TEMPLO DA LUA – 1990

No Templo da deusa Ártemis existe na sua parte inferior uma prisão onde ficam aprisionados normalmente pessoas que foram capturadas tentando invadir o Templo da Lua ou fizeram algo considerado pecado em seus arredores. Ela era chamada prisão da Lua. Calisto se aproxima do local e chama alguém que está preso.

— Tohma chegou o momento. Hoje você sairá da prisão da Lua.

Tohma é um homem forte de cabelos curtos vermelhos repicados e olhos azulados que está sem camisa acorrentado dentro da prisão e com uma máscara de ferro.

— O que quer de mim em troca de me libertar Calisto? Pois sei que você jamais me libertaria por piedade.

Calisto encara Tohma e sabe que ele não é de meias palavras.

— Muito bem. Te libertarei e você irá agora imediatamente até o Santuário de Athena para arrancar a cabeça de um cavaleiro de Bronze.

— Eu recuso. – Responde Tohma para a surpresa de Calisto.

Calisto se irrita com a negativa de Tohma.

— Embora hoje eu seja um prisioneiro eu já fui um Anjo de Ártemis. Não vou tomar a cabeça de um ser insignificante como um cavaleiro de Bronze.

— Está se negando?

Tohma sente sua máscara de ferro apertar sua cabeça. Ele grita colocando as mãos na cabeça.

— Se você se rebelar, essa máscara irá esmagar sua cabeça, não duvide. Se eu quiser eu racho a sua cabeça nesse momento. – Ameaça Calisto.

Tohma cai sofrendo. Calisto fica ainda mais próxima.

— Se você cumprir essa missão essa máscara será removida e você poderá ser finalmente livre. Você agora não passa de um anjo de uma asa só, não me desafie. Prepare-se para sair e cumprir sua missão.

— Argh... E como é o nome do cavaleiro de Bronze que quer que eu mate? – Pergunta Tohma ainda sofrendo.

— Seiya!

Calisto solta as correntes e exige que Tohma vá ao Santuário e tome a cabeça de Seiya.

— Muito bem. Pegarei minha glory e irei para lá.

SANTUÁRIO – GRÉCIA – 1982

Na casa de Leão, Aioria que só vinha observando o que ocorria se assusta.

— Aldebaran, o que está fazendo? É como se você estivesse se jogando no outro mundo!

Na casa de Áries Mu fecha os olhos.

— Aldebaran, eu posso perceber que assim como o Ikki... Você percebeu alguma intenção diferente nas ações de Suikyo...

Na casa de Touro Ikki caminha calmamente observando a destruição do local. Ele percebe a grande batalha que ocorreu.

— Acredito que a luta que ocorreu aqui já acabou! Será que Aldebaran derrotou Suikyo?

Ikki da mais alguns passos e avista a armadura de Touro montada.

— Não pode ser... Aldebaran! Ele morreu.

Ikki olha a energia emitida pela armadura.

— Não parece que o Aldebaran... Ele se deixou matar... Ou melhor, parece que com a distorção de espaço-tempo ele conseguiu se colocar em uma posição de quase morte. Sinto seu cosmo forte aqui, embora não esteja seu corpo ele não parece ter sido pulverizado. Até porque ele não morreu nessa época, isso não poderia ter acontecido.

Ikki ultrapassa a armadura de Touro e olha para a saída da casa.

— Independente do que aconteceu a armadura de Touro está bem danificada. O que será que aconteceu para ela ficar assim? O Aldebaran foi derrotado ou houve um empate? Aquele Suikyo...

Ikki deixa o interior da casa de Touro.

— Mesmo ausente o cosmo de Aldebaran na armadura protege esse local. Melhor eu me apressar, não temos tempo a perder.

Ikki corre com mais rapidez para atravessar a escadaria.

June e Kevin chegam na casa de Gêmeos.

— Eu senti um cosmo aqui perto... Sem dúvidas era do irmão do Shun! – Comenta June.

— Irmão de quem? – Estranha Kevin.

— Do cavaleiro que veio comigo do futuro.

Kevin olha para June surpreso.

— Outro cavaleiro veio do futuro?

— Acredito que sim. É um cavaleiro muito poderoso, considerado o mais forte entre os cavaleiros de Bronze. Ele será de grande ajuda. Quem sabe ele encontre onde está o Shun...

Kevin escuta, mas segue subindo as escadarias.

— Isso é ótimo para termos uma ajuda. Mas não podemos esperá-lo, vamos adentrar a terceira casa.

Os dois caminham pela casa e sentem o local obscuro.

— O que está acontecendo dentro dessa casa? – Estranha Kevin ao sentir algo diferente.

— Eu posso sentir e ver sombra e luz enquanto caminhamos. Estará essa casa vazia?

Eles atravessam e comemoram. Quando percebem, estão novamente na entrada.

— Mas voltamos para o mesmo lugar! – Grita Kevin.

— Eu ouvi falar sobre isso no futuro... Aqui possui um labirinto. Temos que tentar novamente e adentrar essa casa com cautela. – Diz June.

Os dois cavaleiros adentram o caminho de sombra e luz e logo avistam a armadura de Gêmeos montada a frente.

— Veja o cavaleiro de Ouro de Gêmeos. Ele apareceu. – Diz Kevin.

June segura o braço de Kevin e pede para ele não fazer barulho.

— De fato existia uma ilusão na casa de Gêmeos. Acho melhor passarmos devagar, com cautela para ver se não é apenas uma ilusão.

Kevin tanta passar com cautela, mas ao chegar perto da armadura montada tem uma reação defensiva. Ele recebe um ataque. Kevin vai ao chão.

— Kevin! – Grita June.

Kevin se levanta e eleva seu cosmo.

— Tem alguém aqui sim June. Vou ter que lutar. Tome isso: “Garras de Lince”.

— “Outra Dimensão”.

Kevin começa a ser tragado. June lança seu chicote contra Kevin. Ela consegue puxar seu braço e os dois caem no chão.

— Cuidado June. Você também será tragada! – Grita Kevin.

— É muito forte esse poder... Não pode ser uma ilusão.

SALA DO GRANDE MESTRE

Mostra-se nesse momento o Grande Mestre sentado em seu trono controlando a casa de Gêmeos.

— Quem quiser proteger Athena irá morrer, não permitirei que me atrapalhem!

— “Idiota.”—A voz similiar do interior do Grande Mestre volta a perturbá-lo.

— O que? Você?

— “Ocorreu uma distorção no espaço-tempo. E você não conseguirá me deter, eu não vou ficar aprisionado na sua maldade.”

CASA DE GÊMEOS

June e Kevin começam a se sentir tragados. Eles tentam se prender no chicote de June.

— Não adianta. Essa pressão terrível acabará com vocês dois! – Diz o cavaleiro de Gêmeos.

June já não suporta mais. Quando os dois iam ser tragados, alguém surge e desfaz a pressão. Era Suikyo.

— Esse homem é... Meu mestre... Suikyo! – Grita Kevin.

Ele sorri, mas logo muda sua feição.

— Mas que armadura é essa que ele está trajando?

Suikyo não demonstra nenhuma reação.

SANTUÁRIO – GRÉCIA – 1990

Tohma chega no Coliseu do Santuário e avista Seiya na cadeira de rodas. Ele o encara.

— Você é o Seiya de Pégaso correto? Estou aqui para tomar sua cabeça!

Tohma ergue sua mão para dar um golpe contra o pescoço de Seiya. Ele lamenta achando essa missão ridícula já que o cosmo e a vida de Seiya são quase inexistentes.

— Isso que está me mandando fazer é humilhante Calisto. Humilhante para um anjo igual a mim. Mas se eu arrancar a cabeça desse sujeito estarei finalmente livre. E assim poderei procurar minha irmã, a qual procuro há muito tempo.

Tohma sente um cosmo forte vindo de Seiya. Ele estranha. Ele percebe que o cosmo vem da pulseira de flores no braço de Seiya.

— O cosmo que vem dessa pulseira é gigante demais. Só poder ser... O cosmo de um deus!

Tohma se sente travado diante do cosmo.

— Com esse cosmo eu não consigo me aproximar dele. A pulseira está me impedindo.

Tohma se irrita e lança a cadeira de rodas de Seiya para cima, que pega imensa altura.

— Ele caindo dessa altura morrerá de qualquer jeito. Depois arranco sua cabeça.

— Espere. Se o Seiya cair e morrer você pagará com a vida!

Marin surge diante de Tohma. Os dois se encaram.

— Quem é você?

— Eu que te pergunto. Por que veio ao Santuário tomar a vida de Seiya?

Os dois se encaram. Tohma diz que se ela quer que Seiya não morra, ela mesma terá que resgatá-lo. E assim Marin faz segurando a cadeira.

— Seu miserável.

— Você já me atrapalhou demais mulher. Morra!

Quando ia atacar Marin, Tohma percebe uma barreira de gelo detendo seu golpe.

— Mas o que é isso? Que ar frio é esse?

Hyoga de Cisne surge no local com sua armadura nas costas. Marin revela a Hyoga que aquele homem veio ao Santuário matar Seiya. Tohma parte para atacar Hyoga por ter se intrometido, e Hyoga desvia.

— Você parece poderoso. Então terei que atacar a sério. Receba a técnica do Cisne: “Pó de Diamante”.

Tohma detém com facilidade surpreendendo Hyoga.

— Esse seu poder pífio não poderá acabar comigo. Receba o meu ataque, o golpe de um anjo!

Hyoga arregala os olhos com a revelação.

— Disse que é um anjo?

Quando ia atacar Tohma sente seu braço congelado.

— Ele conseguiu congelar meu braço naquele momento. Ele é mais forte do que eu pensava.

— Hyoga eu o atacarei por trás! – Diz Marin.

Tohma desvia e olha para Hyoga.

— Seu nome é Hyoga? Te darei a vitória dessa vez. Mas regressarei para arrancar a cabeça de Seiya!

Tohma desaparece diante dos olhos de Hyoga e Marin.

— Se ele é mesmo um anjo, não dará para segui-lo. – Diz Marin.

Hyoga e Marin discutem de qual seria o motivo de um anjo vir ao Santuário tentar matar Seiya. Eles ficam imaginando se o céu irá querer batalhar contra o Santuário. Marin sente a impressão que já conhece Tohma. Shaina surge no local e revela que Saori, Shun e June foram ao Star Hill buscar uma forma de salvar Seiya, que tem apenas três dias de vida. A amazona diz que ela e Marin irão cuidar de Seiya e com isso Hyoga resolve partir para o local e ajudar Athena.