Elisa acordou na quinta feira, feliz pela semana finalmente estar no final. Ela sabia que Sam e Any ainda estavam dormindo assim como Callen, que parecia ter problemas para dormir na noite passada, mesmo depois de ambos terem feito amor.

Ela também estava tendo seus problemas para dormir. Descendo para a cozinha com seu laptop, Elisa começou a digitar em seu computador usando os fones de ouvido de gatinho.

Ela colocou sua playlist favorita e começou a digitar. Seus dedos se moveram pelo teclado sem fio digitando todo o relatório que ela queria para o corregedor público.

— Você resolveu me deixar na cama sozinho? – Callen tirou um fone do ouvido dela. – Tudo bem, querida?

— Eu e você poderíamos ter morrido ontem. – Elisa desligou a música, mas continuou digitando. – Vou enviar uma cópia para a equipe da sua prima e pedir que ela me ajude com isso.

— Seria perfeito. – Ele colocou água para esquentar e preparou uma xicara de café para ela. – Acho que desde que descobrimos esse café aqui você fica menos brava.

Elisa deu um sorriso para Callen, sabendo que ele estava certo. Era uma coisa que Any havia trazido de sua viagem ao Brasil e Elisa passou a encomendar pela importadora.

— Eu acho que meu pai está ligando. – Elisa atendeu ao Skype e sorriu ao ver não apenas os pais como seus dois filhos. – Oi, crianças.

— Ei, mamis. – Sophie tinha um livro em suas mãos. – Como você está? Vovô disse que você se machucou.

— Não disse nada, você estava escutando. – Pride sorriu para a neta. – Ela literalmente ouviu escondido. Desculpe.

— Está tudo bem, pai. – Elisa olhou para Sophie. – Não me machuquei muito, mas tia Any sim. Ela está bem, todos estão.

— Eu vou levar as crianças para fora. – Linda sorriu para a filha. – Estou feliz que esteja bem, meu amor. Diga a Any que eu quero que ela fique bem.

Assim que as crianças saíram, Elisa suspirou e olhou para Pride.

— Fico feliz que elas estejam com você, pai. – Elisa sentia a falta dos filhos, mas saber que elas estavam com seus pais a deu calma diante da situação. – Acho que quem enviou essas bombas foi a mesma que matou 5 mulheres até agora.

— Sim, eu recebi os arquivos. – Pride disse. – A prima de Callen e o marido dela vão estar com vocês no final de semana, certo?

— Assim como o primo de Callen quem mora no Hawaii. – Elisa completou. – Talvez eu deva chamar Abby e Nick.

— Então eu vou aproveitar que estou levando as crianças e vou ajudar. – Pride olhou para a filha. – Sem discutir.

— Você não imagina o quão especial é, pai. – Elisa desligou o computador assim que a chamada terminou e viu Any descendo com Sam. – Ei.

— Ei. – Any ainda estava meia grogue por causa dos remédios, mas parecia muito melhor. – Eu sou grata por me deixado ficar aqui.

— Você é sempre bem-vinda, amiga. – Elisa sorriu. – Estou reunindo um time para descobrir quem está por detrás disso tudo. Você quer entrar?

— Conte comigo. – Any sorriu. – Sabe o que eu pensei? Pegar os dois rapazes na sala e fazer umas comprinhas.

Elisa sorriu e literalmente concordou. Elas poderiam muito bem fazer isso.

Callen e Sam foram acompanhar as esposas nas compras. Eles nunca admitiriam, mas o real motivo era porque queriam comprar algumas coisas para suas garotas e proteger ambas.

Elisa estava grávida e Callen insistiu em segurar a bolsa dela por todas as lojas que eles foram.

Enquanto as duas provavam alguns vestidos, Sam e Grisha se revezaram indo a Victória Secret e comprando coisas especiais para suas garotas.

— Como você está? – Any perguntou quando Elisa demorou um pouco. – Uau.

— Eu sei. – Ela deu um giro. – Não é exatamente um modelito para trabalhar. A menos que esse tribunal seja particular para o Grisha.

— Então acho que você tem que comprar. – Any sorriu. – Se ele não ficar de quatro por você....

— Você está bem com esse negócio de formar um esquadrão secreto para pegar o filho da puta que fez isso? – Elisa perguntou para Any. – Você não precisa aceitar porque se sente obrigada.

— Quando eu entrei para a justiça de Los Angeles eu jurei que iria fazer qualquer coisa dentro da lei para proteger as pessoas que merecem e meus amigos e família. – Any começou. – Se dentro da lei eu não consigo, então, um squad para chutar o traseiro de quem está matando essas mulheres fora da lei parece ser perfeito.

— Só checando mesmo. – Elisa sorriu para Any. – Sam Hanna vai precisar de uma cama nova quando ver como você está vestida.

Se olhando no espelho, Any sorriu. Elisa e ela eram amigas literalmente desde o primeiro dia de trabalho.

— Será que o nosso esquadrão poderia ter um nome? – Any quis saber.

Elisa sorriu e decidiu que se fosse um senso comum, ela não via nada de errado em ter um nome para o grupo.

Callen olhou para Sam, que parecia pensativo. Ele sabia que o amigo ainda estava processando, mas havia algo mais naquilo.

— Sam, o que foi? – Callen queria saber como ajudar. – Você está em silêncio.

— Estava pensando sobre o momento em que esses dois atentados a bomba ocorreram. – Pegando o telefone, o agente mostrou a Callen. – A cidade está abrigando uma conferência de diretores de agências do governo. NCIS, Cia, FBI, NSA entre outras.

— Espere, o diretor da NCIS está em Los Angeles? – Callen passou a foto e viu uma foto de Vance. – Por que ele não veio a sede então? Estava ocupando puxando alguns bolsos?

— Hetty disse que Vance veio a agencia ontem de manhã e a enviou para cima para pegar um relatório, mesmo ele podendo pegar do servidor. – Sam viu Elisa e Any os observando. – Se as duas estão prontas para formar o esquadrão, eu gostaria de saber se esse pode ser estendido aos homens.

Elisa e Any trocaram olhares e decidiram que toda a ajuda era bem-vinda. É claro que as meninas ainda teriam um próprio para fazer um trabalho mais assertivo, mas os meninos pareciam estar certos.

Se sentando na beira da piscina, Elisa suspirou. Ela e Any conseguiram a sexta feira de folga. Um carro parou do lado de fora de sua casa e ela ouviu Sophie chamar por ela enquanto segurava o irmão.

— Fizeram boa viagem? – Elisa abraçou ambos por quase dois minutos. – Você está linda, princesa.

— Oi, filha. – Linda a abraçou. – Depois que eu levar as espoletas, eu quero ficar com você.

— Sem duvidas, mamis. – Elisa a viu desaparecer dentro de casa e olhou para o pai. – Recebeu a lista de compras?

— Sim e eu acho que você colocou tudo nela. – Pride usou o código. – Quando posso começar a comprar?

— Muito em breve. – Elisa olhou para a casa mais próxima e a encarou.

Callen se juntou aos dois e eles sabiam que Penelope faria a comunicação mais encriptada que sabia. Afinal, eles tinham Abby, Penelope, Timothy, Nell, Abby, Patton e Sebastian trabalhando nisso.

E se Vance achava que conseguiria vencer, ele estava mortalmente enganado.