Aurora Boreal - Twilight escrita por Julie Álvares


Capítulo 3
A clareira


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo!



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Eu olhava a paisagem no táxi a caminho da casa de Charlie, meu Deus, que eu não o mate do coração...

 

 

Ouvindo uma musica boa, o novo álbum de Justin Bieber, "Peaches" era com certeza a minha favorita do album... curtindo uma vibe incrível...

 

 

Fui chegando a rua da casa que tinha sido meu lar nos últimos anos da escola e fiquei tensa de ansiedade e então eu a vi:

 

 

Minha Pick-up. Meu Deeeus, eu não estava cabendo dentro de mim, desci do  táxi e fui abraçar minha companheira. Eu sei que se tratava de um carro, mas eu era muito grata e a amava.

 

 

Não acredito que Charlie a manteve. Nunca me disse absolutamente nada.

 

 

Acertei com o motorista e peguei minha bagagem.

 

 

O taxista deve ter me achado super louca.

 

 

Eu ri de mim mesma.

 

 

Bati na porta de madeira do meu pai e esperei que ele ouvisse.

 

 

E ele ouviu, abriu a porta e ficou chocado, me abraçando já com lágrimas nos olhos.

 

 

— Sua pirralha, vai me matar do coração! — ele sorriu e me olhou.— Tá mais magra, você tem que se alimentar, Bella!— ele disse me repreendendo.

 

 

— Pai, eu nem sequer entrei e você já tá brigando comigo! — eu disse rindo. — Posso entrar pelo menos?

 

 

Charlie me ajudou com as malas, Sue correu para me abraçar descendo às escadas.

 

 

— Bella! — ela estava me abraçando antes que eu pudesse me preparar, eu retribui ao seu abraço apertado. — Que saudade, querida.

 

 

Eu quase chorei. O carinho de Sue sempre me emocionava.

 

 

— Sue, que bom te ver, você está cuidando muito bem do meu velho. Obrigada.— eu sempre agradeceria a Sue. Ela era uma alma muito boa.

 

 

Estava vestindo roupas mais frescas, uma blusa de alças, estava aproveitando a trégua da chuva, com certeza, mas pra mim que já estava acostumada ao clima novayorquino aquilo já era frio demais.

 

 

Charlie estava usando moleton, um pouco mais gordinho, nada demais, mas agora Charlie comia melhor, Sue era de cozinhar pra uma grande familia.

 

 

Eu via as fotos dos jantares e aniversários, muita comida, Sue era uma matriarca dedicada e feliz.

 

 

Ainda bem, ela merecia. Mais do que qualquer um.

 

 

Pensei em René, coitadinha, eu iria vê-la só depois do natal, estava com saudades da minha mamãe tagarela.

 

 

Charlie deixou as malas em meu quarto e eu fui tomar banho pra me instalar.

 

 

Mas então pensei em pegar a pick-up para ir até a reserva.

 

 

Onde será que Jacob Black se encontrava? Será que havia mudado muito, essa gente não gostava de rede social, não conseguia ver a vida de ninguém dali.

 

 

Só me restava morrer pausadamente com toda aquela curiosidade.

 

 

Meu relógio notificou as mensagens de Liza.

 

 

Limpei as notificações, responderia Liza mais tarde.

 

 

Lanchamos, todos sentados a mesa, Sue, Charlie e eu. Minha madrasta estava radiante em me ver.

 

 

Tudo estava melhor do que eu imaginara.

 

 

Assim que anoiteceu, eu fui ate a pick-up. Charlie notou os movimentos estranhos, Charlie nunca me rondava, mas estava muito curioso sobre meus movimentos essa noite,  será porque eu não vinha a Forks à 5 anos? Eu ri.

 

 

— Charlie eu vou até a reserva. — Não me virei pra olhá-lo, mas sabia que ele estava atrás de mim

 

 

— Bella, melhor não. Está tarde, descanse filha.

 

 

Eu vou ter muito tempo pra descansar quando partir, Charlie.

 

 

Mas disse apenas:

 

 

— Descanso depois de passar por La Push. — sorri ao entrar na Pick-up. Lhe dei um tchauzinho e parti pro território de Jacob Black, se ele estivesse em casa, iria me receber.

 

 

O caminho até a reserva era escuro, só não me lembrava o quanto, mas conforme fui chegando perto das casas, depois de passar da praia, ia ficando mais iluminado. Exatamente do jeito que eu lembrava!

 

 

Então vi a cada dos Black. Uma moto parada, aquilo só podia pertencer a Jacob. Ele viria pra casa pro natal se estivesse cursando a faculdade em outro lugar.

 

 

— Jake! — chamei a porta. A essa altura ele ja sabia que tinha alguem ali antes mesmo de eu chegar, minha pick-up não deixava ninguém ter dúvidas quanto a minha presença.

 

 

Ele apareceu na porta franzindo o cenho.

 

 

Eu não acreditava no que estava vendo. Jacob estava sem camisa, o rosto muito diferente do rosto de jovemzinho, era um homem agora, em todos os sentidos da palavra, não sei se podia acreditar que agora ele estivesse ainda mais alto do que f


ora quando eu parti pra faculdade.

Ele me pediu um beijo em minha formatura, minha única dança fora com ele, eu tinha tanta lembrança boa com Jacob Black, quando achei que ia morrer por causa de um antipático, ele estava lá pra segurar minha mão, já que meu orgulho não me deixava me abrir com Jess ou Angel.

Hoje eu não entendo porquê.  As meninas tinham muito boas intenções, eu tinha certeza.

Jake cruzou os braços e veio em minha direção, andando devagar.  Não sorria.
Que recepção fria.
Eu queria tanto abraça-lo.

— Bella. — Ele finalmente disse. — Eu pensei que jamais a veria.

Eu sorri.  Eu o abraçaria, mesmo que ele nao quisesse, andei em sua direção, e o abraçei, ele não esperava, me abraçou também,  senti que cheirava meu cabelo.

Senti aquelas malditas lágrimas em meus olhos, aquele homem forte, era o meu Jake.

Sai do seu abraço, e olhei seu rosto e o segurei com as mãos.

— Você ainda é o meu Jake. — eu disse sorrindo, em meio as minhas lágrimas. Ele também estava chorando.  Estava magoado. Era esse  o motivo, meu Jake ainda existia, só estava triste comigo.

O beijo que o neguei  e que hoje eu estava completamente pronta pra dar.

Ele beijou minha testa, estávamos emocionados, tantas coisas passavam pela minha cabeça, eu o abracei de novo, mesmo vestindo meu único casaco de cachemere, que na teoria seria o bastante pra me aquecer, eu estava morrendo de frio, mas não ali, naquele abraço, era o abraço mais quente do mundo. Jake ainda era um sol.

Ele me levou pra dentro. Não dissemos mais nada. Nos deitamos em sua cama, que agora era grande o bastante pra nós dois, senti saudades da cama de solteiro, quando ficavamos horas ali conversando.
Quando eu o ajudava com o dever de casa.

Parecia que fazia tempo demais, meu Deus eu estava velha, faltava pouco pra me formar, agora eu só teria que escolher minha especialização, e em mais 4 anos eu seria cirurgiã.

Eu estava velha demais pra Jacob Black.

Do alto dos meus 24 anos.

Ficarmos ali deitados, apenas nos olhando, eu queria tanto que fosse diferente, Jake, eu queria que nós tivéssemos nos beijado naquele baile.

O quarto estava escuro, a pouca luz que tinha servia pra eu memorizar as linhas de seu rosto.

Ai Jake, se arrependimento matasse.

E quando Jake finalmente falou, meu coração se entristeceu:

— Eu vou me casar. — ele suspirou com tristeza.

— Tudo bem, Jake.— Algumas lágrimas desceram de meus olhos. — Eu sabia que seria tarde demais.

Eu nem sabia que queria tanto Jake, até chegar a Forks e alguma energia magnética me trazer até aqui.

Ele estava mal, visivelmente mal.
— Se tivesse passado pela minha cabeça que você voltaria e apareceria em minha casa tarde da noite, uma semana antes do natal, eu jamais teria pedido ninguém em casamento. — ele riu, sabia que aquilo era a mais pura verdade.

Eu esperei Jake dormir, estávamos com a testa colada, sentia sua pele quente em meu rosto,  o que manteve quente todo o meu corpo.

Assim que eu percebi que ele havia dormido de verdade, eu saíra silênciosamente, e dirigira ate o começo da floresta, eu sabia que daquele lado da floresta, era perto de um lugar, uma clareira, eu sabia que não tinha descoberto aquele lugar sozinha.

Eu parei a pick-up exatamente onde eu estava, e entrei na floresta escura. À aquela hora da madrugada, acho que saber que Jacob Black ia se casar, me deixaram completamente louca.

Eu ainda era virgem, eu não conseguira ficar com mais ninguém até hoje, quando vi Jake, eu queria beija-lo na última vez que nos vimos à 5 anos atrás, mas hoje eu queria beija-lo por todas as vezes que eu não o beijei no passado, quando eu sabia que ele era perdidamente apaixonado por mim.

Meu corpo se lembrava da direção,  se lembrava do que minha mente não se lembrava, meu corpo me levava até  o lugar que eu sabia ser especial, por algum motivo que eu não entendia e nunca entenderia, Forks e seus segredos maldosos, eu sabia que era perigoso, era perigoso demais, mas eu sentia que iria ficar tudo bem, só precisava chegar até o lugar.

E depois de algum tempo andando, percebi que estava perto do amanhacer, eu cheguei,  a essa altura a temperature havia caído muito, nevaria em breve, a clareira era linda, ainda banhada pela luz da lua, era um lugar incrível, um campo aberto, pequeno,  um pequeno circulo no meio da floresta, na verdade era círculo espaçoso, não sabia dimensionar,  agora banhado pela luz da lua, em volta daquele campo de flores, a floresta escura e medonha. Só pra constrastar mesmo

Forks... Por que esse lugar era tão estranho?

Eu me deitei na grama, meus cabelos estavam longos demais, pensei que teria de lavá-los e pentear tudo aquilo quando voltasse à casa de Charlie, ultra sonolenta, parabéns Bella Swan, sempre tão inteligente. 

Não sabia como eu podia ser uma das melhores alunas.
Não sabia.

Olhei a lua, estava admirando as estrelas, pela coloração que agora o céu tinha, eu sabia que a manhã cinzenta estava próxima, finalmente aquela noite acabaria.
A noite dos foras.
Não havia mais nada para mim em Forks. Eu precisava vir até aqui pra encerrar aquelas histórias pra sempre.

Que bom que foi assim. O que eu poderia dar a ele? A Jacob Black? Uma vida tranquila na reserva? Nunca... Eu seria uma cirurgiã em NY, alguém que veria a familia muito pouco, que veria a si própria muito pouco. Que faria um juramento sagrado, eu salvaria todas as vidas que pudesse, mesmo que jamais pudesse salvar a minha própria.

Que história triste, Bella Swan.
O pior é ser virgem. O pior com certeza. Minha vergonha.

— É, Bella Swan, agora provavelmente você morrerá virgem. — sussurrei pra mim mesma.
Suspirei de horror.
Olhei pro céu, eu iria embora assim que o dia amanhecesse.

O que Charlie pensaria de me ver chegando sorrateiramente àquela hora?

Eu estava completamente louca.

Enquanto o dia iluminava, a calma ia me atingindo, não seria o fim do mundo, eu conheceria alguém, provavelmente um médico, como eu, talvez... Ramon? Eu poderia lhe dar uma chance.

E então atrapalhando meus pensamentos eu senti que tinha mais alguém ali.

Meu instinto feminino, intuição, O sagrado feminino, o que quiserem chamar a força que faz com que todas as mulheres sejam sensitivas: Algo me dizia que tinha alguém muito perto.

Fiquei de pé me preparando.

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Notas finais do capítulo

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@swetiefeyre



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