Destinos Improváveis escrita por Nara


Capítulo 89
Passado e Futuro - O cerne de todas as coisas


Notas iniciais do capítulo

Confesso que esse foi um dos capítulos mais difíceis de escrever, não pelo teor dele... já que esse não é um capitulo pesado, ou que carrega um forte apelo emocional, como já vimos em tantos outros capítulos por aqui.
Mas como o próprio titulo diz, esse capitulo nos trás a grande revelação de o por que Elza fez o que fez, e aquilo que ela deseja obter com tudo isso.



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Severo abriu a porta e ao adentra-la, encontrou um extenso e abrangente bosque a sua frente, era de noite e o clima estava ameno, ainda não era inverno… ele caminhou um pequeno trajeto, até localizar aquilo que procurava, havia um rio e alguém estava sentado de frente para ele, era uma mulher, uma mulher jovem e seus cabelos compridos cobriam praticamente toda as suas costas, ele não podia dizer que a conhecia, afinal nunca a tinha visto antes, mas dado ao fato de que aquela era a mente de Elza e de que ele havia voltado no tempo, nada mais precisava ser dito ou provado ali, aquela era Elza em sua juventude e a medida que ele se aproximava dela, ele podia ouvir que ela sussurrava algo por repetidas vezes ... algo parecia com um feitiço antigo, em um latim um tanto quanto rebuscado, e para ele aquelas eram apenas palavras desconexas e sem sentido algum, em uma das mãos ele notou que ela segurava o colar, aquela peça tão conhecida por ele agora, e na outra uma varinha, mas aquela não era uma varinha qualquer, aquela era a atual varinha de Shara, a varinha que ela passou a usar desde que ingressou em Hogwarts, sim aquilo havia sido um presente de Elza, e analisando dessa maneira, levantava algumas suspeitas, por que Elza daria uma varinha tão poderosa como aquelas, para a menina que ela almejada prejudicar? Ele não havia pensado nisso, nem ele e nem ninguém... e o que era aquilo que Elza estava fazendo ali exatamente, alguma espécie de ritual? Tudo indicava que sim.

Foi quando algo lhe ocorreu, ele se lembrou da primeira visão que Shara havia tido, logo no início do ano letivo, no dia que ela esteve fora da escola, naquele encontro com sua amiga, onde ele havia ido mesmo que de má vontade a pedido do diretor, naquela visão Shara havia visto algo incrivelmente similar a cena que se desenrolava à sua frente, sim… ele lembrou também de como ela insistia nisso… sobre aquilo ser algum tipo de ritual e ela tinha razão, desde a primeira vez ela tinha razão sobre aquilo… foi ali que tudo começou, foi quando ela destravou os primeiros acontecimentos… e o curioso é que aquela visão não era uma memória de Medusa, não como todos achavam ser, Shara havia acessado sem querer e de forma completamente involuntária a mente de Elza ali, por Merlin eram tantos detalhes e era tudo tão sutil… seus pensamentos foram interrompidos com a chegada de alguém, ele ouviu passos apressados na grama…

—Mamãe... – uma menina de cabelos ondulados, na medida dos ombros a chamou enquanto corria em sua direção de forma apressada, ela usava uma jardineira florida e galochas, não aparentava ter mais que 8 anos de idade.

—Aurora – Elza disse ao se virar e aquilo confirmava sua suspeita – pedi que ficasse dentro de casa, pegará um resfriado aqui fora, está começando a esfriar – ela soava preocupada, era estranho vê-la naquela posição, já que isso denota um bom tanto da bruxa que Severo conhecia ou da bruxa que ela havia se tornado, era demasiadamente patético por se dizer… "não pegue um resfriado, fique bem e então no futuro… eu mesma a matarei” ele bufou consternado.

—Preciso da sua ajuda mamãe – a criança disse chorosa, enquanto mostrava uma das mãos, Severo notou que havia um pequeno e quase imperceptível corte ali – a senhora acha que posso morrer? – ela perguntou acuada, por que as crianças sempre achavam que iam morrer? mas então algo o surpreendeu ainda mais, Elza se inclinou para a menina e beijou a sua mão, bem onde o pequeno machucado se encontrava e não havia hipocrisia ali e sim afeto, era maternal… ela parecia mesmo amar a menina.

—Já vai sarar meu amor – ela disse a consolando, enquanto tirava uma mecha de cabelo no rosto dela – agora seja obediente sim... e me espere lá dentro, quem sabe mais tarde eu posso te contar uma história – ela sorriu.

—E podemos comer doces? – ela pediu, batendo palmas de empolgação, parecia ter se esquecido do machucado que havia ali e que a aterrorizava minutos atrás.

—Talvez... acredito que um pouco de doces não fará mal a ninguém, não é mesmo? – ela piscou, e a menina retribuiu o sorriso, se virando e correndo para algum lugar, Severo a acompanhou com o olhar, e notou que não muito distante dali, havia uma pequena casa, uma casa simples, era uma espécie de chalé de temporada... isso tudo era tão improvável, então Elza havia mesmo sido boa um dia, como Antony havia dito, mas o que por Merlin a fez mudar tanto assim? O que a transformou naquela bruxa completamente desalmada?... e quase que em resposta a sua pergunta, Severo viu quando uma mulher negra, com roupas brancas e olhos incrivelmente azuis saiu de dentro do rio e se aproximou dela, ela batia palmas como se aprovasse aquilo tudo que estava vendo ali...

—Comovente – ela disse com pouca emoção... Elza se assustou, aquele não parecia ser um encontro programado, já que ela imediatamente levantou sua varinha em posição de defesa, e a apontou na direção daquela intrusa que acabará de chegar – Ah por favor, acha mesmo que um maldito graveto mágico poderá me impedir, se fosse da minha vontade machuca-la? – ela disse em tom de ironia - abaixe isso - ela ordenou.

—Quem é você? – Elza perguntou... – Como chegou aqui? Como passou pelas proteções? – ela indagou impaciente.

—Quem sou eu?... – ela fez uma pausa – vejamos, você tem vindo aqui quase todas as noites nesses últimos meses, para me invocar... e agora que estou de fato aqui, bem na sua frente de forma palpável... me pergunta... quem eu sou? – ela riu em deboche – francamente... humanos são tão patéticos não é mesmo... – Elza baixou a varinha, agora parecia surpresa, então era pra isso que aquele ritual servia? Ela estava invocando alguém? Mas… quem?

—Isso é uma espécie de brincadeira? – Elza pediu – Simon mandou você aqui não é mesmo?... para zombar de mim? – ela perguntou, agora irritada… quem era Simon? Enfim, não era algo do seu interesse.

—Escute... Elza Lowell… 47° guardiã da linhagem de Medusa, tenho ouvido você me chamar a dias, eu posso ver suas motivações, e você tem o que preciso, portanto vim fazer uma oferta – a mulher negra a encarou de forma séria – Eu posso te proporcionar aquilo que deseja, e você me dará aquilo que mais quero – ela propôs, enquanto estendia uma das mãos, liberando uma espécie de magia azul que fez com que o colar que Elza segurava voasse diretamente para as suas mãos.

—Atena? – Elza sussurrou o nome dela... espera... Severo analisou aquilo tudo, Elza a havia chamado de Atena… Severo entendeu a referência… sabendo que estava diante da grande Deusa da mitologia Grega ali… e Elza a estava invocado, esse era o desfecho daquilo que ela fazia ali… era ainda pior do que qualquer coisa que ele pudesse imaginar – então… você é mesmo real? – Elza perguntou com certa incredulidade, mas Severo não duvidava mais de nada…

—É claro que sou real – ela revirou os olhos, encarando o colar - fui eu que lhe causei essa adorável marca, marca que vem sendo carregada pela sua família a tantos anos, achei que soubesse – ela disse com ironia, apontando para a cicatriz, a mesma marca que Shara carregava em seu ombro – hora… por favor guardiã, não me subestime tanto assim, posso ser terrível como sabe - ela sorriu com malícia - agora que me chamou, me diga… o que você deseja? - ela sussurrou de forma maliciosa.

—Bem… sim... – Elza a encarou nervosa – eu quero algo... tem razão... quero que nos liberte... disso, dessa maldição…

—Uhumm e o que mais? - ela sussurrou mais uma vez, induzindo Elza a revelar suas verdadeiras intenções, que certamente eram outras.

—Eu… quero ser reconhecida por quem sou, quero ser vista e reconhecida como uma bruxa forte, uma bruxa poderosa, quero ser alguém que não precise mais fugir e nem se esconder… e então quero ser temida, quero poder revidar a altura… quero vingar todos aqueles que nos perseguiram e nos machucaram durante todos esses anos em todas as nossas gerações… quero destruir suas famílias, destruir seus filhos… netos… quero que sintam medo e que sintam muita dor… quero que sintam aquilo que fizeram minha família sentir desde os primórdios - Atena riu daquilo, mas Severo não… Elza em nada se diferenciava de seu antigo mestre, sempre havia algo e ali estava, a primeira vista poderia até se parecer com algum senso de justiça distorcido, mas a verdade é nada ali era sobre justiça, nunca havia sido sobre isso, Elza camuflava a sua maldade em um desejo de vingança doentio.

—Bom… posso te dar tudo isso – Atena ofereceu, enquanto caminhava em volta de Elza e a observava com alguma atenção ali - contudo existem pré requisitos é claro, você sabe... e quebrar a maldição exige algo a mais, algo que você não tem... algo difícil e quase raro, um coração puro e com boas inclinações... – ela informou, fazendo uma pausa - bem eu fui e continuo sendo bastante exigente, mas Poseidon conseguiu estragar tudo... ao intervir… com esse maldito colar – Atena olhou para a peça como se sentisse repulsa dela – mais uma das muitas criações dele, e a sua maneira irritante de querer me provocar – Atena riu com desgosto - eu sei que ele espera um encontro disso... uma nova oportunidade para se redimir com ela... Medusa, eu a  amaldiçoo novamente  e amaldiçoou sua descendência quantas vezes forem necessário... maldita Medusa – Atena disse com ódio – todos esses amaldiçoados anos se passaram e ele não se esqueceu dela... – Severo encarou Atena com curiosidade, aquilo era uma demonstração de ciúmes? Então Atena não sabia sobre o vínculo familiar deles?  Sobre a paternidade de Poseidon? Ela achava mesmo que aquilo era algum tipo de obsessão amorosa por parte dele?... pelo que tudo indicava sim, e era assim que os livros relatam aquela história, será que Atena podia caminhar cega quanto aquilo, durante todos aqueles anos?

—Agora que revelei o que desejo – Elza disse, meio que ignorando o que havia sido dito por Atena ali - qual seria a oferta? – ela ousou perguntar.

—Existe uma criança, em seu futuro, um futuro não tão distante daqui... que poderá quebrar a maldição... – Atena disse não parecendo muito satisfeita com aquilo - sim depois de tantos anos, está à beira de acontecer... essa criança, ela irá cumprir todas as minhas exigências de justiça... – ela bufou, aquilo era algo que ele sabia muito bem,  acontece que aquela criança era agora a sua criança e ele não entendia por que Maeva fazia tanta questão que ele acessasse aquela memoria, já que saber da possível aliança entre Elza e Atena só fazia com que seu sangue fervesse ainda mais – Poseidon interferiu é claro – ela disse devolvendo o colar para Elza... – esse colar, poderá protege-la, assim como vem protegendo todas vocês desde o princípio, um presente dele é claro, é assim que ele queria que eu pensasse... mas não é apenas isso, esse colar é também a chave para algo muito maior, Poseidon não só espera que a maldição seja quebrada nesse dia, como deseja se redimir com todas as guardiãs, ao se redimir com ela – Severo arqueou a sobrancelha, do que ela estava falando? - O colar armazena algo muito poderoso... uma poção, Poseidon era um excelente pocionista e achou divertido usar suas habilidades aqui, criando algo, uma poção tão poderosa que poderá conectá-los uma última vez, mesmo depois de tanto tempo – Agora Elza encarava o colar com bastante curiosidade e Severo fazia o mesmo, conectar quem? Ele e Medusa? Aquela era uma poção de necromancia, que mesmo depois de tantas pesquisas, Severo não poderia decifrá-la, não completamente, era uma poção complexa... Poseidon era imortal, então isso não serviria para ele... mas Medusa não, ela havia de fato morrido, portanto a morte os mantinham separados para sempre... Severo sabia que aquilo era sobre Medusa, assim como Shara também sabia... mas o que ambos não sabiam na verdade, era o por que fariam aquilo, o porque eles invocariam Medusa do mundo dos mortos, e ali estava... a resposta... Poseidon deseja que a maldição seja quebrada, tanto quanto deseja se reconectar mais uma vez com sua filha... ele havia planejado aquilo, já que não havia tido uma redenção, Medusa não o havia perdoado e ela carregou aquela mágoa junto com ela para o túmulo, e de certa forma era tocante, Severo podia entendê-lo, afinal enquanto estivesse vivo, ele também faria o possível e o impossível por ela… pela sua Shara, Maeva queria lhe mostrar isso...

—Uma poção... nunca pensei, como... como posso acessa-la? – Elza pediu interessada.

—Você não fará... quer dizer, não ainda... não é qualificada, o colar deve ficar com a criança, e ao atender meus requisitos, isso automaticamente a fará digna de acessar a poção – Atena explicou – não sei como ele pensou nisso, mas Poseidon amarrou uma coisa na outra – ela gesticulou confusa.

—Ainda não entendi, como me enquadro nisso e como isso me proporciona o que quero? – Elza perguntou, guardando o colar no bolso de suas vestes.

—Nunca ninguém foi tão longe como você humana... você tem a ambição de que preciso, já que não posso interferir, ele saberia... e bem fomos banidos, isso dificulta bastante as coisas... então você fará aquilo que eu pedir, e quando concluir sua tarefa será recompensada com aquilo que mais deseja – ela sorriu

—O que devo fazer? – Elza perguntou.

—Para começar, deve garantir que essa criança seja privada de qualquer fonte de amor, e para isso, deve matar seus pais, se livre deles... a menina deverá ser criada por alguém com o coração endurecido, alguém que não a deseje, muito pelo contrário alguém que a enxergue como um fardo que é… deixe que eu a guie nesse sentido, já que tenho alguém, digo uma linhagem de uma família específica em mente e que vai servir perfeitamente bem nesse arranjo, mas o importante é que a criança sofra... Que ela tenha uma vida completamente miserável, e nada para se apegar… e o seu papel é garantir que isso aconteça, faça planos, planeje… orquestre, faça o que for necessário eu não me importo, desde que faça o que estou pedindo – Atena explicou, Severo sentiu vontade de estrangular aquele ser divino com as próprias mãos… como ela ousava sugerir aquilo e machucar a sua filha? Mas já estava feito… não havia como intervir no passado.

—Não me parece difícil – Elza disse, embora Severo tenha notado um certo desconforto e inquietação por parte dela ali... – quer dizer, acho que posso fazer isso… mas como saberei quem é a criança certa?

—Fácil… ela está no seu futuro, faz parte do percurso, ela será uma guardiã obviamente e será também filha de um habilidoso pocionista, algo que o destino se encarregará de providenciar – Severo sentiu seu coração acelerar naquele ponto... o destino... então era isso, ele estava fadado ao maldito destino... Antony havia mencionado algo sobre isso, certa vez... logo nas primeiras conversas que tiveram a respeito desse assunto... ele custou a acreditar naquilo é claro, todo esse negócio de destino era fantasioso demais para ele… mas não havia mais para onde correr, não adiantava bater de frente com aquilo, era a verdade… Shara precisava ser filha dele... – e isso bastará, quando a encontrar, você se certificará que ela tenha a pior trajetória possível… lembre-se de tirar os pais do caminho e também aquele pássaro idiota - Atena enfatizou enquanto criava algo com as mãos, Severo a observou trabalhar naquilo… ela estava forjando uma espécie de esfera dourada, algo que cabia na palma de uma mão, era uma peça bonita, coberta de arabescos, o que era aquilo agora? - pegue… será útil - Atena estendeu a esfera e Elza a alcançou.

—O que isso faz? - ela perguntou, algo que Severo também gostaria de saber.

—Poderá ver fragmentos do futuro com isso - ela informou, futuro? Então era isso… aquele "dom" que Elza possuía não era natural… não… ela havia ganhado um objeto com magia ancestral e era ele que a permitia ter acesso às informações privilegiadas, interessante… ele pensou, nem Alvo sabia sobre isso - ninguém deve saber, invente uma história se for o caso… mas não deixe que saibam - ela falava da esfera - como disse não posso interferir e isso me entregaria, e tenho certeza de que não irá querer experimentar minha fúria, pois não pretendo ser pega - Atena a ameaçou, mas Elza não parecia preocupada com aquilo, ela encarava a esfera de forma curiosa - e como tudo… existe um preço é claro…  cada vez que a usar, perderá alguns anos de sua existência e como forma de resgatar o tempo perdido, terá que beber sangue… o sangue de sua própria descendência, ele fará a compensação necessária, já que o sangue de uma guardiã tem o seu valor, bem isso você já sabe… do contrário irá morrer… e se morrer não será mais útil - Atena disse de forma fria - portanto não morra.

—Prefiro não ficar com isso - Elza disse devolvendo a esfera para ela, um tanto quanto receosa - não me vejo bebendo o sangue de alguém… e nesse caso, de quem mais seria? Senão dá minha própria filha… isso é terrível, simplesmente fora de cogitação... a leve de volta, eu faço… mas faço sem isso - Severo a encarou por um momento, havia um lado sensível e humano nela que batia de frente com todo o resto, com o lado ruim, que desejava poder e vingança acima de todas as coisas, infelizmente Severo conhecia bem o desfecho daquilo tudo, e o lado que havia ganhado aquela batalha.

—Verá que será útil - Atena disse, não pegando a esfera de volta - agora terá que ser esperta e agir com paciência e cautela, já que estamos falando do futuro… e isso levará anos, estará bem mais velha, contudo muito mais experiente… se aprimore em compreender feitiços da mente, irá precisar... não deverá ficar perto da menina, isso poderá prejudicar os planos, mas precisará acessá-la, estar atenta aos acontecimentos principalmente aqueles ligados ao colar, a manipule se for o caso, use seu dom… sabe sonhos podem ser uma ótima forma de fazê-lo, e assim que ela conseguir abri-lo, provando sua predestinação, terá o seu trunfo, você deve pegar a poção antes que ela a use para o ritual… e assim que a tiver em suas mãos, deverá matá-la, assim eu terei aquilo que quero, minha vingança estará concluída, quando eu acabar com a última esperança de Poseidon, ele nunca mais verá Medusa… e quanto a você, poderá ficar com a poção, use-a e terá seu desejo realizado...

—Como uma simples poção poderá realizar o meu desejo? - Elza era prática e particularmente Severo gostava daquilo.

—A poção é poderosa, como dito… ela tem o potencial de trazer qualquer guardiã do seu passado de volta a vida, e então poderá se apossar do corpo dela e somar sua magia ao seu poder, você será poderosa, a mais poderosa de todas as guardiãs que já existiram, até por que terá aquilo que todos procuram, algo que só os Deuses e aqueles a quem eles destinam podem ter… a imortalidade - Atena explicou e aquilo parecia horrível… a imortalidade nas mãos da pessoa errada poderia ser um caos, Severo viu os olhos de Elza brilharem com aquela possibilidade, ele sabia que ela faria o necessário para alcançar aquilo… como de fato ela fez…

—E por que eu devo me apossar do corpo de outra guardiã? - Elza perguntou intrigada.

—Bom, todas as guardiãs morreram jovens, não é mesmo? - Atena perguntou ao encará-la - e como disse você estará mais velha, acredite, não estou brincando sobre isso… tenho certeza que irá apreciar um corpo mais jovem para usufruir de todo esse poder, além da beleza… é claro - ela piscou - agora faça uma boa escolha Elza, já que terá tempo o suficiente para estudar o seu passado, pensar sobre isso, escolha com sabedoria, contudo peço apenas uma exceção… não poderá escolher Medusa, me recuso a ter o rosto daquela lá andando por aí outra vez - ela disse com desdém, mas aquilo era pior do que Severo imaginava, Maeva tinha mesmo razão sobre isso, aquilo era importante, e por mais que não o agradasse a ideia, ele reportaria aquilo ao diretor.

—Eu aceito seus termos, aceito sua oferta - Elza disse estendendo a mão para Antena, com a intenção de selar aquilo com um comprimento formal, Atena a olhou com superioridade, mas acatou lhe dando a mão, estava feito, havia uma aliança ali… e isso explicava tudo.

Severo foi expulso daquela lembrança, pela razão óbvia de que não havia mais nada a ser visto ali e agora ele estava do lado de fora novamente, encarando a única porta que havia lhe restado, a porta possuía um brilho especial, ela o estava atraindo e o convidando para entrar, aquilo seria o desfecho de todas as coisas… já que aquela porta o levaria ate o futuro, ele oscilou por um momento ao encarar a maçaneta, será que ele queria tanto assim saber sobre o final?… mas ele não era do tipo que desistia, passando por cima daquilo que estava sentindo, ele entrou.

Agora ele se encontrava em um grande e aconchegante salão de pedras, daquele que parecia um palácio nobre e luxuoso, havia alguns bruxos ali, e a medida que uma jovem mulher se aproximava, caminhando no centro daquele lugar, eles se abaixavam em sinal de reverência… ela era uma espécie de autoridade ali, algo que ele notou assim que a viu, embora fosse suficientemente jovem para a liderança, e a primeira vista aparentava ter quem sabe uns 25 anos ou quem sabe um pouco mais, aquela jovem bruxa se vestia de forma elegante, porém ousada demais para o seu gosto, com roupas pretas e coladas que marcavam mais do que deveriam, permitindo que todos vissem sua silhueta sensual, e conforme ela passava, ela emanava medo e respeito sobre lugar, ela se aproximou de uma poltrona alta, que mais se parecia com uma espécie de trono só que moderno, se sentando ali e captando a atenção de todos, ela era de fato uma jovem muito bonita, foi quando algo assustadoramente familiar nela chamou sua atenção, ele se aproximou e assim que estava perto o suficiente, ficou alarmado pela constatação de quem ela era de verdade… sim ele a conhecia, embora ainda não a tivesse visto daquela maneira, mas ele sabia… que aquela era ela… aquele rosto embora um pouco mais velho agora ainda era o mesmo rosto angelical com o qual ele havia se acostumado a ver… aquela jovem bruxa, era Shara e aquilo pelo que tudo indicava parecia ser o futuro dela… então ela estava viva e havia se transformado numa espécie de autoridade bruxa? Contudo ela parecia muito mais fria e cruel e assim que a versão mais velha de Shara se inclinou para ele e os olhos deles se encontraram, naquele pequeno espaço de tempo, ele entendeu, sim… aquela era a mente de Elza… Severo deu dois  passos para trás, sentido que havia perdido o chão debaixo dos seus pés ao ser acometido pela verdade de que aquela jovem bruxa a sua frente não era exatamente a sua Shara… aquela era Elza, e pelo que tudo indicava ela havia feito exatamente o que Atena havia orientado que fizesse anos atrás, ela havia conseguido o colar, feito o ritual e escolhido uma guardiã que considerasse forte o suficiente para tomar o seu corpo, Elza por alguma razão havia escolhido Shara.

Severo abriu os olhos, sentindo o ar lhe faltar… ele ainda segurava a mão da sua filha de apenas 11 anos de idade ali, já Shara mantinha seus olhos fechados, seguindo aquilo que ele havia orientado no início e aguardando novos comandos ali, ela era tão pequena, sua vida havia sido tão miserável e o seu futuro parecia ser ainda pior, ele a analisou com atenção antes de trazê-la de volta para aquela maldita realidade em que viviam, agora ele entendia as motivações de Elza, e onde ela pretendia chegar com tudo aquilo e ele se perguntava em seu íntimo se valeria a pena… se o futuro poderia mesmo ser moldado e reescrito, já que aquilo que chamavam de destino parecia não deixar mais escolhas a ninguém, era o destino que ditava as regras, era ele que atuava no centro de toda a existência humana, fazendo do livre arbítrio uma mera ilusão… ele olhou para a mão de sua filha, as unhas ainda quebradas e machucadas provavam exatamente isso e diziam muito mais… aquilo não era apenas sobre o gato, mas aquilo era sobre tudo.

—Shara - ele decidiu chama-la - quando eu contar até três você caminhará para fora da lembrança pela mesma porta em que entrou, faça isso de maneira sutil e discreta e quando estiver fora dela, completamente fora no caso… poderá abrir os olhos outra vez - ele orientou e não demorou mais que alguns segundos até que ela estivesse de volta ali, o encarando curiosa… eles tiveram uma longa troca de olhares ali, mas aquilo era diferente… para ele uma vida inteira havia passado por aquele olhar, aquele que era o verdadeiro olhar da sua filha e ele o reconheceria a quilômetros de distância dali… ela era dele, e ao encará-la de maneira tão profunda, ele se deu conta de que não poderia protegê-la da maneira como achava que faria, aquilo era frustrante, era também revoltante… ele fechou os olhos canalizando aqueles sentimentos, a vida não havia sido justa com eles, e num impulso involuntário ele a puxou contra si, a segurando com força contra o seu peito, ele não podia perdê-la, não depois de ter ido tão longe com ela, e se ele pudesse ele pararia o tempo naquele exato momento e a manteria presa contra si para sempre, Shara não se opôs e por incrível que pareça também não fez perguntas, e por mais que ela desconhecesse seus verdadeiros motivos ali, ela parecia entender o significado daquilo, já que aquela era a primeira vez em que ele agia de maneira afetuosamente impulsiva, não se importando em externar seus anseios, se ela quisesse, ela poderia lê-lo com facilidade ali… e ele estava com medo, sim medo daquilo que viria apartir dali, daquele  futuro e isso o desconcertava, justo ele que não sentia medo de nada… mas ele não desistiria, assim como Poseidon, ele lutaria por ela… e ele fez daquele sentimento o combustível que lhe faltava para colocar em prática o que havia planejado, sim ele mataria Elza antes que ela alcançasse aquilo que deseja, estava decidido… era uma promessa … ele lutaria contra o destino.

—___

Shara sabia que era ruim, embora ele não tivesse dito uma palavra sequer sobre aquilo que havia visto ali, mas ele nunca a havia olhado daquela maneira antes e o fato dele a ter puxado contra si da forma como fez, demonstrava algum descontrole, o que definitivamente não o representava e aquilo dizia muito mais do que qualquer discurso, ela estava certa… ele estava mesmo com medo… medo de algo que certamente se comprovou nas lembranças de Elza, na mente dela… Shara não sabia muito bem o que pensar sobre aquilo, mas sentia o pânico começar a tomar conta de si, sensação essa que ela já havia sentido tantas outras vezes ali, contudo ele passou a ser sua muralha, ele era a coragem que lhe sustentava na fraqueza, ele não podia desmoronar, do contrário tudo ali ruiria… ela precisava dele e ela se recusava a transformar aquilo numa despedida… ela não havia ido tão longe, passado por tudo que passou e todos esses anos para simplesmente acabar assim daquela maneira… ela não permitiria… ela se reclinou ainda mais contra ele, ouvindo as batidas do seu coração, aquilo a acalmava, ela não iria ter uma crise, não dessa vez… e ela fez desse pavor a razão e a motivação que precisava para validar e colocar o seu plano em prática, sim ela faria…

Shara porém dependia de Draco para que aquilo que havia planejado de fato funcionasse e isso lhe trazia algumas muitas incertezas, afinal não havia como se comunicar com ele dali, não quando ela estava presa nos aposentos dele, sendo monitorada ali, então ela contava literalmente com a sorte e com o fato de que Draco deveria estar preocupado com a sua ausência a ponto de fazer, algo que ele fazia muito com ela, buscar ajuda com aquele que ele chamava de padrinho, no caso o professor Snape, o seu pai… afinal ela havia saído do seu último encontro com ele, com um endereço na mão, que ele também conhecia e com uma bolsinha repleta de galeões que ele havia fornecido, e depois disso ela simplesmente não havia mais comparecido no salão comunal da Sonserina, não havia dormido lá e nem participado de nenhuma refeição… algo que ela esperava que ele tivesse notado, e portanto seguindo as tradições, ele a procuraria, ela contava com isso mais do que qualquer outra coisa… Shara se encolheu ainda mais contra os braços dele, se ela pudesse ela passaria o resto dos seus dias ali naquele lugar seguro… mas ela lutaria por ele… ela não deixaria que Elza definisse o seu futuro… não mais… afinal como ela mesmo havia dito… ela se tornaria o futuro, o futuro que Elza não previu.

—___

—Severo - Antony disse seu nome ao abrir a porta de sua sala de aula, Severo havia optado em tratar aquele assunto com ele ali, não querendo chamar ainda mais a atenção de Shara sobre aquilo, já que a forma afetivamente impulsiva com a qual ele havia agido com ela mais cedo nessa tarde, causou um certo descontrole emocional na menina a deixando ainda mais vulnerável e preocupada do que deveria e mesmo que ela não tenha dito nada nesse sentido, ele sabia, ele podia ver, ao notar a mudança repentina de comportamento ali, fato esse que ela estava se empenhando porém sem muito sucesso em esconder... ela estava apreensiva e ele se sentia culpado por aquilo  - mandou me chamar? – Antony perguntou

—Sim – Severo estava sério, ele segurava sua varinha com ambas as mãos e a analisava como se nunca a tivesse visto antes, mas a verdade é que ele estava distante dali, ele estava pensando, ele havia passado o resto daquela tarde imerso naqueles pensamentos.

—Aconteceu alguma coisa? – Antony perguntou desconfiado.

—Sim – Severo disse - Antony… - Severo o encarou - você disse certa vez, ter acompanhado todas as guardiãs, cada uma delas como seu guia, isso desde a origem, começando por Medusa a milhares de anos atrás… correto? - ele perguntou, deixando Antony surpreso com aquela pergunta.

—Sim, eu fiz - ele respondeu, validando aquilo.

—Quantas, guardiãs exatamente existiram a partir de então? – ele perguntou, lembrando que Atena havia se referido a Elza como sendo a de número 47 – Antony parecia pensar naquilo, levando um certo tempo antes de dar uma resposta.

—Shara é a de número 50 – ele disse com bastante convicção, estava correto, de uma forma geral a memória dele parecia boa e intacta.

—Quem era Simon? - Severo perguntou, focando agora naquela guardiã em especifico, Elza.... Sendo que aquele havia sido o nome dito por ela também durante aquela conversa com Atena.

—Bom, imagino que esteja falando do pai de Aurora aqui - ele respondeu com bastante facilidade, era mais ou menos o que Severo havia deduzido que ele fosse, Antony se lembrava daquilo.

—Marido de Elza suponho - Severo completou o raciocínio.

—Na verdade, eles nunca se casaram de fato… Elza... digamos apenas que ela era meio que avessa a esse negócio de casamento, sabe ela achava que mulher alguma deveria se sujeitar a autoridade masculina - ele explicou – Simon gostava dela, uma pena na verdade.

—Hummm - Severo não havia cogitado aquilo, mas não importava no fim das contas, ele estava apenas testando as habilidades mentais daquela ave, já que algo lhe ocorreu e ele iria comprovar a sua tese - Antony até que idade você consegue se lembrar de Elza e seus cuidados com Aurora? - ele perguntou tentando ser mais especifico e chegando ao cerne da questão.

—Lembro de muito, se é que quer saber… Aurora foi uma criança encantadora e gentil, Elza… ela foi uma boa mãe e depois na adolescência… - Antony parou ali o encarando – eu... não me lembro da adolescência dela na verdade, quer dizer… até mesmo antes disso… eu não consigo me lembrar dessa fase - Severo sorriu com o canto da boca,  bingo, ali estava... e  Antony notou aquilo – Severo... por que eu não posso me lembrar disso? – ele perguntou assustado.

—Você não se lembra, por que Elza violou a sua mente - Severo disse ao se levantar - ela se especializou em feitiços da mente e os faz com muita maestria... Elza apagou sua memória, deixando apenas uma parte da história ali, para que não desconfiasse – ele informou.

—O que… por que... por que por Merlin ela faria algo assim comigo? - Ele perguntou incrédulo…

—Ela fez uma aliança com Atena… e isso serviu apenas para acentuar quem de fato ela era de verdade e expor aquilo que ela carregava dentro de si, Elza carregava amargura, ódio e dor e tudo isso fez com que ela gerasse um desejo de vingança doentio – Severo explicou, fazendo uma pausa ali – contudo essa aliança deve ter gerado alguma mudança ali, mesmo que fosse uma mudança gradativa, quem sabe até mesmo com a postura dela como mãe, algo que você teria percebido ou até mesmo desconfiado – Severo gesticulou com as mãos em sinal de dúvida, afinal sabe-se lá o que de fato havia ocorrido ali - contudo Elza ciente de que você ao ser uma ave, porém imortal, seguiria as próximas gerações após ela, assim como seguiu as gerações anteriores,  ela o enfeitiçou, afinal ela não poderia permitir que você desse nos dedos e revelasse alguma coisa que pudesse comprometer seus planos futuros - Severo explicou, vendo Antony se sentar absorto com aquilo tudo que acabará de ouvir, e colocar as duas mãos no rosto em sinal de indignação – Elza pensou em tudo – Severo disse encarando o vazio – mais uma vez... ela pensou em tudo.

—Quer dizer que além dela me apagar por anos, me fazendo dormir daquela maneira…  antes disso, ela… ela já havia apagado minha memória? - Antony perguntou, mas havia um tom de revolta ali que não passou despercebido.

—Sim... muito antes disso - Severo confirmou, era mais do que óbvio agora – talvez com receio de não ter feito corretamente, ou de ter deixado passar algo, ela tentou fazer com que Maeva desconfiasse de você, ao dizer aquelas coisas ao seu respeito, induzindo Maeva a pensar que não fosse confiável, quando na verdade aquilo era apenas mais um truque dela... – ele disse e Antony estava em choque, mas agora aquilo fazia muito sentido.

—Como... como você descobriu? – Antony pediu.

—Eu vi a conversa dela com Atena, uma lembrança do passado... fiz isso ao entrar em sua mente – ele contou.

—Severo... você menciona Antena... como se fosse a Atena aquela que... – Severo o interrompeu, ele sabia que podia ser ainda mais chocante.

—Sim… eu me refiro a Deusa Atena… - Antony riu… uma risada nervosa, quase que histérica.

—Impossível… eles… os Deuses foram banidos… - Severo o encarava sério e Antony recuou…- impossível… impossível não? – agora ele estava oscilando.

—Não - Severo devolveu, vendo Antony perder a cor ali.

—Atena é fria e calculista... Elza… foi isso então? - ele perguntou e Severo assentiu vendo Antony se levantar e bater na mesa com força, Severo podia entender aquilo – Severo... – Antony o encarou - quando vamos acabar com isso, quando vamos matá-la? - havia frieza naquela pergunta.

—Amanhã à noite, depois do jantar… - ele informou - compareça em meus aposentos - ele disse – e esteja preparado.

—Estarei… venho pensando nisso a meses, tenho uma surpresinha especialmente preparada para Elza - Antony sorriu com malícia, fazendo Severo arquear uma sobrancelha sem entender – amanhã verá - ele disse vagamente, se virando e saindo da sala de aula…

Sim... amanhã seria mesmo um grande dia.


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Notas finais do capítulo

Bom... vamos lá, existe tanto pra ser dito aqui...
Começando com o fato de que Elza teve um pequeno, grande empurrãozinho... de nada mais, nada menos do que Atena (vcs estavam preparados para isso?)
Claro que com as inclinações erradas e cansada de sofrer, ela gastou sua vida correndo atrás de um único objetivo, alcançar o poder, e isso custe a quem custar... e para que? vingança!

De uma boa mãe... ela se transformou num monstro, e como Severo mesmo apontou, a mudança deve ter sido gradativa, afinal levaram anos até que tudo se findasse.... Afinal como sabemos o poder corrompe, e isso não é clichê, Uma prova foi o fato dela ter usado a tal da esfera, bebido o tal do sangue, coisa que por pior que fossem suas intenções ali, a Elza em sua versão jovem achava terrivelmente improvável de fazer. E isso explica o por que ela matou a filha e o por que ela precisava de tanto sangue, acho que ela não usou a esfera com muita moderação.

Agora se uma mulher ciumenta pode ser o capeta, o que esperar de uma Deusa grega do Olimpo com ciúmes? Nada menos que uma maldição milenar que condena toda uma genealogia... SIM é sobre isso.
E real... podem ter se passado mil anos, mas ela tá lá batendo na mesma tecla e querendo vingança (qualquer semelhança é mera coincidência) e aqui vemos a fusão dessa história e minha responsabilidade com esse capitulo, pois toda essa fic gira em torno disso, uma grande e puta INJUSTIÇA... então precisava fazer sentido no final das contas... (por MERLIN como eles mesmo dizem, me digam se de fato fez? eu gastei tanto tempo elaborando essa resolução, e revisando cada detalhe que não é brincadeira, espero não ter deixado passar nada).

E assim descobrimos também a finalidade da poção que havia dentro do colar, claro que... se ela for usada de forma correta, do contrário, sabemos que vai dar muito ruim...
Poseidon deseja se encontrar com Medusa, ele quer o perdão da filha e caramba, Severo você pode ser um pai do caralho aqui, mas Poseidon tem o meu respeito, já que sendo imortal, ele tem literalmente a eternidade todinha e ainda assim, ele esta a espera da filha!
Torcemos para que isso aconteça não é mesmo...

Atena não podia interferir... mas ela fez, e agora o que podemos esperar do futuro?
Elza viu um futuro bem promissor, não é mesmo (pelo menos para ela) onde ela escolheu justamente o corpo de quem? de Shara obviamente (sacanagem) e dai até dou razão pra ela, por que essa menina é foda demais, a guardiã mais forte, não a toa sendo ela a escolhida e predestinada para essa missão, com a ressalva é claro de ser filha de um pocionista habilidoso.... ai esse destino... Será que o destino se encarregou de dar um desfecho apropriado para essa história?

A esperança que nos resta é de que Severo e Antony sejam de fato bem sucedidos em sua missão, mas será que o futuro pode mesmo ser alterado dessa maneira?
E como será que Shara pretende participar disso tudo? Como ela pretende colocar em prática esses tais planos que ela tem em sua cabeça?

É como dizem.... amanhã será um grande dia!

Obrigada a todos que tem acompanhado até aqui, essa história se tornou o que é por causa de vocês!



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