Por caber em um abraço. escrita por Adnoka


Capítulo 1
Por caber em um abraço (Capitulo único)




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Tem muitas coisas que podemos fazer pra passar o tempo e distrair a mente e para mim jogar é o que me ajuda e anima.

Joguinhos mobile ou no PC/console não importa eu sempre que posso estou jogando alguma coisa, nos intervalos dos meus afazeres ou quando estou tranquila em casa.

Talvez por conta disso eu esteja sempre muito no meu mundinho, sem prestar muita atenção no meu redor, mas para mim está tudo bem por que só fico assim quando não tenho coisas importantes pra fazer como por exemplo agora.

Estou na editora, e meu trabalho é encontrar os melhores escritores, os melhores trabalhos, fechar contratos entre outras coisas, então não é como se eu vivesse só jogando, mas agora estou no terraço como faço todos os dias aproveitando meu horário de almoço pra cumprir missões no jogo e nesses momentos e como não vem muitos funcionários aqui é como se eu estivesse sozinha no mundo então digamos que aqui é meu refúgio.

Enquanto jogo estou organizando mentalmente alguns contatos que preciso fazer pois tem um escritor que está dando trabalho para nos enviar a sequência de seu livro, e um outro mais famoso que preciso contatar pois ele resolveu publicar sua biografia e tem muitas editoras de olho nele então precisarei ser rápida.

Nossa equipe é toda muito ocupada, todos estão sempre correndo, mas nós nos ajudamos muito em tudo e é com isso que vou contar para conseguir fazer tudo que preciso nos prazos.

O meu plano é me encontrar com os dois escritores que preciso conversar só que um mora na praia e o outro no campo, um longe do outro e eu estou bem no meio dos dois então precisarei fazer duas minis viagens até eles.

“Preciso falar com meu chefe depois...” falo em voz alta, mas distante apenas reproduzindo meu pensamento

— Quando acabar sua partida vá a minha sala e serei todo ouvidos — Ouço sua voz bem atrás de mim e estremeço devido ao susto, mas também a sua presença que eu não havia notado antes.

O Jeong In (ou só I.N) como ele sempre diz preferir ser chamado era o nosso chefe desde sempre e todos nós gostamos de trabalhar com ele, ele nos incentiva, é sempre justo e também muito animado, ele adora histórias, romances ou não, não importa e o fascínio dele nos fascina também.

— Ah você estava aí me desculpe eu não o notei antes.

— Eu percebi, você está sempre muito imersa em tudo que faz quando não no trabalho em seus jogos, e é por isso que gosto de você Moon.

Mesmo sendo meu chefe a tanto tempo era muito difícil olhar pra ele sem reparar em sua beleza e me perder nela nem que fosse por alguns breves segundos e foi o que fiz a seguir.

Não muito mais alto que eu, pele branca e cabelos pretos que dão muito destaque no seu rosto que é extremamente marcante, olhos “rasgadinhos” que são um charme e muito penetrantes, uma boca grande dona de um sorriso ainda maior e quando ele sorri todo seu rosto sorri junto em concordância o que o torna irresistível cem por cento das vezes e o que mais gosto nele, seu maxilar completamente bem marcado que deixa o seu rosto ainda mais másculo a pesar do tom angelical que ele carrega e tudo isso em um corpo muito bonito o que o torna ainda mais harmonioso de se olhar.

Posso dizer que já tive “uma queda” por ele por mais vezes do que gostaria devido ao tempo que trabalhamos juntos, mas no momento isso não existe mais o que não o faz menos bonito.

— Mas se você quiser podemos falar aqui mesmo, seu horário de almoço já acabou? — Ele é sempre muito interessado em tudo que envolve nosso trabalho então eu sei que ele está curioso.

— Ainda tenho dez minutos — Falo sorrindo — Mas eu só ia pegar um café e voltar então podemos falar sim.

— Fique aqui eu já volto — Ele fala e se vira saindo do terraço.

Como tenho dez minutos eu fico e volto a jogar, mas não demora muito ele retorna com dois cafés um para ele e um para mim o que me deixa animada, mas também surpresa.

— Ah não precisava Jeong In — Quando fico sem jeito falo o nome dele de forma formal o que sempre o faz rir.

— Se me chamar assim de novo bebo o seu café também — Ele fala já me entregando meu café e nós dois rimos.

— Me desculpe I.N mas realmente não precisava.

— Você precisa falar com dois escritores certo? Eu sei porque estou de olho neles também — Ele realmente tinha todo o fluxo de trabalho de toda a equipe sempre afiado em sua mente o que o torna sempre brilhante como chefe.

— Sim preciso, e era sobre eles que queria falar com você, eu preciso me encontrar com os dois o que tem sido bem difícil então vou até eles e aí não terá como eles fugirem o que o senhor acha disso? — Eu falei “SENHOR”? Eu estou nervosa?

— Senhor? Me dá seu copo aqui! — Ele só se diverte comigo — Se eu me acostumar a ser chamado assim e virar um chefe chato a culpa será toda sua Srta. Yong Moon.

Acho que falar com ele ali no terraço depois do meu momento de relaxar enquanto tomamos um café me deixou desconfortável então me desculpo.

— Nossa eu acho que não estou mesmo bem hoje, me desculpe — Falo sorrindo.

— Tudo bem estou só me divertindo com você vamos voltar ao seu plano, o Peter mora no litoral certo e o Reymond no campo e você precisa persuadi-los então temos dois contextos e dois mundos diferentes nos quais você precisará estar em poucos dias certo? — Ele fala mais absorto em pensamentos do que comigo enquanto contempla o nada o que o deixa muito atraente e quando ele me olha descobre que o estou encarando e sorri.

— É basicamente isso, então por isso que eu queria falar com você, preciso ir o quanto antes até eles, mas não quero ir sozinha vou precisar de alguém da equipe para ir comigo e reversarmos na direção —Ele está me olhando atentamente.

— Okay, eu vou com você então — Ele já se decidiu.

Não sei por que isso me deixou sem jeito, mas sinto que posso explodir de tão quente que meu rosto está agora.

— Ah não I.N não precisa se incomodar, você deve ter muito o que fazer aqui não sei quanto tempo vou levar, mas prometo ir e voltar o mais rápido que eu puder.

— Eu sei de sua competência, mas você precisará de um motorista, e olhando o estilo dos dois escritores estarmos juntos será melhor para abordá-los e também eu estou precisando passear um pouco afinal quanto tempo faz que não faço essas coisas? — Ele percebe que vou dar a desculpa da supervisão do trabalho das equipes, mas já está preparado para isso — E quanto a equipe todos os supervisores de setor estão aí então tudo correrá bem e serão só alguns dias.

Eu acho que não terá como fazer ele mudar de ideia.

— Então se você vê dessa forma quando podemos ir? — Pergunto muito sem jeito, mas não terá mesmo o que fazer e de fato, quando comecei a trabalhar aqui sempre que eu fazia essas “viagens” era ele quem ia comigo até pra me passar confiança e mostrar como era o estilo de seu trabalho, como ele gostaria que a imagem da editora fosse representada, então sempre íamos juntos.

— Podemos ir já amanhã se quiser pra onde você quer ir primeiro? — Ele vai deixar o plano comigo então ótimo ficarei à vontade pra fazer como planejei — Vai ser bom para nós, relembrar os velhos tempos de trabalho, e eu sempre gosto de te ver em ação.

Hoje particularmente estou desconcertada com ele.

— Quero primeiro falar com o Peter, com ele será mais fácil resolver, e aí depois com o Reymond estarei sem mais nenhuma preocupação que não seja conseguir essa biografia para nós — Falo de forma determinada o que anima o I.N.

— Ótimo, então amanhã passo na sua casa umas oito horas e aí vamos — Ele se levanta e pisca para mim — Vou indo na frente tome seu café e desça depois de mim.

E assim ele sai.

Mas o que foi isso? É o que fico pensando enquanto termino meu café, realmente fazia muito tempo que não resolvíamos coisas assim juntos pois a editora cresceu e ele é o chefe/dono então tudo passa por ele e ele acabou ficando sem tempo, mas eu entendo que ele deve sentir falta da verdadeira ação em campo que fazemos sempre.

Depois de um longo fim de expediente organizando tudo que precisava antes de ir embora finalmente termino, pego minhas coisas e vou para casa.

No elevador com meus colegas o assunto é sobre as viagens e todos estão empolgados pelo contrato novo que tanto queremos e pela continuação do nosso líder de vendas da última edição então decidimos ali mesmo irmos todos jantar juntos em um restaurante legal que fica no “meio do caminho” para todos e quando saímos do elevador o I.N está lá fora e pergunta por que estamos tão animados, falamos do jantar e ele vai com a gente.

— Está tudo muito bom, mas eu preciso ir embora gente, amanhã sairei cedo então não vou abusar — falo deixando minha parte do valor do jantar e já me levantando antes que as objeções cresçam e eu tenha que ficar mais.

— Vou com você Moon — ele me devolve o dinheiro que coloquei na mesa e diz aos caixas do restaurante — O jantar da equipe aqui é por minha conta hoje, eles vão continuar aqui então acerto depois com vocês.

A equipe fica toda animada com o pronunciamento e então nos despedimos e saímos de lá.

— Vem vou te levar em casa — Ele fala em um tom cuidadoso como se tivesse a obrigação de fazer isso.

— Não precisa se preocupar, eu não estou longe de casa, vá descansar amanhã saímos cedo.

Ele parece não se importar com o que falo.

— Vem logo não vai demorar, deixo você lá e vou embora — Ele me pega pela mão e me leva pro carro dele.

Como disse não era longe então chegamos rapidamente como eu imaginava.

— Obrigada I.N — Falo já pronta para descer do carro.

— Amanhã as oito hein mocinha, não se atrase — Ele sorri e acena para que eu saia do carro.

— Sim chefe! — sorrio de volta e desço.

Ele me espera entrar em casa e vai embora.

O dia de hoje é deixado de lado pois agora o que quero é tomar um banho e ir pro meu jogo favorito da vez o “mythical elves RPG” quero pelo menos cumprir minhas missões diárias antes de ir dormir e é o que eu faço.

Depois do banho tomado já com meu pijaminha confortável e tudo arrumado para amanhã pego meu celular e entro no jogo.

Nas mensagens tem aviso de novo membro do clã e como eu sou a líder preciso aceitar o membro novo.

“Lindir Oinsin quer se juntar ao clã Eternal”

Que nome de personagem bonito penso enquanto olho o perfil dele e vejo que ele já é bem avançado no jogo o que vai ser bom para o clã então eu o aceito e vejo que ele está online.

“Novo membro: Lindir Oinsin: Obrigada por me aceitar no clã, tem alguma missão de clã pra cumprir? Podemos ir juntos.”

“Líder: Arwen: acredito que tenha, vamos ver aqui e se tiver podemos fazer juntos sim.”

E com isso ficamos um bom tempo jogando e conversando e eu gostei desse jogador ele é bem divertido, mas também um ótimo player para fazer as missões conjuntas, mas eu percebo que já está ficando tarde então me despeço e saio do jogo.

E no dia seguinte como combinado as oito em ponto o I.N está na porta da minha casa me esperando.

— Bom dia Srta. Moon — E desce do carro para pegar minhas coisas e colocar no porta malas — Só vai levar isso? Tem certeza? — ele realmente parece impressionado.

— Acha pouco? Não pretendo demorar mais de dois dias então acho que isso dá — Falo de forma pontual por que meu plano mesmo é voltarmos antes do final de semana.

— Bom não voltaremos antes do final de semana, falei com o Reymond e ele vai nos apresentar a casa de campo dele e se precisar passaremos o final de semana lá.

Essa me pegou de surpresa, não era minha intenção mesmo e acho que ele percebeu como fiquei.

— Se você não quiser ficar não precisamos, nas você entende que com ele pode ser que não role jogo rápido né? —E apesar da relutância em que eu me encontrava eu não podia negar que o I.N tinha razão.

— Sim entendo, mas não quero te afastar por tempo demais e...

O I.N vem até mim segura minhas mãos agitadas, sorri e me acalma.

— Vamos fazer nosso trabalho e vamos aproveitar o processo, fique tranquila estaremos juntos e eu estarei em contato com a editora o tempo todo então entre no carro tem café pra você lá.

Ele sabia que eu seria vencida pelo café.

— Okay vamos.

— Isso mesmo, vamos.

E assim partimos rumo ao primeiro destino.

Durante a viagem conto o plano de abordagem que usarei com o Peter que apesar de simples poderá desprender de tempo pois ele está fugindo da gente.

— Olha ouvindo você acho que vou ficar mais distante nessa, talvez ele fique mais à vontade com seu jeito gentil e o resultado seja mais eficaz, mas não se preocupe estarei por perto.

Não sei se é impressão minha, mas o I.N está mais atencioso comigo ultimamente, o que me deixa feliz.

— Ta certo, concordo com você, acho que será mais eficaz deixa-lo o mais à vontade possível então acredito que posso fazer isso sozinha — Falo realmente animada, de repente percebi o quanto tempo fazia que não saía nessas intervenções pela editora, e lembrei o quanto eu amava fazer isso.

— A Srta. Moon está realmente animada, gosto de vê-la assim — Ele me olha rapidamente e sorri pra mim o que me faz engolir seco pois o olhar dele me lembra o quão acho ele bonito — Espero mesmo que a gente consiga fazer tudo dar certo.

Esse também era o meu desejo.

— Vamos conseguir Sr. I.N — Falo em meio um sorriso por tê-lo chamado propositalmente de Sr. — Afinal sou sua melhor funcionária.

Ele sorri de volta entendendo minha brincadeira.

— A melhor sem dúvida alguma.

E depois de um tempo chegamos na praia onde o Peter mora, e ao descer do carro vejo que lindo que é aqui.

Eu gosto muito de praia, mas precisarei me manter focada pois vim a trabalho e ainda por cima estou com o chefe.

Meus pensamentos são cortados pela voz do I.N.

— Aqui é realmente muito lindo.

—Sim, eu estava pensando nisso.

— Vi seu olhinho brilhando, quando resolvermos tudo podemos aproveitar um pouco se quiser.

— Imagina I.N vamos nos atentar ao trabalho e depois seguirmos para o nosso próximo destino — Não quero que ele pense que estou me aproveitando da viagem.

— Ei, respire fundo, só vamos fazer o que viemos fazer e se der para aproveitar um pouco não tem problema — Ele está bem sossegado quanto a isso.

— Tudo bem me desculpe, vou relaxar mais prometo.

— Que horas você vai encontrar o Peter?

— As treze horas para o almoço.

— Então temos tempo —Ele fala me pegando pela mão — Vem comigo.

Eu não tenho outra coisa a fazer se não seguir com ele para o outro lado da rua e agora com os pés na areia ele me encara sorrindo.

— Vamos não seja estraga prazeres eu aposto que essa era sua vontade desde que chegamos — E ele mais uma vez estava certo.

Eu sorrio de volta para ele e vou até a beira do mar com meus tênis nas mãos para molhar meus pés e ele vem atrás de mim fazendo o mesmo.

— Vamos nos sentar ali, pedi para trazerem um café para nós.

Eu apenas sorrio com ele.

O café chega, e eu fico boba de quanta coisa ele pediu, frutas, torradas geleias, suco, café como se ele tivesse transferido um café de hotel para onde estávamos, pois tinha mesmo de um tudo.

— Coma, vai demorar um pouco ainda até o almoço e você precisa se alimentar.

Eu mal o respondo, nessa altura tudo aquilo me deixa com um sentimento estranho.

Por que ele está sendo tão gentil e atencioso comigo? Não que ele não fosse sempre assim, mas ou eu estou enganada ou tem um pouco a mais de cuidado rolando aqui.

As horas passaram e eu aproveitei como pude, mas agora precisava me encontrar com o Peter e resolver essa questão para partirmos para a próxima.

Minha conversa com o Peter foi bem proveitosa, ele me explicou seus motivos para seu “bloqueio artístico” e eu o ajudei com alguns assuntos o que o fez querer voltar a terminar logo sua escrita então dei uma flexibilidade no prazo dele o que o fez ficar agradecido e garantir que terminaria a obra a tempo o que fez minha primeira tarefa ser bem sucedida e agora o I.N se junta a nós para almoçarmos, pois explico ao Peter que dali partiremos para falar com outro escritor e é o que fazemos.

Comemos, agradecemos e partimos.

— Outro dia te trago aqui com mais calma.

O que ele está fazendo?

— Não se preocupe comigo, vamos conseguir aquela biografia!

Ele sorri de maneira descontraída

— Vamos! Esse é o espírito!

Após muitos anos com publicações verdadeiramente incríveis o Reymond sumiu por um bom tempo encerrando sua carreira, sem motivos explícitos, apenas sumiu, mas agora decidiu voltar com sua biografia que com certeza revelará os motivos reais de seu sumiço e por isso todas as editoras o queriam, o que tornará nossa tarefa mais difícil.

A viagem da praia até a casa de campo do Reymond era mais longa e cansativa e mesmo revezando na direção já era noite e tanto o I.N quanto eu estávamos cansados.

— Srta. Moon estou cansado — Ele fala com a voz mais pesada — Vamos parar e dormir pelo caminho o que acha?

— Vamos sim, dirigir cansado não dá então é mesmo melhor continuarmos pela manhã — Eu também estou exausta.

Encontramos um lugar para dormir ele alugou os quartos para nós e fomos nos deitar.

— Você foi realmente incrível com o Peter hoje Moon, incrível de verdade ele com certeza está tão grato a você quanto eu.

—Não fiz nada demais só o lembrei de seu potencial — Falo agradecida pelo elogio.

— Não seja modesta e vá descansar, boa noite — Ele de forma automática me dá um beijo na testa ao me desejar boa noite o que me assusta e ele percebe — Sua vez — Agora ele abaixa a cabeça para que eu o beije também, mas eu só o empurro dando risada.

— Boa noite chefinho.

Já no quarto fico me perguntando se eu estou imaginando coisas ou se o I.N está realmente agindo de forma mais explicitamente carinhosa comigo e para mandar esses pensamentos para longe decido jogar um pouco antes de dormir.

Quando entro no jogo o Lindir Oinsin já está online.

“Lindir Oinsin: estava te esperando para cumprir missões vamos ganhar pontos extras se fizermos juntos.”

“Arwen: Okay vamos nessa!”

E mais uma vez passamos o tempo jogando e eu estava realmente gostando de jogar com esse Lindir Oinsin ele era um bom player com muitas habilidades.

Lindir Oinsin: Posso te perguntar algo sobre a vida?”

“Arwen: Claro, se eu puder ser útil.”

Lindir Oinsin: Como faço para declarar meus sentimentos para alguém que amo a muito tempo?”

Essa pergunta me pegou, eu sou muito ruim em relacionamentos acho que não vou conseguir ajuda-lo, mas tento mesmo assim.

“Arwen: Não vá com muita cede ao pote para não assustar, mas também não enrole demais, seja sincero e espere pelo melhor.”

Lindir Oinsin: Okay, obrigado. Bom dessa vez eu que me despeço primeiro, estou cansado e amanhã acordo cedo, obrigada pela play”

E com isso ele vai, e eu decido ir também, estou bem cansada e preciso dormir.

E pela manhã o I.N e eu pegamos a estrada novamente.

— Dormiu bem? — Ele pergunta assim que me vê.

— Dormi sim e você?

— Estou renovado e pronto para irmos, tomamos café no caminho pode ser?

— Por mim tudo bem.

Seguimos viagem e depois de um tempinho no carro encontramos uma bela parada para tomarmos café.

— Posso te perguntar uma coisa? — Ele com certeza vai me perguntar de qualquer jeito então só aceno com a cabeça de forma positiva — Você está com alguém?

Eu me engasgo com sua pergunta inesperada, por que isso do nada?

— Não, estou sozinha — Respondo sem hesitar, pois, para mim é algo bem normal.

— E está interessada em alguém?

Eu ri com sua pergunta e brinquei com ele.

— Ah eu estava até ontem por um carinha do jogo, mas ele está amando outra pessoa então eu deixei pra lá.

— Ele é quem está perdendo — Meio descontraído, meio tenso, era assim que o I.N estava agora.

Seguimos viagem e agora só pararíamos quando chegássemos ao nosso destino final.

Definitivamente uma viagem mais longa, porém com uma bela vista a nossa frente, passamos por lindos campos de flores que nos deixava boquiabertos e com assuntos muito aleatórios ao trabalho, mas passando-se as horas de viagem a fome chegou e tivemos que parar para almoçar pois ainda não estávamos perto do nosso destino.

Encontramos um lugar muito aconchegante e decidimos parar ali pra comer.

— Finalmente almoçar — O I.N se espreguiça todo no banco do passageiro o que o faz parecer uma raposinha fofa.

— É finalmente, preciso esticar as pernas, vamos descer.

Descemos e somos recepcionados por uma senhora muito bonitinha.

—Sejam bem vindos, espero que o casal curta nossos serviços.

Eu estou prestes a abrir minha boca pra explicar que não somos um casal quando o I.N passa seu braço pelos meus ombros me envolvendo em um meio abraço enquanto sussurra no meu ouvido “segue a onda”.

— Muito obrigada Sra. estamos com muita fome e minha namorada ama flores então decidimos que aqui seria romântico e perfeito para almoçarmos.

Mas que diabos o I.N está fazendo, a Sra me encara e eu muito sem jeito apenas sorrio para ela em resposta ao apertão que ele dá em meu ombro.

—Vou preparar um bom lugar para vocês vamos entrando.

Entramos não sem antes eu olhar brava para o I.N que nitidamente está se divertindo e vemos que o lugar era realmente lindo, e também uma espécie de pousada.

— Aqui, sentem-se! Esse lugar é o melhor que temos, tem vista ampla para o nosso campo de flores, se quiserem depois podem visitar também —Ela fala com uma carinha de quem ama casais apaixonados e foi essa sacada que o I.N teve, por isso o fingimento.

— Agradecemos Sra. mas não vamos nos demorar, temos que voltar a estrada senão não chegaremos ao nosso destino hoje.

O I.N não fala nada é a Sra. quem intervém olhando para ele.

— Para que a pressa minha jovem, um namorado tão lindo como ele deve ser bem aproveitado em momentos assim, façam o passeio, durmam aqui essa noite.

Nesse momento sinto uma corrente elétrica passar pelo meu corpo com a encarada que o I.N me dá e ele finalmente fala algo cortando o silêncio.

— Está decidido então, ficaremos por aqui hoje, afinal uma namorada linda como a minha deve ser bem aproveitada em momentos assim a Sra. não acha? Pode nos reservar o melhor quarto que a Sra. tiver.

Fazemos nosso pedido e eu estou perplexa. Sem ação, sem conseguir formular uma frase, o que está acontecendo aqui?

A Sra. sorri plenamente satisfeita pois acabou de matar dois coelhos em uma só cajadada: Conseguiu alugar um de seus quartos e proporcionará momentos românticos para o casal e esse segundo item é o que parecia mais animá-la.

Ela se afasta e agora eu preciso fazer alguma coisa.

— Vamos ficar? Vamos conhecer o campo de flores? Vamos dormir aqui? No mesmo quarto? Você está assediando sua funcionária? — Eu estava brava? Em dúvida? Chocada?

— Você nunca me fez tantas perguntas assim — Ele fala enquanto sorri — Sim, sim, sim, sim! Não estou a assediando, estou tentando fazer você me notar — Agora acho que vou desmaiar — E espero que consiga.

Eu sabia que eu já tive queda por ele mais de uma vez, mas eu nunca levei a diante, pois na minha cabeça ele nunca olharia para mim, e agora isso?

— I.N... — Minha voz quase não sai e ele segura minha mão.

— Não precisa me dizer nada Moon, só vamos almoçar e fazer isso despreocupadamente está bem? Eu não passarei dos limites com você, mas precisava que você soubesse de meus sentimentos e minhas intenções e achei essa uma boa oportunidade.

Eu não respondo nada, estou constrangida demais para isso e agora estou também com a mente em um turbilhão, como isso chegou aqui? O que eu perdi? E por que eu I.N?

A comida chega, ela apenas deixa e vai embora deixando também lindas flores na nossa mesa.

O I.N vendo que ela ainda nos observa pega uma linda flor azul e coloca em meu cabelo.

— Consegue entrar na dança ou tudo isso a incomoda demais? Posso parar, podemos ir embora assim que comermos.

E ouvindo ele falar tão próximo a mim dou bom beijo em sua bochecha de forma súbita o que surpreende a nós dois que em resposta rimos juntos.

— Não pense você que vou deixar isso barato, mas por hora vamos aproveitar, afinal meu namorado é lindo demais para que eu não o aproveite —Dou um sorriso em sua direção, mas não esperava que o sorriso dele me desconcertasse.

— Justo — Ele fala e começa a comer.

A comida estava incrível, terminamos e seguimos para o campo de flores.

A Sra. que agora sabíamos seu nome “Margarida” nos guiava no passeio, mas sempre mantendo certa distância para que ficássemos mais à vontade.

— I.N eu preciso te perguntar — Realmente eu não estava mais aguentando — Isso é sério? Tudo isso que rolou a pouco?

Como “somos um casal” estamos de mãos dadas andando no meio de um lindo campo de flores.

— Sim Moon, é sério e não é de agora. Mas não se preocupe, você não me deve nada, isso é o que eu sinto, e eu sei que posso não ser correspondido, então está tudo bem.

Suas palavras me fizeram refletir, fora as quedas que tive por ele eu  nunca tinha pensado em outro cara assim, e todas as vezes que as tive era simplesmente eu me lembrando que nunca deixei de gostar dele, eu apenas estava ignorando tudo aquilo.

Não o respondo, só admiro as flores.

— Bom, vou deixá-los aqui volto em quarenta minutos para busca-los — E assim ela sai.

— Essas flores são realmente muito bonitas — Falo logo para mudarmos o assunto.

— Sim elas são, não me arrependo de ter parado aqui, a vista que estou tendo agora vale muito a pena.

Ele estava olhando para mim e eu sinto meu rosto ruborizar.

— I.N eu realmente preciso entender tudo isso, me desculpe se não é o que você gostaria de ouvir, mas isso me pegou tão de surpresa que eu simplesmente não sei nem como olhar pra você agora.

— Eu já te disse, você não tem que me dizer nada, vamos fingir que hoje é um dia em um universo paralelo está bem?

Eu estou relutante, mas também curiosa com sua colocação.

— Fingir implicaria em?

— Bom, você me abraçaria enquanto estivermos juntos?

— Abraçar?

— Sim, um abraço.

Neste ponto eu já entendi que estamos envolvidos em algo novo, é tudo uma surpresa para mim, mas não nego que vê-lo me pedir um abraço me fez lembrar de tudo que já senti por ele e acreditei não sentir mais e percebo que ainda sinto.

— Tudo bem.

E nos abraçamos.

Foi um abraço demorado, silencioso e completamente encaixado e quando notamos sua demora nos afastamos, sorrimos e voltamos a falar sobre coisas aleatórias até que a Sra. volta nos fazendo perceber o anoitecer se aproximando.

— Vamos voltar, o quarto de vocês já está pronto, como vocês almoçaram já tarde preparei um lanche pra vocês comerem algo agora a noite que já está lá no quarto esperando vocês.

— E essa Margarida? — Falo baixinho olhando indignada para o I.N quando ela se vira e ele ri da minha cara.

— Ela sabe das coisas.

— Claro!

Chegamos no quarto e realmente está impecavelmente preparado para um casal apaixonado o que me faz estremecer vendo que só há uma cama ali.

— Não se preocupe com isso Srta. Moon, eu dormirei bem ali — E ele aponta um sofá que tem no quarto — Você estará a salvo.

Sua afirmação em forma de brincadeira me fez rir.

— Certo Sr. I.N então vamos nos acomodar.

Assim como a Margarida disse tinha um belo lanche preparado para nós, mas nem encostamos nele, apenas nos deitamos cada um em seu lugar e ficamos sem nos falar muito e então eu decido jogar um pouco para não pensar em tudo aquilo.

Quando entro no jogo o Lindir Oinsin já está online e vem falar comigo.

Lindir Oinsin: Oi, segui seu concelho, me abri com ela, mas acho que o que fiz a assustou ao contrário do que você disse para eu fazer.”

“Arwen:  Eita! Mas o que você fez Lindir?”

Lindir Oinsin: Eu estou com ela em uma viagem a trabalho, e paramos em uma linda pousada, a dona daqui acha que somos um casal, então eu me aproveitei disso e disse que realmente éramos e quando ficamos sozinhos disse a ela que eu só queria que ela soubesse que eu gostava dela.”

Eu leio aquela mensagem umas três vezes antes de responder, eu estava realmente ficando maluca ou o Lindir Oinsin era o I.N? e então reparei na grafia de seu nome e me recordei que o I.N sempre gostava de personagem que tinham IN em seus nomes e então repeti baixinho sem nem perceber LINdir OINsIN...

Isso é muita maluquice.

“Arwen: Mas o que ela fez? Para você achar que a assustou?”

Tive que fingir que não sabia de nada...

Lindir Oinsin: Ela não soube o que fazer, disse que pensaria, eu estou com medo que ela decida se afastar de mim.”

Esse comentário dele me fez o achar um fofo.

“Arwen: Dê um tempo a ela, ela deve precisar se entender, ou entender sua revelação.”

Lindir Oinsin: Nos abraçamos. E tudo que eu queria dizer ela eu não pude para não a assustar ainda mais.”

“Arwen: E o que seria?”

Lindir Oinsin:  Algo como, não vá a lugar algum e fique comigo pra sempre, por favor, eu quero te fazer feliz todos os dias.”

Aquilo realmente mexeu comigo, então eu era correspondida e não fazia ideia?

“Arwen: Que bonito, quando se sentir seguro para dizer isso a ela, diga! Ela vai gostar de te ouvir dizer.”

Nesse momento o I.N senta no sofá e me encara.

— O que você está fazendo?

— Jogando e você? — Não quero que ele perceba nada.

— Eu também, mas sei lá, estamos aqui vamos fazer algo juntos? Afinal estamos no nosso universo paralelo não é?

— Certo, e o que faremos?

— Vamos ver um filme? Se pegarmos no sono, dormimos e pronto, o que acha?

— Pode ser — E quando menos esperamos estamos sentados um do lado do outro no sofá vendo um filme qualquer na tv para passar o tempo e o jogo ficou de lado.

Não sei quanto tempo levou mas no final pegamos no sono ali mesmo e quando acordamos no dia seguinte percebemos que “dormimos juntos” eu estava deitada com a cabeça alinhada em seu peito e ele me abraçava de forma a não me deixar cair.

Abrimos os olhos exatamente ao mesmo tempo e em um pulo eu sai dali.

— Bom dia Moon.

— Bom dia — Estou tão constrangida que não vou encará-lo.

— Se não se incomoda vou tomar um banho, fique à vontade, e quando eu acabar saio e você poderá tomar seu banho tranquilamente para podemos partir — Ele fala isso passando a mão em meu rosto e eu sinceramente não reajo, não consigo.

“Dormimos abraçados” era o pensamento que eu tinha repetidamente, “dormimos mesmo abraçados”.

Meu coração acelerava sempre que eu pensava nisso então ele acelerou bastante nos últimos minutos.

— A água está uma delícia Moon, — Ele sai apenas de toalha do banheiro e é agora que percebo como gosto do corpo dele também — Entre, e quando sair não estarei mais aqui eu prometo.

Mordo meus lábios sem notar que o faço.

— Está bem.

Depois de sair do banho percebo que ele deixou tudo bem arrumado ao sair, mas não sem me deixar um bilhete que dizia: “coma antes de descer” perto a um copo de suco e algumas frutas e então é o que faço e logo depois pego minha bolsa meu celular e vou para a recepção, e quando estou descendo as escadas ouço a voz dele.

— Então é isso, não somos namorados, eu a peguei de surpresa ontem e vou me desculpar com ela por isso depois, mas não me arrependo, eu gostei de ser o namorado dela mesmo que de mentira.

—Mas eu tinha certeza que vocês eram um casal, e ainda tenho certeza de que se amam.

Ele sorri perante a afirmação da Margarida e acaba me vendo ao pé da escada.

— Olha ela aí, vamos amor? Já acertei tudo.

— Vamos sim — dou um sorriso e ele segura minha mão.

— Muito obrigada Margarida, por tudo, foi realmente mágico passarmos por aqui.

— Torço para que vocês fiquem sempre juntos, formam um lindo casal — Ela fala sorrindo de forma fofa e olhando para mim que sorrio de volta.

Pegamos a estrada novamente e dessa vez ele que dirige pois de acordo com ele é a parte final da viagem e estaremos com o Reymond antes do almoço.

E como o previsto pelo I.N chegamos à casa do Reymond que está nos esperando e nos recebe de forma calorosa.

O Reymond já conhece nossa editora pois durante sua carreira teve publicações feitas conosco que foram de muito sucesso então nos conhece bem.

— Ah até que enfim chegaram — Ele fala sorrindo e abrindo os braços para o I.N que o abraça de forma amigável — Quanto tempo Srta. Moon, a Srta. está linda.

— De fato está.

E devido ao comentário do I.N o Reymond nos lança um olhar quase que investigador.

— Bom vamos entrar, deixem suas coisas e vamos dar uma volta para vocês conhecerem a propriedade — Ele morava em uma casa de campo e como em toda região havia ali um lindo campo colorido de flores que se perdiam no horizonte — Sei qual o motivo da visita de vocês e falaremos disso mais tarde eu prometo, por hora aproveitem.

Quando entramos em sua casa noto espalhado por todo lado fotos de uma linda mulher, fotos do próprio Reymond, e algumas fotos dos dois juntos, essas eram em bem menor quantidade, mas eram aparentemente recentes.

 Nos acomodamos conforme as instruções do anfitrião e partimos em uma caminhada por sua propriedade e depois de longas conversas sobre todos os assuntos possíveis em meio as mais belas flores que já vi o próprio Reymond comenta:

— Vou fechar negócio com o jovem casal aqui — E dá uns tapinhas nas costas do I.N — Está decidido.

Nos surpreendemos, não precisamos falar nada com ele de forma mais formal, ele simplesmente após um tempo caminhando e conversando conosco se decidiu sozinho a nos aceitar.

— Não somos um casal amigo, apenas parceiros de trabalho — O I.N fala sem olhar pra mim.

O Reymond apenas sorri na posição em que está, de costas para nós, mas seu sorriso é marcante e carrega um significado que somente ele entende.

— É isso mesmo Srta. Moon?

— Ah sim, não somos um casal.

— Entendo, entendo, vamos voltar? — E dito isso ele tranquilamente começa a fazer o caminho de volta para a casa.

O I.N e eu apenas nos olhamos e o seguimos.

Descemos a colina e finalmente estávamos em sua sala de novo, o Reymond pega uma foto da mulher bonita e entrega a mim, e pega uma outra foto dele e entrega ao I.N e com isso começa a falar.

— Vocês os veem? — Acenamos positivamente com a cabeça para ele que nos olha curioso e então ele continua — Essa é Alice, ela foi o grande amor da minha vida e o motivo do meu sumiço repentino, nós nos amamos desde o momento em que nos vimos, mas por falta de coragem, nunca falamos sobre e fingíamos que não havia nenhum sentimento entre nós, ela trabalhou comigo por anos, mas um belo dia ela se casou e não nos vimos mais e há uns anos atrás eu descobri que ela estava com câncer em fase avançada através dos filhos dela que por ver a mãe como estava resolveram vir atrás de mim pois sabiam de seu amor por mim e então eu larguei tudo e fui ficar com ela, e ali passei os melhores momentos da minha vida ao lado do meu verdadeiro amor que hoje está junto as estrelas no céu e daqui eu a vejo todas as noites quando olho para cima.

O relato do Reymond me fez chorar e o I.N me consolou me dando seu lenço.

— Estou contando isso a vocês, mas deixarei mais detalhado no livro que publicaremos, só quero que vocês entendam que deixar o amor de vocês para quando talvez o tempo não for mais o bastante é uma grande tolice, eu tive a sorte de poder ter os últimos anos da vida dela ao seu lado, mas nem todos que ignoram seus sentimentos reais tem essa chance e para mim é nítido o que está acontecendo entre vocês então não desperdicem isso.

E com isso ele sai da sala e nos deixa a sós.

O I.N está nitidamente tão emocionado quanto eu, mas eu percebo que ele não quer tentar me dizer nada para não parecer que está forçando e então sou eu quem falo:

Eu vou te abraçar calorosamente agora então por favor não me deixe.

Vou até ele e o abraço mais forte do que imaginei que faria, ali eu pude entender que eu sempre amei o I.N eu só não tinha coragem de assumir isso pois para mim ele nunca me corresponderia, o que agora sei que não é verdade e o I.N me abraça de volta com a mesma intensidade.

Vamos ficar juntos e eu prometo que deixarei doces todos os seus dias. — Eu apenas o aperto ainda mais pois ainda estou chorando então ele continua: — Agora percebo o quanto eu gosto do seu rosto, sorrindo e chorando, eu gosto dele dos dois modos.

Ele passa a mão em meu rosto para enxugar minhas lágrimas e me beija.

Ali naquele instante não havia mais nada além de nós, estamos novamente no “nosso universo” e eu jamais poderia imaginar que eu gostaria tanto de beija-lo. Seu beijo é como uma música com uma bela melodia, detalhado, afinado e harmonioso.

Ele me abraça cada vez mais firme e mais forte e ainda me faz muitos carinhos enquanto me beija, eu consigo sentir todo o amor que ele guardou não sei por quanto tempo bem aqui entre nós o que me faz me perder em seus lábios que são doces assim como todos esses últimos momentos que vivemos.

Vamos parando devagar sem querer nos soltar, eu realmente não acredito em tudo que está acontecendo.

— Finalmente Srta. Moon, finalmente você está em meus braços pra valer.

— Por que demoramos tanto assim Sr. I.N.?

E nesse momento ele sorri olhando para mim, o sorriso mais largo e lindo que já vi, o sorriso que usa todo seu rosto para demonstrar sua pura satisfação.

— Você não vai ficar me chamando de Sr. vai?

— Não sei, acho que vou.

E sorrindo novamente ele me beija.

Quanto mais nos conectamos melhor fica nosso beijo, é intenso, é repleto de sentimento e cada vez mais cheio de desejo também.

Passamos pelo nosso primeiro momento juntos de forma memorável bem ali na sala do Reymond, mas ele nos chama para jantarmos e vamos ao encontro dele.

Durante o jantar sentamos juntos, e ficamos conversando por horas sobre muitas coisas com o Reymond que dispara em dado momento:

— Bom vocês jovens fiquem à vontade, lá fora a noite está linda então aproveitem, já este velho aqui vai subir e descansar um pouco enquanto olho para a Alice, arrumei dois quartos para vocês, mas saibam que todos os dois tem cama de casal — E nos dando uma piscadela ele se retira.

Estou ruborizada e o I.N ri de mim.

— Você é tão fofa Moon, assim não resistirei — ele me pega pela mão e me leva lá pra fora onde tem um canto bem aconchegante, repleto de flores nos esperando para sentarmos — Vem, vamos ficar um pouco ali e depois subimos, quero aproveitar mais o tempo com você aqui pois sei que você não vai querer dormir comigo.

Ele estava jogando comigo?

— E quem falou que não vou? — Vou jogar com ele também — Você não tem como saber.

— Não brinque assim comigo mocinha — ele fala enquanto nos sentamos e me beija carinhosamente — Agora que finalmente estamos juntos me pergunto se você ainda terá tempo para mim em meio sua rotina frenética de trabalho e jogos online — Ele fala me fazendo cócegas.

— É vou ter que encaixar você, mas não se preocupe por que quando eu estiver no jogo o “Lindir Oinsin” cuidará de mim pra você — Falo isso olhando bem fundo nos olhos dele e prestando muita atenção já que revelo que sei sobre seu personagem pois quero guardar cada momento disso.

— Oi? O que?  Como você conhece meu personagem no game? — A cara dele é impagável, um mix de incredulidade com vergonha foi tomando a expressão do Jeongin e ele leva sua mão a orelha, um gesto comum dele de quando está tímido o que me fez gargalhar de contentamento.

— Muito prazer Lindir Oinsin, Arwen ao seu dispor — Eu não consigo parar de rir.

— De jeito nenhum que eu falei de você para você! Meeeew não pode ser possível isso, eu também adoro jogar e sempre te achei interessante por isso mas em que planeta estamos jogando o mesmo jogo no mesmo server? Em que planeta isso aconteceria?

Eu vou me acalmando das risadas frenéticas quando ele me enche de beijos, o I.N é muito fofo o tempo todo, mas agora isso está ainda mais nítido para mim.

— Eu achei fofinho você pedindo concelhos para a líder do seu clã, mas por que pedir concelhos a quem não conhece?

Ele me encara e parece que precisa de um buraco para se esconder.

— Meu deus você descobriu ontem a noite e não me falou nada... — Ele fita o olhar em mim — Qual foi seu concelho mesmo? Para te dizer quando me sentisse seguro pois você gostaria de ouvir isso... Pois bem tenho algo a te dizer:

Eu o encaro.

—Young Moon quero que nos seus dias tristes você venha a mim e se apoie no meu peito e então eu vou te abraçar forte e calorosamente e todo nosso universo fará sentido por caber em um abraço. Não me deixe, e eu não vou te deixar, pois nunca vou querer perder seu lindo sorriso.

— Jeongin isso foi lindo, mas você está me deixando irremediavelmente sem jeito, porém mesmo assim quero te fazer uma proposta.

Ele me encara muito curioso.

— Acho difícil eu recusar o que quer que seja agora.

— Não vamos entrar, vamos ficar a noite toda aqui abraçadinhos e ver o amanhecer saindo por detrás do campo de flores? Eu sei que temos que ir embora afinal nosso trabalho foi concluído com sucesso vamos dirigir e não quero incomodar o Reymond ficando ainda mais, mas podemos fazer isso e pela manhã voltamos na pousada da Margarida e dormimos um pouco por lá afinal é fim de semana agora e só teremos que voltar ao trabalho na segunda, então o que me diz?

O I.N está sorrindo novamente daquele jeito que adoro.

— Eu amei tanto sua ideia que é só o que quero agora.

E ficamos por ali, juntos conversando, nos conectando ainda mais com a certeza de que tudo isso era o certo para nós, afinal nosso amor conseguiu desabrochar e se aconchegar nos braços do destino nos fazendo nos unir em nosso próprio universo.

O I.N me olha nos olhos.

Eu te abraçarei agora e sempre meu bem, então por favor me abrace também.

E eu retribuo seu abraço me aconchegando em seu corpo e cabendo ali.

E assim, abraçados seguiremos com nosso amor e aproveitaremos cada instante juntos.


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Notas finais do capítulo

Espero que curtam! ♥



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