No fundo dos sonhos - Eddie Munson escrita por CherryBombIllusions


Capítulo 27
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Sentia um peso quente ao redor da minha cintura, ainda meio confusa abro os olhos e começo a reconhecer meu quarto. Movo-me lentamente mudando de posição, ficando de costas na cama, começando a me espreguiçar e noto uma cabeleira escura ao meu lado. Eddie. Sorrio quando recordo do nosso dia anterior: o surto, a declaração, sua carta, nossa conversa e a revelação de que sim, nós nos amamos.

— Bom dia flor do dia. - Sua voz estava mais rouca do que o normal e abafada pelo travesseiro. Sorrindo e acaricio seu cabelo tirando-o de cima do seu rosto, deixando-me ver seu sorriso um pouco escondido pelo travesseiro.

— Bom dia meu príncipe encantado. - Beijo seus lábios distraidamente e ele agarra minha cintura, arfo baixo com o toque da sua pele a minha.

Usava sua camisa do Queen e nada mais, além de uma das minhas calcinhas de personagens infantis, enquanto Eddie estava apenas com uma calça moletom cinza escura.

Deus abençoe meus olhos.

— Estou mais para sapo amaldiçoado, do que para príncipe encantado. - Espreguiça o corpo soltando um gemido de satisfação. - Como é bom se espreguiçar. Vem aqui. - Puxa-me para perto dele, colocando-me sentada entre as suas pernas enquanto abraça-me por trás, dando uma fungada em meus cabelos. - Eu amo seu cheiro.

— E eu amo você. - Viro meu rosto sobre meus ombros, pego sua bochecha depositando um beijo delicado ali.

— Agora você me ama e não tenho o porque reclamar sobre isso.

— Eu aprendi a amar. 

— Ou sempre amou e não sabia disso. - Ele dá de ombros com um olhar sugestivo em minha direção. Sorrindo nego com a cabeça e começo a levantar, verificando a hora percebo que já são 11h. 

— Só você para me fazer acordar tão tarde assim Edward. - Espreguiço-me em pé de costas para a cama, sabendo bem que a camisa do Queen ergue-se alguns centímetros deixando a mostra a polpa da minha bunda.

— O quê? - Seu olhar era confuso quando me volto em sua direção. - Me distraí com a sua bunda. - Sacode a cabeça dando risada e eu jogo a almofada em sua direção. - Preciso escovar os dentes. - Levanta-se também espreguiçando-se e eu apenas o observo descaradamente mordendo o lábio inferior, mesmo com todos os hematomas ainda era possível admirar a vista. - Para uma virgem você anda querendo muito senhorita Williams. - Muda o tom de voz, deixando-a baixa e sedutora, mas sei que ele esta apenas brincando.

— É o meu charme senhor Munson. - Seguro seu rosto, fico na ponta dos pé e deposito um beijo em seus lábios. Um selinho.

— Garota, você não sabe o quanto eu te amo... - Fala baixo agarrando minha cintura e aprofundando o beijo, fazendo-me sorrir entre seus lábios. Logo depois me solta, indo em direção ao banheiro para escovar os dentes.

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— Os pombinhos chegaram. - Senhor Wayne diz assim que descemos da van em frente ao trailer. Ele apaga seu cigarro e sorri. - Edward, por que não me avisou que seus amigos estariam aqui? Vieram me perturbar logo depois do horário de aula. - Aponta em direção a mesa de piquenique próxima ao trailer e ali estava todo o grupo do Hellfire, jogando alguma coisa que envolvia cartas.

— Desculpa tio, esqueci que tinha marcado com eles hoje. Dormiu bem velhote? 

— Velhote é teu cu garoto. - Responde da mesma forma que Eddie fala quando alguém o chama de Edward. - E sim, eu dormi. Olá Hazel, como está a minha mais nova nora? - Sorri e abraça-me lateralmente.

— Nora?! - Escutamos um coro de vozes gritarem confusas, uma por cima da outra. Todo Hellfire olhava em nossa direção confuso. Eddie animado, como uma criança com um novo brinquedo, pega minha mão e arrasta-me até a mesa onde todos estavam.

— E aí galera... Gostaria de apresentar para vocês minha namorada. Hazel esse é o Clube Hellfire. Hellfire essa é a Hazel. - Seu sorriso era tão grande, seus olhos brilhavam como de uma criança e suas mãos estavam em volta da minha cintura, segurando-me forte. Como se eu fosse uma conquista, que ele finalmente conseguiu ter.

Mal consigo ouvir meus pensamentos com tanta barulheira. Os meninos começam a cantar em uma língua completamente desconhecida por mim (por Deus, esses nerds estavam cantando em élfico). Fazem uma roda ao nosso redor e começam a pular e continuam gritando a música, que eu não entendo absolutamente nada. Mas sorrio encantada pela cena.

— Vocês são muitos nerds, meu Deus. - Falo rindo.

— Isso é o que acontece quando alguém arranja uma garota nesse grupo. - Lucas diz animado.

— Eu não tive esse ritual. - Dustin diz ofendido.

— É por que sua namorada não existe. - Todo o grupo fala junto, em uma só voz. Dustin abaixa os olhos e abre um bico gigante.

— Eu acredito em você Dustin. - Acaricio sua cabeça, deixando um abraço nele.

— Quem é você? Eddie o que você fez com ela?

— Agora, como namorada do Eddie, eu sou sua mamãe. - Sorrio maldosa, deixando todo o grupo cair em gargalhada, menos Eddie e Dustin.

— Eu não sou pai desse moleque xexelento!

— Esse idiota não é meu pai!

Os dois falam respectivamente, deixando agora que eu caia na gargalhada. Encaram-se com as sobrancelhas arqueadas e uma feição irritada no rosto.

— Dusty Bun? — Nosso riso é contido por uma voz feminina que, até então, é desconhecida por todos nós. - Você está aí Dusty Bun? - Apressado e com um sorriso vitorioso Dustin puxa o walkie talkie da sua mochila.

— Oi Suzie Poo. - Responde sorridente.

— Fiquei preocupada, você não me respondeu ontem. - A voz diz e deixa todo mundo chocado.

No fim, a Suzie realmente existe.

— Agora estou com alguns amigos Suzie Poo, falei deles para você.

— O Hellfire? Se meus pais escutarem sobre isso, eles me matam! - Seu tom era preocupado.

— Não acredito que o pirralho realmente namora. - Eddie fala assim que Dustin aperta o botão de comunicação, possivelmente a garota o escutou.

— Muito prazer Suzie namorada do Dustin. - A voz responde, deixando todos ainda mais chocados. Eu sorrio e pego o walkie talkie da mão do mais novo.

— Oi Suzie! Me chamo Hazel, sou namorada do Eddie, provavelmente você o conhece. Prazer em te conhecer! - Minha voz era animada.

— Não acredito que Edward finalmente a pediu em namoro! Dustin sempre me falou sobre a amizade de vocês. - Sinto o entusiasmo em sua voz e mordo o lábio envergonhada, estava acreditada que a garota não sabia da minha existência.

— Pra sua informação meu nome é Eddie! - Rouba o aparelho das minhas mãos.

— Edward é mais bonito. — Parecia dar de ombros para o surto do cabeludo. Ele apenas sorri em negação, mas logo seu sorriso aumenta.

— Suzie temos uma surpresa para você e Dustin. - Entrega o aparelho para o mais novo novamente e deixa o botão de comunicação ligado. Chama a todos do Hellfire em volta de Dustin e começam a cantar a música élfica mais uma vez. Eu estava ali pulando e gritando junto, mas eu soltava qualquer som que fosse similar ao que eles diziam.

Não presto para essas coisas de nerds. Meu namorado que me perdoe.

— O que foi isso?

— O ritual de namoro do Clube Hellfire, seja bem vinda! - Eddie grita e todos gritam juntos. Dustin tinha o sorriso mais aberto que alguém poderia ter nos lábios.

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— Então vocês estão namorando agora... - Robin tinha um sorriso aberto nos lábios. 

Encontramos com ela e Steve durante um passeio ao redor da minha vizinhança, Robin morava alguns casas longe da minha. Depois de passar o dia ao lado do Hellfire e Dustin ter provado que sim, sua namorada realmente existe, Eddie trouxe-me para casa. E como ainda o sol não se pôs, decidimos dar algumas voltas pelas ruas do meu bairro.

— Uau, isso é uma ótima noticia. Mas estranhamente eu não estou surpreso. - Steve diz dessa vez, erguendo a sobrancelha de forma conformada. - Estou feliz por vocês, achei que nunca iriam se render ao amor.

— Tive alguns empurrãozinhos pelo caminho. - Sorrio de lado e ficamos conversando mais um pouco. Amanhã já era festa de Steve e o topetudo parecia muito ansioso, convidou boa parte do colégio, já que seria uma espécie de despedida pela nossa formação.

— Eu espero vocês lá! - Animado ele e Robin despedem-se de nós e seguimos nosso caminho, passando pelas casas. Distraidamente acabamos passando em frente a casa de Max, encontrando a ruiva fazendo algumas manobras na rua.  

— Hazel! - Grita meu nome animada e imediatamente faz uma careta de culpa, olha em direção a casa e aproxima rapidamente de nós dois. - Tudo bem? Como você está? Eddie e você?

— Me recuperando. - Ele sorri para a mais nova, tentando deixar ela mais calma.

— Ai que bom, sinto muito por aquele dia e-eu... Não queria que acontecesse nada e assim que soube, ia atrás para avisar a Hazel, mas Billy trancou-me dentro do carro. - Ela estava nervosa e gaguejava minimamente, desviando o olhar de nós dois. Sorrindo seguro gentilmente seus ombros, obrigando-a me encarar.

— Está tudo bem Max, você não tem culpa de nada. - Minha voz era calma. - Eddie e eu estamos bem.

— E namorando. - O cabeludo sorri satisfeito atrás de mim. A ruiva arregala os olhos. - Ela cuidou de mim naquele dia e a gente se beijou. Seu irmão poderia ter me batido antes. - Brincalhão ele tenta mudar a expressão da garota, mas parece que ela se assustou ainda mais.

— Você acostuma com o jeito dele, eu juro. - Sorrio entre os dentes e ela solta um risada frouxa, porém mais calma.

— Fico feliz por vocês dois, fazem um casal muito bonito. - Sorri para nós e retribuímos. Olha preocupada em direção a casa e nos encara apreensiva. - Acho melhor vocês irem. Billy esta em casa e ele não está feliz com o que a Hazel fez com Liam.

— Manda uma recado para seu irmão: eu quero que ele vá chupar as bolas do Liam com sabão. - Pisco em sua direção, fazendo ela soltar uma gargalhada escandalosa.

Nos despedimos de Max, assegurando novamente que estava tudo bem, e seguimos em direção a minha casa. Assim que adentramos mamãe estava correndo de um lado ao outro, pegando várias coisas espalhadas pela casa. Como sempre Tania Williams estava atrasada para o trabalho.

— Quer alguma ajuda mãe? - Observo ela correndo pela sala com uma mochila nas costas.

— A chave do carro onde está? Ah, oi Edward! - Cumprimenta-o rapidamente e começa a jogar as almofadas para longe do sofá. - Estou atrasada para meu turno.

— Serve essa? - Ergo a chave do carro, que estava em cima da pequena mesa ao lado da entrada, onde sempre fica. Suspirando derrotada mamãe vem em minha direção e toma o molho de chaves da minha mão.

—Obrigada querida, amo vocês! - Abre a porta, mas volta-se em nossa direção. - Hoje vou precisar fazer hora extra ok? Então farei o turno de doze horas e mais quatro horas extras. Tenham juízo vocês dois. - Sorri travessa e sai em direção ao nosso carro. Boquiaberta encaro a cena. - Ah e não esqueçam de usar camisinha. - Minha boca escancara ainda mais.

— Mãe! - A repreendo vendo ela abrir a porta do motorista e saindo rapidamente.

Essa mulher ainda vai acabar comigo.

— Caramba, acredita que eu esqueci a camisinha? - Eddie bate a mão na testa brincalhão. Apenas rio desacreditada desses dois. - Estou brincando amor. - Abraça-me por trás, nos encaminhando até a cozinha.

— Fome?

— Sempre gata. - Solta-me assim que entramos no cômodo, começo a vasculhar o que tem dentro da geladeira e encontro uma lasanha congelada.  Ergo-a para ele e vejo o cabeludo erguer os dedos positivamente. 

— Estou com preguiça de cozinhar. - Ligo o forno e deixo-o aquecendo.

— Se você fizer pedra com molho eu vou adorar Hazel. - Liga o rádio em cima do balcão, deixando na sua estação favorita, Like a Hurricane do Scorpions tocava. - Eu não vou deixar na música de garotinha que você adora.

— Amor é sobre ceder Eddie. - Sorrio sapeca.

— Eu cedi muita coisa na minha vida por você. Lembra do show que fomos juntos? - Pensativa me recordo do show de uma banda qualquer da cidade fez, homenageando todas as músicas da banda ABBA, que fomos a alguns meses atrás. Aquilo foi uma verdadeira tortura para o metaleiro. - Ai está. Viu, agora você vai ceder meu gosto musical.

— Já suporto há dez anos, o que é toda a eternidade? - Coloco a lasanha no forno e ligo o cronometro, ajeitando-o para tocar daqui vinte minutos. - Em vinte minutos a lasanha está pronta. 

— Acho que vou tomar um banho, será que dá tempo? - Olha-me confuso.

— Você toma banho em menos de vinte minutos?

— Óbvio. - Dá de ombros.

— Então dá tempo, seu idiota. - Viro os olhos desacreditada em como esse homem conseguiu chegar ao ensino médio. Aliás, ele não nem se quer saiu.

— Me respeita mulher. - Dá um tapa estalado na minha bunda, deixo escapar um grito assustado e ele me cala com um beijo. Prensando fortemente nosso lábios e segurando minha cintura.

— Te vejo em vinte minutos então senhorita Williams. - Sussurra em minha orelha, deixando uma mordida leve no lóbulo. Um arrepio passa por todo meu corpo e imediatamente recordo-me desses lábios passando pelo meu corpo.

Combustão. Chamas. Fogo. E borboletas no estomago.

— Ok senhor Munson. - Fala entre ar.

Correndo e com um sorriso no rosto ele vai em direção as escadas, sumindo do meu campo de visão. Mordendo o lábio apreensiva, espero alguns minutos e escuto o som do chuveiro. Rapidamente subo até o quarto de mamãe, pegando algumas camisinhas em sua cômoda e as guardando no criado mudo ao lado da minha cama.

Não que eu acredite que algo vá acontecer hoje, mas é melhor prevenir do que remediar. Não é mesmo? 

Desço as escadas novamente e começo a ajeitar a ilha no meio da cozinha para jantarmos. Faço um suco de frutas vermelhas e aguardo pelo cabeludo. Alguns minutos antes da lasanha estar pronta ele aparece: cabelo úmido, usando a mesma calça de hoje de manhã e sem camisa. Tranco a respiração o encarando, distraído do meu olhar, ele tira a carteira de cigarro e um isqueiro do bolso.

— Haz eu vou lá f... O que foi? - Pergunta ao perceber meu olhar em sua direção. - Esta tendo um derrame? - Imediatamente balanço a cabeça e desvio o olhar.

— Para de ser idiota Eddie, apenas me distraí.

— Sei... - Encara-me sugestivo, mas logo abaixa a cabeça negando levemente. - Eu vou fumar lá fora ok? Já volto.

— Sem problemas, assim que voltar a lasanha já vai estar pronta. - Sorrio e ele concorda, seguindo para a porta que leva aos fundos da casa. Respiro fundo.

É melhor a virjona começar a se controlar.

O timer apita e começo a tirar a lasanha fumegante do forno, deixando dois grandes pedaços nos pratos que dispus em cima da ilha. Ajeito-me na bancada e espero por Eddie.

— O cheiro esta ótimo. - Fala enxugando as mãos na calça. Deposita um beijo carinhoso em minha bochecha e senta ao meu lado. - Estou morrendo de fome.

— Você sempre está com fome Ed. - Faz um som de concordância e começamos a comer. Ficando em silêncio por algum tempo, apenas com o som do rádio, não era nada perturbador, era um silêncio aconchegante e carinhoso. Deixando nós dois a vontade. Eddie deixa sua mão pousada em minha coxa durante todo o tempo, sem malicia, apenas como um carinho. E as vezes cantava baixinho as músicas que ele conhecia. E eu deixo a minha mão sob a sua, apertando-a de vez em quando.

Arrumamos a cozinha, limpando toda a pequena bagunça e vamos para meu quarto. Decido por mim que quero tomar um banho e deixo o cabeludo deitado na minha cama, enquanto ele lia Senhor Dos Anéis pela enésima vez (sendo o único livro, com exceção dos livros de D&D, que ele lê fielmente). No banho decido em não lavar meu cabelo, já estava tarde. Esfregava a esponja e meus pensamentos voam longe enquanto sentindo a água escorrer pelo meu corpo.

Encaro o cômodo rosa bebê ao meu redor tentando buscar alguma sanidade, mas minha mente leva-me novamente para a noite que começou tudo isso. A noite do acordo. Meu corpo abastece de uma chama flamejante. Decidida termino o banho, coloco a calcinha e enrolo-me na toalha, prendendo-a ao redor do meu corpo, respirando fundo para ter coragem, deixo o cômodo rosa bebê e adentro meu quarto novamente. Eddie continua na mesma posição, lendo o livro concentradamente encostado na cabeceira da cama, com vários dos meus bichinhos de pelúcia ao seu redor.

— Haz o que você ac... - Sua voz some assim que me olha apenas de toalha parada no meio do quarto. - Você está bem? - Desce alguns tons preocupado, provavelmente por que eu deveria estar mais vermelha que um tomate.

Sinto minha garganta fechar de ansiedade e aperto a toalha ao meu redor, na esperança de salvar o resto de sanidade que ainda habita em mim. Mas só uma coisa poderia me salvar nesse momento. Minha entrega total.

Fecho os olhos bem apertado e tomo coragem. Deixo a toalha cair no chão.

Sinto o ar frio ao meu redor e percebo que meus mamilos endurecem com o contato da temperatura. Abro meu meus olhos e o observo. Ele lentamente admira-me, levanta-se da cama e caminha em minha direção. Seu olhar percorre cada centímetro trêmulo, parando por mais tempo sobre meus seios e para sobre meu sexo escondido atrás de uma calcinha preta, o comprimento das minhas pernas nuas. Luto contra o instinto de me cobrir com as mãos, consciente que ele jamais deixaria eu voltar atrás. De me esconder dele. Ajeito minha postura, orgulhosa pela minha atitude, desafiando-o a seguir em frente.

Porém ele não se mexeu. Na verdade ele não fez nada. Sinto o ar carregado com meu desespero, mas logo sua voz soa gutural, saindo do fundo da garganta rouca, com um fiapo de suplica.

— Se eu atravessar essa distância você não vai fugir de mim. Você tem certeza disso Hazel? Por que sinceramente, não sei se vou conseguir me segurar. Por que quero te foder ardentemente. - Estremeço com suas palavras, mas meu corpo apenas implora pelo seu. Para que ele me mostre tudo o que pode me oferecer, sem poupar nada. Observo sua ereção pressionando a calça moletom, seus músculos estavam tensos e preparados para o abate.

— Por que eu fugiria? Eu sou sua Eddie, essa noite e todas as outras eu serei totalmente sua. - Escuto ele soltar um palavrão e acaba com a distância entre nós dois.

Sua boca toma a minha em um beijo avassalador, sua língua adentra rapidamente e eu me entrego a sua dominância. Gemo em seus lábios, absorta com seu gosto, seu cheiro e o calor da sua pele encostada em meus seios.

Sem perder tempo Eddie abaixa-se e levanta-me, enrosco minhas pernas com força ao redor da sua cintura, enquanto ele nos encaminha até a cama, sem jamais separar nossas bocas. Meu corpo estava flutuando no oceano, extasiado, pedindo por mais. Coloca-me gentilmente na cama e retira minha calcinha, ficando sobre meu corpo. Meus mamilos estavam duros e pontudos de excitação.

Com uma satisfação escancarada Eddie afasta minimamente e sorri, deixa minha boca para trás e começa a traçar uma trilha de beijos descendentes em direção a minha barriga. Sinto um gelo de nervosismo e o encaro no mesmo momento que ele ergue o olhar em minha direção, praticamente pedindo permissão. Arfando assinto e imediatamente arqueio a coluna ao sentir sua boca esfregando em meu intimo. Suas mãos seguravam minhas coxas trêmulas, deixando que o calor iminente do meu corpo entrar e contato com o gélido dos seus anéis. Sinto-o lamber e chupar meu clitóris, até que levo minhas mão em direção a sua cabeça e seguro seu cabelo de forma desajeitada, entregando-me por completa. Sinto meu interior começar a se retorcer de uma forma prazerosa, já não tinha mais controle dos meus gemidos. Ele manteve a sucção para prolongar meu orgasmo, segurando fortemente minhas coxas ele lambe a abertura do meu sexo e eu grito de prazer. Levanta a cabeça sorrindo satisfeito. 

— Isso minha princesa, se chama orgasmo e esse é apenas o primeiro de muitos que vou dar para você. - Levanta-se tirando a calça e percebo que o maldito esta sem cueca. Chocada observo-o a minha frente nu pela primeira vez. 

A primeira de muitas. Gemo com suas palavras sujas, movo-me sorrateira na cama sorrindo maliciosa em sua direção. Eddie devolve o sorriso.

— Você tem camisinha não é? Por que eu realmente não trouxe. - Ri descontraído e aponto para o criado mudo ao lado da cama. Pega uma embalagem e me olha. - Você não está com medo não é? -  olho de cimo a abaixo lentamente, firmando meu olhar em seus olhos.

— Sinto muitas coisas agora Edward, mas nenhuma delas é medo. - Sua íris expande deixando todo seu olho escuro, flamejante.

Rasga a embalagem e coloca em si mesmo, ajoelha-se entre minhas pernas, admira a visão por alguns segundos antes de deitar-se sobre meu corpo. Com um grunhido baixo ele começa a dar leves beijos em meu pescoço, deixando arrepios em todo o meu corpo. A suavidade dos seus lábios descem até meus seios, abocanhando o direito primeiro, enquanto massageava o esquerdo. Minha respiração falha, ficando presa em meus pulmões, e tudo o que faço é dar pequenos suspiros. Arqueio-me quando começo a sentir o reboliço interno novamente, pronta para explodir, mas ele dá uma risada sexy e aproxima os lábios do meu ouvido.

— Ainda não, Hazel. Não até eu estar dentro de você. - Delicadamente ajeita minhas pernas ao redor dele e olha meu corpo. 

Agito-me com a energia sexual que seus olhos me passam, os meus imploram para que ele me tome de uma vez. A sua ereção estava bem a postos, pronta para entrar. Cerro os punhos no lençol e passo a imaginar se explodiria quando ele me penetrasse.

Seu olhar era fulminante em minha direção.

— Pronta? - Deita-se sobre meu corpo, apoiando-se em seu cotovelos, deixando uma distância mínima entre nossos rosto. Sorrindo nervosa afirmo e mordo o lábio inferior. - Vai doer, não vou mentir. Mas me diga se eu te machucar, por favor. - Seus olhos me encaram carinhosamente e eu simplesmente derreto de amor.

Sem medo sinto ele me penetrar lentamente. A dor estava ali, não era incomoda, mas também não era agradável. Uma dor aguda. Prendo a respiração já sem folego, prendo minhas unhas em sua costas e tento processar a sensação avassaladora que é Eddie dentro de mim. Devagar a dor passou a diminuir e dar lugar a uma sensação mais amena, uma sensação de preenchimento. Minhas mãos sentem o suor do seu corpo e ele encaixa o rosto em meu pescoço, ficando acomodado ali.

Ele começa a mover os quadris lentamente, promovendo uma deliciosa fricção no meu intimo e indo cada vez mais fundo conforme acelerava o movimento. O calor intensifica-se e eu não sinto mais dor, só uma sensação maravilhosa de prazer que emana em cada centímetro do meu corpo. Enfio ainda mais as unhas em suas costas e levanto meu quadril, deixando-me ainda mais vulnerável. Mordo meus lábios retardando meus gemidos, enquanto isso meus ouvidos eram deliciados pelos gemidos roucos dele. Começo a sentir meu corpo convulsionar internamente e a sensação começa a ser excruciante, milhões de vezes melhor e mais profunda do que a anterior.

— Eddie... Eu preciso, ai, por favor. - Falo entre respirações e sem ar. Sinto ele levantar o rosto do meu pescoço e encarar-me profundamente.

— Exatamente assim Hazel...

Faz um movimento que atinge outro ponto dentro de mim e então perco tudo. Começo a sentir espasmos em todo o meu corpo. Estava no limiar do meu gozo, de olhos fechados e consigo sentir seu olhar sobre minhas expressões, apenas se deliciando do que ele estava me proporcionando. Ele estende o prazer até que as convulsões agitassem e sugassem toda a energia do meu corpo. Escuto um ranger seu e então um grito gutural saindo de sua boca, ele também atingiu seu máximo.

Quando nossos corpos se acalmam e com nossas respirações ainda agitadas, abro os olhos e sinto-o se retirar de mim, jogando no banheiro a camisinha e voltando a ficar do meu lado. Deitando-se e me ajeito nele repousando minha cabeça em seu peito, contornando meu indicador em sua tatuagem no antebraço.

— Uau. - É só o que eu digo.

— E isso meu amor: é sexo com Eddie Munson.


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