Capítulo 23

Por algum tempo eu não consegui dizer nada, e Jacob apenas ficou do meu lado. Eu tinha comigo a pior sensação do mundo, e faria de tudo para que ela fosse embora. Quando eu consegui ficar de pé, não o fiz. Na verdade, eu apenas me sentei e abracei Jacob.

- É tudo minha culpa... Se eu não tivesse ido embora e ficado com você... – Jacob disse e eu discordei.

- Não é culpa sua Jake. Simplesmente aconteceu... Eu... – Eu não consegui dizer mais nada, e do abraço parti para os lábios dele.

Eu me sentia segura nos braços dele. Eu me sentia bem quando o beijava. E só o beijei brevemente e caí e seus braços de novo, me sentindo confortável.

- Vai ficar tudo bem... Vou sempre estar ao seu lado. Sempre... – Ele disse beijando minha testa.

- Eu quero dormir Jake. Só quero dormir e esquecer tudo... – Eu disse me aninhando no corpo dele. – Me leva pra cama.

Jacob apenas se levantou e me levou até meu quarto no colo. Ele me colocou na cama e me cobriu, beijando minha testa.

- Fica Jake. Não quero que você vá... Preciso de você aqui para conseguir dormir... – Ele assentiu silenciosamente e entrou nas cobertas do meu lado, passando o braço ao meu redor.

- Você é a melhor parte do meu dia. – Eu disse beijando sua boca.

- Nunca vou me perdoar... Foi tudo minha culpa. – Eu podia sentir a mistura de dor e culpa na sua voz.

- Você chegou a tempo Jake... Poderia ter acontecido coisa pior. E quer saber? Não importa. Não importa por que você está aqui, e temos que aproveitar todos os momentos que possamos ter juntos.

- Eu nunca mais vou deixar você sozinha entendeu? Por você, eu deixo pra lá as rondas, o Sam e tudo mais... Você é mais importante do que todos eles... – Eu sorri e ele sorriu de volta.

- Eu te amo Jacob...

- Eu também te amo Letícia... – Ele disse encostando os lábios nos meus.

Como sempre, o beijo começou calmo. Aqueles lábios quentes me faziam sentir como se nada mais importasse, como se tudo fosse ficar bem. Então o corpo dele passou para cima do meu com cuidado para que sue peso não me machucasse.

Ele separou a boca da minha e mordeu carinhosamente minha orelha, depois começou a beijar meu pescoço.

- Nós vamos mesmo faze isso? – Ele disse aproximando os lábios novamente dos meus.

- Com certeza.

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- Alec. – Eu disse. Minha voz estava sem vida, e demonstrava o medo que eu estava sentindo.

- Como vai... Sente saudades de mim? Querida... – Ele disse dando um passo para mais perto. Eu queria recuar, mas estava com tanto medo que não conseguia me mover. O jeito com que ele disse “querida” foi horrível. Foi ameaçador... Foi sarcástico demais.

- O que está fazendo aqui? – Eu disse tentando me recuperar do choque.

- Vim fazer uma visita para minha Volturi predileta... – Ele deu um passo em minha direção e eu dei um passo para trás.

- Eu não sou uma Volturi. – Eu disse entre dentes.

- Ser Volturi é para sempre Letícia... Você escolheu. – Eu me senti apavorada, e a cada passo que ele dava em minha direção eu recuava um.

- Sai daqui Alec. – Eu disse ameaçadoramente. Mas o que uma humana como eu poderia fazer contra ele?

- Ou você vai fazer o que? – Ele disse agarrando meu pulso com força.

- Me solta, você está me machucando.

- Exatamente, você não vai fazer nada. Por que você é só uma humanazinha idiota, e eu faço o que eu quiser com você, entendeu? – Eu não ousei o contrariar ou me mexer, eu apenas fiquei parada, com medo do que ele poderia fazer comigo. – Agora, que tal agente brincar um pouquinho em? Como nos velhos tempos... – Ele sorriu e de repente me beijou.

Eu tentei me soltar dele, mas ele era mais forte do que eu. Eu tentei de todos os jeitos me soltar, mas ele não deixou. Então eu desisti e só deixei que ele me beijasse. Quando ele tirou a boca da minha, ainda segurava o meu pulso com força.

- Eu sei que você gosta Letícia... Você gosta por que é isso que você é, uma cachorra! – Ele gritou passando a mão pelo meu corpo e me beijando de novo.

- Me solta! – Eu gritava e ele ria de mim, apertando meu pulso com mais força.

- Que isso... Vamos brincar mais um pouquinho... – Eu já estava chorando a aquela altura, então com um movimento rápido ele rasgou minha blusa, me deixando só de sutiã. Eu me senti mais apavorada ainda, e tive medo do que ele poderia fazer comigo. – Sei que você gosta... Dá pra ver nos seus olhos... Dá pra ver nos seus olhos. E você também está com medo. – Ele sorriu ao perceber sua descoberta e então ele começou a passar a mão por toda a extensão do meu tronco, parando nos meus seios.

- ME SOLTA ALEC! – Eu gritava e tentava me soltar dele.

- Que isso, nossa brincadeira está só começando. – Ele me olhou de cima abaixo e soltou uma gargalhada. – Gostei dessa sua bermuda... Fica bonita em você... Mas acho que você deve ficar bem melhor sem ela. Sabia? – Ele rasgou minha bermuda me deixando também só de calcinha e eu comecei a gritar. – Cala a boca! – Ele me deu um soco na cara e eu senti o sangue escorrer pela minha boca.

Eu não disse mais nada, só deixei as lágrimas rolarem e rezei para que Jacob chegasse logo. Então eu o senti me derrubando no chão, o corpo dele em cima do meu.

- Por favor... – Eu chorava.

- Sempre quis te ver assim sabe... Só que eu imaginava você sorrindo nesse momento. – Ele riu maleficamente e então o telefone tocou. Ele pegou o telefone e atendeu.

- A Letícia está ocupada no momento... Quer deixar um recado?

- Quem fala? – A voz do outro lado disse e eu reconheci como a voz de Jacob.

- Não interessa quem fala... Quer deixar um recado?

- JACOB! ME AJUDA JAKE! – Eu gritei e Alec tampou minha boca.

Eu esperava por ele, mas ele não chegava...

Eu acordei sem ar e gritando a plenos pulmões.

- NÃO ALEC! JAKE POR FAVOR, ME AJUDA!

Ao meu lado, Jacob me abraçava forte, tentando fazer a dor passar.

- Calma amor, foi só um sonho ruim... – Ele dizia beijando meu rosto enquanto eu chorava.

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Os dias se passaram, e Jacob fazia tudo o que podia para estar ao meu lado. Ele tentava faltar as rondas e a todos os planejamentos, só para ficar comigo. Muitas vezes ele simplesmente tinha que ir, e então me deixava com um dos lobos. Eu nunca ficava sozinha, e só saía de La Push ás vezes para ir à casa dos Cullen.

Os amigos de Carlisle já tinham chegado, e eu confesso que tinha medo da maioria. Bella com seu poder de “escudo mental” ajudaria na batalha, e os outros a treinavam. Renesmee crescia cada vez mais a cada dia que passava.

Alice não tinha voltado, e a neve já tinha começado a cair. Ontem tinha começado a nevar, o que significava que logo os Volturi chegariam.

O meu incidente com Alec foi praticamente deixado de lado, depois de muitas noites com pesadelos e Jacob acordando ao meu lado.

- Oi amor... Desculpe a demora. – Jacob disse entrando na minha casa e beijando os meus lábios. É claro que eu não estava sozinha, Quil estava comigo.

- Hey, Quil, agora já pode ir... – Quil riu sarcástico e se levantou do sofá.

- Essa coisa de ser babá cansa... – Ele jogou uma almofada em mim e eu a joguei de volta. – Bye. – Ele piscou e oi embora.

Jacob se sentou no sofá e eu me sentei no colo dele, enquanto ele passava a mão em meus cabelos.

- Agente tem que ir. Agora. – Jacob disse de repente.

- O que?

- Edward disse que seria amanhã... Ele viu pela visão de Alice. Temos que ir... Agora. – Eu me assustei e agarrei o pescoço dele.

- Agora não Jake... Não podemos ir mais tarde?

- Só um pouco mais tarde não temos muito tempo.

- Sabe, eu não sei o que vai acontecer amanhã. Mas só sei que quero que você me faa sua mais uma vez Jacob... – Ele sorriu e me beijou.

- Seu desejo é uma ordem. – Ele colou os lábios no meu.