Lost: O candidato escrita por Marlon C Souza


Capítulo 33
Capítulo 33 - A ascensão ao colapso




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O grupo liderado por Roger avançava pelo terreno acidentado, composto por Ben, Marcel, Juan, Miguel, Frank e uma multidão de soldados. O semblante deles, antes aprisionados, agora refletia a liberdade recém encontrada. Roger finalmente compreendera seu papel na ilha e, de fato, a experiência como fugitivo lá fora o convencera de que aquele lugar seria seu novo lar.

— Deve estar logo ali — comentou Ben, que liderava a marcha.

— Como você sabe? — Roger parecia intrigado.

— Vivi o suficiente nesta ilha para saber exatamente onde estamos — respondeu Ben, com um sorriso enigmático.

Frank, mostrando-se curioso, acrescentou: — Bianca mencionou que o acampamento de Aaron está próximo ao coração da ilha. Não faço ideia do que isso significa.

— A fonte. — comentou Ben, com seriedade. — Roger, você sabe exatamente para onde estamos indo, não é?

— Com certeza — afirmou Roger, com determinação em seu olhar.

Enquanto isso, em Alexandria, Alvar Hanso se reunia com o conselho da Dharma. Até aquele momento, nenhuma informação sobre os foragidos na ilha havia chegado até ele. Alvar não tinha muita confiança em ninguém, apesar de ter colocado Wilbert para liderar a Dharma na ilha, e Charles Widmore para comandar a Widmore. Mesmo que estivessem mortos-vivos, Alvar sabia que sem os poderes de Taweret, e os que ela tomou dele, não teria controle total sobre suas vítimas. Seus poderes eram limitados. Por isso, reuniões eram necessárias, pelo menos, naquele momento.

A reunião ocorria na sala de reuniões dentro da estação a Linha. Todos estavam sentados, exceto Alvar, que estava tenso, sabendo que seu tempo estava se esgotando. Charles Widmore também estava presente.

— Convoquei essa reunião com os senhores para tratar do futuro da iniciativa — disse Alvar, enquanto todos prestavam atenção em suas palavras.

— Senhor — disse um dos presentes, levantando-se para falar. — Eu sempre tive uma curiosidade. O que há de tão importante naquela ilha que vale todo esse investimento?

— A pergunta é boa, Rodolf — disse Alvar, com um sorriso, revelando o nome do rapaz que se levantara. Rodolf era um dos seus mais leais servos, como ele via todos naquela sala. Rodolf era negro, com olhos castanhos escuros, quase sem cor. Alvar tinha um apego maior por ele. O que era algo intrigante. — Vocês aqui já estão cansados de ouvir que aquela ilha é especial, mas vocês sabem também que não sou qualquer um.

— Justamente por isso. O que exatamente o senhor pretende? — a inquietação de Rodolf ressoava nos presentes, que estavam calados, temendo por suas vidas. Charles olhava para Alvar, esperando sempre o pior, mas ainda assim, para proteger sua família, ele estava ali. Rodolf era o único presente que ousava questionar diretamente Alvar. Ali não havia um que não soubesse exatamente quem Alvar Hanso era: Taurus.

Hanso riu. Caminhou até Rodolf, e ao passar pelas pessoas, elas sentiam a força e imponência de Alvar. Rodolf permanecia de pé, apesar de sentir suas mãos suarem frio. Alvar parou próximo a Rodolf e o olhou nos olhos.

— Creio que vocês saibam quem eu sou, meus planos e o que tem naquela ilha que eu quero tanto — disse Alvar. — Dúvidas como essa não podem ser toleradas, Rodolf.

— Eu entendo... — disse Rodolf, abaixando a cabeça. Alvar então, virou-se para voltar ao seu posto, até que Rodolf continuou: — ...mas o senhor já tem o mundo em mãos, para que quer mais poder?

Alvar parou, respirou fundo, e olhou novamente para Rodolf.

— Não te trouxe de volta para me questionar novamente, amigo — disse Alvar, com os olhos lacrimejados.

— Desculpa — disse Rodolf, sentando-se. Alvar voltou ao seu posto, todos os presentes estavam em choque. Charles observava aquele momento aflito. Ele queria poder fazer algo para parar Alvar, mas não conseguia.

— Continuando de onde parei — disse Alvar, retomando o assunto. Rodolf estava suando frio, sentia em todo seu corpo o ódio de Alvar. O controle estava na mente de todos os presentes.

Em 2029, ao deixarem Londres, Alvar e Charles chegaram juntos à sede das Corporações Hanso, na Dinamarca. Desceram juntos do jato, e Charles observava a frieza de Alvar. Desmond havia ficado na sede da Widmore, ainda como CEO, mas abaixo de Charles. Os dois andavam e conversavam.

— Eu sinceramente não esperava que seu genro iria aceitar minha proposta tão facilmente — disse Alvar.

— Também fiquei surpreso. Desmond costumava não ser um homem que tomava decisões difíceis — respondeu Charles.

— Agora ele tem muito a perder, Charles — disse Alvar sorrindo. Colocou a mão no ombro de Charles e continuou: — Prefiro manipular as pessoas assim do que trazê-las de volta à vida. Exige muito do poder que ainda não tenho em mãos.

— Por que estamos tendo essa conversa? — indagou Charles, confuso.

Alvar largou o ombro de Charles e colocou a mão em seu bolso. Disse: — Percebe que você ainda nutre sentimentos pela sua família, Charles.

— Sim, e o que tem?

— Significa que não tenho mais tanto poder como já tive antes. Taweret me tirou tudo. Quando eu finalmente chegar lá, pegarei tudo de volta e os poderes dela também serão meus.

— Parece muito pretensioso.

— E é. Não omito minhas vontades, Charles. Também não tenho pressa de realizar isso. Já esperei milhares de anos, o que são mais alguns?

— Desmond é sua arma. Certo? Como eu previ antes...

— Você é esperto, Charles. Mais do que Ben. Ele se achava esperto, mas era incapaz de perceber que Minuts era o menor dos problemas que ele tinha que se preocupar. Minuts foi posto lá por Taweret para me impedir de entrar na ilha, assim como Hannah, mais tarde Jacob, Jack e o Hugo. Com a morte de Minuts, só me resta matar os outros protegidos de Taweret e assim, abrirei meu caminho para a ilha.

Charles o olhava sem questionar mais, ambos estavam adentrando a sede. Havia uma porta secreta dentro do escritório de Alvar que dava acesso a um lugar altamente escuro. Nada podia se ver direito.

— O que estamos fazendo aqui, Alvar? — indagou Charles, completamente confuso, sem enxergar nada direito.

Alvar sorriu friamente. Uma luminosidade forte cobriu todo o ambiente em que eles estavam e Charles viu cinco homens guerreiros, todos com pele escura. Eles estavam deitados em macas especiais, mas notava-se que eles estavam respirando devido ao movimento de seus peitos. Charles arregalou os olhos.

— Achou que apenas na Linha que eu tinha meus segredos? Esses são os guerreiros rikotis que sobraram. Eu os armazeno aqui há milênios.

— Isso é absurdo — disse Charles. — Como podem estar assim tão conservados? Cinco mil anos se passaram...

— Esses são meus guardiões. Taweret não era a única que tinha seus guerreiros favoritos. Estão conservados porque estão vivos. Apenas dormem — disse Alvar, se aproximando de um especial. Era literalmente Rodolf. — Esse, assim como Aaron, era o comandante deles. Com o tempo, passei a chamá-lo de Rodolf, mas seu nome original se perdeu na língua falada pelos rikotis.

Alvar tocou em Rodolf e este voltou a si. Charles não se surpreendeu mais, visto que já sabia das habilidades de Alvar, mas não deixava de ser surpreendente.

— Quem é este? — indagou Rodolf, olhando para Charles.

— Seja bem-vindo de volta, amigo — disse Alvar, sorrindo. — Este é Charles Widmore, um dos meus mais novos servos.

— Ele fala nosso idioma? — indagou Charles, impressionado.

— Claro, eu o ensinei tudo que ele precisaria saber sobre esta era — disse Alvar. Rodolf olhou para Charles, com um sorriso franco. Logo depois, abaixou-se diante dos pés de Alvar.

— Meu deus, Taurus! — Exclamou Rodolf, com um sinal de reverência. Continuou: — Estou aqui para realizar todos os seus desejos.

— Que saudade senti de você, amigo — disse Hanso, rindo. Charles prestava atenção em tudo, mas estava completamente inerte diante de tanta informação. Uma coisa, porém, ele tinha certeza: Alvar era perigoso.

No presente, em 2034, Aaron estava sentado diante de uma fogueira, deu um leve sorriso quando sentiu que os seus se aproximavam.

Até que Roger chegou, Aaron se levantou e o encarou. Todos os presentes atrás ficaram olhando aquele momento.

— Quem é você? — Indagou Roger.

— Sou Aaron. Não está me reconhecendo?

Roger fitou o olhar de Aaron por alguns momentos. — Como você pode ter envelhecido tanto em cinco anos?

Aaron riu. Ben também riu. Ben sabia que aquele era o Aaron, mas que havia ido pro passado e vivido lá.

— Longa história, Roger. Mas sou eu. Eu prometo que vou te contar em breve, mas temos um ritual para fazer. — Disse Aaron olhando para Juan, Marcel e Miguel.

Enquanto isso, na fortaleza da Dharma na ilha, Wilbert encontrou Walt, preso com correntes e visivelmente machucado. A situação era desoladora, com Walt em lágrimas e desespero.

— Walt?! — chamou Wilbert. Parecia nervoso. Estava trêmulo.

— O que você quer, Wilbert? — respondeu Walt, com a voz carregada de dor.

— Você está consciente ou está sob domínio do ódio? — questionou Wilbert, se aproximando.

— Me deixe em paz. — disse Walt, abaixando a cabeça.

Wilbert olhou nos olhos de Walt e tentou acalmá-lo.

— Pare de chorar. Walt, você está perdido?

— Dê um fim a minha vida de uma vez. Por favor. — suplicou Walt, desesperado.

— Eu não posso fazer isso. Desculpa. — respondeu Wilbert, lamentando.

— O que você está fazendo aqui? Falando comigo? O que você quer? — perguntou Walt, confuso.

— Estou com medo. — confessou Wilbert.

— O quê? — Walt estava perplexo.

— Walt, eu não sei o que Alvar fará comigo depois que ele descobrir o fracasso que sou. Deixei os prisioneiros fugirem. Fui enganado. Sou uma fraude. — desabafou Wilbert.

Walt riu amargamente. — Você é um verme. Merecia estar aqui no meu lugar.

— Você deveria me entender, assim como você, não tenho total domínio de minhas ações. — tentou explicar Wilbert.

— Você foi perspicaz ao descobrir que ele não era mais um protegido de Taweret. Você o matou. Hugo era meu amigo. Não vai encontrar em mim um pingo de compaixão. Eu quero que você morra, seu desgraçado. — acusou Walt.

— Walt. Trabalhamos juntos... — começou Wilbert, mas foi interrompido.

— Eu sei, mas... Eu... Saia daqui. — ordenou Walt, com a voz embargada pelo choro.

Wilbert, compreendendo a situação, baixou a cabeça e saiu. Walt, sozinho e desamparado, entregou-se ao choro, seu desejo de escapar daquela tormenta parecia cada vez mais distante.

Enquanto isso, na ilha de Guam, a noite caía sobre o galpão da Dharma, onde os prisioneiros estavam confinados. James observava Kate e Alexander de longe, seus sentimentos ainda presentes, embora já resignado. A situação deles era mais sombria do que ele imaginava, e um suspiro escapou de seus lábios.

Tyler se aproximou, sentando-se ao lado de James, e perguntou:

— Você gosta dela, não é?

— Você poderia cuidar da sua vida, Abadu? — respondeu James, um tanto áspero.

— Não sei mais o que será de nós, James. Talvez essa seja nossa vida agora. Para sempre.

— Finalmente caiu a ficha de que o príncipe encantado não virá?

— Por que para você tudo é uma piada? — Tyler estava visivelmente irritado.

James sorriu de leve. — Aprendi desde cedo que a vida é dura, rapaz. Um pouco de ironia não faz mal a ninguém.

Finalmente, Tyler esboçou um sorriso.

— Viu? Isso te fez sentir melhor? — provocou James.

— Como você consegue? Eu simplesmente não aguento mais.

— Desde que me entendo por gente, tenho enfrentado dificuldades. Meu pai matou minha mãe depois que ela o traiu com um tal de Sawyer, que também o enganou e fugiu com todo o dinheiro da família. Meu pai acabou se suicidando. Passei o resto da vida buscando vingança contra esse homem, mas ele não existia, era um nome falso. Quando descobri isso, assumi o nome falso dele e vivi como ele, um golpista.

— Eu sei muito sobre vocês...

— Ah, sim, a Widmore. Você era sobrinho de Matthew Abaddon. Claro que saberia sobre mim.

— Meu tio era como um pai para mim. Eu entendo o que é perder um pai. Sinto muito.

James riu. — Você não faz ideia pelo o que passei. Não tente nos igualar. — Disse James, saindo de perto de Tyler. O rapaz encarou o chão. Olhando fixamente para Alexander Widmore, pensou rapidamente em Charlie Hume, que não estava mais entre eles.

Em 2029, um helicóptero pousou em Guam. Os prisioneiros - James, Kate, Claire, Alexander, Tyler, Robert e Charlie - foram escoltados para fora pelos soldados.

— Será que estão nos resgatando? — Kate perguntou, resignada.

James riu. — Já era hora.

O piloto do helicóptero trocou algumas palavras com um dos soldados enquanto ambos observavam os prisioneiros. Estavam um pouco distantes, então era difícil ouvir o que diziam.

— O que estão falando? — Tyler perguntou a Charlie.

— Parece ser sobre nós. — respondeu Charlie.

De repente, o piloto se aproximou e perguntou:

— Quem é Charlie Hume?

Charlie, incerto, levantou a mão. O piloto disse:

— Você vem comigo.

— Eu?

— Tenho ordens de te levar de volta para o continente.

— E quanto aos outros? — Charlie perguntou.

— Minha missão é apenas levar você com segurança. Não tenho mais informações para compartilhar. — disse o piloto.

James bufou alto. — Pode ao menos nos dizer o que está acontecendo?

— Não tenho informações adicionais. Só vim buscar Charlie. — respondeu o piloto.

— Eu não vou sair daqui sem os outros. — disse Charlie.

— Desculpe, senhor Charlie Hume. Você vai conosco, querendo ou não. Os outros ficarão aqui. — disse o piloto, enquanto dois soldados se aproximavam.

— Por favor, eu só quero ver meu filho. — Claire implorou.

— Desculpe, minha missão é só essa. — disse o piloto.

James ficou irritado. Os soldados conduziram Charlie até o helicóptero. Antes de partir, Charlie exclamou: — Vou voltar para resgatar vocês. Eu prometo.

Kate abraçou Alexander, visivelmente desnorteada.

— Tudo isso foi armado pela Widmore. — disse James.

— Isso não faz sentido. — respondeu Alexander.

Charlie foi então levado e entrou no helicóptero. Pela janela, observou o grupo enquanto partia. Bufou, sem entender completamente o que estava acontecendo.

No presente, em 2034, Tyler ainda observava Alexander. Estava completamente abalado com toda aquela situação.

— É, James. Talvez você esteja certo. Isso tudo pode ter sido obra da Widmore... mas, por que agora? — Indagou para ninguém em especial.

Alexander o olhou e ambos ficaram fitando o olhar por alguns instantes. Kate percebendo o clima, indagou:

— O que foi, amor?

— Nada. — Disse Alexander, desviando o olhar. Tyler também desviou o olhar, e assim, ambos foram para seus cantos para dormir. Alexander e Kate dormiam perto de Claire, enquanto James, Tyler e Robert em outro canto.

Enquanto isso, na Ilha, Aaron convidava o grupo que veio com Ben e Roger para se juntar ao acampamento. Aaron chamou o pequeno grupo composto por Marcel, Juan e Miguel para irem com ele a um lugar especial. Ao chegarem perto do riacho, Yan, Bianca, Clementine e Jessy já estavam lá. Roger e Ben os acompanharam, e foi um momento de reencontro caloroso, já que fazia muito tempo que não se viam.

— É bom revê-la, garota. — Roger disse a Clementine. — E você também, rapaz, está mais forte. — Ele olhou para Yan de cima a baixo.

— Obrigado. — Yan sorriu.

— Bom saber que está vivo, Roger. — Clementine disse, também sorrindo.

— Bom, esse momento de reconciliação é muito importante. Mas mais importante ainda é vocês beberem da água do riacho. Marcel, Juan, Miguel, vocês se tornarão como nós. — Aaron disse.

— Como assim, como vocês? — Juan perguntou, confuso.

Aaron sorriu e entregou um copo improvisado de água para os três.

— Bebam. — Ele ordenou.

Miguel e Marcel beberam rapidamente. — Vocês agora são guardiões da ilha, assim como nós. Ou seja, somos todos iguais. Possuímos os poderes de Taweret.

Juan riu. — Está brincando, né?

— Por que estaria? — Aaron perguntou.

— Por que você não bebeu? — Yan perguntou.

Juan começou a suar frio, nervoso com a situação. Fechou os olhos, despertando a curiosidade de todos os presentes.

Enquanto isso, em Alexandria, a reunião de Alvar na Linha já havia terminado e todos haviam se dispersado. Desmond estava chegando na estação. Ele andou pelos corredores e tinha certeza de que o que Alvar tinha para falar não era nada bom, mas precisava cumprir para proteger sua família.

Ele entrou na estação e dirigiu-se à sala de reuniões, onde encontrou Rodolf sozinho, observando os quadros na parede. Desmond percebeu o comportamento estranho do homem.

— Desculpe, sou Desmond. E você é? — Ele se aproximou de Rodolf, que virou-se e disse:

— Escute, ele pode nos ouvir.

— Ele quem?

— Taurus.

— O que tem?

— Só um aviso, não importa o que ele peça. Não faça. — Rodolf saiu. Desmond ficou desconfiado, mas preferiu não comentar nada. Sentou-se em uma das cadeiras da mesa de reunião, pensativo, pois sabia que Alvar era perigoso.


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