Witch's Grimoire escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 1
Prólogo




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Floresta Veldejant

Grama verde, árvores para todos os lados, céu quase difícil de se ver... Aqui estou eu. Caminhando pela floresta quase infinita. Cada vez que eu caminho são sempre as mesmas árvores de folhas verdes e troncos marrons, com quase nenhuma mudança. As vezes eu observo um bicho lá caminhando, como um esquilo ou até um pica-pau, mas as chances, pelo menos ao meu ver, são de uma em dez. Ou pelo menos uma em cinco.

Longos cabelos pretos, pele parda, olhos castanhos, esse sou eu, caminhando pela floresta de Veldejan rumo ao meu objetivo. Um uniforme marrom amarrado a um cinto preto e uma mochila cor de caqui, um poncho vermelho, chapéu amarelo-escuro e botas da cor do solo, aqui vou eu, seguindo trilha nesta cidade de plantas e animais.

Meu nome é Anthony Mercer. Ou Tony, para os mais íntimos. Se bem que me pergunto se eu realmente tenho amigos íntimos. As únicas pessoas que eu mais tenho contato são meus clientes. Clientes esses que estão dispostos a pagar uma grana alta pelos meus serviços.

Eu sou um mercenário. Já viajei por vários lugares de Midgardia em busca de um bom dinheiro. Por onde eu vou sempre há alguém que se aproveita dos meus serviços para fazer o que quer, desde que eu seja pago em grandes pilhas de dinheiro. Por esses motivos as pessoas desesperadamente buscam por mim e outros me evitam como os demônios fogem da cruz, mas que são forçados a pedir minha ajuda quando não tem outra escolha. Claramente esses últimos não estão dispostos a retribuir o favor, e arranjam um jeito de tirar minha vida como forma de ingratidão.

Essa é a humanidade. Contraditória. Por um lado fazem o bem pelo bem, mas por outro fazem o mal pelo mal. Há outros que fazem o mal pelo bem maior, e há aqueles que fazem o bem pelo mal. E há também aqueles que preferem ficar em uma posição neutra, imparcial, não querendo nem o bem nem o mal. Eu sou uma dessas pessoas. O neutro. Não do lado do bem, não do lado do mal. Eu sou leal a apenas uma pessoa além do meu cliente: Eu mesmo. O resto que se dane.

Eu caminho na floresta, neste conjunto de árvores que cobre o céu. Anteriormente eu fui para as Minas de Carat em busca de jóias. E não qualquer tipo de jóia, mas as jóias que vieram diretamente de Carat. Dizem que as minas de lá são as mais cobiçadas por causa de seus diamantes e a cada dia que passa os mineiros cavam mais e mais fundo por um diamante. Quanto maior um diamante, mais valioso ele é, e isso inclui rubis, esmeraldas, safiras, topázios... Eu consegui encontrar estas jóias, mas não por pura sorte, mas porque estava ciente que existam tesouros muito mais profundos dentro dessas minas.

Caminho pela floresta, mas antes que eu consiga sair, me encontro com uma fera selvagem. Essa criatura, parecida com um lobo, rosna pra mim como se eu fosse uma ameaça a ela. Do ponto de vista de um lobo, um animal dez vezes maior que ele seria de fato uma ameaça. O lobo tem pêlos de vários tons verdes, uns dez no total, e seus olhos vermelhos enfatizam sua fenomenal ferocidade. Um movimento qualquer e ele estava disposto a me atacar com garras e presas. Fui pegar a minha faca que estava dentro do meu cinto.

Luto contra o Lobo da Floresta. O mínimo qué ele pode me fazer é me morder e arranhar, mas felizmente eu aprendi várias habilidades com a faca. A luta até que foi fácil, mas mais uma vez é a experiência que conta. Logo depois o lobo deixou cair Peles de Lobo, o que pode não valer nada pra mim, mas que para algumas pessoas, vale uma boa quantia em ligs.

Guardei as Peles de Lobo em minha mochila. Caminhei mais um pouco pela floresta até achar a saída. Eu eventualmente consegui sair do local e voltei a ver o céu. Céu azul como as águas dos mares e dos rios cobertas pelas nuvens brancas com tons dourados e enfeitado pelo sol, cujo brilho intenso é capaz de cegar um ser vivo. Eu não precisava mais me preocupar com as árvores tentando cobrir o céu. Não. Tudo o que resta pra mim agora é poder voltar para o lugar aonde tudo começou.

Cidade Lebreau

Lebreau. Nunca pensei que ia voltar aqui de novo. Lebreau pode não ser minha cidade natal, mas é aqui no qual faço várias coisas fora do ramo de "fazer trabalhos sujos por dinheiro". Compro vários items de cura, armas, roupas e equipamentos ao mesmo tempo que eu vendo algumas quinquilharias que podem valer uma fortuna. Eu também vou a bares ou para restaurar minhas forças ou de vez em quando para brigar com rufiões que gostam de se meter em encrencas. Tenho que admitir... Eu sou um ímã para encrencas.

Também vou para dormir nas pousadas. Detesto admitir, mas se comparadas com as das outras vilas e cidades que eu fui, as pousadas de Lebreau são as mais confortáveis. Não são baratas, mas são bonitas, e o charme delas dá uma sensação de conforto. Juro que uma pessoa de classe média pensaria duas vezes antes de passar a noite em Lebreau. Poder colocar a cabeça em um travesseiro juntamente com o seu corpo em um colchão não é como se deitar na grama dos campos, mas me dá uma sensação de relaxamento e tranquilidade, como se estivesse deitado em uma nuvem.

Revisitar Lebreau é que nem voltar pra casa, de fato, a maioria das pessoas que pedem a minha ajuda vem justamente desta cidade. Caminho tranquilamente em busca do meu cliente. Nós iriamos nos encontrar no Bar Espada Elegante, bar esse que, apesar do nome, não tinha nada de elegante. De todos os bares de Lebreau, Espada Elegante era o mais perigoso de todos, e ninguém saia de lá ileso. Um simples machucado no corpo já faz as pessoas fofocarem: "Esse senhorio foi ao Espada Elegante".

Bar Espada Elegante

Entrei no bar. Como era de se esperar, haviam várias pessoas comentando é conversando, com alguns deles se enfrentando na base da arma e outros jogando jogos de baralho. Pra minha sorte eu não cheguei aqui de noite, ou as coisas teriam sido muito piores. Não demorou para que eu encontrasse minha cliente. Cabelos verdes, olhos azuis, pele clara como trigo e usando um vestido vermelho. E seu nome era Marcia Abelard.

— Até que enfim. Achava que não ia chegar. - Falou Marcia, com um ar sarcástico.

— Vim aqui te dar isso. - Mostrei a ela um saco. Marcia abre o saco, e observa as jóias que estão dentro dele.

— Perfeito... Essas jóias valem mais do que uma fortuna. - Ao dizer essas palavras, Marcia olha pra mim com o carrancudo, deixando subentendido que ela tinha alguma coisa contra mim. Provavelmente por que eu seja um mercenário. Ela então pega um saco bem grande e dá pra mim. O saco estava cheio, e ao abrí-lo, vi várias moedas de ouro.

— 3500 ligs, como você pediu. - Disse Marcia com um ar arrogante. Tentando esconder o fato de que vi desprezo no rosto dela, eu disse: - Sou grato a você.

— Se você tivesse trazido menos diamantes, o preço seria mais baixo. - Marcia falou mantendo seu jeito arrogante mas desta vez com um sorriso malicioso, implicando que ela iria me pagar menos que o esperado.

— A mina estava cheia de jóias. Foi mais difícil lapidá-las do que encontrá-las. - Falei com Marcia, mas não estava mentindo. As jóias estavam realmente enterradas no solo duro das minas. Mesmo com grande parte das jóias terem a fama de serem indestrutíveis, foi difícil tirá-las do solo sem que elas sofram algum dano.

— Pelo visto foi uma longa temporada. - Falou Marcia com um ar sarcástico. Então fomos conversar mais um pouco. Eu disse a ela que enquanto eu estiver vivo, continuarei vivendo a vida como um mercenário, disposto a fazer as coisas por um bom preço em ligs. E mesmo que se me derem uma recompensa material, eu a venderei por um bom dinheiro. Para um mercenário, dinheiro é vida, sangue, seu bem mais precioso, muito maior do que qualquer bem material que exista.

— E se existir um caso... No qual existe um sacrifício maior?

Eu não acreditei no que Marcia disse... Sacrifício maior? O que ela quis dizer com isso? Marcia olhou pra mim com um sorriso malicioso.

— Francamente, você é apenas um novato.

Novato? Eu não acredito no que eu acabei de ouvir. Faço meu trabalho de mercenário há 20 anos, e nunca pensei que fosse ouvir essas palavras. Apesar da apreensão, eu estava enfurecido por dentro, como se as palavras de Márcia fossem facas afiadas me cortando. E considerando a atitude dela, isso não seria muito de um exagero da minha parte.

— Bem, eu tenho que ir. Foi divertido ter você como meu parceiro enquanto durou. Mas agora vamos seguir caminhos diferentes, você vai continuar com sua vidinha de mercenário e eu vou exibir minhas jóias para todos os meus amigos e associados. Quem sabe a gente se encontra de novo e eu mande um novo trabalhinho pra você? Tchau.

Marcia sai da Espada Elegante sorrindo, feliz pelo fato de ter ganhado suas jóias. Então eu fui ficar mais um tempo no bar. O bartender apareceu e foi dar uma olhada em mim.

— Alguma coisa sen... Ah, é você. Falou o bartender.

Pedi a ele uma garrafa de guaraná destilada. O bartender pegou a garrafa de guaraná juntamente com um copo de vidro e botou o líquido nele. Eu bebi o copo inteiro, e depois a garrafa inteira, surpreendendo o bartender que viu tudo. Tirei 500 ligs do saco de botei na mesa e disse: "Aproveita esse dinheiro pra comprar outra garrafa". Sai do bar com várias pessoas olhando pra mim com desprezo, e com um deles tocando em meu ombro.

— Espere aí. - Disse o homem de moicano preto, olhos verdes, pele branca e usando roupas que fazem ele parecer que veio de uma área bem distante de Lebreau (e isso não me surpreende pois Lebreau carrega abriga pessoas de várias partes de Midgardia). O homem me observou com desprezo e falou comigo.

— Escute aqui ô desgraçado, se você pensa que pode ir aqui, beber uma garrafa inteira e sair daqui sem um machucado, você está redondamente enganado!

— Você não tem moral pra falar comigo deste jeito. - Retruquei, até porque estava ciente que aquele homem é um bandido. Eu posso não saber muita coisa sobre a ficha criminal dele, mas essas cicatrizes não escondem que ele se meteu em várias brigas. Não me surpreende o fato de que ele foi a primeira pessoa do bar a brigar comigo pela primeira vez de tanto tempo botando moral na casa contra minha própria vontade.

— Então é assim, seu nojento? Pois eu vou te ensinar como é que a gente lida com pessoas de seu tipo!

— Boa sorte com isso. Quando foi a última vez que ouvi essa sentença? - Com essas palavras, a briga começou. Eu peguei a minha faca e eu a usei para atacar meu oponente. O mal-encarado, por outro lado, usou apenas os seus punhos. Eu não podia subestimá-lo... Os músculos já explicam o quão forte ele é. Ainda assim, isso não me impediu de fazer o meu melhor para machucá-lo. Eu posso não ser uma grande massa muscular, mas sou veloz o suficiente para desviar dos ataques dele. O fato de que eu sou relativamente magro me dá uma grande vantagem nesta luta. E ainda mais se considerando as minhas experiências anteriores na Espada Elegante.

Quanto maior o peso, maior a queda.

Depois da briga no qual saí campeão, fui embora do bar, com as pessoas ainda me observando com intenso desprezo.

Cidade Lebreau

Ao sair do bar para descansar um pouco, um homem se aproximou de mim e disse: "Aí está você". Seus cabelos são castanho-claros, e sua pele parecia como uma massa escura de trigo. Não cheguei a ver a cor dos olhos dele, já que ele sempre usava um óculos de cor rosado. Ele usava um terno de cor verde com uma roupa branca em baixo e uma gravata vermelha com calças longas, também verdes. Me aproximei dele e disse:

— Então é você, não é?

— Meu nome é Brent Sternisi. - Disse o homem de terno e gravata, que se curvou a mim como se eu fosse um membro da família real. - É um prazer vê-lo aqui. - Continuou.

— O que você quer comigo? - Perguntei ao Brent, que parecia ter um interesse em mim.

— Eu não preciso dizer o seu nome para saber que você é um mercenário com várias toneladas de experiência em seu cérebro.

Ao ouvir as palavras de Brent, comecei a sentir um tremor.

— Já tinha ouvido falar de você em vários pontos de Midgardia. Bisquet, La Parnasse... Não havia ninguém que não falava sobre suas habilidades e como você faz bem o seu trabalho. Claro, que, sendo um mercenário, você tem uma recepção contraditória. Um monte de gente pede para você fazer o trabalho sujo deles enquanto outros fogem de você como loucos.

O cara não era confiável, mas parecia ser bom de palavras. Brent estava ciente das vantagens e fraquezas de um mercenário, então fui clarear as coisas pra ele.

— Meu nome é Anthony Mercer. Mas pode me chamar de...

— Tony! Saquei, saquei. Você é realmente a pessoa que eu gostaria de encontrar neste momento.

— Você me disse que está atrás de mim por causa das minhas habilidades de mercenário, correto? Quais são suas intenções?

— Minhas intenções?

Eu ainda não confio naquele homem. Sentia que ele parecia ter um ar traiçoeiro, como se ele quisesse me esfaquear logo depois de terminar meu trabalho. Porém, como mercenário, meu dever é fazer qualquer tipo de negócio por dinheiro, não importa o quão confiável seja meu clientes. Já sofri vários atentados antes, e sobrevivi a todos. Essa não será minha última vez que irei ceder a uma tentação como essa...

— Acontece que estou atrás de um livro.

— Se você quer um livro, vá a uma livraria.

— Mas não um livro qualquer. Olha aqui. Eu quero um livro muito especial, que não pode ser encontrado em nenhuma livraria.

— Do que está falando? Diga-me qual o livro que você quer?

— Do Grimório da Bruxa.

— Grimório da Bruxa? - Essa é a primeira vez que eu ouço esse nome. Sinto que Brent parece se interessar muito neste livro, tanto que ele fez contato comigo para que eu o ajudasse a encontrá-lo. Mas o que esse livro tem de especial para Brent obtê-lo? Julgando pelo nome, ele parece ser um livro de feitiços ou algo do tipo.

Brent disse que se eu quisesse saber mais sobre o livro, era para eu ir para a cidade de Edelweiss. O homem de óculos rosados me mostra um cartão de cor azul-claro no qual tem um desenho de uma mulher com um chapéu pontudo e que está escrito "Portal da Magia".

— Portal da Magia? O que é isso?

— Se você almeja tanto uma boa grana, você pode me encontrar lá. - Falou Brent, que parece estar interessado em mim.

— No demais, eu tenho que ir. Tenho que cuidar das coisas em Edelweiss. Aliás, se eu fosse você, eu iria pra lá sem pensar duas vezes.

Depois disso, Brent vai dar uma saída. Ele acaba encontrando uma carruagem de madeira com dois cavalos marrons e crinas pretas.

— Uma passagem para Edelweiss, por favor. - Disse Brent ao cocheiro, e dá a ele 3 ligs. Brent entra na carruagem e segue para Edelweiss. Fiquei observando o homem, que parece ter um monte de emoções. Mas porque ele se daria ao luxo de me contratar? Em ambos os casos, Brent parecia se interessar tanto em mim quanto o Grimório da Bruxa.

Fui dar uma olhada no cartão que eu recebi. É a primeira vez que eu ouço falar sobre o Portal da Magia. Julgando pelo nome e pela mulher de chapéu pontudo, o local deve ser associado a feiticeiros, clérigos, e todos os outros usuários de magia. Será que Brent é uma dessas pessoas? Preciso refrescar um pouco a memória.

Pousada Boa Vista

Fui para a pousada Boa Vista descansar um pouco. Paguei para o dono um lugar pra ficar por 650 ligs. Subi as escadas e fui direto para o quarto. Me deitei na cama cujo travesseiro amarelo-claro e colcha azul-escura formam um perfeito contraste. Lembra o céu azul iluminado pelo sol da manhã, mas que se esconde da lua em um certo ponto. Claro que o sol não engana ninguém, pois seu brilho indistinguível faz dele uma das coisas mais bonita do céu, aliás, o sol é a razão porque a lua tem um brilho bonito.

Mas há uma coisa que diferencia o céu verdadeiro da cama. As nuvens, que apesar de serem associadas ao branco, carregam suas nuances de cor dependendo da passagem do tempo. Ora são amarelas, ora são rosadas, e o próprio céu também pode mudar de cor. Na maior parte do tempo é azul-claro e preto, mas ele também tem uma bela cor lilás e um laranja vibrante. Por mais bonita e confortável que a cama seja, ela nunca vai superar a experiência de testemunhar a beleza dos céus.

Entao fui me levantar, mas para tirar minhas botas, cobrir meu corpo com o lençol é botar minha cabeça em cima do travesseiro. Fechei os olhos para ver se eu tentava dormir. Nesse ponto eu não olhava nada exceto a cor preta, o preto do ébano... O preto da noite absoluta. As vezes eu também vejo algumas estrelas, como se a noite tivesse vindo mais cedo, ainda que seja de dia.

Tive uma visão de um beco sujo, rodeado de casas de madeira. Nele eu vi um pequeno garotinho, de cabelos pretos, olhos castanhos e pele parda, igualzinho a mim. O garoto corria com um pedaço de carne na mão, sendo perseguido por vários homens usando armaduras de cavaleiro. Eventualmente ele acabou sendo espancado pelos homens enquanto protegia a carne. Quando o garotinho começou a gritar... Eu acordei.

Eu ainda estava no quarto. Mesmo armário, mesma cama... Fui dar uma olhada no espelho, e vi que não mudei em nada. Por quanto tempo eu tava deitado? Enfim, existem momentos no qual eu sonhava com aquele menino, mas essa é a primeira vez que eu o vejo na Boa Vista.

Cidade Lebreau

Horas mais tarde, eu saí da pousada. Depois daquele pesadelo com o garoto eu fui caminhar um pouco. Acabei indo para uma loja de roupas e armaduras. Fui falar com o dono da loja, o qual era careca e tinha pele negra, se eu podia vender minhas Peles de Lobo por um bom preço. Ele disse que sim. Dei as peles de lobo a ele e ele me deu 500 ligs em troca.

Depois disso saí da loja e fui dar mais uma olhada na cidade. Fui neste ponto que me lembrei de uma coisa: Horas antes eu tinha sido contratado por um homem chamado Brent Sternisi. Eu fui dar uma olhada no cartão e me lembrei do que ele disse.

"Se você almeja tanto uma boa grana, você pode me encontrar lá."

"No demais, eu tenho que ir. Tenho que cuidar das coisas em Edelweiss. Aliás, se eu fosse você, eu iria pra lá sem pensar duas vezes."

Daí me dei conta que eu sou um mercenário. Seu dever é fazer o trabalho sujo das pessoas e ser pago por isso. Eu não podia recusar o pedido de alguém, mesmo que ele não pareça ser confiável. Guardei o cartão na bolsa e fiz minha decisão: Eu vou para Edelweiss.

Fui então para a estação de carruagens. Por sorte, eu acabei me encontrando com uma carruagem de pintura branca e cavalos de pêlo, crina e cauda pretas. Fui falar com o dono dela.

— Essa carruagem tá reservada?

— Não senhor.

— Então vou querer ir para Edelweiss.

— Ótimo. São 750 ligs.

Peguei minha sacola de dinheiro e dei para o cocheiro 750 ligs. Entrei na carruagem e o cocheiro começou a mandar os cavalos galoparem. Cada vez mais eu comecei a me afastar de Lebreau. Porém eu estava certo de uma coisa: Minha próxima parada é Edelweiss, é daqui pra cá é um caminho sem volta, caminho esse que eu decidi seguir.<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_221001_100528_014.sdoc-->


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