A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 10
Segunda Guerra - Acordo entre Primas


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Terá um pouco de tudo neste capítulo.
Boa leitura!!!



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Demorou um tempo, mas a Iugoslávia entrou nos planos de Delayoh. Uma invasão foi preparada, mas de momento não foi necessária, pois, Iugo, deus da Iugoslávia, fez um acordo com Delayoh, Ivana e Nihon. Ele faria parte do eixo ao lado deles e permitiria os exércitos do eixo passassem pelo país. Estava tudo acertado, mas alguém não gostou disso, a recém-esposa do Iugo, Maia. Sim, Maia, a ninfa de cabelos acobreados e ondulados que teve um caso com Zeus e mãe de Hermes. Maia é ambiciosa e astuta, um dia descobriu que Hera estava planejando fundar uma nação fora do Olimpo, então, passou a chantagear a então rainha do Olimpo. Maia já tinha um certo interesse em Zeus e sabia que Hera poderia atrapalhar. Em troca de não revelar o seu segredo, Hera não iria interferir em seu romance com Zeus. Hera aceitou, por isso nem se importou do caso do marido com a ninfa e nem perseguiu o seu filho. Mas para silenciar Maia de vez, Hera arrumou um território e o entregou para ela e a fez prometer que nunca mais a procuraria, isso foi feito. No tempo que ficou na Iugoslávia, se apaixonou por Iugo, um deus alto, com cabelos loiros escuros e olhos verdes. Namoraram por um longo tempo e no início de 1941, se casaram.

Maia sabia que Delayoh é filha de Hera e para atrapalhar os planos da filha de sua antiga rival, quando soube do acordo que Iugo fez, correu para contar para Elisabeth. A deusa inglesa agradeceu pela informação e pensava em um jeito desse acordo não se realizar. O que não deu muito certo. Pois, Delayoh foi mais esperta e prendeu Iugo em uma bolha de sono. Maia ficou desesperada e confrontou Delayoh, mas a deusa alemã, com sarcasmo, revidou.

— Pensou que poderia me impedir, Maia? — Perguntou Delayoh.

— O que você fez com o meu marido? — Perguntou Maia, em lágrimas. — Onde ele está? Por favor, Delayoh. Se eu não o encontrar, não sei o faço, penso que vou enlouquecer.

— Não imagina como está sendo divertido te ver assim. A mais astuta das ninfas, está assim, desesperada, a ponto de perder a sanidade. Ah, como queria que meine mutter estivesse aqui para ver essa cena. — Delayoh ria de satisfação. — Não me olhe com essa cara de brava, Maia. Afinal, foste tu que provocaste essa situação.

— Prende meu marido, desaparece com ele e tem coragem de dizer que a culpa foi minha?

— Exato. Culpa sua e dessa sua mania de se intrometer em assuntos que não são do seu interesse. Ainda por cima, pediu ajuda da Elisabeth. Pensou que eu deixaria isso barato? Que isso ficaria sem uma punição? Negativo. Fui obrigada a prender Iugo e a Iugoslávia está sob o domínio da Alemanha. E não adianta me perguntar, eu não vou dizer onde Iugo está. Ah! E tu ainda me deste outro presente. Colocou muitos judeus em minhas mãos.

— Eu não deixarei que você faça mal aos judeus iugoslavos. — Bradou Maia. — Se Iugo não está aqui, é o meu dever protege-los de todo mal.

— É mesmo? — Delayoh fez uma cara assustadora. — E como pensa em fazer isso?

— Vou agora mesmo para a cidade e impedir os teus soldados.

— Sabe, Maia. Tu me fizeste mudar de ideia. Eu não ia prender o Iugo, mas acabei prendendo, graças a você. Tu me perguntaste onde Iugo estava, farei melhor, te levarei até lá.

— Estáis a falar a verdade? — Perguntou Maia, com uma ponta de esperança.

— Porém, irás dormindo.

Maia não entendeu. Delayoh soprou um pó na direção dela e a prendeu em uma bolha do sono.

— Bons sonhos, Maia. — Delayoh riu maldosamente.

...

Com a Iugoslávia sob controle alemão, o próximo passo seria dominar a Grécia. De início, a Grécia seria dominada pela Itália, mas não deu muito certo, Helena resistiu e derrotou Ivana. Então, a deusa italiana pediu ajuda para Delayoh, a deusa alemã concordou e logo mandaria parte de seu exército para ajudar o exército italiano. O dia chegou. O exército alemão facilmente chegou ao território grego e já chegou tocando o terror. Ivana ficou grata pela ajuda e foi procurar por Helena.

— Você de novo, Ivana? — Helena revirou os olhos. — Não aprendeu com o nosso último encontro?

— Aprender, eu aprendi, Helena. Por isso que dessa vez, eu não vim sozinha. — Disse Ivana.

Helena se assustou ao ver Delayoh entrar. A deusa grega começou a tremer de medo.

— Só você mesmo, Ivana, para me fazer vir aqui na Grécia. — Disse Delayoh. — O exército alemão conseguiu conquistar em minutos, o que o exército italiano levou dias para fazer. Ou melhor, nós fizemos o que era para vocês fazerem. A Grécia agora está sob domínio alemão. Ah! Antes que eu me esqueça, as incompetências sua e do exército italiano fizeram com que o mortal lá se interessasse por este território, faz parte da expansão territorial. Então, vielen dank.

Delayoh falou a última frase com certo desinteresse. Ivana não gostou do que a prima falou, parecia que Delayoh estava a desprezando e desprezando o seu exército, como se eles não fossem importantes na guerra, ela apertou os olhos e fechou os punhos.

— O que vais fazer comigo, Delayoh? — Perguntou Helena, apavorada.

— Sua nação está sob o meu domínio. Porém, tu não poderás ficar aqui. Mas não se preocupe. Lhe deixarei em um lugar de minha segurança.

Delayoh ia preparar o pó, mas Ivana a impediu.

— Não, Delayoh! — Disse a italiana.

Delayoh a olhou com uma cara nada amigável e Ivana completou:

— Penso que seria melhor usar uma outra forma para manter a Helena presa.

— Como? — Perguntou a alemã, impaciente.

Ivana fez brotar uma planta e Helena adormeceu.

— Acho melhor apenas prender a Helena em algum lugar afastado. — Disse Ivana.

— Não faz sentido, Ivana. Domino um país e deixo a deusa protetora dele livre? Não, Ivana, não sou uma deusa de fazer isso.

— A Helena não vai ficar livre. Ela ficará presa, mas sem bolha de sono, sabes que acho esse método bem radical. Eu prometo que cuidarei dela e que não a deixarei escapar. Delayoh, por favor, deixe que eu faço algo mais efetivo para a nossa aliança, assim como Nihon está fazendo na Ásia, claro, respeitando os limites que você impôs. Do jeito que está, fica parecendo que sou de enfeite.

— Menos, Ivana. Tens a Albânia sob o seu domínio. E tem mais, nos juntamos, pois, os líderes de nossas nações tem o mesmo pensamento político. E também, podes ser minha amiga, mas já me traiu uma vez. Lembra?

— Agora, vais duvidar de mim, por algo que aconteceu no passado? Delayoh, eu mudei e não vou te trair. Tu és minha amiga e quero continuar sendo.

Delayoh estava relutante, mas acabou aceitando. Porém, colocou uma condição.

— Vamos fazer um acordo. Será apenas entre nós. Aceito sua ideia de deixar a Helena presa, sem uma bolha de sono, o que eu acho desnecessário, mas tudo bem. Tu ficarás responsável por ela. O exército italiano poderá ficar aqui, juntamente com o exército alemão. Entendeu, Ivana? Pode ficar aqui na Grécia, mas ela continua me pertencendo, é o meu domínio.

— Entendi, Delayoh. Grazie.

...

Delayoh saiu da casa de Helena e foi recebida por Heringuer, um deus ásgardiano. Ele é bem charmoso, tem cabelos pretos um pouco compridos, olhos azuis, que pareciam diamantes azuis. Os dois se conhecem desde crianças, sempre foram muito unidos, o primeiro beijo de Delayoh foi com ele. Heringuer sempre foi apaixonado por ela e faz questão de demonstrar o seu amor. Ficou triste quando Delayoh estava namorando Stanley, porém, deu pulos de alegria quando soube do término dos dois. Em 1936, Heringuer e Delayoh firmaram namoro e permanecem juntos.

— A melhor parte do dia, é quando te encontro, Delayoh. — Heringuer a beijou.

— Também é a minha. — Disse Delayoh. — O que acha de ir para o Olimpo?

— Olimpo?

— Apesar de eu não gostar do lugar, tem privacidade. Eu tenho uma surpresa para você.

Delayoh sussurrou algo no ouvido de Heringuer, que se animou e se encaminharam para o Olimpo. Quando chegaram, Delayoh fez uma cara nada amigável.

— Tenho verdadeiro desprezo por este lugar. — Disse Delayoh. — Aqui meine mutter sofreu, foi humilhada e desrespeitada.

— Percebo isso. Todos os sentimentos ruins de Ivy, passaram para você. — Disse Heringuer.

— Diria que esses sentimentos ruins, estão sendo muito úteis para mim. — Delayoh pegou na mão dele. — Agora vamos até ao antigo quarto de meine mutter.

Os dois foram para o quarto, Heringuer estava ansioso. Entraram no quarto se beijando e se agarrando, pararam um instante para Delayoh fechar a porta. Ela o jogou em cima da cama e perguntou:

— Pronto para a surpresa?

— Mais do que pronto. — Respondeu ele.

Delayoh tem uma beleza estonteante e não precisa de muito para ser sensual. E a deusa alemã sabe ser. Ela abaixou uma alça de sua túnica preta de seda, depois abaixou a outra. Lentamente deixava o tecido escorregar pelo seu corpo, revelando uma lingerie preta rendada. Heringuer ficava maluco, enquanto Delayoh sorria para ele. Apenas de lingerie, ela se aproximou dele, se deitou por cima e o beijou. O beijo ficava mais intenso e já estavam se amando com ardor.

...

Helena acordou. Estava confusa, ficou ainda mais quando percebeu que suas mãos e pés estavam acorrentados. Ela se desesperou e começou a gritar por socorro.

— Não adianta gritar. Ninguém vai te ouvir. — Disse Ivana.

— Ivana? O que está acontecendo? Me solte dessas correntes, por favor, vão me machucar.

— Agradeça a mim por estar presa aqui e não como Delayoh queria. A Grécia está sob o domínio de Itália e Alemanha.

— Te agradecer? Meu país é invadido, sou acorrentada e eu tenho que te agradecer? Para me dizer isso em um momento como esse, tens que ser muito sádica.

— Tu não tens ideia do que escapou, Helena. Bom, ficarei responsável por você, ficarás presa aqui, enquanto eu estiver fora. Quando eu vier aqui para a Grécia, eu te soltarei das correntes.

— Isso não mudará a minha opinião, continuo dizendo que tu és uma sádica, Ivana. Tu não sabes o que estais a fazer. Quer mostrar que tão forte quanto Delayoh, mas não és. Está fazendo isso sem pensar e sem planejar. Está fazendo por instinto louco. Por tanto lhe digo, não saíras bem desta guerra.

Ivana não sabe como se segurou para partir para cima de Helena, ela é uma deusa de sangue quente e não gostou do que a prima falou, mas conseguiu revidar.

— Pare de reclamar, Helena. Tu não imaginas como estão os deuses que Delayoh mantém prisioneiros. Se não fosse por mim, estaria na mesma situação.

...

Deitados na cama e enrolados em um lençol vermelho, Delayoh e Heringuer se beijavam depois de uma tarde amor.

Ich liebe dich, Delayoh. — Disse Heringuer. — Willst du mich heiraten?

Was?

Delayoh se espantou e Heringuer percebeu que ela não gostou e disse que estava brincando.

— Ah, bom. Tu sabes que eu penso sobre casamento e eu também ainda não tenho idade para casar. — Delayoh se levantou da cama.

— Eu sei de tudo isso. Achei que seria uma boa hora para fazer uma brincadeira.

— Tu e tuas brincadeiras, Heringuer. Eu simplesmente as adoro.

Heringuer deu um sorriso amarelo, não era uma brincadeira, ele queria se casar com Delayoh. Por outro lado, Delayoh é totalmente avessa a essa ideia. Talvez seja um trauma vindo de sua mãe. Há quem diga que ela ainda tem sentimentos por Stanley e por isso reluta em se casar com Heringuer. Não se sabe ao certo, mas o que se percebe é que Delayoh é uma deusa cheia de mistérios.

— Aliás, Heringuer, precisarei de sua ajuda. — Disse Delayoh, se encaminhando para o banheiro.

— Faço o que quiser. — Disse Heringuer. — Do que precisas?

— Me faça companhia na banheira, que eu lhe explicarei.

Heringuer adorou essa ideia e aceitou. Delayoh encheu uma banheira verde esmeralda, assim que a banheira ficou cheia, ela se desenrolou do lençol, entrou e chamou por Heringuer, que também se desenrolou do lençol e entrou. Ele se posicionou atrás dela e a abraçou.

— No próximo mês eu sairei de férias, estou trabalhando desde 1939 e é um trabalho que me deixa exausta. Sabes que além dos conflitos da guerra e da posse de países, tenho uma outra função que me dá um enorme prazer, mas também me dá muito trabalho. — Delayoh explicou.

— Sei muito bem.

— Então, vou tirar uns dias de férias, irei para a China com meine mutter, Ares e opa Chronos. Ficaremos na casa de Khayna. Logo farei este aviso para os alemães e te deixarei responsável pela Alemanha e por dois campos.

— Fico grato pela confiança. — Heringuer deu um beijo no ombro dela. — Quais serão os campos?

— Pensei em te deixar com Sobibor, tu gostaste daquele campo e o outro pode ser Dachau. Não precisarás fazer muito, apenas vigiar, pois, irei deixar o que será feito para os guardas, antes de sair de férias.

— Farei com o que está me pedindo com o maior prazer.

Delayoh se virou para Heringuer e disse:

— Sentirei saudades de você, quando puder te mandarei uma mensagem austral e quando eu voltar, vamos matar essa saudade.

— Vou ficar contando os dias. Será que os alemães, principalmente aqueles que estão no poder da Alemanha, vão se comportar durante a sua ausência?

— Acredito que vão se comportar. Não serão loucos de me desobedecer. Ah! Acabo de me lembrar, antes de ir para as minhas férias, tenho o confronto contra a Elisabeth.

— Finalmente, esse dia chegou e tenho certeza de que saíras vencedora, és mais forte e habilidosa do que a Elisabeth.

— Já castiguei a Francine, agora chegou a vez de Elisabeth sofrer em minhas mãos. — Disse Delayoh, com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Willst du mich heiraten? - Significa "Quer se casar comigo?" em alemão.
Grazie: Obrigada/Obrigado em italiano.


Música de Heringuer e Delayoh:
Because You Loved Me - Celine Dion https://www.youtube.com/watch?v=K_9QtL-L16o&list=PLj8uADfH-lLoyR6qnLnCf3HJQnxkMMIjb&index=38&pp=gAQBiAQB8AUB
* Mais uma invenção minha. Nesta saga os deuses podem se casar apenas depois de fazerem 100 anos, por isso é que os namoros duram tanto tempo.



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