Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 43
Revelando um segredo oculto




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Mais tarde, Seiya, que estava com Serena, Rini e Koga na cabana que ele dividia com Marin, nos seus tempos de treinamento, toma conhecimento do que estava a haver entre sua irmã e Aiolos. 

 

SEIYA:  A minha irmã...  com o Aiolos? - indaga – mas...  isso é sério mesmo, Aiolia? 

AIOLIA:  A mais pura verdade!  Meu irmão é um guerreiro nobre e leal, e sei que ele há de respeitar e tratar muito bem sua irmã, Pegasus. 

SEIYA:  Bem...  se bem que ele, através de sua armadura, me salvou tantas vezes da morte, bem como ajudou-me a vencer muitos inimigos, até deuses malignos no passado...  devo muito a seu irmão por tudo que por mim fez. 

SERENA:  Viu, querido?  Sua irmã está muito bem, o irmão do Aiolia é um guerreiro muito leal e bondoso – segura a mão de seu amado. 

SEIYA:  Sim...  eu confio nele. 

 

Eis que chega Marin, após uma patrulha. 

 

MARIN:  Aiolia...  você por aqui? 

SEIYA:  Serena...  vamos sair um pouco – diz. 

SERENA:  Tudo bem. 

 

Ambos se retiram, para deixar Marin e Aiolia mais à vontade. 

 

MARIN:  Depois que conheceu a Princesa Lunar, Seiya ficou mais responsável e adulto...  isso é muito bom. 

AIOLIA:  Verdade.  E ele também aceitou de boa saber que a irmã dele e meu irmão estão apaixonados. 

MARIN:  A Seika...  e o Aiolos...  se amam? - indaga, surpresa com aquilo. 

AIOLIA:  Sim!  Meu irmão merece, ele sempre foi um guerreiro honrado, aceitou carregar a pecha de traidor, e mesmo assim, continuou a lutar e proteger Atena.  Depois de tudo que ele sofreu na vida, Aiolos merece o amor, é a recompensa digna de um herói que nem ele. 

 

Marin, que havia retirado sua máscara, sorri para ele.   

 

MARIN:  Sim...  Aiolos sofreu demais na vida, já é tempo dele ter a sua recompensa como guardião de Atena.  E você também já tem a sua. 

AIOLIA:  Eu tenho? - indaga. 

 

A Princesa Águia abraça o Príncipe do Relâmpago e o beija.  Marin sempre foi apaixonada por Aiolia, e agora, enfim, ambos puderam ter seu momento a dois. 

 

No dia seguinte, algumas coisas se passavam.  No local onde os Cavaleiros costumam treinar, lá estavam Camus e Hyoga, com suas respectivas armaduras, a praticar seu treinamento.  Ami e Michiru os observavam ao fundo.  De longe, Saeko Mizuno, mãe de Ami e Camus, observava a tudo.  Estava surpresa por ver que seu filho mais velho, que fora dado por morto durante quinze anos, além de estar vivo, era, agora, um guerreiro bem forte. 

 

SAEKO (pensando):  Camus...  nunca imaginei que fosse ver meu amado filho ser um guerreiro.  Mas que bom que ele, mesmo treinando para ser um Cavaleiro, concluiu seus estudos, e formou-se como professor. 

AMI (pensando):  Hyoga, meu belo Cisne...  Camus, meu irmão...  fico muito feliz por ver que vocês são fortes guerreiros. 

MICHIRU:  Camus, meu lindo gelinho...  você, sem dúvida, é um Cavaleiro magnífico, poderoso e encantador... 

 

Nisso, ao ver suas amadas, os Príncipes Zodiacais de gelo as chamam para participar do treino. 

 

CAMUS:  Minha ninfa...  minha irmã...  por que não se juntam a nós, em nosso treinamento? - indaga. 

AMI:  Irmão...  Michiru e eu...  nos juntarmos a você e a Hyoga...  sério? 

HYOGA:  Sim, meu floco de neve, será uma honra. 

MICHIRU:  Muito bem, o que estamos esperando? - pega sua caneta de transformação - PELO PODER DE NETUNO!!! 

AMI:  PELO PODER DE MERCÚRIO!!! 

 

Ambas se transformam nas Princesas da Sabedoria e dos Oceanos.  Saeko fica surpresa ao ver sua filha caçula e sua futura nora vestidas como Sailors. 

 

SAEKO:  Incrível...  esse tempo todo, em minha casa...  eu tinha uma heroína, e não sabia – diz, fascinada em ver Ami transformada, assim como Michiru. 

AMI:  Agora sim, maninho. 

MICHIRU:  Estamos prontas, meu gelinho. 

 

Uma vez transformadas, Ami e Michiru unem-se a Camus e Hyoga no seu treinamento.  Ao fundo, Saeko se estarrece, mas fica admirada em ver que, assim como Camus, Ami também amadureceu bastante. 

 

SAEKO (pensando):  Nunca imaginei, em minha vida, ver meus amados filhos como guerreiros, dando tudo de si por um mundo melhor...  mas eu tenho muito orgulho deles. 

 

Nisso, eis que Camus sugere que todos ali, trabalhando em conjunto, desenvolvam técnicas conjuntas, tal qual Dohko e Setsuna, quando treinaram com Shiryu e Lita. 

 

CAMUS:  Muito bem...  vamos agora desenvolver um ataque conjunto.  Hyoga...  Ami...  quero que tenham a honra de ser os primeiros – diz. 

HYOGA:  Mestre...  técnica conjunta? - indaga. 

AMI:  É verdade, meu irmão? 

CAMUS:  Sim!  Eu sei que vocês podem. 

AMI:  Sim, irmão, que assim seja – sorri confiante. 

HYOGA:  Muito bem, meu floco de neve... 

 

Hyoga faz os desenhos de sua constelação, como se fossem passos de balé, e Ami abre os braços para invocar sua técnica. 

 

HYOGA:  Muito bem...  PÓ DE DIAMANTE!!! 

AMI:  BORBULHAS CONGELANTES DE MERCÚRIO!!! 

 

Ambos lançam suas técnicas em direção a um monte nas redondezas.  E quando os dois ataques se unificam... 

 

HYOGA e AMI:  BORBULHA CINTILANTE DO CISNE DE MERCÚRIO!!! 

 

E os dois congelam o monte à sua frente, que logo se desfaz em meras partículas de gelo, que se evaporam.   

 

HYOGA:  Incrível!  Desenvolvemos uma técnica conjunta poderosa... - se fascina. 

AMI:  Sim!  Com isso, podemos enfrentar os berserkers de Ares de forma mais aberta. 

CAMUS:  Parabéns!  Vocês começaram muito bem, e podem vir a desenvolver novas técnicas conjuntas. 

MICHIRU:  Gostei de ver como vocês procederam – diz. 

HYOGA:  Obrigado, Mestra.  Juramos dar o melhor de nós hoje e sempre. 

 

Agora, é chegada a hora de Camus desenvolver uma técnica conjunta com Michiru. 

 

CAMUS:  Muito bem, minha ninfa, agora é a nossa vez... 

MICHIRU:  Sim, meu gelinho.   

 

Camus levanta os braços, fazendo aparecer a ânfora de Aquário, e também a imagem da deusa que representa sua constelação, enquanto Michiru levanta os braços, fazendo surgir, ao fundo, a imagem de Netuno. 

 

CAMUS:  Muito bem...  EXECUÇÃO AURORA!!! 

MICHIRU:  MAREMOTO DE NETUNO!!! 

 

Assim como foi com as ofensivas de Hyoga e Ami, as ofensivas de Camus e Michiru se fundem, tornando-se uma só. 

 

CAMUS e MICHIRU:  MAREMOTO AURORA DE NETUNO!!! 

 

E também congelam um outro monte ali nos arredores, que logo depois, se desfaz em meros cristais de gelo, e se vaporizam. 

 

HYOGA:  Fantástico, Mestre Camus!  Sua nova técnica conjunta é também incrível.  Mestra Michiru...  isso foi magnífico! - sorri. 

AMI:  Incrível mesmo!  Vocês dois conseguiram realizar uma façanha ainda mais admirável, irmão - o abraça. 

CAMUS:  Obrigado, irmãzinha.  Eu sabia que um dia você seria uma heroína de grande valor. 

AMI:  Como assim, irmão? - indaga. 

 

Pelo visto, há mais coisas que Camus não contara à sua família.  

 

CAMUS:  Bem...  há algo que ainda não falei a você, nem à mamãe.  Acho que é hora de contar mais detalhes.  

SAEKO:  O que você ainda não me contou, Camus? - indaga – Olha...  não me esconda nada!  Sabe que eu, como sua mãe, faço questão de saber tudo sobre o que se passou com você, nesses quinze anos de ausência. 

CAMUS:  Na verdade, mamãe...  isso começou ainda lá em nosso antigo lar, em Hinode, quando a Ami era de berço.  

 

FLASHBACK 

 

Um belo dia, Saeko e seu marido, Yojiro Mizuno, estavam muito felizes pela chegada de mais um filho.  Ambos já tinham Camus, com então 10 anos.  O bebê, de acordo com exames preliminares, era uma menina.  E daí, nasceu Ami Mizuno.  Nisso, uma bela noite, Camus se debruçou no berço da irmã, e a paparicou.  Coisas de irmão mais velho coruja. 

 

CAMUS:  Ami...  minha irmãzinha - sorria para ela. 

 

Mas, num dado momento, eis que algo misterioso e inusitado acontece:  um brilho misterioso surge na testa da criança.  E esse brilho forma uma insígnia. 

 

CAMUS:  Mas o que é isso? - indaga – que brilho é esse na testa de Ami?  E que símbolo é esse? 

 

Estudioso que só, resolve investigar aquele mistério indo à biblioteca perto de casa, onde pega emprestados uns livros para folhear, afim de encontras as respostas para suas perguntas.  Mas será que ele encontrará as respostas que tanto busca?  Folheia uns dois livros, sem nada encontrar, até que folheia um terceiro, onde estava a história do Milênio de Prata, que outrora existira na superfície da lua.  Fica muito surpreso com o que lê.   

 

CAMUS:  Milênio de Prata...  um belo e próspero reino que existira na superfície da lua...  DA LUA?? - fica ainda mais surpreso – era governado por uma bela e poderosa rainha, de nome Serena.  Serena tinha uma filha de mesmo nome, nascida de sua união com Apolo, o deus sol.  Um belo dia, sua filha conheceu um guerreiro terreno, chamado Tenma, o antigo Cavaleiro de Pegasus, e as demais princesas se enamoraram pelos amigos de Tenma; Long de Dragão, Shaun de Andrômeda, Nero de Fênix e Magnus de Cisne.  A líder dos Cavaleiros, Sasha, que era a então reencarnação de Atena, se apaixonara por outro guerreiro da época, o Príncipe Endymion.  Juntos, Atena e seus Cavaleiros se uniram às Princesas Lunares e ao Príncipe Endymion para proteger a Terra e também o belo reino lunar.  Naquela época, Atena e seus Cavaleiros estavam enfrentando as forças malignas de Hades, o deus do submundo.  Em meio a uma guerra que custara muitas vidas, eles conseguiram vencê-lo, selando seu espírito nos Campos Elíseos.  Mas, quando foi um belo dia, uma rainha maligna, chamada Beryl, que liderava o terrível Negaverso, ficou com inveja do amor que havia entre Atena e Endymion, bem como entre os Cavaleiros e as Princesas Lunares. Beryl, acompanhada de Ares, o deus da guerra, invadiu a lua, e ambos, juntos, destruíram o Milênio de Prata, além de assassinar todo seu povo.  Usando suas últimas forças, a Rainha Serena usou todo o poder do Cristal de Prata, sua fonte de poder, mais sua joia irmã, a Cruz do Norte, para selar Beryl e Ares, vindo a morrer em seguida.  As Princesas Lunares, bem como seus amados, os Cavaleiros, assim como Atena e Endymion, reencarnariam séculos mais tarde.  Só que a Cruz do Norte, a joia irmã do Cristal de Prata, desapareceu misteriosamente.  Muitos acreditam que tenha se destruído durante a explosão, ou pode ter se perdido no espaço sideral, quiçá tenha vindo parar na Terra.   

 

Numa outra página, vê todas as insígnias das Princesas Lunares. 

 

CAMUS:  Essas são as insígnias que permitem identificar as Princesas Lunares – e vê aquela que surgiu na testa de sua irmã - então a insígnia que brilhou na testa de Ami, essa é a insígnia de...  MERCÚRIO?!   

 

Aquilo o deixa loucamente desesperado, saber que sua irmã está predestinada a ser uma guerreira, até mesmo dar sua vida em combate. 

 

CAMUS:  Então...  a Ami...  poderá ser uma...  heroína?  Não!!!  Não, Ami...  não quero perder você...  não quero! - derrama umas lágrimas. 

 

Após aquela confirmação, devolve os livros à biblioteca.  Decide não contar nada à família, pois temia uma reação hostil da parte dos pais.  Mais tarde, quando ele tinha 12 anos, e sua irmã, dois anos, a tragédia que quase destruiu totalmente a família, levando-o a ser dado por morto por Saeko e Ami, e que o fez crer ter perdido sua família na Sibéria. 

 

FIM DO FLASHBACK 

 

Todos ali se impressionam com o relato de Camus. 

 

AMI:  Nossa...  então isso significa...  eu já estava mesmo predestinada a ser uma das Sailors, ainda no berço? - indaga. 

CAMUS:  Sim, Ami.  Essa é toda a história - diz. 

SAEKO:  Camus...  por que você escondeu isso de mim, e de seu pai?  Por que não nos disse toda a verdade desde o começo?   

 

Para ele, era desagradável e desconfortável admitir que omitiu todos os fatos de sua família. 

 

CAMUS:  Mamãe...  infelizmente a senhora e o papai não iam acreditar no que eu disser.  Por eu ser ainda criança, poderiam achar que era coisa da minha imaginação.  Esperava eu que tudo fosse apenas um alarme falso, mas daí veio aquela tragédia na Sibéria...  esses anos todos sem minha família, aprendendo a viver por minha própria conta...   

HYOGA:  Por favor, Senhora Mizuno, eu lhe peço...  perdoe o meu Mestre.  Ele queria poupar a senhora, e também o falecido pai, de todo e qualquer sofrimento.  Fez isso pensando na segurança da família.  No fundo, Mestre Camus sempre teve um coração muito bom, e se importa muito com sua família - diz, segurando a mão de sua futura sogra – Eu, como discípulo de Camus, tenho muito respeito e consideração por ele, como se fosse um irmão mais velho, pois tudo que eu sou hoje, é graças a ele. 

 

Mesmo ainda um tanto resignada por Camus ter lhe omitido toda a verdade, Saeko sorri, ao ouvir as palavras de Hyoga. 

 

MICHIRU:  Gente, pra que ficar relembrando isso?  Já passou!  O importante é que nós estamos aqui, vivos, e juntos como uma família.  É hora de viver o presente. 

SAEKO:  Você tem razão, Michiru.  Sim...  embora tenha sido tão triste isso tudo que se sucedeu, o importante é que nós estamos vivos.  Sim...  meus amados filhos estão aqui comigo, e tenho também a você e a Hyoga, que são também como se fossem filhos para mim. 

 

Emocionada, Saeko abraça Camus, Ami, Hyoga e Michiru.  A tragédia na Sibéria, de quinze anos antes, embora tenha ceifado a vida de seu amado marido, ajudou-a a recuperar seu filho perdido, e agora, sua família está maior e mais forte que nunca.  No entanto, a guerra contra Ares e seus berserkers ainda não terminou.  Eles não desistirão de ter o controle total da humanidade. 

 

Pouco mais tarde, no alto do Templo de Atena, lá estavam Saori e seu amado Darien, ou simplesmente Endymion.  Ambos estavam a apreciar o sol que estava se pondo. 

 

SAORI:  O sol está se pondo...  mais um dia que se encerra – diz. 

DARIEN:  Verdade.  E não há nada mais belo que apreciar esse maravilhoso crepúsculo estando a seu lado, meu amor – a abraça. 

SAORI:  Ah, meu amor...  como é tão agradável estar aqui com você... 

DARIEN:  Haja o que houver, Ares não irá nos separar.  Ele não vai destruir a humanidade, nem a felicidade de ninguém. 

 

Ambos se beijam ali mesmo.   

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam no templo zodiacal de Câncer.  Lá estava Máscara da Morte, melhor dizendo, Karl, a pensar em todos os últimos acontecimentos, e numa forma de poder se reaproximar de Ikuko, sua irmã adotiva mais velha.  Mas não sabe se deve ou não fazê-lo, já que ainda tem por ela certa mágoa, pelo fato de ter sido a mãe da Serena, em parte, responsável pela decisão de o pai de ambos expulsá-lo de casa. 

 

KARL:  Agora que eu sei toda a verdade...  será que eu devo voltar ao Japão, e procurar a Ikuko?  Droga...  mas foi ela quem fez meu pai me banir de casa.  Tudo culpa dela!  E agora...? - sentia-se confuso.   

 

Como ele salvou as vidas de Serena, Seiya, Rini e Koga, exterminando dois berserkers de Ares, isso já é, por si só, um importante passo para buscar uma remissão pelos erros do passado.  Cabe somente a ele procurar os pais de Serena, e acertar seu passado com eles, agora que sabe que a Princesa Lunar é sua sobrinha.   


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