musica do capítulo:

http://www.youtube.com/watch?v=7Oruslkokts&feature=related

 

(stay-Milei Cyrus)

 

a letra está lá embaixo como sempre!

 

 

 

 

 

 

-preciso de um teste de gravidez. –o homem me olhou estranho e deu um sorriso.

 

-espera que eu já trago um para você moça.- ele entrou em uma pequena porta, segundos depois voltou com uma caixinha na mão.- está aqui, mais alguma coisa?

 

-sim, um remédio para dor de cabeça. – eu precisava manter a farsa do remédio para James não perceber a verdade.

 

    Depois de comprar dois testes de gravidez e um remédio para dor de cabeça voltei para o carro com os dois testes escondidos dentro do casaco. Fiz questão de tomar o remédio na frente dele enquanto ele dava partida.

 

-então onde fica exatamente a casa da sua tia?- ele me olhou pelo retrovisor.

 

-fica a uma quadra daqui. - lhe indiquei o caminho.

 

   Alice não estava em casa e pelo que eu a conhecia deveria estar no shopping comprando varias coisas para o seu bebê. E se eu estiver grávida? Que Deus me ajude!

 

-vamos para casa?- ele perguntou quando voltei a entrar no carro.

 

-não, tem um parque aqui perto, você se incomoda de me levar?

 

-não senhorita.

 

   Precisava espairecer um pouco e esse parque era lindo. Vim uma vez quando visitei Alice antes do casamento. Era cedo e o sol não estava muito quente, a luz refletia no pequeno lago que tinha no meio do parque. Desci do carro e caminhei até lá, vi quando James sentou-se em um banco afastado e fingiu não estar me olhando. A paisagem era linda, meu coração ficava um pouco calmo só de contemplá-la.

 

    Várias crianças brincavam ali, algumas de bicicleta outras assustavam os pombos que tentavam ficar por ali. Algumas se lambuzavam tomando sorvete, outras brincavam no parquinho que tinha, todas sorriam.

 

   Um dia gostaria de trazer meu filho aqui. Mas o que eu estou pensando? Eu não estou grávida! Eu não posso estar grávida. O que seria de uma criança vivendo no inferno que estou?

 

  Tentei afastar esses pensamentos, afinal eu estava ali para esfriar a cabeça e não pensar em mais problemas. Caminhei em direção a um carrinho de sorvetes e pedi dois de chocolate. Sentei ao lado de James e lhe ofereci um sorvete.

 

-como sabe que eu gosto do chocolate? – ele abriu o sorvete.

 

-ando lhe espionando. – ele sorriu pela primeira vez, seu sorriso era branco e brilhante. James era um homem muito bonito, loiro e seus músculos ficavam marcados embaixo da sua camisa preta.

 

-parece que está fazendo um bom trabalho.

 

-não tanto quanto você. – ele escondeu o sorriso. – James, você tem filhos?

 

-não. – ele respondeu rápido demais.

 

-já pensou em ter?

 

-sim. – ele pareceu sincero.

 

-pelo que eu vi você não é casado, porque não casa e tem filhos? – o seu sorriso era triste e amargo.

 

-eu já tive um filho,mas ele morreu. – ele falou isso secamente.

 

-oh! Desculpe-me eu...

 

-não é sua culpa, então não tem porque pedir desculpas.

 

-como ele morreu?- eu queria muito não ter feito essa pergunta, mas já era tarde demais.

 

-por vingança. - ele fitou o vazio, parecia que James estava guardando tudo isso dentro dele, e eu fui a escolhida para saber tudo. – eu não sou um simples segurança, já fui matador profissional, não é uma carreira que eu me orgulhe, mas não posso fingir que não aconteceu. Em um dos meus trabalhos fui contratado para matar um homem muito rico, eu o fiz, um serviço de profissional. Eu era jovem na época e foi um dos meus primeiros serviços. O que eu não contava era que o idiota do cara que eu matei estava com o filho de dez anos, por pena eu não o matei também. Um erro. Essa criança cresceu e um dia se vingou de mim.

 

-ele matou seu filho? – estava pasma de saber toda aquela história.

 

-sim. Eu conheci Victória em um pequeno povoado, quando fazia um de meus trabalhos, foi amor a primeira vista. Passei dias pensando naquela mulher e em como ela era linda. Uma semana depois me declarei para ela e prometi que voltaria para buscá-la. Decidi ser um cara bom por causa dela, quando voltei dois meses depois ela estava grávida, imagine como eu fiquei feliz de saber que ela estava esperando um filho meu, o fruto do nosso amor. - por um segundo vi em seu olhar todo o amor que um dia vi nos olhos de Jacob. – alguns meses passaram e descobrimos que viria um lindo menino o nome dele seria Ryan. Mas não se deve ignorar o passado um dia ele vem cobrar o seu preço. Tinha acabado de chegar em casa com um presente para o nosso bebê, quando vi o corpo pálido de Victória em uma poça de sangue. O assassino dela deu três tiros na sua barriga e dois na cabeça.

 

-como você soube quem matou ela?

 

-ele deixou uma carta, de sete páginas. Cada página escrita um ano após a morte de seu pai.

 

-você o procurou?

 

-não. Eu tinha prometido a Victória nunca mais matar e sei que onde ela estiver está orgulhosa com a minha atitude. - ele tirou do bolso uma caixinha preta. - sempre levo comigo a lembrança do meu filho. - ele mostrou a pequena medalhinha com a imagem de uma santa e atrás o nome Ryan.

 

-ela está orgulhosa de você, eu tenho certeza. – ele deu um sorriso de agradecimento. Ficamos em silêncio por um tempo cada um com sua dor e seus pensamentos perdidos até ele me fazer uma pergunta.

 

-por que Sam faz isso com você?

 

-por que ele sabe de um segredo da minha família. Algo que poderia acabar com a nossa vida, eu sou uma espécie de “preço” pelo silêncio dele.

 

-da para perceber que você não o ama. Você já amou alguém? – eu não queria responder, mas ele me contou toda sua vida e eu não podia mentir para ele agora.

 

-sim. Não só amei como ainda amo muito um homem, mas não podemos ficar juntos ele vai embora um dia e espero que se esqueça de mim. Eu sei que nunca vou esquecê-lo nem deixar de amá-lo.

 

-é o pai do seu filho? – ele tirou do bolso a caixinha rosa do teste de gravidez e me mostrou. Devo ter esquecido dentro do carro e ele viu! Droga, mil vezes droga. Fiquei parada, congelada na frente dele, um suor frio passou pelo meu corpo e o medo me completou. – fica fria eu não vou dizer nada a Sam.

 

-por que não? – foi só nisso que eu consegui pensar. As palavras saíram rápido demais.

 

-porque já fiz uns trabalhos para o pai de Sam antes de conhecer Victória. E sei pelo que vejo que Sam e tão idiota quanto o pai.

 

     Fiquei com medo de falar mais alguma coisa, depois nós almoçamos em um restaurante por lá, ainda em silêncio. Tinha medo que James contasse algo para Sam, por um segundo pensei que toda a história que ele me contou fosse mentira e isso era só mais um trabalho dele. Precisava fazer o teste para me certificar de uma vez por todas que aquilo era coisa da minha cabeça e contar a James, ai ele não teria nada de novo para contar a Sam, afinal ele sabia que eu amava Jacob. Não poderia fazer o teste em casa, pois meus pais poderiam desconfiar de algo, e isso era uma coisa que eu não queria que eles se envolvessem.

 

- me leve até a casa de Kim, é duas ruas depois da casa de Sam. - falei quando ele já estava a caminho de casa.

 

    Ela era a única pessoa que eu pensei para me ajudar. O carro estacionou em frente a casa de Kim. sai do carro e toquei a campainha rezando para ela está em casa e não ter saído com o namorado, para minha sorte ela atendeu a porta e se assustou com a minha visita.

 

-ness? O que você faz aqui?- ela olhou para o carro parado na frente da sua casa.

 

-posso entrar?

 

-claro, entre. Os meus pais saiam e só voltam a noite. – que bom!- mas ao que devo a honra da sua visita?

 

-preciso de sua ajuda.

 

- para que?- tirei a caixinha do bolso do casaco e coloquei sobre a mesa. Ela abriu os olhos assustada. – é de Sam?

 

-jacob. – ela assentiu com a cabeça.

 

    Ela me ajudou a ler as instruções porque eu estava muito nervosa. Depois me mostrou onde ficava o banheiro. Fiquei me olhando por meio minuto no espelho, tentando reconhecer aquela menina pálida que me fitava assustada do outro lado da imagem. Respirei fundo e segui o que dizia as instruções. Segui as instruções, mesmo demorando um pouco para conseguir urinar naquele troço, pois estava muito nervosa. Fiz os dois testes porque queria a confirmação. Quando acabei voltei para sala e entreguei o teste para Kim, se a ponta ficasse azul era positivo e se ficasse amarelo era negativo. Pedi aos céus para ficar amarelo e não precisar me preocupar com mais isso. Nós ficamos nos encarando ansiosas por dois longos minutos até ela olhar para os dois testes, voltou e me encarou por um segundo.

 

-azul, azul...- ela mostrou os testes.- o que você vai fazer?

 

-eu não sei...- eu estava completamente atordoada.- eu preciso pensar, obrigado pela ajuda Kim, mas eu preciso ficar um pouco só, será que da para você se livrar deles para mim?

 

-claro, depois me conte o que vai fazer.

 

-claro muito obrigado por tudo.

 

   Pedi para James me levar até a trilha dos penhascos eu precisava pensar um pouco antes de decidir o resto da minha vida. A vista ainda era a mesma, quanta coisa boa e ruim aconteceu aqui comigo, e eu estava de volta para tomar mais uma decisão difícil. Sentei-me em uma rocha e fitei o mar, pedindo a ele para me dar forçar e decidir o que seria certo.

 

     Toquei minha barriga e uma onda de amor infinito invadiu meu corpo e meu coração, um sorriso escapou dos meus lábios. Eu precisava proteger aquela criança de qualquer mau que pudesse alcançá-la, e esse mau se chamava Sam Uley. O que ele faria quando descobrisse que eu estava grávida? Ele nunca aceitaria um filho de Jacob. Por outro lado eu não podia deixar ele me denunciar, eu poderia perder a guarda do meu filho quando ele nascesse.

 

   Mas eu teria que fazer isso pelo meu bebê, e só havia uma pessoa que poderia cuidar dele com tanto amor quanto eu amaria. A única pessoa que poderia protegê-la de tudo e de todos. Jacob.

 

   Voltei para o carro, James me esperava com o som ligado. Entrei e sentei no banco da frente.

 

-James, se você pudesse voltar no tempo e ter escolhido entre a vida do seu filho e a sua vida o que você faria?

 

-escolheria a do meu filho e não pensaria duas vezes nisso.

 

-eu também, por isso preciso que você faça algo por mim.

 

 

***

 

PDV-Jacob

 

 

   Perdido e sozinho me sinto uma criança abandonada. Queria fugir de tudo isso que me rodeia, queria fugir dela dos seus pensamentos, queria não amá-la tanto. Queria não quebrar meu coração toda vez que penso nela com o outro, queria que essa dor sumisse e me deixasse viver em paz.

 

   Passou na TV um comercial engraçado, eu até riria se conseguisse, mas meus lábios se recusam a fazer isso. No comercial um gênio saia de uma lâmpada mágica e dava três desejos a um garotinho e ele respondia que queria os brinquedos da promoção do comercial. Se esse gênio me desse três desejos pediria:

 

*que ela voltasse

*que me amasse

*e que nunca mais saísse de perto de mim

 

   Cada segundo do meu dia era dedicado a ela, cada pensamento que eu tinha era sobre ela. Agora sei como meu pai se sentiu quando minha mãe morreu. A dor dele era imensa, mas ele tinha os filhos para ser uma extensão do amor que ele sentia pela minha mãe, mas e eu o que tenho?

 

   Apesar de amá-la dessa forma quase doentia ela tinha me magoado muito, me usou e jogou fora como qualquer um e me mostrou que eu não era nada. Iria viver minha vida toda me martirizando por não ser tão bom para ela quanto eu pensei que fosse possível. O seu cheiro ainda estava nos meus lençóis depois de tanto tempo, tentei lavar, mas o cheiro não saiu acho que isso é coisa da minha cabeça. Fico pensando o dia todo nela que posso sentir o seu cheiro, o seu olhar, a sua voz, o seu toque em qualquer lugar ou em qualquer coisa que eu faça.

 

   Esta pensando nela de novo quando alguém bateu na porta. Se fosse a Kim ou a Claire mais uma vez para perguntar se eu estava bem seria capaz de enxotá-la a ponta pés. Para minha surpresa um homem loiro e com um olhar estranho estava do outro lado.

 

-pois não?- perguntei quando ele olhou para dentro da minha casa, talvez procurando algo.

 

-você é Jacob Black?

 

-sim, e o senhor quem é? – perguntei curioso.

 

- James, um amigo.

 

-amigo?

 

-posso entrar? – ele deu um meio sorriso.

 

-pode, entre. - fiz sinal com a mão para ele sentar no sofá e me sentei em uma poltrona.- então o que posso fazer por você?

 

- o que você sente por ela?

 

-ela quem?- não estava entendendo nada.

 

-Renesmee. – a dor começou a incomodar só de escutar seu nome.

 

-e quem é você para querer saber o que eu sinto por ela? – estava muito mal de ter escutado o nome dela.

 

-por que você a deixou ir embora?- que espécie de pergunta é essa?

 

-ela foi embora por que quis. – que brincadeira sem graça é essa?

 

-mas se você a amasse de verdade não a teria deixado ir.

 

-você não tem direito nenhum de vir na minha casa e falar sobre o que era para eu ter feito.– levantei e puxei o homem pela camisa pronto para lhe dar um soco.

 

-eu sei o que é amar alguém de verdade e nunca teria a deixado ir embora. – ele disse isso e não pude conter uma lágrima de cair dos meus olhos.

 

-sua mulher não te traiu com um amigo. – falei secamente.

 

-você deixou que ela se explicasse? – vi um filme daquela noite, vi ela tentando falar algo, mas eu estava tão atordoado que não dei chances dela se explicar. Soltei o homem e ele voltou a sentar-se com se nada tivesse acontecido. Sentei na poltrona e pus meus cotovelos sobre os joelhos, cobri o rosto com as mãos para ele não ver minha expressão de angustia.

 

-poderia ter sido diferente, se você deixasse ela se explicar. - ele falou calmamente. – você a ama de verdade?

 

-amo mais do que a mim mesmo. – não sei por que, mas senti necessidade de falar isso para ele. – daria minha vida por ela, acho que já estou perdendo a vida, mas tudo o que quero e vê-la feliz seja com ele ou com outro qualquer.

 

-então venha comigo. - ele se levanto e abriu a porta.

 

-para onde? – tirei a mão do rosto.

 

-não faça perguntas só venha comigo.

 

“Bem, é bom ouvir a sua voz

Eu espero que você esteja indo bem

E se você já se perguntou

Eu estou sozinha aqui hoje à noite

 

Perdida aqui neste momento

E o tempo continua deslizando

E se eu pudesse ter apenas um desejo

Eu desejaria ter você ao meu lado

 

Oh, oh eu sinto sua falta

Oh, oh Eu preciso de você

 

E eu te amo mais

Do que eu amava antes

E se hoje eu não ver seu rosto

Nada mudou, ninguém pode tomar seu lugar

Fica mais difícil a cada dia

 

Diga que me ama mais

Do que você amava antes

E me desculpe, é desta forma

Mas eu estou voltando para casa

Eu estarei voltando para casa

E se você me perguntar eu vou ficar

Eu vou ficar

 

Bem, eu tento viver sem você

As lágrimas caem dos meus olhos

Estou sozinha e me sinto vazia

Deus, eu estou dilacerada por dentro

 

Eu olho para as estrelas

Esperando que você esteja fazendo o mesmo

De alguma forma me sinto mais próxima

E eu posso ouvir você dizer:

 

Oh, Oh, eu sinto sua falta

Oh, Oh, eu preciso de você.

 

Eu te amo mais

Do que eu amava antes

E se hoje eu não vejo seu rosto.

Nada mudou, ninguém pode tomar seu lugar

Tem ficado difícil todos os dias

 

Diga que me ama mais

Do que você amava antes

E me desculpe, é desta forma

Mas eu estou voltando para casa.

Eu estarei voltando para casa

E se você me perguntar eu vou ficar

Eu vou ficar ..

Ficar sempre ..

 

Eu nunca quero perder você

E se eu tivesse que escolher, seria você

Então fique, por favor, fique sempre

Você é o único que me segura

Meu coração vai parar sem ... você ...

 

Eu te amo mais

Do que eu amava antes

E se hoje eu não vejo seu rosto.

Nada mudou, ninguém pode tomar seu lugar

Tem ficado difícil todos os dias

Diga que me ama mais

Do que você amava antes

E eu sinto muito que é assim

Mas eu estou voltando para casa.

Eu estarei voltando para casa

E se você me perguntar eu vou ficar

Eu vou ficar ..

Eu sempre fico ..

 

Eu te amo mais

Do que eu amava antes

E eu sinto muito que é assim

Mas eu estou voltando para casa.

Eu estarei voltando para casa

E se você perguntar eu vou ficar

Eu vou ficar

Eu vou ficar ...”

 

    (Stay- Miley Cyrus)