A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 38
Perdão- Stanley e irmãos.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
A temporada de perdão continua.
Boa leitura!



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Durante a guerra, a Alemanha foi muito bombardeada e quando a guerra acabou, as cidades estavam arruinadas, só haviam escombros pelas ruas. Uma igreja de Colônia resistiu aos bombardeios, graças a Hera, que formou um escudo dentro da igreja e protegeu os alemães que estavam nela. Mas resto do país, estava em ruínas.

Anos se passaram. Com determinação, os alemães reconstruíram as suas cidades e o seu país, além de seu esforço, receberam a ajuda dos Estados Unidos para parte da reconstrução, pelo menos as cidades do lado ocidental da Alemanha. Dresden não recebeu essa ajuda, estava no lado Oriental, mesmo assim, os alemães que lá viviam reconstruíam, como podiam, a sua cidade.

Depois de muito tempo, através das fachadas de vidro, das janelas dos prédios e das casas, Delayoh visitou cada cidade e ficou feliz com o que viu. A economia ia bem, as cidades foram reconstruídas, os alemães estavam bem. Ficou triste apenas pelas cidades que estavam do lado Oriental, que não estavam tão bem reconstruídas, na verdade, ainda havia muitos escombros.

— Vê isso, onkel Hades? — Perguntou Delayoh. — Os alemães reconstruíram as cidades, as alemãs também se esforçaram na reconstrução, as cidades voltaram a ficar de pé, a economia está indo muito bem. Bom, pelo menos no lado Ocidental. No lado oriental, já não se pode dizer o mesmo.

— O povo alemão é admirável. Tiveram o país arrasado pela guerra, depois a Alemanha foi dividida, famílias foram separadas. E mesmo assim, tiveram forças para se reerguer.

— Sinto muito orgulho deles.

— Devo lhe dizer, minha sobrinha, que os seus alemães tiveram uma ajudinha na reconstrução das cidades.

— De quem?

— Stanley. — Hades falou, fazendo Delayoh se espantar. — Por pedido dele, os Estados Unidos ajudaram em parte da reconstrução das cidades. Quem diria, não é, Delayoh? O Stanley, aquele que você enxotou daqui, que te acertou com o raio e te derrotou, ajudou a reconstruir as cidades da sua Alemanha.

— Ele não fez tudo, onkel Hades. Ajudou com uma parte. Mas ele não reconstruiu as cidades que estão do lado Oriental.

— Mas não pode negar que ele ajudou.

Delayoh começava a repensar sobre Stanley. Ela estava vendo Berlim, quando viu que Stanley estava na cidade. Ele andava sempre do mesmo jeito, casaco cinza e cachecol azul, sua cabeça estava cheia de preocupações políticas. De repente, os pensamentos ficaram em segundo plano, pois, sentiu vontade de olhar para a fachada de uma loja. Ao se virar, se deparou com Delayoh, Stanley sentiu seu coração bater mais forte. Os dois ficaram se olhando por um bom tempo, até que Delayoh falou:

Danke! — E depois, ela desapareceu.

— Delayoh! Espera! — Stanley bateu a mão no vidro da loja, assustando quem estava dentro dela, ele pediu desculpas. Depois, falou para si. — Eu queria tanto conversar com você.

...

Em 1988, a família Olimpiano se reuniu para as Olimpíadas de Seul. Francine decidiu que era hora do racha na família acabar, então, reuniu todos e intermediou a conversa. Falaram dos problemas, das questões que os afligiam, do quanto sentiam falta um do outro, se perdoaram, se abraçaram e até, choraram. Depois de anos, o racha na família Olimpiano havia finalmente acabado.

Obvio que esse racha teria de terminar, ficariam todos juntos na mesma casa, teriam de conviver, então, era melhor se entenderem.

Francine também ajudou em uma conversa bem importante, Stanley pediria perdão aos seus irmãos. Pouco tempo depois de se tornar o rei do Olimpo, Stanley pensou que poderia fazer o que quisesse, não se importando com as consequências, por isso, retirou os poderes e prendeu Brandon e Anne, fazendo com que seus países mergulhassem em ditaduras forçadas.

A deusa francesa levou os dois irmãos até um quarto onde Stanley estava com Elisabeth e Chelsea. Brandon e Anne ainda estavam sem jeito de falar, apesar das ditaduras em seus países terem acabado, eles se lembram de tudo que Stanley fez com eles, era um sinal de que essa conversa não seria fácil. Por isso, Francine estava lá.

Ao ver os irmãos, Stanley pediu para Elisabeth os deixar sozinho, pegou Chelsea no colo, deu um beijo em Stanley e saiu dizendo:

— Vamos, Chelsea. Vamos deixar o papai conversando com os titios.

Assim que a deusa inglesa saiu, Francine começou:

— Bom, nossa família está voltando a se entender. Ainda bem que esse maldito racha está acabando. Mas eu ainda não estou feliz, pois, os meus irmãos ainda estão brigados. Já está na hora dessa briga entre vocês acabar.

— Não é tão fácil, Francine. — Disse Brandon. — Stanley retirou os nossos poderes, nos manteve presos e tomou posse indevidamente do Brasil e da Argetina. Apoiou ditaduras que trouxe tristeza e sofrimento para os brasileiros e para os argentinos.

— O Brandon está certo. Sofri tanto quando soube das mortes de argentinos, que não concordavam com o regime. Morreram pelas armas dos militares, e eu estava longe, não pude os proteger. — Disse Anne.

— Então, é melhor vocês conversarem. Colocar todas as mágoas para fora, se desculparem, enfim, façam o melhor para voltarem a se entender. Como eu sempre digo, a melhor forma de se resolver algo, é conversando. — Disse Francine, com satisfação.

— E é melhor que eu comece, pois, fui causador do sofrimento de vocês. — Disse Stanley.

— Espero que tenha uma boa explicação para o que fez, Stanley. — Brandon falou com seriedade.

— Brandon, por favor, não comece uma briga, viemos aqui para nos entender. — Amenizou Francine.

— Deixa, Fran. O Brandon ainda está com raiva de mim e com razão. — Disse Stanley. — Quando fui nomeado rei do Olimpo, eu achei que seria simples, que eu estaria preparado para exercer um cargo tão importante, e que eu poderia fazer o que eu quisesse. Estava enganado. Não estava preparado para tamanha responsabilidade e acabei cometendo muitos erros, achando que estava fazendo o certo. A disputa com a Sarah, mexeu comigo, queria a todo custo impedir que ela vencesse e não me preocupei em como vocês, meus irmãos, ficariam nessa história.

— Não pensou mesmo, foi logo nos prendendo. — Falou Brandon.

— Brandon... — Reprendeu Francine.

— Quando as ditaduras foram implantadas, eu achei que estava fazendo o certo, ter o controle de nações era o que tinha que ser feito. Mas depois percebi que não foi como eu imaginei. Era ruim, maldoso, então, decidi que estava na hora das ditaduras acabaram.

— A derrota na guerra do Vietnã, tem algo a ver com sua decisão? — Perguntou Anne. — Se tiver, porque só na década de 80 foi contra as ditaduras? As atrocidades que ocorreram na Argentina, aconteceram muito antes dessa guerra. As mortes deles não o comoveram? Não havia notado que estava fazendo algo de errado?

— Sim, Anne, tem a ver. Ao ver a violência que estava sendo cometida, eu percebi que era hora de encerrar com aquilo. As mortes que aconteceram antes, eu não me importei com elas e isso foi um erro. Peço perdão por isso. Eu sei que ao fazer o que fiz, não me comportei como um bom irmão, estava agindo por impulso, como rei do Olimpo, e só. Trancafiei vocês, não me importei com os seus sentimentos, vocês devem ter ficado com um ódio de mim. Estou aqui para pedir perdão para vocês, dizer que me arrependo do que fiz, não farei mais isso. E que vou entender se vocês não quiserem me perdoar.

Anne e Brandon prestaram atenção nas palavras de Stanley e depois se olharam, se afastaram para conversar. Realmente, eles haviam ficado muito bravos com Stanley, enquanto estavam presos, mas a tristeza pelos habitantes de seus países, era maior. Eles jamais vão esquecer o que aconteceu e o que o próprio irmão fez com eles. Mas sentiram sinceridade nas palavras de Stanley e que ele estava realmente arrependido. Brandon ainda estava relutante, mas Anne conversou com ele:

— Penso que devemos dar uma segunda chance para o Stanley. Eu senti sinceridade nele. E também, ele é nosso irmão, os nossos pais estão sofrendo com nossa briga. Já sofremos tanto, concordo com a Francine, está na hora de acabar com qualquer desavença entre nós. Eu estou disposta a fazer isso.

— Stanley pode até ser o nosso irmão. Mas quando nos prendeu, não se lembrou disso. — Disse Brandon, um pouco bravo. — Quantos brasileiros que foram torturados e mortos eu perdi por causa do Stanley. Eu jamais me esquecer disso.

— Brandon, não fique preso ao passado. Do contrário, tu nunca irás evoluir, o seu país não irá prosperar. O que aconteceu, aconteceu, não tem como voltar. O Stanley se mostrou arrependido, vamos dar um voto de confiança para ele e seguir os nossos caminhos em paz. Temos que aprender com o passado e não viver nele.

Brandon continuava ressabiado com Stanley, mas acabou aceitando dar uma segunda chance para Stanley, ele até se desculpou por ter chamado o irmão de babaca. O deus americano riu e disse que na época mereceu ser xingado, depois, os dois se abraçaram. Anne também o abraçou.

— Me desculpa, caçulinha. — Disse Stanley.

— Está tudo bem, maninho. O importante é aprendermos com os nossos erros e não os cometer novamente. — Disse Anne, emocionada.

Francine estava contente em ver que os irmãos estavam se entendendo, ela se aproximou e pediu que dessem um abraço nela, o que foi atendido. Os quatro irmãos deram um abraço emocionado. Eles passaram a tarde conversando de forma harmoniosa, havia paz entre os filhos de Zeus e Métis.


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