A Sociedade das Abelhas escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 1
A Sociedade das Abelhas




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O som das milhares de abelhas no apiário se assemelhava bastante à música.

Ao menos, Lila achava que sim. Aos 10 anos de idade, seu repertório musical consistia apenas em cirandas infantis e as cantigas populares que a Operária Melina cantava para distraí-la em noites de trovoada. Arquivos de áudio eram raros naqueles dias — que uma vez foram chamados de Novos Tempos, mas já não havia uma alma viva que se lembrasse dos tempos antes deles —, então muitas das músicas antigas haviam se perdido. Isso era parte do motivo. A outra parte era que o que entendiam como música havia mudado bastante durante os últimos séculos. Como muitas outras áreas, a arte também havia retornado a seu berço, com instrumentos mais simples buscando incorporar elementos da natureza. Flautas suaves que lembravam brisas frescas no verão e instrumentos de cordas e madeira que pareciam os estalos das folhas secas quando brincava no bosque com outras crianças. Talvez não fosse de se admirar que ouvisse música nos zumbidos das abelhas.

Bom dia, Princesa Lila — cumprimentou a Operária Naomi, supervisora dos Apicultores.

A presença de Lila já era comum por ali, era onde preferia passar seu pouco tempo livre quando Anália, uma de suas irmãs mais velhas, estava ocupada. Além de Naomi, todos que encontrava pelo Apiário a cumprimentavam com ligeiros meneios de cabeça, sem se desviarem do trabalho. O Apiário era o coração da Colmeia, o comprometimento das operárias em função era inquestionável, sendo um serviço repleto de religiosidade.

Como está a nova rainha da A-14? Ela foi aceita? — Lila perguntou, não de forma inquisidora. Embora Princesas fossem superiores às Operárias, quando estava ali ela era apenas uma criança curiosa que gostava de ouvir sobre a ciência sagrada das abelhas.

Eu imaginava que perguntaria, Princesa. — Naomi sorriu, guiando o caminho para uma das colmeias. Haviam diversas, mas não faltava espaço no Apiário para garantir que mesmo as espécies mais territorialistas não criassem problemas com as outras. — Fizemos a troca das rainhas há apenas dois dias, mas acredito que ela foi aceita. Veja como as operárias abrem espaço para que ela verifique as células, ela já até começou a pôr os ovos.

Naomi e suas subordinadas usavam macacões que cobriam o corpo inteiro, inclusive as mãos, pois passavam a maior parte do dia em contato com as abelhas. Embora criassem muitas melíponas, as abelhas sem ferrão, quase um terço do Apiário era de Apis, e mesmo perto delas, poucas apicultoras usavam capuzes telados. O medo das abelhas tinha diminuído até a inexistência para aquele povo. Mesmo Lila não usava roupas de proteção, as abelhas nunca os incomodavam. Talvez em algum momento elas tivessem percebido que reinavam fora de suas colmeias também.

Princesa Lila, sabe por que trocamos as rainhas velhas? — perguntou Naomi, enquanto lhe oferecia um pedaço de favo. Havia algo de interessante em experimentar alguns pedaços antes do mel ser recolhido, mesmo que depois precisasse cuspir a cera.

Naomi... — repreendeu a Operária Melina, que apenas observava um pouco atrás enquanto sua princesa ouvia com atenção as palavras da Apicultora. — Ela é muito nova.

Não fazemos nenhum favor a ela escondendo isso, Melina. — O tom de Naomi permaneceu firme, mas havia delicadeza em suas palavras também. A maioria não falava com uma Princesa sobre os ritos de sucessão, temendo que as outras vissem isso como uma interferência na tradição. Mas Naomi não temia explicar a Lila o que aconteceria em breve, pois a tradição exigia que a vitória da nova rainha fosse justa, e não haveria justiça se uma das princesas não soubesse o que a esperava.

Melina era sua tutora desde sempre, e por isso a via como sua criança. Queria protegê-la o quanto possível, mas até Lila reconhecia quando a proteção dela era prejudicial. Naomi, por outro lado, sempre falava das abelhas como se estivesse falando de Lila e suas irmãs, porque, na realidade, estava mesmo.

As rainhas mais velhas começam a perder a autoridade, e todo o ritmo da colmeia é afetado. Elas trabalham menos, produzem menos, e nós dependemos delas muito mais do que pensamos.

Exatamente, Princesa Lila. — Naomi se sentou em uma banqueta ao lado de uma mesinha, oferecendo a Lila uma garrafa de água para aliviar o doce do mel. Em nenhum momento desviou seu olhar do dela, e pela forma que Melina não encarava nenhuma das duas, Lila supôs que o rumo daquela conversa era de conhecimento das duas. Quando terminou de beber, Naomi falou: — A Rainha Hymena está doente novamente.

Lila esperou o significado daquelas palavras assentar em sua mente e seu coração, mas nada disse, esperando que ela continuasse.

É a terceira vez no ano que a Mãe fica acamada por dias. Os médicos estão cuidando dela o melhor possível, mas ela já tem 91 anos, e isso é bem mais do que qualquer Abelha Rainha que a Colmeia já teve.

Vão começar a lhe chamar de Vespa se continuar agourando a morte da nossa Mãe — Melina falou baixo, mas parecia mais interessada em cortar a conversa do que realmente ofendida pela insinuação de que a rainha morreria em breve.

Princesa Lila, o que acha que acontece agora?

Em outra situação, Lila teria a resposta na ponta da língua, mas naquele momento não disse nada. Naomi esperou em silêncio pacientemente.

A Mãe vai morrer pela doença ou ser morta porque está fraca e a Colmeia não a respeita mais como antes. Em qualquer caso, as Princesas vão lutar pelo cargo.

Ou ela vai se recuperar e toda essa conversa terá sido bastante adiantada. Não somos animais, por mais que a gente tente esquecer disso.

E eu espero que esteja correta, Mel — Naomi falou. — Mas caso não esteja, esta Princesa não deve ser mantida às cegas só porque teve o azar de nascer tarde demais.

Lila passou o resto do dia cuidando de seus afazeres. Eram muitos para uma garota tão jovem, Melina sempre dizia, mas eram seus deveres. Melina era estranhamente ingênua sobre a Colmeia. Talvez ela fosse uma Vespa infiltrada, não Naomi, mas nunca tinha causado problema algum, e por isso Lila evitava confrontar suas convicções arcaicas. Mas acreditar que a Rainha viveria por muito mais tempo era fechar os olhos para tudo ensinado na sociedade em que viviam. Lila podia ser uma criança, mas já entendia bem o significado dos olhares penalizados por trás da camada de respeito que lhe dirigiam.

Você não precisa se preocupar com isso, Lila. Faz mais de setenta anos desde a última sucessão, não acho que vamos recorrer a esses métodos de novo. Nós, as Abelhas, somos o povo que mais resguardou a Humanidade nos Novos Tempos. Podemos nos dar ao luxo de ficar acima da natureza vez ou outra.

Lila lembrava das lições. Séculos antes, a Humanidade quase levara o mundo à exaustão, em uma cascata de perigos que pôs em risco milhares de espécies animais, inclusive a dos humanos. Os que sobreviveram aos primeiros anos de escassez estavam tão fragilizados e vulneráveis que chegavam a pensar que era uma vingança da natureza. Não era nada menos do que as consequências da exploração irresponsável do planeta. Um pensamento começou a se espalhar entre aquelas pessoas, a de que os humanos tinham ido muito além do que a natureza havia planejado para eles. Então se voltaram para os únicos que sabiam viver conforme os planos da natureza: os animais. As cidades ainda estavam de pé até hoje, porém ninguém as habitava. Os Leões viviam em grandes acampamentos ao leste, sempre mais de 30 pessoas vivendo de suas caçadas em grupo. Os Lobos estavam espalhados por todo o continente, mas seus grupos eram bem menores, geralmente cada família vivia por si só. As Formigas dominavam o subterrâneo, aproveitando-se das rotas abandonadas de metrôs e escavando novas rotas quilômetros e quilômetros a mais.

Mas as Abelhas eram diferentes. Elas nunca quiseram dar as costas ao que a humanidade podia fazer. Abelhas transformam a natureza, mudam o que recebem dela e criam coisas novas. Era isso que a primeira Abelha Rainha queria quando criou a Colmeia, junto a alguns cientistas que dedicaram suas vidas a conhecer as leis da natureza e não poderiam ver tudo ser arrancado e jogado ao pó. O segredo estava no equilíbrio das relações, e pelos últimos séculos a Colmeia vinha provando que era possível manter os avanços da humanidade sem ultrapassar aquele limite outra vez. A energia vinha do sol, os recursos eram calculados conforme as necessidades individuais, as células de habitação eram todas iguais,e toda atividade que exigia a exploração de algum recurso natural precisava do aval da Abelha Rainha.

Lila sabia que as pessoas sentiam pena dela por ter nascido tarde demais. Eles não podiam imitar completamente a organização das abelhas, é claro, mas toda criança nascida na Colmeia era formalmente entregue ao representante da Rainha, pois ela era a mãe de todos. Todos na Colmeia eram irmãos e irmãs quando pensavam por essa forma, forma que haviam sido ensinados a pensar. E assim como na natureza, aqueles que poderiam ascender ao posto de Abelha Rainha eram escolhidos entre as crianças de forma bem menos aleatória do que se imaginava. Havia uma Princesa para cada mil operárias e zangões, e a Rainha Hymena conseguiu manter bons números entre a comunidade e os recursos que consumiam. Porém, já perto do fim de sua vida, a população se descontrolou, e a Colmeia chegou ao número máximo de 12.000 habitantes.

Justo na época em que Lila nasceu. Hymena era atenciosa e respeitosa, embora um pouco distante. Mas Lila via tristeza em seu rosto velho quando a Mãe olhava para ela. Uma Mãe sempre temia pelo futuro de seus filhos, e a Abelha Rainha era Mãe de todos. Mas a vida de uma Princesa era admirável, porém, com um fim determinado. E Hymena sabia que morreria antes de Lila ter idade o bastante para lutar por seu lugar.

Princesa Anália.

A saudação mecânica de Melina despertou Lila de suas tarefas. Imersa em analisar uma requisição dos cientistas de sua seção, que pediam permissão para usar 300g de cobre, Lila não ouvira a porta de sua célula habitacional abrir. O espaço não era ostensivo, então pôde ver logo o olhar preocupado de Anália. Lila deixou de lado a proposta dos cientistas, poderia analisar a necessidade deles depois.

Está tudo bem?

Anália era sua irmã favorita. Não eram nada parecidas, já que nenhuma das Princesas tinha relação sanguínea, mas, apesar de ter o dobro de sua idade, Anália também era uma das últimas princesas, o que as tornaram bem próximas. Muitas vezes, Lila percebia que Anália queria ser para ela o porto seguro que ninguém nunca tivera quando ela era a mais nova da realeza.

Com um gesto de Anália, Melina se afastou a contragosto. A Operária sempre agia assim quando precisava deixar Lila a sós com outra Princesa. Ajoelhando-se perto da janela, Anália fez um sinal para que se aproximasse e pôs o braço sobre seus ombros.

Soube que conversou com a Naomi hoje.

Ela não precisava dizer nada. Eu sei o que as abelhas fazem quando precisam de uma nova rainha. Está... Está tudo bem.

Anália a encarou como se Lila tivesse puxado seus cabelos como fazia quando tinha 4 anos e ficava irritada.

Mas que droga está falando?! — exclamou, diminuindo o tom ao receber um olhar atônito de Melina. — Você acha que vim aqui lhe matar?

Mas veio, não veio? A Mãe já morreu?

Anália cobriu o rosto com as mãos.

Ainda não, mas... Lila. Não fale besteira. Eu jamais faria isso.

Eu preferiria que fosse você. Seria uma boa Mãe.

Não seria, não. Eu seria uma péssima rainha.

Por quê?

Porque sou egoísta, Lila. Não conseguiria pensar na Colmeia inteira com imparcialidade. Tem pessoas que eu escolheria proteger. E Abelhas não devem pensar dessa forma. Foi por isso que eu vim. Escute-me. Eu não quero que você saia daqui essa noite, tudo bem?

Lila a encarou com seriedade.

O que vai fazer?

Em resposta, Anália lhe deu um beijo na testa.

Não se preocupe. Eu vou lhe proteger.

Todas as perguntas seguintes de Lila foram ignoradas. Quando saiu da célula de Lila, Anália não voltou para a sua própria, em vez disso, subiu até a Realeira principal. Um Zangão e uma Operária guardavam o quarto da Abelha Rainha.

Deixem-me passar.

Em situações normais, eles não permitiriam. Mas Anália tinha estudado bastante a forma como faria aquilo, e decidiu que a melhor delas seria simplesmente se mostrar como uma futura rainha. A Colmeia ficava inquieta com os dias de enfermidade de Hymena, queriam uma pessoa forte e determinada, e Anália sabia fingir que era uma. Após ser analisada pelos olhares silenciosos dos guardas, a Operária abriu caminho, sinalizando para que o Zangão fizesse o mesmo.

Hymena dormia pacificamente, apesar do peito quase não se mover ao respirar. Mesmo sem ninguém para testemunhar, Anália se ajoelhou diante da cama da Mãe, e disse a si mesma que havia formas piores de morrer do que dormindo.

Quando deixou a Realeira, a Colmeia não tinha mais uma rainha.

A notícia se espalhou como fogo em folhas secas. Mas quatro das doze Princesas não receberam a notícia. Anália as alcançara primeiro.

Na célula de Lila, Melina fechou a porta e apoiou as costas contra ela. Lila soube sem que ela precisasse falar.

A Mãe morreu. A sucessão começou? Eu preciso ir!

Lila! A sucessão começa só 24 horas depois, você sabe disso. E você não precisa…

Lila não a ouviu, a ansiedade de Melina a irritava. Se ela achava mesmo que esse dia não chegaria, então devia ser uma Vespa estúpida tentando enfraquecer a grandeza da Colmeia. Poderia mandar que saísse da frente, e sabia que uma ordem sua abalaria a firmeza de Melina. Os séculos de orientação comportamental pela obediência cega deixava as Operárias e Zangões mais sugestionáveis à Realeza. Mesmo que fosse contra o que acreditavam, eles odiavam desobedecer à Rainha ou mesmo às Princesas.

Mas Lila não precisou ordenar nada. A porta se abriu sozinha e Melina se colocou na frente de Lila em uma postura defensiva. Anália entrou, parecia uma pessoa totalmente diferente da que visitara horas atrás. Tinha ferimentos em seu rosto e sangue em suas roupas, e uma lâmina pingava o líquido vermelho no chão marcando seu caminho.

Como ousa! — Melina gritou, horrorizada. — É muito cedo, você deveria ter esperado!

Saia da frente, Operária.

As mãos de Melina tremiam e sua voz não estava nada firme.

É muito cedo... A sucessão... Deve esperar! Eu não vou sair antes…

Lila — interrompeu, ignorando-a. — Você confia em mim? O que eu lhe disse mais cedo?

Lila tocou o braço de Melina para que saísse do caminho e se aproximou da irmã. Pôde ver que lágrimas se misturavam ao sangue dos ferimentos, mas Anália sorriu.

Você disse que iria me proteger.

Ela assentiu com veemência.

Eu cumpri minha promessa. Só há duas Princesas disputando, Lila.

Lila não teve medo quando Anália ergueu a faca. A última a cair na sucessão era uma posição de honra, e achou que a irmã tinha sido bem considerativa em deixá-la por último. Mas quando Anália agarrou suas mãos e a fez segurar o cabo da faca, Lila estremeceu. Tentou recuar, mas ela ainda lhe segurava firme.

Escute-me! Escute-me…

Eu não posso fazer isso! Não é uma vitória justa! Não posso ser a rainha! — Lila chorava, mas Anália não cedeu. Escute-me, escute-me... Continuou repetindo. — Eu não posso! Não se for você!

Lila... Sua Operária tem razão, eu não esperei o tempo certo. Eu traí as minhas irmãs, não dei tempo para se prepararem...

Não quero ouvir!

A minha vitória não seria justa, Lila. A Colmeia não me aceitaria. Mas você está se defendendo e está eliminando uma traidora. Faça isso.

Por que...?

Esse é mesmo um mundo desprezível se você realmente precisa me perguntar isso.

Lila não tentava mais fugir, mas não conseguiu se mover ou dizer algo. Anália decidiu ajudá-la nisso também. Segurando suas mãos no cabo da faca, Anália pressionou a lâmina contra o próprio peito e não permitiu que Lila a soltasse até que apenas o cabo estivesse para fora. Seu rosto contorcido de dor e medo ainda conseguiu abrir um sorriso, e por um instante, parecia que ela queria dizer algo mais.

Mas suas mãos soltaram as de Lila e os braços caíram inertes ao lado do corpo, e Lila aparou sua queda enquanto ela dava seus últimos suspiros no mundo dos vivos.

No dia seguinte, Lila estava na Realeira, se preparando para sua primeira aparição como Abelha Rainha. A coroa de madeira e âmbar ficava folgada na sua cabeça, então Melina prendera os cabelos de uma forma que desse volume para poder equilibrá-la.

Mãe... — Sua escolta cumprimentou respeitosamente. Um destacamento de homens e mulheres curvando-se para ela, que aos 10 anos de idade, se tornara Mãe de toda uma Colmeia.

Lila não dissera nada desde o dia anterior. Sinceramente, parecia nem notar as pessoas ao seu redor. Melina a guiou até o salão onde apareceria na sacada para todos os seus filhos, onde alguém tinha colocado um palanque de madeira perto do parapeito, pois com a pequena estatura, Lila não seria vista do térreo. Ela subiu, e assim que foi vista, saudações e aplausos se alastraram pela multidão como uma onda, gritos tão intensos e efusivos que Lila sentia o som reverberar em seu peito. Em meio a gritos de “Mãe!” e “À nova Abelha Rainha!”, Lila se sentiu enjoada. Não conseguia se desvencilhar do pensamento de que aquela era a comemoração de 12 mortes.

Em algum momento, os sons pararam de fazer sentido. Os gritos, aplausos, assobios e congratulações se perderam em uma mescla ruidosa, quase igual ao som de uma colmeia em plena atividade, mas um milhão de vezes mais cheia e maior. Lila abriu um sorriso triste. Aquilo era mesmo uma Colmeia, apenas isso. Nos corações de seu povo, não havia mais um único resquício de humanidade.


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