Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 43
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Vamos iniciar as atualizações do ano com um capítulo intenso!

Tenham todos uma ótima leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808977/chapter/43

Duskwood City, 14:32 pm

Cleo havia saído da casa de sua mãe há alguns minutos e dirigia de volta para a casa dos amigos. Ao passar pelo mercado, ela se intrigou ao notar algumas viaturas da polícia estacionadas próxima à entrada da floresta. Ela parou o carro em frente e começou a observar, na expectativa de compreender o que estava acontecendo. Depois de alguns instantes observando, ela avistou cinco policiais saindo da floresta e, em suas mãos, haviam folhetos. Porém, para não correr o risco de que eles a pegassem observando-os, ela logo ligou o carro e saiu. Depois de se distanciar um pouco do local, ela pegou seu celular no porta luvas, desbloqueou a tela e abriu seus contatos. Em seguida, ela procurou por um contato específico e, ao avistar o nome de Hannah, clicou nele e iniciou uma chamada de voz. Depois de chamar três vezes, Hannah atendeu.

(Hannah) - Oi, amiga.

(Cleo) - Amiga, vocês já voltaram para casa?

(Hannah) - Não. Ainda estamos na casa dos meus pais. Porque?

(Cleo) - Ah, que ótimo. Apenas peço que quando vocês estiverem voltando para casa, prestem atenção no caminho. Exatamente na floresta ao lado do mercado. Eu acabei de passar por lá e vi uma movimentação estranha de policiais. Tentei descobrir do que se tratava, mas fiquei com receio de que me vissem.  

(Hannah) - Uma movimentação de policiais? Será que encontraram alguma coisa na floresta? Terá sido um corpo?!

(Cleo) - Calma, não se precipite. Tudo que posso afirmar é que eles seguravam alguns folhetos e não vi nenhum sinal da perícia.

(Hannah) - Entendi. Espero que não seja nada demais.

(Cleo) - É, eu também. – Ela suspirou, preocupada.

Enquanto isso, na casa dos amigos, Adie estava sentada à mesa da sala de jantar, estando com as pernas inquietas e olhando para o nada. Depois de alguns segundos, Jake saiu da cozinha, segurando um copo com água e se aproximou dela, se sentando em uma cadeira que estava à sua esquerda. Após se sentar, ele permaneceu olhando-a e colocou o copo com água próximo a ela, mas Adie continuou indiferente e com o olhar distante. 

(Jake) - Você está bem, minha linda? – Ele tocou no braço dela.

Ela o olhou por um breve momento, mas logo desviou o olhar, sem respondê-lo. 

(Jake) - Tente pelo menos me dizer o que está passando por sua mente. Seu silêncio está me deixando extremamente preocupado.

Ela continuou olhando para frente, enquanto ainda balançava as pernas repetidas vezes, até que suspirou e se recostou na cadeira. 

(Adie) - Eu… Eu só não sei exatamente o que pensar. – Ela o olhou, parecendo irritada. - Minha dificuldade em aceitar que esse idiota do Richy estava por trás disso é exatamente pelo fato de que eu não entendo! – Ela suspirou e se levantou, caminhando para o outro lado da mesa enquanto lidava com seus pensamentos agitados. - Além disso, voltamos a ter muito mais perguntas do que respostas. Será que o Derick sabe que a esposa é infiel e contou ao Richy? Ou o próprio Richy descobriu e tentou intimidar o Phil com essa informação? 

(Jake) - É bem provável que o Richy tenha descoberto, pois, caso contrário, talvez o Derick não estaria mais casado.

(Adie) - Hum… – Ela resmungou. - A única coisa que se repete várias e várias vezes em minha cabeça é: Porque? E como eu vou contar isso aos outros? – Ela caminhou de volta para onde estava sentada e, após bufar, voltou a se sentar. 

(Jake) - Eu sei que parece complicado, mas você não tem escolha, Adie. Essa sua tentativa de protegê-los do caos, tem lhe afetado extremamente. As coisas saíram do controle a muito tempo e está na hora de compreender que os motivos que levaram o Richard a fazer de você um alvo, virão à tona no momento certo. 

 Ela escorou os cotovelos na mesa, cruzando as mãos em frente ao rosto e seu olhar ficou distante. 

(Jake) - Sinceramente, há a possibilidade dele estar fazendo isso apenas por diversão, afinal, você mesma me disse que uma mente doentia, nem sempre precisa de motivos reais para fazer algum mal.

Ela permaneceu em silêncio por alguns segundos e sem olhá-lo, até que pegou o copo com água e virou um gole.

(Adie) - Eu gostaria muito de acreditar nisso, mas ele confessou seu crime para mim antes da explosão na mina e eu tenho certeza de que o arrependimento dele foi genuíno. Eu só não consigo entender o porque ele mudou. 

(Jake) - Bem, o fato dele ter lhe confessado o crime pode ser a resposta.

Ela o olhou.

(Jake) - Adie, ele confessou um crime a você na esperança de que deixaria de existir e não teria que pagar pelo mesmo. Porém, ele sobreviveu e você veio para Duskwood. Podemos pensar na possibilidade dele pretender recuperar os amigos e voltar a viver como antes, mas para isso, é necessário tirá-la de perto deles, afinal, você seria a pessoa a desmentir quaisquer mentiras que ele possa inventar para encobrir as próprias falhas e até poderia fazer com que o delegado o prendesse. 

(Adie) - Mas, Jake, ele mesmo me disse para explicar tudo aos outros! E agora eu tenho que explicar a eles que esse imbecil está vivo e que o motivo dele estar me perseguindo é exatamente porque eu fiz o que ele me pediu antes de, supostamente, morrer? Isso não faz sentido algum!

(Jake) - Meu amor, se acalme. Eu apenas criei uma teoria e não quer dizer que seja de fato isso. Ele pode ter outro motivo e nós vamos descobrir em breve.

Adie esfregou as mãos no rosto e as deslizou pelos cabelos, ficando cabisbaixa. 

(Jake) - Olha, eu sugiro que, ao invés de você contar tudo aos outros, me deixe fazer isso em seu lugar.

Ela logo o olhou.

(Adie) - Não, Jake. Eles podem pensar mal de você. Podem pensar que você ocultou as provas desde o início ou que… que é cúmpli…

(Jake) - Adie, não importa o que pensem a meu respeito, eu saberei lidar. A única coisa que eu não seria capaz de lidar, é com o seu declínio, da qual percebo dia após dia estar se iniciando. Isso sim, me devastaria, assim como já tem acontecido.

Adie o encarou por alguns segundos, pensativa, até que fechou os olhos e respirou fundo. 

(Adie) - Tudo bem… – Ela abriu os olhos e desviou o olhar. - Você é o responsável por dizer a verdade a eles.

Jake suspirou, com um leve sorriso acolhedor e tocou no braço dela com carinho, fazendo-a voltar a olhá-lo.

(Jake) - Obrigado.

Adie assentiu com a cabeça, ainda com uma expressão entristecida.

 

Duskwood City, 14:47 pm

Na delegacia, Alan estava em sua sala, acompanhado de Brandon, que estava sentado do outro lado de sua mesa, à sua frente.

(Alan) - Então, isso quer dizer que tudo está perdido? Ele vai continuar tendo livre acesso ao nosso sistema?

(Brandon) - Não, senhor. Por mais que ele seja incrivelmente inteligente e tenha conseguido esconder muito bem seus rastros, eu sei o que fazer.

(Alan) - Hum… – Ele deu uma leve risada. - Quer dizer que estamos lidando com um criminoso gênio? – Ele ironizou.

(Brandon) - Bom, ele é bastante ardiloso. Além do Spyware, uma espécie de software espião que fornece a ele o acesso total às informações da polícia, ele também infectou o sistema com um Backdoor e um Rootkit. O Backdoor criou falhas no sistema de segurança e lhe deu a chance de ir e vir, quando bem entender e o Rootkit, atua de modo a esconder os vestígios de sua atuação, deletando os sinais da invasão e construiu tudo isso com uma programação de alto nível, o que deixa claro que não estamos lidando com um hacker amador. Porém, apesar de toda sagacidade, me intriga o fato dele mesmo ter deixado evidente sua invasão, mas ele é esperto. Apesar de ter deixado evidente sua invasão ao sistema, com a falha em minha busca pela localização do computador, identificamos que a programação usada por ele possui características Stealth, impedindo que eu o localize. Sendo assim, podemos considerar que ele sabe exatamente o que está fazendo, ou seja, se trata de um gênio. 

Alan ficou pensativo enquanto encarava Brandon, até que suspirou e se ajeitou em sua cadeira.

(Alan) - E qual será o seu próximo passo?

(Brandon) - Bem, eu vim para Duskwood totalmente preparado para lidar com tal situação. Há um software de varredura que eu desenvolvi, juntamente com outros colegas de profissão, e eu o colocarei em ação. Em outras palavras, estou lhe assegurando que, apesar de toda complexidade, em aproximadamente 48 horas, eu saberei o paradeiro desse Hacker.

Alan ficou levemente surpreso e em seus lábios, um leve sorriso malicioso se formou.

(Alan) - Excelente!

 

Na casa, Dan foi até a cozinha, mas se deparou com Adie e Jake na sala de jantar.

(Dan) - Oi para vocês.

Os dois o olharam.

 - Oi. -- Eles responderam ao mesmo tempo e sem nenhum entusiasmo.

(Dan) - Nossa, quanta animação. – Ele ironizou e seguiu até a cozinha.

Jake e Adie se olharam.

(Jake) - Você acha que ele deveria saber sobre as novidades, antes dos demais?

(Adie) - Deixo isso a seu critério. – Ela tomou um gole de água.

(Jake) - Certo.

Depois de alguns instantes, Dan retornou da cozinha, segurando duas garrafas de água mineral.

(Jake) - Dan, tem um minuto?

Ele logo parou, olhando-o.

(Dan) - Sim. – Ele se aproximou da mesa. - O que foi?

(Jake) - Há algo sobre as investigações que desejamos compartilhar com você, antes de dizer aos outros.

(Dan) - Hum… – Ele logo se sentou em uma das cadeiras, ao lado direito de Adie. – Estou ouvindo.

(Jake) - Bom, nas investigações sobre a garota chamada Lucy, que foi mencionada na folha encontrada pelo delegado na floresta, foi descoberto que ela teve uma relação íntima com Phil Hawkins.

(Dan) - Ha! – Ele deu uma leve risada. - Porque eu não estou surpreso?

Enquanto Jake falava, Adie permanecia olhando para o copo de água que segurava.

(Jake) - E ainda há um outro detalhe… Lucy é casada, sendo Phil e o marido dela, “melhores amigos"

Dan arregalou os olhos.

(Dan) - Uh! Por essa eu não esperava.

(Jake) - Bem, mas, embora tenhamos descoberto a ligação dela com o Phil, dúvidas surgiram: Qual a ligação de tudo com o homem sem rosto e porque ele teria mencionado isso? Com a intenção de sanar essas dúvidas, Adie fez uma pesquisa nas redes sociais e encontrou os perfis de Derick e Lucille, os mencionados Lucy e seu marido. Vasculhando o perfil de Derick, encontramos uma publicação da qual o mesmo lamentava pela morte de Richard Roger, o que nos leva a compreender que eles possuíam uma amizade e, além disso, nos faz chegar a conclusão quase que irrefutável de que o Richard está vivo e, novamente, está por trás da lenda do homem sem rosto.

Apesar de ter ouvido algo da qual já suspeitava, Dan ficou paralisado por alguns segundos. Em seguida, ele fez uma expressão de raiva, suspirou e desviou o olhar. Depois de alguns segundos, ele direcionou seu olhar para Adie.

(Dan) - Suponho que seja por esse motivo que você esteja tão abatida.

Ela o olhou e assentiu com a cabeça.

(Dan) - Cara… Eu… – Ele suspirou novamente, irritado e balançando a cabeça em negação. - Eu juro que se eu encontrar esse imbecil, não vou hesitar em estourar os miolos dele!

(Adie) - Acontece que agir por impulso, não resolveria nada, Dan.

(Dan) - Eu não estaria agindo por impulso, Adie! Eu estaria apenas livrando você e os outros de um desgraçado doente!

(Jake) - Eu entendo sua raiva, exatamente por me sentir da mesma forma, mas precisamos continuar agindo com calma.

Novamente, Dan balançou a cabeça em negação, inconformado.

(Dan) - A propósito, a última vez que você o viu foi no dia da busca pela floresta, certo? – Ele perguntou para Adie.

(Adie) - Sim.

(Dan) - Hum, talvez ele tenha compreendido que se mostrar as caras por aqui de novo, pode sair machucado. 

(Adie) - Ou, talvez, ele simplesmente não quer se mostrar, apenas por enquanto, mas continua me vigiando, com mais cautela.

(Jake) - O que a faz pensar isso?

(Adie) - Bem, eu estava investigando o caso juntamente com o delegado, o que pode tê-lo deixado mais receoso.

(Dan) - Receoso? Ele encheu a floresta de recadinhos e pelo fato de terem sido encontrados pelas pessoas que deveriam encontrar, significa que ele estava caminhando juntamente conosco. Prova disso é que você, juntamente com o policial Brandon, o encontraram e ele ainda distribuiu balas em vocês dois. 

(Jake) - É… Realmente.

(Adie) - Então, o que vocês acreditam que tenha motivado essa trégua? 

(Dan) - Sinceramente, eu também acredito que ele está à espreita e sendo mais cauteloso. Porém, não por receio, e sim, por estar planejando algo que não esteja sujeito a falhas.

 Adie desviou o olhar, pensativa.

(Dan) - Eu não quero assustá-la, mas o sumiço dele pode significar que, quando ele decidir aparecer novamente, será definitivamente para levá-la.

Adie o olhou, assustada.

(Jake) - Não fale besteira!

(Dan) - Eu estou sendo realista, Jake! O Richy, nosso amigo, ou ex amigo… Não morreu naquela explosão, ele está vivo. Mas ele mostrou um lado diferente de si mesmo e deixou claro que não está para brincadeira. Diferente de quando a coisa era com a Han…

(Jessy) - O-O que você disse?!

Jessy havia chegado na porta da sala de jantar sem que ninguém a notasse e, naquele momento, todos a olharam, extremamente surpresos.

(Jessy) - O-O Richy… está vivo?! – Os olhos dela marejaram.

Adie, Dan e Jake se olharam, ainda surpresos e sem saber o que fazer.

(Dan) - Bebê… – Ele se levantou e se aproximou dela. - Talvez você tenha entendido errado. E-Eu disse River, que é um amigo meu que… que havia desaparecido e…

(Adie) - Não… Você ouviu certo, Jessy.

Dan se virou, olhando-a com o cenho franzido, irritado.

(Adie) - O Richy está vivo.

Jessy ficou extremamente surpresa, com os olhos arregalados e boquiaberta. Depois de alguns segundos, ela tapou a boca com as duas mãos e lágrimas desceram de seus olhos. 

(Jessy) - E-Então… N-Nós não perdemos o nosso amigo?! – Ela sorriu, em meio ao choro. - Isso é… Isso é incrível!

Adie, que a olhava, suspirou com pesar e desviou o olhar. 

(Dan) - Bebê… na verdade…

(Jessy) - Vocês não fazem ideia do quanto eu ainda sofria pela morte dele! Eu sinto tanto a falta daquele bobo… E agora eu descubro que voltarei a vê-lo... – Ela sorriu, com os olhos cheios de lágrimas. - Eu… – Ela fechou os olhos e suspirou. - Eu estou tão feliz! – Ela olhou para Dan, que a encarava com tristeza, mas forçou um sorriso sutil. 

Depois de alguns segundos, Jessy observou Adie e Jake, que permaneceram sérios.

(Jessy) - O que foi? Vocês não estão felizes em saber que o Richy está vivo? – Ela se aproximou de Adie e se sentou no mesmo lugar que Dan estava antes. - Você poderá conhecê-lo, Adie!

Adie a olhou, entristecida.

(Jake) - Jessica, ainda precisamos confirmar se é realmente verdade que ele está vivo. 

Jessy o olhou.

(Jessy) - E do que precisam? Talvez eu possa ajudá-los a encontrar respostas! 

(Jake) - Por enquanto, precisamos ter paciência e continuar a investigar as pistas que temos.

(Jessy) - Mas… como assim? A quais pistas você se refere?

(Adie) - As do homem sem rosto, Jessy.

O entusiasmo, juntamente com o sorriso de Jessy, se desfez. Sua expressão se tornou séria e confusa.

(Jessy) - M-Mas… se o Richy está vivo, significa que não foi ele que sequestrou a Hannah. Afinal, nós enterramos o verdadeiro culpado. Se tivesse sido o Richy, ele teria morrido na explosão da mina.

(Jake) - Não necessariamente.

Jessy se intrigou.

(Dan) - Bebê… – Ele tocou o ombro dela, com carinho. - Como eu estava dizendo agora a pouco, o Richy mostrou um lado diferente de si mesmo. Diferente de quando a coisa era com a Hannah e ele fez de tudo para nos manter longe da verdade, desta vez, ele mesmo deixou as pistas que nos mostraram que ele continua usando o disfarce do homem sem rosto.

Jessy se surpreendeu novamente, ficando sem reação, e Adie a olhou.

(Adie) - Eu sinto muito, Jessy.

Os olhos de Jessy marejaram novamente.

(Cleo) - Oi, pessoal! Estou de volta e… – Ela mostrou o livro que Adie havia lhe pedido - Com o livro em mãos.

Apenas Adie, Dan e Jake a olharam, mas permaneceram calados, o que a deixou intrigada. Depois de alguns segundos, Jessy se levantou e saiu apressadamente da cozinha.

(Dan) - Jessy! – Ele a seguiu.

Cleo os observou, extremamente intrigada e logo se aproximou de Jake e Adie.

(Cleo) - O que aconteceu?

Jake e Adie a olharam por alguns segundos e depois se olharam. Não havia mais saída, havia chegado o momento de revelar a verdade para todos.

Alguns minutos mais tarde, todos estavam reunidos na sala, sentados lado a lado nos sofás. Em um dos sofás, estavam Hannah e Thomas e, ao lado direito de Hannah, estava Cleo e ao seu lado, estava Lilly. No outro sofá, estavam Dan, Jessy, Adie e Jake. Jessy estava cabisbaixa, claramente triste e Dan a abraçava de lado. Já Adie, estava séria e balançava uma de suas pernas, demonstrando sua agitação interna.

(Jake) - Pessoal, antes de iniciarmos a leitura do livro, há algo sobre as investigações que preciso compartilhar com vocês.

A maioria o olhava atentamente, enquanto Adie e Jessy permaneceram cabisbaixas.

(Jake) - Bem… – Ele passou o olhar em cada um e olhou para baixo. - Depois de investigarmos a fundo a fonte da maior parte das pistas deixadas na floresta, da qual vocês encontraram no dia da busca, chegamos a conclusão de que… – Ele voltou a olhá-los. - Há uma grande possibilidade do Richy estar vivo e ser ele o homem sem rosto.

A expressão de todos logo mudou, sendo de extrema surpresa.

(Lilly) - O que?!

(Cleo) - O que vocês estão dizendo?!

(Hannah) - V-Você tem certeza do que está dizendo, Jake?! – Ela se levantou e se aproximou dele - Nós dois vimos quando aquela mina explodiu com ele ainda estando lá dentro! 

Jake a encarou, com pesar.

(Jake) - Eu sei, Hannah. Mas tudo indica que alguém o tirou da mina a tempo.

Hannah tapou a boca com as duas mãos, estando abismada e ficou cabisbaixa.

(Cleo) - Mas quem o tirou de lá?! Essa pessoa tem como provar isso?!

(Thomas) - Cara, isso é uma tremenda loucura! Vocês realmente têm certeza do que estão dizendo?!

(Adie) - Pessoal, eu entendo que seja difícil aceitar tal coisa, afinal, eu estou tão confusa quanto vocês.

(Lilly) - Então, quem nós enterramos?! Será que vocês podem nos mostrar o caminho que lhes fizeram chegar a essa conclusão?

Adie e Jake se olharam por alguns segundos, até que ela suspirou e voltou seu olhar para os amigos.

(Adie) - As pistas deixadas na floresta são de “pecados”, ou seja, segredos obscuros de alguns integrantes do grupo. Investigando a fundo cada um deles, concluímos que a única pessoa que é ligada a todos que possuem tais segredos e que esteve ciente dos mesmos, foi o Richy.

(Cleo) - E bastou apenas isso para vocês concluírem que ele está vivo?

(Thomas) - Gente, vocês estão sendo precipitados!

(Dan) - Acontece que dois desses segredos foram revelados apenas para ele. Ninguém mais desse grupo sabe.

(Adie) - E um desses segredos pertence ao Phil, da qual não tinha uma amizade tão próxima com o Richy, mas descobrimos que uma outra pessoa relacionada a esse segredo, tinha.

(Jessy) - Está falando da Lucy?

Adie a olhou.

(Adie) - Não, Jessy. Do marido da Lucy, que se chama Derick.

(Lilly) - Espera… A frase da qual tinha o nome Lucy no PS, tinha uma conotação sexualmente libertina. Se de fato há uma ligação com o Phil, o que a frase queria dizer? 

Adie ficou sem fala por alguns segundos.

(Adie) - Me desculpem. Eu prometi ao Phil que não contaria o segredo dele.

(Jessy) - Acontece que eu estou cansada de segredos, Adie! – Ela se alterou e se levantou. - Somos sempre os últimos a saber de tudo e isso não é justo!

(Lilly) - Eu concordo com a Jessy. O combinado inicial era de que nós investigaríamos o caso juntos, mas vocês só nos contam o que já descobriram por conta própria.

Adie a olhou, levemente irritada.

(Dan) - Não é bem assim! Adie está investigando o caso com o delegado e o que nós fazemos, é adiantar algumas coisas. E além do mais, vocês ficaram de frescura quando a Adie sumiu e, ao invés de logo começarem a fazer alguma coisa, precisaram pensar se iriam se arriscar!

(Thomas) - Ah, cala a boca! Todos nós fomos naquela busca na floresta, da qual corremos riscos, mas estávamos e estamos totalmente envolvidos e comprometidos em proteger a Adie!

(Cleo) - E depois do sumiço dela, nós sequer tínhamos as pistas em mãos para investigar! 

(Dan) - E por um acaso vocês não se lembravam do que estava escrito? Afinal, o delegado leu tudo em nossa presença. Bastava apenas um pouco de esforço para se lembrarem e logo começarem a investigar!

(Lilly) - E o que você queria que fizéssemos?! Que nos baseássemos no que havia sido lido pelo delegado e saíssemos por aí sem rumo,  procurando por ela?

(Jessy) - E você está sendo injusto! Nós não levamos tanto tempo assim para pensar e Adie apareceu em menos de 48 horas! Nos comprometemos a ajudá-la, mas ela sempre está escondendo alguma informação!

(Adie) - Chega! – Ela se alterou. - Vocês estão perdendo a razão! Todos nós estamos investigando juntos, mas ainda não há muito a ser feito. E já que você exige informações, Jessy… – Ela a olhou, com raiva - Saiba que seu irmão não tem respeito pelas pessoas e nem por si próprio. O tal desejo infinito, assim chamado pelo autor Artur Lundkvist, que ele possui, o levou a dormir com a Lucy, que é a esposa de seu melhor amigo.

Todos se surpreenderam, ficando boquiabertos.

(Cleo) - Meu Deus!

(Lilly) - Oh, céus!

(Jessy) - O-O quê?!

(Adie) - É isso mesmo que você ouviu! Eu prometi ao Phil não contar isso a ninguém e espero que vocês mantenham a boca fechada, pois eu só contei para tentar fazê-los voltar o foco para o que realmente importa. 

Jessy ficou sem reação e voltou a se sentar, estando com o olhar distante.

(Lilly) - E quanto as demais folhas? 

Adie a olhou.

(Lilly) - Acho que está na hora de acabar com os segredos entre nós e cada um revelar a que cada frase se refere.

(Adie) - Em que isso nos ajudaria, Lilly? 

(Thomas) - A Adie tem razão. Nós precisamos nos acalmar e focar no que realmente importa.

(Lilly) - Mas isso é importante! Se esses segredos levaram vocês à conclusão de que o Richy está vivo, então é necessário que vocês nos mostrem as provas.

Todos ficaram em silêncio por alguns segundos, pensativos.

(Jessy) - Eu concordo com a Lilly. E, caso isso não aconteça… Me perdoe, Adie, mas eu me nego a continuar fazendo parte dessas investigações. 

Adie a encarou, irritada e ao mesmo tempo, triste. Todos ficaram em silêncio por mais alguns instantes.

(Lilly) - Bem, se o que vocês precisam é de um empurrãozinho, eu vou contar um segredo meu. 

Todos a olharam.

(Liily) - Mesmo que esse segredo não tenha sido exposto em uma das pistas encontradas na floresta, é algo que, creio eu, está na hora de vocês saberem. O meu segredo não é apenas meu. Ele é meu, da Hannah… – Ela olhou para Jake. - E do Jake. 

Hannah e Jake a olharam, surpresos.

(Lilly) - Sinceramente, confesso ter sido difícil disfarçar, mas… Precisávamos desse tempo até conseguirmos falar a respeito. – Ela suspirou. - Sem mais delongas… Durante as investigações do desaparecimento da minha irmã, eu descobri que o Jake… faz parte de nossa família. Ele é nosso meio irmão.

A maioria, exceto Adie, Thomas e Hannah, se surpreenderam.

(Cleo) - O-O que?!

(Dan) - Espera, espera, espera… Que história é essa?!

(Jessy) - Então, esse é o motivo do envolvimento dele nas investigações quando a Hannah desapareceu!

(Jake) - Sim, é isso mesmo. – Ele ficou cabisbaixo. 

(Cleo) - Espera, gente… eu ainda estou confusa. Ele é filho do seu pai ou da sua mãe?

(Lilly) - Bom… – Ela suspirou e ficou cabisbaixa, deixando evidente seu incômodo ao falar desse assunto.

(Hannah) - Do nosso pai. Mas essa é uma história da qual nós ainda não sabemos como aconteceu e… decidimos não tocar nesse assunto com ele ou com nossa mãe. 

Todos continuavam abismados, tentando assimilar essa nova informação.

(Jessy) - E quanto a sua mãe, Jake? 

Jake levantou o olhar, mas não olhou diretamente para ninguém.

(Jake) - Ela morreu.

Todos se surpreenderam mais uma vez.

(Dan) - Cara… Que merda.

(Lilly) - Descobrir isso não foi nada fácil para mim, até porque eu… Eu expus informações sobre ele e Adie, ou seja, meu irmão quase foi preso, por minha culpa. 

Jake a olhou, enquanto ela olhava-o de volta.

(Lilly) - Enfim… Espero que agora vocês tenham se encorajado a seguir com as revelações. Quem será o próximo?

(Cleo) - Que tal você, Dan?

Dan logo a olhou, levemente assustado.

(Dan) - Ah, qual é?! Não teremos nem um tempo para assimilar o que acabamos de ouvir?

(Cleo) - O que você precisa assimilar? Não tem nada a ver com você.

(Thomas) - É sério, o que você fez de tão grave para estar tão na defensiva?

Adie olhou para Dan por um breve momento, enquanto ele olhava para Thomas com o cenho franzido. Depois de alguns segundos, ela desviou o olhar e ficou cabisbaixa.

(Dan) - Eu não estou entendendo essa pressão de vocês! Que idiotice! – Ele se levantou, irritado.

(Thomas) - Não adianta se estressar! Ou revela o que tem na folha ou não só a Jessy, mas também eu, estou fora das investigações.

(Dan) - Ah, como se você tivesse feito muita coisa até agora. 

Thomas o olhou com raiva.

(Dan) - Então, você depende disso para ficar nas investigações… Pois bem, espero que seja maduro para compreender, afinal, o meu segredo envolve sua namorada.

Hannah arregalou os olhos e Thomas ficou extremamente surpreso.

(Thomas) - O-O que você está dizendo?

(Dan) - Acontece que…

(Hannah) - Dan, por favor…

Thomas a olhou, abismado.

(Thomas) - Porque está implorando?! – Ele voltou seu olhar para Dan. - O que vocês fizeram?!

Dan o encarou por alguns segundos, pensativo.

(Thomas) - Fale logo! – Ele se levantou e se aproximou de Dan, de um jeito intimidador. - O que está esperando?! 

Dan o encarou, olhando bem dentro de seus olhos, até que suspirou e olhou para Hannah.

(Dan) - Me perdoe, Hannah. 

Hannah suspirou e desviou o olhar, aflita.

(Dan) - Antes de tudo… – Ele voltou a olhar para Thomas. - Espero que você possa me perdoar por ter escondido isso. Minha intenção era não tornar as coisas estranhas para você, e eu também não queria perder sua amizade. 

Thomas encarava-o com raiva, mesmo sem saber exatamente do que se tratava.

(Dan) - Não é segredo para você que eu e a Hannah já nos conhecíamos antes de vocês se conhecerem. Porém, eu nunca lhe contei que era apaixonado por ela e… antes de você demonstrar interesse e eu apresentá-los, Nós tivemos um breve romance. 

A maioria o olhou, extremamente surpresos, exceto Adie, que o olhava com uma expressão neutra. Já Thomas, ficou boquiaberto e com os olhos arregalados.

(Lilly) - Mas… o-o que?! 

(Jessy) - Meu Deus, Dan! Você poderia ter me dito isso!

Dan a olhou, com pesar.

(Dan) - Eu sei… Me desculpe. – Ele voltou seu olhar para Thomas.

Depois de alguns segundos, Thomas desviou o olhar, ainda boquiaberto e respirando pesadamente. Em seguida, ele olhou para Hannah, que o olhava entristecida.

(Thomas) - I-Isso é verdade?

Ela pensou por alguns segundos, encarando-o, até que assentiu com a cabeça.

(Hannah) - Me perdoe… – Ela ficou cabisbaixa.

Thomas sentiu um grande impacto com a confirmação e engoliu seco. Em seguida, ele se virou, voltando a olhar para Dan, mas ele estava abismado demais para dizer qualquer coisa.

(Dan) - É sério, cara, me perdoe por não ter dito nada.

Thomas permaneceu olhando-o por alguns segundos, até que saiu andando, passando ao lado de Dan e seguindo para as escadas, que o levaria para o quarto.

(Hannah) - Thomas! – Ela se levantou, indo atrás dele, mas Lilly se colocou à sua frente, impedindo-a.

(Lilly) - Dê um tempo a ele, Hannah. 

Hannah a olhou, com raiva.

(Hannah) - ISSO TUDO É POR CULPA DESSA SUA IDEIA! – Ela segurou os ombros de Lilly. - NO QUE ISSO ESTÁ COLABORANDO PARA DESCOBRIRMOS QUEM É O HOMEM SEM ROSTO?! ISSO SÓ ESTÁ SERVINDO PARA NOS AFASTAR, LILLY! SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE?!

Lilly ficou sem reação e se entristeceu ao ouvir os gritos de sua irmã. 

(Cleo) - Hannah, acalme-se! Tudo isso viria à tona a qualquer momento. Não vê que esses segredos estão sendo usados pelo próprio homem sem rosto para nos manter acuados? 

(Lilly) - Exatamente! Se ele sabe dos nossos segredos mais ocultos e fez questão de evidenciar isso, é porque pretende usá-los contra nós.

Hannah bufou e desviou o olhar. Em seguida, apesar de continuar irritada, ela voltou a se sentar e escorou os cotovelos nas coxas,  ficando cabisbaixa e tapando o rosto com as duas mãos.

(Cleo) - Nós precisamos agir com maturidade. – Ela passou uma olhada em todos. - Por mais que essas revelações nos causem estranhamento por um tempo, temos que garantir que isso não nos afaste, mas que nos aproxime. Dessa forma, nossa confiança estará mais forte e poderemos continuar com as investigações. E… se realmente for o Richy por trás desse disfarce novamente, iremos pegá-lo, estando unidos. 

Apesar do belo discurso de Cleo, todos permaneceram em silêncio e Dan voltou a se sentar ao lado de Jessy. Porém, ela o olhou com raiva e logo virou o rosto, demonstrando sua chateação.

(Lilly) - A Cleo está certa e, já que chegamos até aqui, precisamos ir até o fim. – Ela olhou para Adie. - Adie… 

Adie, que estava cabisbaixa, logo a olhou. 

(Lilly) - É a sua vez de revelar o seu segredo.

Adie engoliu seco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.