Mistérios do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 2
Capítulo 1 – Churrasco, café e plantões.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!
Vamos que vamos começar mais um livro, espero que gostem de acompanhar esse casal e ver mais dessa família ♥
Vou deixar a idade do pessoal aqui pra ninguém ficar confuso.
Amo vocês! Boa leitura ;)

Idades

Anthony, 54 – Elisa, 50.
Alex, 29 – Analu, 26.
Tommy, 5.
Drew, 26; Noah, 22.
Miguel, 51 – Helena, 50.
Matt, 25 – Manuella 25.
Maddie, 20 – Rebecca, 22.
Michael, 56 – Chloe, 52 (pais da Manu).
Daniel, 52 – Caitlin, 45 (pais da Becca).



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  Drew

 

  Eu encarava a churrasqueira me perguntando quando finalmente poderia comer da carne que assava ali. Depois de um plantão de mais de 48h tudo o que eu queria era comer e dormir, mas aparentemente não seria tão fácil.

  - Alex! Esse churrasco sai ou não? – perguntei ao meu cunhado que cuidava da carne e ele sorriu pra mim.

  - Mais cinco minutos.

  - Você disse isso dez minutos atrás e até agora nada.

  - Culpe o carvão e não a mim – ele disse divertido e suspirei bebendo mais do meu refrigerante.

  Nós estávamos todos no jardim da casa dos meus pais para o nosso tradicional – se tornou tradicional há algum tempo – almoço de família de domingo. Hoje éramos só eu, meus pais, Noah, Analu, Alex e Tommy. Depois de alguns anos e a família crescer tanto, os eventos envolvendo todo mundo tinham que ser organizados com antecedência.

  - Tio De! – Tommy veio correndo e gritando em minha direção com Noah atrás dele. Meu sobrinho se jogou em meu colo e o peguei, com todos os seus cinco anos ele estava se mostrando só mais uma pessoa dessa família que não sabia falar sem ser gritando.

  - Oi, garotão. O que foi?

  - Tem novidades!

  - Novidades? Que novidades? – perguntei olhando para Noah, meu irmão deu de ombros e se sentou no chão perto de mim.

  - Nem adianta me olhar que eu também não sei. Esse meu ajudante está falando isso desde que chegou, mas não quer contar o que é.

  - A mamãe disse que não podia falar antes do almoço que era surpresa.

  - Surpresa, Analu? Sério? – perguntei a minha gêmea que vinha a passos lentos ostentando sua barriga de quatro meses. Ela já estava enorme.

  - Exatamente, agora levanta daí que quero sentar. Por favor – fez questão de acrescentar e eu só sorri e fiquei de pé levando Tommy comigo e nós nos sentamos no chão perto da cadeira que minha irmã agora ocupava.

  Eu até podia ir atrás de outra cadeira, mas isso demandaria um esforço que eu não estou a fim de fazer.

  - Você podia ter ido sentar em outro lugar, não é?  - perguntei e ela me soprou um beijo.

  - Não.

  - Tommy você não quer me contar qual a novidade não? – perguntei ao garotinho e ele negou com a cabeça balançando os fios loiros que já estavam grandes o suficiente para cobrir suas orelhas.

  - Mamãe disse que não pode – ele comentou uma risadinha. – Por que ela disse que quer ver o que todo mundo vai falar quando descobrir.

  - Sua mãe é uma pessoa horrível – Noah comentou e Analu o olhou feio.

  Ela ia retrucar quando mamãe apareceu com uma travessa de risoto seguida pelo papai com uma panela que podia ter qualquer coisa dentro, mas que cheirava muito bem. Meu estômago que não tinha visto mais que alguns pãezinhos há muitas horas atrás roncou.

  - Nós já podemos comer? – perguntei assim que meus pais colocaram as panelas em cima da mesa que tínhamos arrumado no jardim.

  - Posso só falar antes? – Analu pergunta e todos nos viramos para ela.

  - Não me diga que são quatro bebês!? – Noah perguntou e nossa irmã arregalou os olhos.

  - Não! Três já é demais – Analu riu. Ela ter descoberto o terceiro bebê quando foi fazer o segundo ultrassom foi a maior fofoca da família depois da história sobre o pseudo triangulo amoroso de Noah, Maddie e Becca.

  - Eu ainda não acredito que são três – comento olhando para a barriga da minha gêmea. Mas se considerar que somos gêmeos não é exatamente uma ideia tão inesperada.

  - São e daqui cinco meses vamos conhecê-los – Analu sorriu e eu acabei sorrindo também, minha irmã sempre foi exagerada, então esses bebês todos de uma vez nem surpreendem ninguém.

  - Certo, Analu tem quatro filhos. Mas qual é a novidade? – mamãe perguntou fazendo todos rirem.

  - Conta pra todo mundo, Tommy – Alex pediu e meu sobrinho saiu do meu colo e ficou de pé antes de falar.

  - Eu vou ter uma irmãzinha!

  - São meninas? – mamãe perguntou ansiosa e todos olhamos para Analu.

  - Não. É como disse Tommy, ele vai ter uma irmã, os outros dois não sabemos qual o sexo.

  - Então podem ser todas meninas assim como podem ser dois meninos ou mais um de cada? – Noah perguntou divertido e nossa irmã assentiu.

  - Exatamente, a única certeza é que vocês – ela olhou para nós dois. – Vão ter uma sobrinha.

  Isso foi o suficiente para irmos abraçá-la. Tommy se enfiou no abraço e no fim estávamos todos felicitando Analu e Alex. Essa era sem dúvidas uma notícia maravilhosa e eu gostava muito de ver minha irmã feliz assim.

  Depois de todas as felicitações nós finalmente fomos comer – para minha alegria – e já começamos a especular o sexo dos outros dois bebês assim como o nome da menininha. Quando Analu disse que já tinha uma ideia e olhou para Alex eu soube que, no mínimo, viria alguma coisa emocionante por aí. Era bem a cara da minha irmã usar esses bebês para emocionar todo mundo.

  - Nem um spoiler do possível nome dessa menininha? – Noah pergunta enquanto ele e Tommy dividem uma tigela de sorvete.

  Ainda estamos todos na mesa, alguns comendo sobremesa e outros, como papai, só observando a conversa.

  - Não. Até por que temos que pensar a respeito – Analu diz depois de roubar o sorvete de Alex uma vez que o seu tinha acabado.

  - Que pensar o que – comento colocando mais sorvete na minha tigela. – Vocês já sabem e estão aí fazendo mistério.

  - É sério isso, Princesa? – mamãe pergunta enchendo seu sorvete de calda de caramelo. Sorrio olhando a cena, eu sei que ela e papai têm toda uma história com esse sabor de calda.

  - O Drew está exagerando. Mas tenho algumas ideias.

  - Ah não é justo – mamãe choraminga. – Conta aí pra gente, por favor.

  - Nem pensar.

  - Alex? Você sabe que é o genro que mais amo, certo? – mamãe olha para o meu cunhado que já está rindo. Quando as pessoas entram para a nossa família tem que estar cientes que não somos lá muito convencionais.

  - Sou seu único genro, Elisa – ele comenta e mamãe descarta a informação coma mão.

  - Detalhes. Agora eu quero saber, você vai falar sobre o nome da bebê?

  - Infelizmente sua filha não deixa.

  No fim mamãe está sorrindo olhando para Analu.

  - Seria trágico se não fosse fofo. Mas tudo bem, eu espero.

  - Como não vai ter mais informações hoje, vou dormir. Tchau, família – me despeço de todos depois que termino o sorvete e me arrasto para dentro para dormir.

  Minha segunda meta do dia, a primeira era comer como se não houvesse amanhã e consegui, agora é dormir até o dia seguinte, mesmo que na verde não sejam nem 15h da tarde ainda. Eu entro em casa, me arrasto para o meu quarto, escovo os dentes e só tiro os sapatos antes de me jogar na cama bagunçada. Acho que durmo antes mesmo de fechar os olhos por completo, estou exausto.

  Acordo com o meu celular vibrando em algum lugar pelo colchão embaixo de mim. Levo uns segundos para encontrar a porcaria do aparelho praticamente perto das minhas costelas.

  - Mas que merda...! – praguejo piscando e olhando a tela.

  O nome Dr. Messer brilha e penso se fingir que não vi seria uma coisa assim tão ruim. Eu gosto do meu professor, chefe e por que não, amigo no hospital, mas sempre que Charles Messer me liga em uma folga significa que não estou mais de folga.

  - Finalmente – é o que ele diz quando atendo, antes mesmo que eu diga qualquer coisa. – Você era minha última esperança, Drew.

  - Preferia que esse não fosse o caso – resmungo olhando para o meu teto que pintei de verde escuro há muito tempo atrás.

  - Rachel está viajando esse final de semana, Colin morrendo com um resfriado e a esposa de Jason entrou em trabalho de parto essa tarde.

  - De novo? – pergunto realmente curioso. – Já é a terceira vez essa semana.

  - Ao que parece dessa vez não é alarme falso. De qualquer forma, preciso de pelo menos um residente aqui comigo, está chegando uma vítima grave de acidente automotivo.

  - E sobrou pra mim, certo? – suspiro e quase consigo imaginar o homem de cabelos grisalhos sorrido.

  - Exatamente, e você é um dos melhores do seu ano Dr. Whitmore então faça o favor e venha. Pelo que parece o paciente não está nas melhores condições.

  - Estou indo – disse meio a contragosto e desliguei. Eu só queria dormir.

  Conferi as horas no celular e fiquei surpreso, marcava 19h32m o que significava que ao menos minha soneca tinha durado um tempo razoável. Tomei banho e me preparei para sair mesmo que minha vontade fosse voltar para a cama.

  Quando desci as escadas encontrei papai, mamãe e Noah no sofá assistindo o que poderia ser qualquer filme da franquia Marvel por que vi o Capitão América dando ordens na tela da TV. Na verdade papai estava assistindo e mamãe e Noah dormindo.

  - Vai sair? – papai perguntou e fiz que sim.

  - Me ligaram do hospital, estão sem pessoal e parece que vai chegar um caso grande então estou indo. Cadê a Analu e os meninos dela?

  - Foram embora tem um tempo.

  - Certo. Estou saindo, qualquer coisa podem me ligar.

  - Idem, boa sorte e tome cuidado Dr. Whitmore – papai sorriu e revirei os olhos saindo de casa.

  Eu não sabia quem gostava mais de me chamar assim, se era ele, mamãe ou a Eva, eles adoravam que eu fosse doutor. Peguei meu carro na garagem e aproveitei que a capota estava abaixada para pegar um vento no rosto e me manter acordado e tentar não pensar que o Dr. Messer ia acabar me mantendo no hospital para mais um plantão.

  Dirigi só curtindo o vento no rosto e pensando em como minha vida estava tranquila e eu esperava que assim continuasse. Mas eu já devia saber que em se tratando do histórico da minha família, não era bem isso que ia acontecer.

  Quando cheguei ao hospital não demorou nem 5min para a ambulância chegar com a sirene ligada.

  - Whitmore que bom que chegou a tempo, vai se trocar e me encontra na sala de cirurgia três. Agora! – foi o cumprimento que recebi do Dr. Messer enquanto ele passava por mim e ia receber o paciente. Tudo que vi antes de ir me trocar foi uma quantidade absurda de sangue.

  Fui para o vestiário e me troquei na velocidade da luz e voltei praticamente correndo para a sala de cirurgia. Quando cheguei lá e vi as mãos frenéticas do doutor sobre o peito do paciente eu soube que a coisa não estava indo nada bem, seu avental também estava coberto de sangue.

  - Mais O-! – o Dr. Messer pediu e um dos enfermeiros foi atrás do sangue.

  - Qual a situação? – perguntei e foi uma enfermeira quem me respondeu.

  - A paciente é uma mulher de que tem por volta de vinte e poucos anos, se envolveu em uma batida com um caminhão, não estava com nenhum documento e sofreu múltiplas lesões no rosto, torço e nos braços, principalmente o esquerdo.

  - Obrigado.

  - Dr. Whitmore me ajude a conter a hemorragia e nós continuamos a partir daí – meu professor pediu e fui até ele.

  Esse tipo de cirurgia geralmente durava horas então ficar de pé concentrado ao máximo por um longo tempo não grande coisa pra mim. Eu gostava da sensação de pensar que eu estava salvando uma vida. Tiveram complicações e muito sangue para todo lado, mas no fim conseguimos fazer tudo o que podíamos pela mulher na mesa.

  Quando sai da sala era eu que estava me sentindo como se tivesse sido atropelado, já passava das 3h da manhã, todo o procedimento havia levado mais tempo do que eu tinha imaginado.

  Depois de me limpar o suficiente para andar pelos corredores do hospital eu comecei a me arrastar até a cafeteria, eu precisava de café. Levei um susto quando vi James sentado ali no chão do corredor. Ele, Rachel e Colin haviam entrado no mesmo ano que eu aqui no hospital então não foi difícil nos tornarmos amigos.

  - Sua mulher não estava tendo o bebê? O que você está fazendo aqui? – perguntei realmente curioso.

  - Ele já nasceu – meu amigo me olhou sorrindo. – Um menino lindo pesando 3,100kg, ele e Beth estão dormindo então só estou aqui pensando e esperando a ficha cair depois de olhar Bryan dormir por umas duas horas que eu realmente sou pai.

  - No meio do corredor? – perguntei e ele ficou de pé e nós continuamos andando em direção à cafeteria.

  - Sim. Eu estava de plantão antes de ontem. Não dormi nada esses dias, sinceramente? Eu estava pra cochilar ali antes de você aparecer.

  - Não duvido – disse e foi minha vez de sorrir. – Mas é sério, cara. Parabéns, isso é incrível. Ser pai, deve ser bem louco, né?

  - É um pouco, mas com certeza é bem incrível também. Uma pessoinha que depende de você e acredita em você com tudo que tem. Nem sei se estou preparado pra isso.

  - Tenho certeza que está – digo. – Minha irmã diz que aprendeu fazendo então acho que você pode fazer o mesmo.

  - Ela vai ter trigêmeos, não é? Nem consigo imaginar, eu com um já estou meio em pânico.

  - Todo mundo ficaria, mas minha irmã, como diz o marido dela, é um ser humano único.

  Nós seguimos até a cafeteria e recuperamos um pouco da dignidade depois de um belo copo de café. Como eu acabei de plantão – que novidade, não é? – não podia dormir, então resolvi ir com James conhecer seu filho. O bebê era negro como ele e, de acordo com meu amigo, tinha os olhos castanhos claros como sua esposa.

  - Como ela está? – James perguntou e eu olhei a mulher no leito com o rosto praticamente todo cheio de curativos, o braço esquerdo engessado e com vários fios presos ao corpo. Depois de um tempo nós tínhamos acabado no quarto da minha paciente sem nome.

  - Viva. Por que não sei se bem é uma boa definição.

  - Ela não tinha mesmo nenhuma identificação?

  - Nada. Pelo que eu fiquei sabendo o homem do caminhão que bateu nela foi quem ligou para a emergência.

  - Pelo menos prestou assistência – James comenta e faço que sim. Nós ainda encaramos a mulher na cama.

  - Pelo menos isso. Espero que ela fique bem – digo ainda olhando o rosto coberto dela. – Foi uma cirurgia difícil, mas tenho a impressão que ela quer viver.

  - Por que diz isso?

  - Por que mesmo depois de perder tanto sangue e ter tantos ferimentos seu coração se recusou a parar de bater.

  Nós ainda ficamos ali uns minutos antes dele voltar para a esposa e eu continuar a conferir os pacientes. Quando terminei a ronda já eram mais de 6h da manhã. E lá tinha ido mais uma noite em claro, quando decidi ser médico achei que teria mais glamour que apenas passar as noites em claro e com fome. Acabei me arrastando até o quartinho de descanso dos plantonistas e apaguei na primeira cama que encontrei.

  - Drew? – acordei com um beijo e aquilo me fez sorrir e me surpreender. Pisquei e vi a garota loira sorrir pra mim também, Stella era uma enfermeira linda e bem resolvida e nós tínhamos esse lance. Certo, nós fazíamos sexo sempre que possível e era isso.

  - Stel? Está fazendo o que aqui? Achei que estava de folga no final de semana – comentei me sentando e ela riu me entregando um copo de café uma rosquinha de creme. Sorri agradecido. – Obrigado.

  - De nada. Imaginei que precisaria quando te vi aqui mais cedo. E respondendo sua pergunta, você sabe que hoje já é segunda-feira, certo? E na verdade já passa das 9h da manhã.  

  - O que!? – perguntei e ela riu.

  - Pode ficar tranquilo. Eu vi o Dr. Messer mais cedo, ele perguntou por você e quando eu disse que estava aqui ele não pediu para chamá-lo, o que deve significar que você ainda tem um tempinho. Eu também tenho o que me diz?

  - Pra começar bem a semana? – pergunto deixando a rosquinha e o café na mesinha que tinha ali perto.

  - Exatamente – ela disse se sentando no meu colo e me empurrando de volta para a cama. Olhei para a porta e ela sorriu. – Não se preocupe, eu tranquei – foram suas últimas palavras antes de me beijar.

  Nós infelizmente não pudemos ter mais que alguns minutos, mas foram minutos muito bem aproveitados. Quando sai do quarto me sentia renovado, vi Stella sair pelo corredor chamando atenção por causa das belas curvas, ela era uma mulher incrível, mas eu já tinha deixado claro que o que tínhamos era só diversão. Ela não parecia ter problemas com isso, o que era ótimo pra mim, eu ainda seguia com o pensamento de que não queria me envolver em algo complexo como um relacionamento. Um dia, num futuro distante quem sabe.

  - Você parece péssimo. Por que não vai pra casa? – foi como Angie me cumprimentou quando me viu no corredor. Minha amiga sorriu e eu revirei os olhos.

  - Você como sempre está incrível, como consegue? – perguntei curioso e ela me abraçou.

  - Já disse. Eu tento não pegar todos os meus colegas de trabalho, o que me deixa bastante tempo pra dormir, por exemplo – ela comenta e faço careta.

  - Não sei do que você está falando.

  - Duvido, Dr. Sorriso – Angie falou o apelido e suspirei. Eu sabia que me chamavam assim pelo hospital, mas o motivo eu ainda não tinha descoberto, eu tinha certeza que ela sim, só não queria me contar.

  - Se não vai me falar nada, nem começa com isso.

  - Tudo bem. Como foi a noite? Fiquei sabendo que chegou um caso grave.

  - Foi bem agitada, mas deu certo no final. E esse unicórnio aí?

  - Gostou? É pra combinar com o gatinho.

  Olhei para o jaleco de Angie e sorri, tinha florzinhas bordadas nas mangas e um broche em forma de gato e agora um em forma de unicórnio presos a ele. Apesar de ela ter um ano a mais de residência que eu, nós ainda não tinha uma especialidade, não oficialmente falando, mas ambos já sabíamos o que queríamos. Cirurgiões, Angie pediátrica e eu cardíaco. Me apaixonei pelo sistema cardiovascular ainda na faculdade e aqui estávamos, eu ainda pretendia me tornar um grande cirurgião cardíaco.

  - Está a sua cara – comentei por fim sobre o broche e ela sorriu prendendo o cabelo loiro em um rabo de cavalo. – Ela perguntou por você. Vai vê-la hoje?

  - Se eu conseguir.

  - Whitmore achei você. Preciso que vá ver como está a mulher sem nome – Dr. Messer me encontrou no meio do corredor e suspirei olhando para Angie. A loira conteve o riso.

  - A Garota do Acidente?

  - Sim. Pra hoje, por favor – e dito isso ele continuou seu caminho.

  - Como viu, acho que não consigo, mas diga à Maggie que mandei um beijo. Preciso ir ver minha paciente.

  - Tudo bem. Boa sorte Dr. Whitmore.

  - Pra você também Dra. Scott. Tenha um bom dia – disse divertido e Angie riu antes de nos separarmos e seguirmos cada um em uma direção.

  Se minha semana fosse ser como minha noite, eu podia me preparar por que provavelmente não seria nada fácil.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu e o Drew ainda estamos nos conhecendo então esse inicio talvez seja um pouco parado, mas prometo que melhora. Deixa só a garota dele acordar!
Comentem o que estão achando, por favor!
Beijocas e até, Lelly ♥



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