Celestial Cross escrita por WitchParfait


Capítulo 7
Vermelho




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— Do infinito rubro... trouxe a forma que o coração ordena, o desejo sai de suas possibilidades e encontra com a porta da realidade. O desejo trará uma nova forma de ataque, será nomeada como Infernum Supplicium, do fogo traga a punição aos devedores. Sua característica é utilizar do calor de minhas mãos e elevá-los a um patamar acima de tudo, uma energia volátil que pode carbonizar até o que não se deseja! 

Novamente digo coisas estranhas, dessa vez parecia mais um sinal de que ao menos eu respirava. O lugar era um escritório, sentado em uma cadeira avistei um relógio no alto da parede era esse o som que ouvi após ter usado o fogo? e na minha frente, alguém usava o computador 

— ...Com licen... - tento falar, mas sou interrompido pela figura 

— Calma, mocinha estou pegando sua ficha - diz a figura  

A minha cabeça doía, eu não tinha morrido aparentemente. Percebi que as mãos que digitavam não tinham carne... era o puro osso...internamente queria soltar o maior berro da minha pós-vida, mas por fora minha cara era bem boba. 

— Achei, deixa eu ver Nome: Capple Gênero: Masculino, ah desculpa por ter te chamado de garota, mas não me culpe só olha essa sua foto...- contínua a figura de mãos de osso - Ahem, idade: 16, novinho, em? Causa da morte: carbonizado... 

— E-Então r-realmente estou m-morto- Interrompi com uma voz trêmula    

— Calma garoto, não é tão ruim assim, é natural - a figura se estica e consigo vê-lo melhor... 

Era uma caveira, usava um terno cinza, com uma gravata com desenhos de caveira, suas abotoaduras eram pratas com mais caveira... 

— Vendo sua ficha... Vou direto ao ponto, eu sou a morte e você acaba de encerrar um contrato comigo! Só preciso completar seus dados... - a figura se explica- hmm acha que vai pro inferno, céu ou limbo, se quer confessar algo a hora perfeita é agora 

Sons irreconhecíveis, semelhantes a estáticas de televisão, saíram da minha boca. 

— Contrato? acho que foi isso que ouvi... então é o contrato da vida, ele expirou com a sua morte - continua a morte - Mas veja bem tenho esse pequeno contrato aqui comigo que posso estender sua vida... em troca de um favor, mas é claro se não quiser, o pós-vida é bacana também, tem a opção de negociar uma reencarnação! 

— Este-ender co-como?- Junto as minhas forças para tentar dizer algo coerente 

— Como posso explicar, só preciso que você derrote uma pessoa, aí você aproveita a sua vida do jeito que quiser, que tal? - a morte para pôr um momento e diz um pouco assustada - Olha, eu não sei mais pra quem apelar isso, mas entre lutar com essa pessoa ou ir pro inferno... o inferno é bem mais confortável, todavia eu preciso de você, então pense bem em sua escolha e considere o que te disse 

Aqueles infinitos dias foi como viver em um paraíso onde só tinha felicidade todos os dias, mas a máscara daqueles eventos uma hora teriam que cair. Sempre soube que havia algo de errado, talvez que estivesse morto ou em um coma, mas toda essa história de deuses e celestiais me fizeram refletir um pouco. Meu coração não mente, O meu irmão jamais cometeria esses atos tão horrorosos...  Será que tem algo a mais? Será o que for Zephyr, eu quero entender e estar ao seu lado... Sim, por isso eu quero viver... Vou fazer de tudo para entender essa coisa toda de celestial e mesmo que meu corpo vire cinzas, eu te prometo minha determinação em te ver não acabará! Me sentia pronto para entrar de cabeça no buraco e ir rumo ao inferno. 

— Eu aceito - falo, com a voz firme apesar do meu nervosismo - Eu farei o que for preciso para continuar minha busca. Eu lutarei contra essa pessoa, se for o que é necessário. 

A morte me dá uma caneta e um contrato, leio atentamente, ele dizia o seguinte: 

“Aquele que assina esse contrato, se recusa a fechar seus olhos e abraçar seu fim. Tudo deve morrer, independente do tempo e/ou espaço que ocupe. Apesar disso, se o cliente realizar a tarefa proposta pelo contratante, derrotar o anjo dos olhos de platina, poderá despertar no mundo uma segunda vez. Deve estar ciente dessa exceção e deve seguir conforme solicitado 

Grave na sua alma, Memento Mori.” 

Infelizmente a minha única escolha é seguir em frente então assinei o contrato. Em questão de segundos, retornei ao parque. Me levantei e avisto as cinzas, agacho perto delas e começo a balbuciar “Desculpas”, não eram vidas que precisam ir. Quando menos percebi, uma mão aparece em meu ombro e quando olho para trás... 

— M-Meu D-Deus, me me desculpe eu eu não quer.i..a desculpa!- digo desesperado 

— Acalme-se - diz Aria numa voz áspera e doce ao mesmo tempo - isso era de se esperar de uma bomba relógio como você, te subestimamos e esse é o preço que pagamos 

— S-seu amigo ... e v-você virou cinzas, eu sou um assassino, como você pode... e como está... 

— Onde você aprendeu a falar? Saiba que quando celestiais entram em batalha, eles estão prontos para dar seu corpo e alma pelo que acreditam, e você provavelmente terá o mesmo destino 

Respondi com o silêncio, Aria olha nos meus olhos e diz: 

— Se quer deixar de ser essa bomba, meu mestre pode te ajudar a se controlar - Aria joga um cristal, um portal se abre – Mas saiba, que o contrato da morte vale para mim também, não pretendo fazer nada contra você, mas se retornar aquela sala será por culpa sua 

— Mas quem é seu mestre? Qual o nome? rosto? lugar? É perigoso? E a morte? Você é uma aliada?  – falo tudo em apenas 1 segundo e 27 milissegundos 

— Garota! No lugar de tentar falar, fecha essa boca e vai logo - Aria diz furiosa e logo em seguida ela me chutou em direção ao portal 

Ao cair de lá continuo a olhar para ela, seu terno estava negro, suas estalagmites com um tom roxo claro, e seu frio parecia ter sumido junto... Seria isso, por que ela virou um fantasma? 


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Notas finais do capítulo

Fim do primeiro arco - infinitos dias.
Espero que tenha gostado.



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