Sam, Dean e Castiel se preparavam para uma nova caçada. Depois de alguns momentos comtemplando o nada, Dean suspirou.

Eles estavam atrás dessa mulher depois de dois corpos apareceram.

No começo da investigação, as pistas sugeriam que as vítimas haviam tirado a própria vida, o que fez Dean suspirar, mas quanto mais avançava, mais ele tinha certeza que era algo diferente.

Roupas de crianças foram encontradas com as vítimas e embora isso sugerisse algo diferente, Sam finalmente entendeu o que estava acontecendo.

— Uma bruxa as transformou em crianças? – Castiel perguntou. – Qual o propósito?

— Pensem comigo: almas jovens são atraentes por serem limpas de qualquer tipo de pecado. – Sam mostrou aos dois uma pagina de um livro antigo. – Bruxas antigas usavam e se alimentavam de almas de crianças que eram puras para que elas ficassem sempre jovens.

— E fazendo as pessoas ficarem jovens novamente é um jeito de limpar sejam quais forem as coisas que ela considera pecado. – Dean terminou, sabendo como Sam terminaria. – Mas porque elas voltam a ser adultas?

— Pelo o que parece, sempre que a bruxa se alimenta da alma, os piores segredos das pessoas explodem, virando um tipo de bomba. – Cas continuou a ler. – Isso vai trazendo a pessoa para a idade real.

— Eu digo e repito: Odeio bruxas. – Dean saiu do quarto onde eles estavam, um pouco chateado.

— O que foi isso? – Cas ficou preocupado e decidiu ir atrás de Dean. – Você saiu depressa assim que descobrimos.

— Bem, há um tempo eu virei um adolescente. – Dean viu Cas lamber seus lábios e suspirou. – Eu queria ter ficado daquele jeito, mas Sam, ele não topou.

— Graças a Deus. – Cas olhou para o caçador e suspirou. – Mesmo com a marca de Caim seria perigoso.

— Eu não tinha nenhuma perspectiva. – Dean olhou para Cas enquanto ele tirava o sobretudo para pegar algo em seu paletó. – Você sabe, talvez quando esse caso acabar, eu, você e Sammy pudéssemos sair em uma tarde de compras.

— Você não gosta de compras, Dean. – Cas disse, mas sorriu. – Mas o que você sugere?

— Eu não sei. – Dean se sentiu quente. – Talvez pudéssemos fazer umas compras de roupa. Esse seu sobretudo, embora deixe você como um gangster dos anos 50, precisa ser substituído e você merece algumas roupas legais.

— Gangster dos anos 50? – Cas deu uma risada. – Eu sou mais tipo John Constantine.

— Cas, tem outra coisa. – Dean começou. – Depois disso tudo, eu vou levar você para um encontro. Em qualquer lugar. Tem certas coisas que eu preciso te contar.

— Certo. – Castiel foi falar algo, mas a porta do quarto se abriu e eles deram um passo para trás.

— Hum, gente. – Sam estava sentindo que havia entrado em algo. – Vocês precisam ver isso.

Entrando, Castiel ficou atrás de Sam, mas ao mesmo tempo, ele observou Dean o olhando com curiosidade.

Depois de ver um vídeo, Dean finalmente decidiu que eles já estavam nisso há algum tempo.

Saindo para buscar comida, ele viu Gabriel conversando com uma das garçonetes no lugar onde comprou a comida. Ao invés do de sempre, Gabriel fez com que Dean pegasse comida de verdade.

Uma pequena vianda de bifes bem passado, arroz, batatas fritas, uma garrafa de refrigerante para todos, pizza e doces. Até mesmo uma bela torta foi enviada.

— Considere meu pagamento por detonar com aqueles deuses que queriam nossa bunda. – Gabriel sorriu. – Cassie, meu irmão.

— Gabriel. – Castiel sentiu seu irmão o abraçar e suas asas se abriram. – Como vai?

— Melhor agora que estamos todos aqui. – Ele estalou os dedos e a comida estava estendida na mesa e a sacola na mão de Dean, vazia. – De nada.

— Eu acho que como você trouxe comida, a gente deixa você ficar. – Sam brincou. – Uau, Dean. Acho que hoje é dia de milagres.

Cas sorriu quando viu os olhos de Dean se iluminarem com a comida e sobretudo com a torta.

Enquanto isso, não muito longe dali, espreitando entre as arvores, Lúcifer estava de olho na janela aberta do quarto. Apesar de ficar longe de vista de qualquer um, ele usou a invisibilidade para se camuflar de seus irmãos anjos.

— Ainda espionando os Winchester? – Abaddon apareceu ao lado dele. – Você nunca vai superar que Sam não quer você como sua casca.

— Eu nunca vou, ruiva. – Ele olhou para a mulher ao seu lado. – Sam Winchester foi, é e sempre será minha casca perfeita.

— Mas isso não quer dizer que ele vai dizer sim. – A mulher pegou um pedaço de madeira e começou a cortar com sua unha. – Eu acho que é por isso que eu sinto atração por Dean.

— Eu que não queria ter suas unhas em mim. – Lúcifer nem se deu ao trabalho de comentar sobre o que a mulher disse. – Mas talvez eu posso fazer algo por você.

— E você por mim? – Abaddon olhou para um Dean dando risadas. – Ele parece ser o bichinho de Castiel.

— Castiel é apaixonado por ele. – Lúcifer fez uma careta. – Eu conheço alguém que tornará Dean uma criança.

— Diana? – A demônia disse. -  Aquele feitiço para tornar Dean uma alma jovem e fazer o jovem Sam Winchester descobrir o que John fez com seu irmão?

— E talvez eles o levem até Bobby. – Ele pegou um graveto e fez uma pequena magia. – Podemos conseguir o que queremos.

Dean olhou para fora, pensando que havia visto algo. Cas o observou e ofereceu a Dean um segundo pedaço da torta de merengue de limão com chantilly.

— Sabe, se você passar a me dar tortas sempre, talvez eu me case com você. – Dean estava meio alto por causa do vinho que Gabriel fez aparecer. – Você sempre foi lindo, Cas.

— Tudo bem, Dean. – O anjo achava que era por causa do álcool. – Você precisa ir para a cama.

— Cass? – Dean fez o anjo parar quando ia para a mesa novamente. – Você acha que Sammy iria me perdoar se eu contasse a ele que nosso pai me batia?

Olhando para a sala agora vazia, uma vez que Sam foi com Gabriel pegar alguns remédios para ressaca, Castiel suspirou, mas quando foi responder, Dean havia dormido.

Colocando uma coberta, que ele fez aparecer, Castiel se sentou ao lado da cama do homem que ele amava.

Ele podia entender o motivo da pergunta. Toda a vida de Dean era de seu conhecimento no segundo que ele o resgatou do inferno. Ele pegou o amuleto de Dean e colocou ainda mais proteções.

Chuck poderia ter decidido fazer alguma coisa para impedir que Dean se machucasse nas mãos de John, mas ele apenas deixou acontecer.

Mas ele sentia um agradecimento por Chuck o ter escolhido para resgatar Dean do inferno.

Porém, algo fazia Castiel temer o dia de amanhã, que era quando a caçada aconteceria de verdade.