The Vance Trial escrita por Any Sciuto
Elisa bateu a mão contra o relógio despertador de sua cabeceira. Ela estava ansiosa pelo dia, o que não a impediu de dormir bem.
Se ela quisesse uma boa chance de fazer Leon Vance pagar por tudo o que ele fez durante os seis meses do caso ser montado, ela teria que estar em sua melhor forma.
Se levantando da cama, ela pegou o robe de seda rosa e deu um leve empurrão em Callen. O agente havia chegado do caso anterior da NCIS de Los Angeles há dois dias, mas ele parecia desgastado.
— Hora de acordar, Grish. – Elisa deu um beijo nele. – Prometo que essa noite eu compenso.
Ele se levantou, gemendo a contragosto e foi em direção ao banheiro, tomar seu banho e fazer a barba. Elisa havia deixado seu terno preto e gravata azul prontos para o dia seguinte.
Penelope estava deitada contra Luke, que observava sua garota. Ele ainda podia ver a marca onde Vance bateu a cabeça dela em uma parede antes de ser preso. Luke queria separar o homem com suas mãos.
Sua garota ficou duas semanas no hospital por causa da concussão que sofreu e Luke sentiu cada grama de medo em perder ela.
— Ei, Lu. – Ela o puxou para seus lábios e o beijou. – Sabe que dia é hoje?
— O primeiro dia do julgamento daquele traste. – Luke a deitou na cama. – Tenho certeza que ele vai pagar por tudo.
— Hmmmmm. – Ela gemeu e se afastou. – Por mais que eu goste de ter você me devorando, hoje a gente precisa ir e eu vou fazer valer a pena durante a noite.
Luke foi atras dela, mas Pen o deixou do lado de fora. Ele deu uma risada e pegou um porta-retratos sobre a estante e sorriu. Penelope, Thomas e Callen sorriam com carinho. Rossi estava de pé com as mãos no cabelo de Thomas e no pouco de cabelo de Callen.
Penelope havia sugerido uma pose estilo Naruto, uma vez que era uma coisa bem casual e com ela encarando Sakura, Thomas eternizou Sasuke e Callen foi como Naruto. Com direito a uma peruca que Penelope vetou.
Colocando-a de volta, Luke sentiu que depois dessa semana eles poderiam respirar mais calmamente.
Vance sair livre não era uma opção.
LJ Gibbs se levantou. Saber que Leon havia contribuído para a morte de Jenny não fez a dor diminuir. Na verdade, a velha ferida que ele tinha dentro de si voltou a abrir e começou a sangrar.
Ele sempre pensava na única noite que ele e Jen tiveram antes de ela ir para Los Angeles. A foto de sua paixão estava sobre sua mesa na NCIS desde o dia em que descobriram a participação de seu ex-chefe no caso.
O novo diretor, Steve era mais entrosado com o time desde que chegou transferido do Hawaii. Ele e seu codiretor eram bastante diferentes de Vance. Ao contrário do homem, eles não pulavam para fora do barco quando a equipe acabava com problemas.
— Gibbs, você está bem? – Abby o abraçou com carinho. – Eu fico feliz que tenha deixado Torres e eu ficarmos com você.
— Você sempre será bem-vinda aqui, filha. – Ele a abraçou. – Eu espero que Vance seja colocado na cadeia para a vida toda.
— Eu preferia que ele fosse executado. – Abby viu como Gibbs a olhou e resolveu mudar de assunto. – Está pronto?
— Claro. – Ele pegou a cópia da foto de Jenny que havia mandado fazer e suspirou.
Leno Vance parecia estar esperando um ônibus. Ele estava estranhamente calmo. Talvez porque fosse burro ou porque soubesse algo que ninguém ainda sabia. Fosse o que fosse, todo mundo esperava que algo acontecesse.
Any e Elisa entraram. Mesmo que Elisa fosse juíza, ela decidiu que seria parte do time da promotoria com Any. As vezes era bom ver as pessoas ruins chorarem de perto.
— Ora, ora. – Vance se levantou. – Chapeuzinho vermelho e Branca de neve.
— Desculpe, se está esperando que eu morda seu pescoço você perdeu a viagem. – Elisa revirou os olhos. – Tenho carne melhor para isso.
— Espero que saiba que eu consegui um advogado caro. – Leon sorriu. – Ele me cobra 2000 a hora.
— Uau, talvez a gente volte aqui quando ele cobrar os honorários não pagos. – Any sorriu e se sentou. – Fica afetada não, Lise. Esse Vance sempre acha que vai se dar bem.
O auditório do tribunal ficou lotado de agentes, ex-agentes e muitos repórteres no fundo da sala. Os jurados estavam a postos e tanto Callen quanto Sam sussurraram seus desejos de boa sorte.
Steve McGarrett e seu codiretor, Danny estavam lá também, a postos para defender todo mundo de sua agencia e também do FBI e o pessoal do Hawaii.
O silencio era algo que faria até o mais são ficar louco, mas no momento em que alguém tentava se levantar, a porta da sala onde a juíza estava se abriu e Elisa apertou contra si uma medalhinha que seu pai lhe deu.
Pride levou as crianças para longe de qualquer perigo. E aí de Vance se tentasse algo.
— Todos de pé! – O assistente da juíza gritou. – Este tribunal está em sessão. A juíza Martha Ellen Hamilton preside. O assistente dela, Luis Hamilton estará transcrevendo essa sessão.
— Podem se sentar. – A juíza revirou os olhos quando percebeu de quem era o caso. – Estados Unidos e promotoria contra Leon Vance por traição, múltiplas tentativas de assassinatos, 3 assassinatos e tentativa de esquartejamento.
Todos os que quase desconheciam as acusações olharam chocados para Leon. O homem exibia um sorriso estranho no rosto. Isso fez o sangue de algumas pessoas congelar.
— Senhor Vance, diante de todas as acusações, como o senhor se declara? – A juíza olhou para Vance, que se levantou.
— Inocente, doutora. – Vance voltou a se sentar e um alfinete era audível caindo no chão.
— Certo, esse vai ser um caso bem complicado. – Martha olhou para ele. – O senhor ainda rejeita a possibilidade de um acordo?
— Eu falo por ele, meritíssima. – O advogado se levantou. – Sim, ele rejeita qualquer possibilidade de um acordo. E isso não vai acontecer.
— Ok, a promotoria pode começar. – Martha deu voz para Elisa e Any.
— Obrigada, meritíssima. – Any começou a declaração. – Estamos aqui para poder provar a todo mundo que esse homem, o réu, cometeu os crimes já relacionados. Ainda não estamos acusando diretamente, mas tenho a certeza que as provas falarão por si mesmas. Todas as vidas que foram tiradas e todas as que esse homem tentou tirar precisam de justiça.
— Exatamente. – Elisa levantou e suspirou. – Especialmente a vítima número quatro. Eu gostaria que vocês olhassem para a menina dessa imagem. Seu nome era Violet. Tinha apenas dez anos. Eu e minha colega vamos provar que Leon Vance a matou na fuga.
Penelope se virou para Luke e começou a soluçar. Violet poderia não sua filha ou parente, mas ela tinha tudo pela frente. E saber que ele tirou a vida da pequena quando ele fugia depois de ter deixado ela inconsciente não ajudava.
Vance olhou para a foto, mas apenas deu de ombros.
Elisa precisou respirar um pouco antes de continuar. Se ela e Any conseguissem a pena de morte, ela mesma colocaria a injeção letal nele.
Mas por ora, ela controlaria seus sentimentos. A melhor parte e vantagem era a testemunha surpresa já arrolada nos autos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!