— As vítimas são Elizabeth Cullen, Jennifer Garden e Mary-Ann St Austin. – Prentiss começou. – Mortas com um tiro cada.

— Isso parece a cena de um filme de terror. – Rossi comentou. – Bolo por todas as partes, taças e bebida pelo chão...

— Bem, a festa estava acontecendo quando ouviram um tiro e depois Elizabeth caiu morta. – Reid observou. – Ele deu mais dois tiros. Na Jennifer e na Srta St Austin. Parece que ele só queria essas três.

— Algumas das testemunhas se esconderam debaixo das mesas e disseram que viram um tipo de clarão quando o lugar só tinha as três. – Penelope disse. – Elas acham que poderia ser um flash de fotografia.

— Ele tira fotos das vítimas mortas. – Luke anotou. – Mais alguma coisa?

— Na verdade sim. – Pen pegou seu bloco de anotações. – Uma das garotas disse que Mary-Ann levou um primo para a festa. Ela disse que ele parecia muito velho para esses eventos, sem contar o fato que ele se destacaria no meio de todas as garotas.

— Ela disse qual era o nome desse homem? – Emily sorriu, vendo como Penelope se dava bem em campo.

— Sempre, chefe. – Ela sorriu e continuou. – Essa mesma garota disse que em um momento, ele decidiu ir embora, mas que ele estava na festa assim que os tiros terminaram. E ele nem parecia ligar. Muito menos para o fato que era a prima dele morta.

Julie entrou novamente em sua sala na delegacia. Fechando a porta, ela pegou o envelope de cima da pilha e o abriu, sorrindo para as fotos dentro dele. As três mulheres mortas, uma foto de Luke e Penelope juntos na noite anterior depois do expediente e uma de Penelope sozinha.

Ela a colocou na sua pasta e guardou o resto em sua gaveta trancada.  Julie sorriu digitando no computador algo que apenas ela saberia por um bom tempo.

— Oi, Chris, tudo bem? – Juliet segurou o telefone. – Tenho algo para você está tarde.

— Estou trabalhando, Jules. – Ele fechou um dos capôs de carro que ele estava consertando.

— Não posso esperar por isso. – Ela quase gritou. – Se não fizer, vou entregar para sua esposa as fotos da sua traição.

Pensando um pouco na esposa que estava esperando um bebê, ele decidiu fazer o que a prima queria mais uma vez.

Penelope e Luke estavam dirigindo um SUV particular até a clínica de planejamento familiar. Na noite anterior, ela finalmente contou a ele que estava esperando um bebê dele e Luke caiu a seus pés, beijando seu ventre.

— Luke, sente comigo? – Pen olhou para o noivo, quase com medo de ele ficar bravo. – Você deve ter visto que eu passei mal no briefing. E que tenho sido assim durante a semana toda, não é?

— Sim, e eu estou preocupado com você. – Ele a abraçou, sentindo que o que ela tinha para dizer era sério.

— Sei que pode ser cedo, mas eu estou grávida. – Ela resolveu contar de uma vez.

Luke ficou em choque, mas logo em seguida deslizou para longe da cama, ajudando Pen se levantar e caiu aos pés dela, beijando o ventre dela e sorrindo.

— Nem acredito que eu vou ser pai. – Luke sorriu enquanto Penelope também sorriu e colocava música no rádio. – Halsey?

— Eu tenho ensinado coisas boas. – Ela o beijou e o sinal ficou verde para eles.

Luke sorriu, olhando para o lado de Pen, mas seu sorriso se tornou uma carreta de horror enquanto o carro avançada sobre eles. Ele tentou de tudo para tirar o carro para longe.

Era tarde demais para isso. Luke e Penelope foram jogados com força quando o carro atingiu o lado de Penelope e eles rolaram, capotando.

Penelope sentiu sua cabeça dolorida enquanto olhava para Luke, e seus olhos se fecharam.

Emily correu com JJ para dentro do hospital assim que foram informados. Tara estava quase desmoronando. Spencer olhava para o nada enquanto tentava se impedir de pensar em fatos.

Matt estava com Kristy no telefone e prometeu ligar para Morgan. Rossi se sentou e começou a rezar.

— Ela está gravida. – JJ disse e viu todos os olhares ficarem sobre ela. – Luke e ela estavam dirigindo para uma consulta na clínica de planejamento familiar.

— Achei ela um pouco diferente essa semana. – Emily se sentou na cadeira da sala de espera.

— Com licença, vocês são os responsáveis pela Srta Garcia e pelo Sr Alvez? – Uma médica perguntou para os agentes. – Sou a Dra Madison Grey. Estou responsável pelos dois.

— Emily Prentiss. – Emily se levantou. – Somos meio que a família dela. O contato de emergência dela está voando para cá, já que o Sr Alvez está no hospital.

— Certo, ela disse que eu poderia compartilhar tudo com vocês. – Madison os acompanhou. – Ela e o bebê estão bem. Pelo o que parece, a senhorita Garcia está no terceiro mês, não no segundo. Vamos manter ela monitorada, mas queremos que ela fique pelo menos três dias aqui.

— E o agente Alvez? – Matt perguntou. – Ele está bem?

— Os dois tiveram uma sorte grande. – Ela deslizou a porta e revelou Luke sentado ao lado de Penelope. – Ele só teve alguns cortes na testa e um ferimento no braço. Parecia pior do que era realmente.

— Graças a Deus. – JJ entrou e abraçou Penelope o melhor que pode. – Nunca mais nos assuste assim, garota.

— Desculpe, não foi nossa intenção. – Ela se sentou e Luke assim como Rossi e Reid ajudaram Penelope a se sentar. – Mas de qualquer forma, estou feliz. A médica disse para vocês?

— Sobre o bebê? – Reid estava com os olhos brilhando. – Sim, ela já nos disse. E eu estou tão feliz.

— Estamos todos felizes, Garcia. – Rossi deu um beijo na bochecha dela. – Mas eu vou te deixar mais dentro da delegacia de qualquer forma.

— Eu nunca vou deixar o ado dela. – Luke sorriu. – O que aconteceu com o outro motorista?

— Morreu no local. – Tara disse. – Foi uma pancada forte e ele estava sem cinto.

— Acho que eu conheço esse cara, mas não consigo lembrar. – Matt disse, tentando de tudo para se lembrar. – Só sei que o vi.

— Bem, eu acho que de agora em diante, Penelope vai descansar no quarto de hotel dela e de Luke. – Emily determinou. – Não se preocupe, se precisarmos de você Alvez, mandamos JJ para cuidar dela.

— Obrigada. – Pen deu um sorriso. – Acho que agora os meninos poderiam desfrutar de uma boa noite enquanto as garotas ficam conversando sobre o chá de bebê.

— Posso ficar? – Reid estava sorrindo. – Eu realmente adoraria ajudar e eu acho que não conseguiria dormir sabendo que você está aqui.

— Você é mais do que bem-vindo, Spence. – JJ sorriu. – Mas Luke vai voltar para o hotel com Dave e Matt e dormir por lá.

— Sim, meu Mocca. – Ela bateu os cílios. – Eu não vou a lugar nenhum.

— Eu te amo. – Ele decidiu não discordar e foi para o hotel.

Enquanto a noite ia passando, Emily recebeu um email com o resumo da vida de Elizabeth. Algumas fotos dela beijando outra garota surgiram e ela percebeu que provavelmente Penelope havia programado para que os resultados fossem entregues em seu telefone.

Julie entrou dentro do necrotério assim que todo mundo foi embora. Pegando uma faca, ela fez um corte reto e comprido, pegando uma pinça para retirar um pequeno chip do corpo de seu primo.

Desligando as luzes e fechando a porta, ela retirou as luvas e saiu.

O dia seguinte iria render para toda a equipe, especialmente quando um segundo email com provas foi recebido por Emily, que estava dormindo na cadeira do hospital.