Os dias passaram e toda Nova York comentou sobre os estranhos eventos ao leste da cidade, na indústria da Big Pharma. Falavam sobre o Duende Verde, a morte de Hoffman, sobre a explosão, sobre as revelações de que se a empresa distribuísse aquele remédio, haveria uma nova bolha de viciados pior do que dos opióides.

Nada sobre a Gata Negra.

Isso lhe dava esperança — afinal, não havia notícia ou corpo — mas esperança não era nada.

Harry Osborn voltou dias depois para Oscorp. Havia gasto seu tempo se embriagando e quebrando objetos de valor em seu apartamento na cobertura. Sentia-se simultaneamente bem e péssimo, então pensou em trabalhar para se manter ocupado. Já que as ações voltaram a subir, era melhor que alguém pudesse acompanhar isso de perto — e Jamie já tinha assumido questões demais após o súbito sumiço de sua superior.

Ele olhava para o vidro da janela de seu escritório quando ouviu o som indistinto e insignificante de alguém bater à porta. Harry nem soube o que respondeu, mas tinha certeza de que mandaria a pessoa embora. Isto é, se não fosse Felicia Hardy em carne e osso e roupas de grife a sua frente.

“Bom dia, senhor Osborn. O que foi?”, ela riu, “O gato comeu sua língua?”