguiram dormir. Aioros chegou bem cedo com um baú, onde continha todos os locais onde os 50 órfãos seriam enviados. Ele entrega o baú a Mitsumasa e parte de volta ao Santuário. Mitsumasa chama Tatsumi para ajudá-lo a conduzir o sorteio, já que ele está debilitado. Mitsumasa há alguns meses tem tido alguns problemas de saúde. Os dois leem os bilhetes com os nomes e colocam novamente dentro do baú.

Os meninos são convocados ao galpão de treinamento. Os 50 garotos estão presentes. Mitsumasa toma a palavra.

— Meninos chegou o dia. Já temos em mãos todos os locais de treinamentos que vocês serão encaminhados.

— E onde que é? – Pergunta Shiryu.

— Cada um será levado para um lugar diferente do planeta. Todos terão seus mestres para cuidar de seus treinamentos.— Revela Mitsumasa.

Os meninos resolvem começar a fazer questionamentos, mas são interrompidos por Tatsumi.

— E para isso pegamos uma caixa e colocamos o nome de cada um. Cada menino que ter o nome sorteado terá que pegar um papel dentro desse baú onde possui os locais de treinamento.

Os meninos olham entre si. O primeiro menino é sorteado e vai retirar seu papel, onde é revelado seu local de treinamento. Seiya, Shiryu, Hyoga, Ikki e Shun estão lado a lado bastante angustiados esperando sua vez. E assim o sorteio segue.

— O próximo a sortear seu destino será... Geki. – Diz Tatsumi.

Geki olha para os demais meninos e vai até o baú. Ele retira o papel e entrega a Tatsumi.

— Geki você irá para a Rockie, no Canadá!

— Canadá! – Exclama Geki, que parece ter gostado da informação.

Os meninos começam a conversar entre um e outro sorteio, sendo repreendidos por Tatsumi.

— Calem-se. Vamos ao próximo.

Mais alguns garotos seguem sendo sorteados e descobrindo seus locais de treinamento. Mitsumasa se sente um pouco mal e bebe água. Saori se aproxima do galpão querendo ver como está indo o sorteio, mas um segurança a impede.

— Desculpe senhorita. Seu avô me proibiu de deixá-la entrar.

— Eu quero ver... Para onde o Seiya vai?

— Não tenho informações senhorita.

Saori fica olhando a distância. Ele consegue ver os meninos mesmo de longe.

Dentro do galpão, o sorteio segue.

— Sua vez Jabu! – Diz Tatsumi.

Jabu retira o papel e o entrega.

— Jabu você irá para Orange, na Argélia!

— Argélia? Não tem um lugar mais bacana não? – Jabu se mostra contrariado.

— Você não está em uma colônia de férias rapaz. Aceite e se cale. – Diz Tatsumi.

Shiryu está bastante ansioso. Ele escuta Tatsumi o chamar. Ele vai apressadamente tirar o papel e entrega a Tatsumi.

— Interessante... Você irá para os 5 Picos Antigos de Rozan, na China.

— Rozan? – Shiryu se mostra curioso.

— Lá habita um velho e misterioso cavaleiro. Ninguém sabe a idade dele nem o que faz lá. Mas é um dos homens de confiança do Grande Mestre.— Revela Mitsumasa.

— Que interessante... Gostei! – Shiryu sorri.

O próximo é Ichi. Ele retira o papel.

— Ichi irá para o Lago Holtz, na Finlândia.

Ichi coloca a mão no queixo. Ele não sabe se gostou ou não. Até o momento, com exceção dos 5 Picos que provocou o comentário de Mitsumasa, nenhuma informação a mais foi dada.

— Não pode trocar não? – Pergunta Ichi.

— Mas é claro que não, pergunta besta! – Se irrita Tatsumi.

Mais dois garotos sorteiam seus locais de treinamento. Tatsumi sorteia o próxima a saber seu destino.

— Agora é sua vez, Seiya!

— Eu não sei se vou! – Responde Seiya cruzando os braços.

— Como se atreve moleque! – Grita Tatsumi.

Seiya se aproxima e olha fixamente para Mitsumasa.

— Que garantia eu tenho? Eu tenho minha irmã no orfanato, que vocês não têm me deixado a ver. Quero ter a garantia que a verei novamente!

Mitsumasa que estava sentado na cadeira se levanta e coloca a mão no ombro de Seiya.

— Você tem minha palavra rapaz. Não se esqueça que sua irmã mora no meu orfanato.

— Sendo assim, eu vou. Voltarei como cavaleiro, com a armadura, mas vou querer a ver imediatamente. – Avisa Seiya.

Seiya retira o papel e entrega a Tatsumi.

— Você irá Atenas, na Grécia.

— Atenas? – Gritam todos.

— Sim. O berço dos cavaleiros. Lá é onde está localizado o Santuário, onde os cavaleiros se reúnem. É a morada de Athena.— Revela Mitsumasa.

Seiya sorri e parece satisfeito.

— Eu gostei. Vou diretamente à fonte.

— Você tem muita sorte Seiya, muita mesmo! – Diz Hyoga.

Tatsumi chama o próximo garoto.

— Já que você está falando muito... Chegou sua vez, Hyoga!

Hyoga vai trêmulo pegar o papel ainda na dúvida se é o que deve fazer. Mas sem muito que fazer ele pega o papel no baú e entrega ao mordomo.

— Hyoga, você irá para a Sibéria Oriental!

— Sibéria? – Os olhos de Hyoga brilham.

— Não comece a reclamar. Sei que é um lugar onde é muito frio, um dos locais mais frios da Terra, mas como disse, não estamos escolhendo colônia de férias...

— Não vou reclamar, eu gostei. – Hyoga interrompe Tatsumi o surpreendendo.

Seiya se aproxima de Hyoga bastante curioso.

— Você gostou mesmo Hyoga?

— Sim. Foi lá onde o navio onde estava minha mãe naufragou. Eu me tornarei cavaleiro e conseguirei acesso a esse navio, encontrarei novamente a minha mãe.— Sorri Hyoga.

O sorteio segue. Até que Tatsumi chama Ikki.

— Agora é você Ikki.

— Passo a minha vez, não estou a fim agora.

Tatsumi se irrita.

— É sua vez e pronto! Você foi sorteado.

— Não enche o saco! Eu não vou sortear agora e acabou. O que vocês querem é que vamos ir treinar e voltemos com as armaduras não é? Então tanto faz a ordem, chama outro aí! – Responde Ikki.

Tatsumi pega Ikki pelo colarinho da camisa e lhê dá uma chicotada.

— Idiota. Eu sei muito bem que você quer que Shun escolha antes de você para você poder trocar caso seja um lugar ruim. Mas você vai seguir o que todos os garotos fazem. Ninguém aqui tem privilégio, imbecil!

Tatsumi joga Ikki do lado do baú. Shun se aproxima.

— Pegue Ikki! Não se preocupe comigo.

— Vou pegar Shun. Mas se eu quiser trocar não será esse mordomo idiota que vai impedir. – Grita Ikki.

Ikki sorteia um papel e entrega a Tatsumi.

— Hahahahahaha. – O mordomo da gargalhadas.

— Qual a graça? – Pergunta Ikki.

— Você irá para a Ilha da Rainha da Morte!

— Ilha da Rainha da Morte? – O nome é assustador até para Ikki, o mais valente dos garotos.

Tatsumi olha para Ikki fixamente para explicá-lo.

— Que azar o seu. Você tem ideia do que é a Ilha da Rainha da Morte?

— Fale logo! – Ikki se mostra sem paciência.

— É o inferno na Terra. É uma Ilha que está flutuando no Pacifico Sul, a terra é quente como ferro e brasa, e a chuva de fogo cai durante todo o ano. De todos que foram mandados para essa Ilha para serem cavaleiros, nenhum nunca conseguiu voltar, aliás, alguns voltaram, mas pouco restou dos homens que eram antes...

Todos olham bastantes perplexos em direção a Ikki. Ele fecha os olhos.

— Pois bem, irei para lá e retornarei com a armadura.

— Ikki! – Shun se assusta.

— O importante é que eu vá para esse lugar. Veremos logo para onde você irá, Shun! – Ikki fica do lado do irmão.

O sorteio segue. Após mais um menino ser sorteado, Tatsumi anuncia a vez de Shun.

— Shun é você. O antepenúltimo a sortear!

Shun olha para Ikki e uma lágrima cai. Ikki o da forças para ir. Shun retira o papel e entrega a Tatsumi.

— Shun você irá para a Ilha de Andrômeda!

— O que é isso? – Pergunta Shun.

Mitsumasa se agita. Ele volta a se levantar.

— A Ilha de Andrômeda... Esse local...

— Senhor Kido! – Tatsumi o interrompe. – Por favor, não se agite, o senhor está em recuperação. Vamos terminar o sorteio agora, já está no fim.

— Por que está o interrompendo, seu imbecil? — Ikki se irrita por Tatsumi impedir Mitsumasa de continuar falando.

— Pare de reclamar. Vamos lá, Nachi, é sua vez!

Nachi retira o papel e entrega a Tatsumi.

— Nachi você irá para as Montanhas Bomi, na Libéria!

— Libéria? Não parece muito agradável... – Diz Nachi lamentando.

— Cale-se. Ban, você é o último.

Ban coloca a mão dentro do baú e não encontra nenhum papel. Tatsumi estranha. Ele abre o baú e não consegue achar nada.

— Aioros já havia me dito que só havia 49 papéis.— Revela Mitsumasa. – Um dos locais selecionados foi destruído pelas forças naturais, levando de lá a armadura que procuravam.

O comentário de Mitsumasa só deixa os garotos ainda mais nervosos com o que os espera.

— Aioros me pediu que independente de qual garoto sobrasse, ele deveria seguir junto para o local de treinamento que o penúltimo sorteou, também independente do local sorteado.

— Muito bem. Então Ban, você irá junto com Nachi para as Montanhas Bomi, na Libéria.— Diz Tatsumi.

— Significa que entre Ban e Nachi apenas um será cavaleiro? – Pergunta Hyoga.

— Infelizmente sim. – Responde Mitsumasa.

Todos se olham e comentam sobre o ocorrido.

— Silêncio. Amanhã no fim da tarde vocês serão guiados até seus destinos. – Grita Tatsumi.

— Garotos após o fim de seus treinamentos vocês devem regressar com suas armaduras ao Japão, aqui na Fundação GRAAD. Terá um torneio muito importante que valerá algo muito valioso!— Revela Mitsumasa.

Os garotos vão para seus alojamentos. Ikki olha com fúria para Tatsumi, que não permitiu que Mitsumasa informasse sobre a Ilha de Andrômeda.

ORFANATO OS FILHOS DAS ESTRELAS

No dia seguinte logo pela manhã os funcionários do orfanato comentam entre si o ocorrido na Fundação GRAAD. Logo os órfãos ficam sabendo que os garotos selecionados para a Fundação serão mandados para diferentes lugares do mundo para treinamento. Seika se desespera.

— Não pode ser! Eu não posso deixar o Seiya ir embora!

— Acalme-se Seika. Ainda nem sabemos para onde o Seiya irá. – Mihu tenta a tranquilizar.

Um caminhão da Fundação GRAAD chega ao orfanato para buscar algumas caixas para levar para a Fundação. Mihu tem uma ideia.

— Seika eu irei entrar escondida em uma daquelas caixas. Eu irei encontrar Seiya.

— Isso é loucura Mihu!

— Eu farei. Também preciso ver o Seiya. Te darei informações. – Mihu sai correndo.

— Mihu... – Seika se impressiona.

Mihu espera a distração do motorista e salta dentro do caminhão, ficando entre as caixas. Logo o caminhão parte em direção a Fundação.

Pouco depois o caminhão chega à Fundação GRAAD. O motorista vai falar com o segurança, que o deixa entrar com o caminhão. Mihu salta do caminhão e anda devagar para não ser vista. Logo ela avista um galpão. Ela percebe vários garotos treinando e vê Seiya no meio deles.

— Seiya... Seiya! – Ela o chama tentando não chamar atenção.

Seiya olha de um lado para o outro procurando ver de onde o chamam. Ele não a avista fazendo Mihu chamar novamente.

— Seiya!

Seiya a vê. Ela acena para ele ir com ela até o jardim. Seiya a segue.

— O que está fazendo aqui Mihu?

— Vim escondida no caminhão que veio para a Fundação. A sua irmã está angustiada, você vai mesmo viajar para treinar?

— Sim. Eu vou para a Grécia. – Revela Seiya.

Mihu se assusta.

— Grécia? É muito longe...

— Sim. Mas me tornarei cavaleiro e ficarei muito forte para reencontrar minha irmã e dar a ela uma vida melhor. Como ela está?

— Está bem Seiya. Só ficou preocupada! – Responde a garota.

— Diga a ela que eu vou ficar bem. Que logo eu volto. – Seiya vira de costas.

Mihu segue Seiya.

— Só dela você vai sentir falta?

Seiya se vira e olha para Mihu. Ele coça a cabeça.

— Bem... Não sei... Também dos meus amigos aqui da Fundação.

Mihu se irrita.

— Então vá logo Seiya. Você não vai fazer nenhuma falta. Só a Seika vai sentir sua falta.

— Como você é chata. Vai embora, vai. Já me encheu muito. — Seiya deixa Mihu para trás e volta ao galpão. Mihu fica o olhando.