The Hurting. The Healing. The Loving. escrita por Minerva Lestrange


Capítulo 31
Capítulo 31




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Wanda preferiu não voltar à casa da Bruxa naquele dia. Estava claramente tentando colocar a cabeça no lugar e entender o que aconteceu. Então, usaram nomes e identidades falsas providenciadas por seus poderes ilusórios e encontraram dois quartos vagos em um hostel da pequena cidade de Tanier, depois que parte dos turistas foram embora. 

Ela havia se recolhido durante todo o dia e, depois do jantar, que eles comeram separadamente em seus respectivos aposentos, Bucky desligou a TV e subiu até o terraço no último dos sete andares do hostel. Por ser tão interiorana, a cidade era mais silenciosa e escura do que o normal, o que apreciava. 

Deitado sobre uma das caixas d’água embutidas com as mãos juntas sobre a barriga, podia fechar os olhos e apenas apreciar como tudo parecia relativamente em paz ao seu redor, embora não estivesse, de fato. Seu instinto mandava que sempre ficasse alerta a qualquer ruído, mas, estranhamente, depois de encontrar a cabana totalmente destruída, tudo parecia quieto lá fora. 

Ao menos ali, naquele terraço inabitado e completamente sujo pelos dejetos de pombos e outros pássaros, parecia haver alguma promessa de paz, embora isso soasse quase como uma ilusão de sua mente. Ignorando as estrelas no céu sem muitas nuvens, pouco agasalhado para a brisa fria do outono, pois era inaturalmente resistente ao frio, fechou os olhos e tentou fazer a mente desacelerar e se distanciar de tudo o que aconteceu naquele dia, mas parecia impossível, como se fosse diretamente afetado - o que não deveria ser. 

Além disso, foram segundos até seu cérebro altamente treinado detectar o ruído de passos na escada de emergência e voltar a agir como se estivesse em uma maratona, imaginando cenários, procurando saídas e voltando à inconsequência, que fazia mais parte de Bucky do que qualquer outra coisa. Ou não teria caído para a morte naquele desfiladeiro, nem sido esfaqueado por uma adaga envenenada, que quase o levou à morte, como Wanda fez questão de apontar. 

Agora, tão inconsequentemente quanto, a ouvia fechar a porta do terraço e se aproximar de maneira silenciosa, mesmo que não fizesse nenhum esforço para tanto, antes de se sentar logo ao seu lado. Não tinham conversado muito naquele dia, pois Bucky sabia que ela precisava processar sozinha o que acontecera e, certamente, não tinha se esquecido que ele dissera que estava na hora de partir  - especialmente para deixá-la seguir a própria jornada. Precisava ao menos tentar deixar claro - para ela, para ele -, que não tinha qualquer dever sobre o bem-estar dela e não podia viver seu restante de vida em sua função. 

Por isso, respirou fundo e abriu os olhos, visualizando primeiro as estrelas e, muito abaixo, os fios ruivos escorrendo pelas costas dela, agora sem boné. Deveria fazer sua mente trabalhar em algo mais prático ou dissolveria em ansiedade e estresse por dentro:

— Como… - Piscou, pensando por um instante. - Sprite sabia sobre o ataque?

— Sprite não é uma simples garota, que acompanha a Bruxa Branca… Apesar da aparência. Ela é um Eterno. - Ela explicou após respirar fundo. Franziu o cenho em estranhamento, pois nunca havia ouvido aquele termo naquele contexto e a ruiva pareceu entender o questionamento intrínseco ao silêncio que obteve em resposta. - É claro que ela não me contou, mas a energia que a rodeia é pesada, centenária, como se tivesse presenciado muito, entende? Eu apenas juntei uma coisa à outra, fiz algumas pesquisas e… 

— Certo… O que é um Eterno? - Wanda se virou para encará-lo brevemente, as luzes de Tanier responsáveis por poder vê-la levantar uma sobrancelha.

— São como… Deuses. Foram criados por seres celestiais para protegerem a Terra de certas ameaças e também… Meio que auxiliarem os humanos a evoluir tecnologicamente. - Bucky piscou, assimilando isso. Porquê tudo ao seu redor parecia estar se expandindo de forma incontrolável? Quando foi criado, tudo era apenas sobre conflitos humanos e as consequências da Segunda Guerra Mundial, os interesses eram mais palpáveis e faziam mais parte dos jogos políticos do que dos divinos. - São imortais, vivem há séculos entre os humanos. 

— Por isso comentou que Sprite era algo mais “antigo”. - Se sentou num impulso. - Que tipo de poderes esses Eternos possuem?

— Não existe exatamente uma biblioteca sobre um grupo que vive camuflado entre os humanos. - A ruiva disse num tom condescendente que, em muito, o lembrava Sam, mas ela se apoiou nas mãos atrás de si e respondeu, também parecendo distraidamente examinar a noite. - Minhas fontes sugerem que são diversos tipos de poderes, alguns mais específicos, outros mais genéricos, então, não dá para ter certeza sobre as habilidades reais de Sprite. 

— Ainda assim… Não explica como ela sabia sobre o ataque. - Apontou, quase inutilmente. 

— Não, não explica. - Observou o perfil mal iluminado pelas luzes da cidade por um instante, recusando-se a perder no brilho sombrio dos olhos dela novamente. 

— Porquê não quis confrontá-la? - Isso chamou a atenção de Wanda para ele, novamente. 

— Ainda preciso delas, Sprite e a Bruxa. E, caso tenham algo a ver com tudo o que está acontecendo, o que não acredito… Pode ser útil ter mantido os inimigos por perto. 

Ela deu de ombros e Bucky concordou com um breve aceno. Também não acreditava que aquela dupla estava diretamente relacionada aos ataques à Wanda, ainda que a senhora tivesse avisado de antemão que deveria ficar longe da ruiva. Agora, internamente concordava com o recado, antes estranho e questionável, além da última sugestão de Sam: ele não precisava disso e, talvez, nem pudesse lidar com isso. Deus, gostaria que não tivesse chegado ao ponto de começar a questionar qualquer decisão que a envolvesse. 

— É uma ótima filosofia. - Se colocou de pé, apertando levemente o joelho dela. - Vou descer, foi um longo dia. Te vejo amanhã. 

— Ei. - Os dedos dela alcançaram seu pulso, parando-o a menos de dois passos dela. - Podemos conversar? 

— Já estamos conversando. 

Viu um sorriso amargo crescer no canto dos lábios dela, mas a mão não deixou seu pulso, infiltrando-se sobre a luva, logo abaixo da manga de sua jaqueta pesada. Esperava que ela não pudesse sentir o sangue correndo mais rápido em suas veias através de seu pulso, pois quase sentiu a necessidade de ajustar a postura. 

Não imaginava que Wanda iria querer, de fato, conversar sobre o assunto. Imaginou cenários onde ela o ignoraria até não ser mais possível fazê-lo porque chegaria o momento de realmente partir, mas não tinha se preparado para uma conversa. Não de verdade, não todo um diálogo sobre suas razões para querer partir. 

Por fim, como se o silêncio dissesse tudo o que precisava, ele voltou a se sentar ao lado dela, que apenas o acompanhou com os olhos, sem qualquer cerimônia, embora parecesse pesar cada palavra, o que o deixava ansioso. Com Wanda, se sentia sempre em desvantagem, pois não era claro o que se passava pela mente dela. Involuntariamente ou não, a ruiva escondia muito dentro de si para o seu próprio bem e, ainda que isso fosse compreensível, assolava todas as suas preocupações quanto a ela. 

— Sabe… Às vezes… Acho que tenho certeza sobre minhas convicções, minhas escolhas… - Ela elaborou lentamente, distraída no movimento etéreo de seus dedos. - Há esses dias em que tenho certeza de quem eu sou, do meu potencial, e do que devo fazer para alcançar o que eu quero, mas… Ao mesmo tempo, tenho tanto medo de dar o próximo passo que… Toda essa certeza de que este é o caminho certo se desvanece muito rápido e eu fico… Paralisada. 

Bucky sabia sobre o que ela estava falando. A investigação quanto ao seu passado, o objetivo de compreender a si mesma e todo o peso para o que foi forjada em magia antiga, a utilização do Livro dos Abandonados e, por fim, a recuperação de sua família. 

— Bem… A hesitação é o sentimento mais humano que se tem. É irracional não sentir medo do desconhecido, do perigoso, pular para um precipício sem pensar duas vezes em nome de algo… - Garantiu a ela. - Mesmo que haja um propósito. 

Especialmente, porque ele sabia como era se distanciar de seus instintos mais humanos. Se lembrava da sensação linear e fria de viver sob a pele do Soldado Invernal. Ele não era irracional, era lógico, calculista e não temia por sua vida. Possuía apenas um objetivo: concluir a tarefa e conservar a si mesmo, mas apenas para seguir à tarefa seguinte. Era como se tivesse perdido tudo aquilo que o fazia ser humano e, por isso, Bucky sabia quão importante era o ‘pensar duas vezes’, ter calma para analisar algo e poder decidir com cautela - por quase cem anos, isso não fez parte de sua vida. 

Mesmo quando era, meramente, um sargento na Segunda Guerra Mundial, sob todo o choque da adrenalina, ante o brilho de bombardeiros gravados para sempre em suas íris e o ruído alto de granadas explodindo sob o chão molhado ao redor enquanto os dedos recarregavam e puxavam os gatilhos de suas metralhadoras, havia tantas sensações distintas que sentia ser impossível descrever, mas, dentre delas, se lembrava com quase exatidão do receio de um dia nascendo em silêncio pesado e acinzentado mortífero, a coragem descoberta em trincheiras, convivendo ao lado de soldados desconhecidos, que, às vezes, valiam muito mais do que a própria família, e a hesitação ao escolher um destes dois caminhos. 

— Sim… Essa é a questão... - Ela sorriu, sem graça, alguns fios dos cabelos ruivos se soltando do prendedor, que mantinha metade deles presos para que a outra metade deslizasse ruiva e brilhante pelas costas. - Eu estava cega. Não havia uma gota de hesitação em mim. Foi assim que saí de Westview, entende? Pronta para procurar uma alternativa, porque… A meu ver, as coisas não podiam acabar daquele jeito… Não novamente.

— Certo…

— Lembra da projeção astral? - Ela perguntou ao notar que Bucky não tinha exatamente um direcionamento para seus questionamentos, pois não sabia onde ela queria chegar. - Eu estava usando para estudar o Darkhold, colocando toda a minha energia em mantê-la estabilizada para que não pudesse perder nenhum minuto em minha busca. E… Sim, ela estava me drenando. Não intencionalmente, era apenas… O preço a se pagar pelo limite que eu estava ultrapassando por usar meus poderes daquela forma. 

Bucky ainda se lembrava de vê-la arder em febre, totalmente à mercê de qualquer coisa que pudesse lhe fazer mal na cabana, caso estivesse sozinha, mas também conformada que aquele era apenas um passo necessário por conta do que fazia. Wanda tinha consciência de tudo o que fazia, não era uma mulher inocente agindo sob verdades distorcidas. Ou, ao menos, não mais. 

— Estava te deixando doente.

Ela apenas meneou a cabeça, os olhos parecendo fixos naquela sensação, sob a qual deve ter vivido por semanas, como se tivesse sido hipnotizada, embora fosse… Ela mesma a causar tudo isso. 

— Algo assim. - Wanda respirou fundo e piscou, voltando a atenção a ele. - Então… Você e Sam chegaram… E você ficou. E tudo mudou. 

Bucky paralisou, sem esperar pelo rumo que ela acabava de tomar. Nunca havia considerado as coisas pelo ponto de vista que ela lhe apresentava, pois, para ele, Wanda nunca deixara de seguir o caminho que precisava seguir. Ela ainda queria Visão, as crianças, aquela família, ainda faria tudo sob seu alcance para conseguir tê-los de volta, então, não sentia como se as coisas tivessem realmente mudado ali. 

Entre eles, talvez. Antes, eram meros conhecidos que se cumprimentavam à distância e, agora, já fazia alguns dias que dividiam o mesmo teto e, além disso, tinham passado juntos por algumas situações que exigia algum… Companheirismo, no mínimo. Eles não eram amigos, eram? 

— Como assim?

Deu voz aos seus questionamentos, elaborando baixo e lentamente. Wanda, então, hesitou por um segundo, desviando os olhos para a vista de cima da pequena e silenciosa cidade, que se estendia pacata por metros antes de terminar em escuridão firme. 

— Você disse que não sabia o que se passava pela minha mente. - A observou menear a cabeça, parecendo novamente escolher as palavras. - Mas, não sei como pode ter essa impressão, porque… Você me deixa mais tranquila. Apenas sua presença… É como se colocasse meus pés no chão, novamente…

Bucky piscou, processando o que ela dissera, interpretando, e inconscientemente buscando entrelinhas em suas palavras. Sinceramente, estava um pouco chocado pela natureza daquela revelação, pois nunca imaginara que, justamente ele pudesse ser o ponto de calmaria para qualquer um. 

Após retomar, ao menos parcialmente, sua mente, é claro que havia se tornado uma pessoa fechada, silenciosa e distante. Era pontual em suas interações, bem como relutante sobre seus passos seguintes. De certa forma, sempre havia uma dúvida, arranhando no fundo de seu cérebro, sobre as escolhas que fazia realmente serem suas e não do Soldado Invernal. 

Para além disso, os sonhos eram um lembrete de quão vulnerável e inquieto era em sua essência. Bucky não via ou sentia nenhum tipo de tranquilidade em sua realidade ou mesmo sua presença, por isso, soava curioso que Wanda tivesse relacionado isso logo à ele. 

— Porque está dizendo todas essas coisas agora? 

A observou sorrir para si mesma, como se soubesse que isso não lhe passara pela cabeça em momento algum. Queria ajudá-la, é claro, mas sentia que Wanda enxergava sua presença de forma muito mais hostil do que deixava aparentar. Talvez, isso fosse apenas uma prova de como era incapaz de lê-la. Então, ela buscou por um fiapo invisível no vestido e respirou fundo, suavizando um tom que já era hesitante desde o princípio. 

— Sei que tem suas próprias pendências e… Sam precisa da sua ajuda e… Não quero que… Sinta que possua qualquer obrigação sobre mim, nem quero ser egoísta… É só que… - Ela gesticula com as mãos e acaba por apertar os olhos em uma careta levemente engraçada e encabulada, no que Bucky franze o cenho. 

— Wanda… - Sua mão alcançou os dedos dela, juntos em seu colo, pronto para tentar tranquilizá-la, mas a ruiva resolveu despejar o que tinha em mente. 

— Eu queria que ficasse. - Wanda volta a encará-lo, engolindo em seco e seus dedos congelam sobre os dela, em reflexo à forma como os olhos esverdeados, mais claros do que de costume, prendiam os dele. Era como se não soubesse mais pensar e apenas a enxergasse à sua frente, elaborando um monólogo pessoal. - Não consigo confiar em Sprite ou na Bruxa e, para ser sincera, sei que posso me enroscar em tudo isso novamente de uma forma… Muito irremediável. 

Ele não tinha dúvidas disso. Apenas não esperava que ela fosse tão direta. Nem gostaria que ela tivesse pedido com tanta clareza o que queria e porquê, pois sentia como se, em dois segundos, tivesse nublado todas as suas convicções. Seus olhos baixaram para as mãos desajeitadamente juntas no colo dela e Wanda fez o mesmo, terminando de entrelaçar seus dedos. 

Sinceramente, compreendia o medo dela de se sentir novamente cega, como um fantoche de uma vontade maior do que si mesma. Wanda havia chegado a um ponto de entendimento sobre isso, o que era louvável, mas o pedido não deixava de ser egoísta, embora ela não soubesse como seu coração falhou uma batida ao vê-la tão hesitante para deixar o orgulho de lado em nome da própria sanidade, em detrimento do quão insano soava associá-la à Bucky Barnes. 

— Você não está lendo minha mente agora, não é? 

Não esperou ver o sorriso que se abriu nos lábios dela, mais tranquilo, e parte da tensão nos dedos junto aos seus se foi, embora estivesse falando sério sobre ela ter consciência de tudo o que se passava dentro dele. 

— Eu não leio sua mente, Bucky. - Wanda declarou tranquilamente. 

Não tinha outra opção, senão acreditar nela, mas não era a primeira vez que reforçava a tentativa de que ela respeitasse seu espaço pessoal. 

— Mesmo que não leia… Você a conhece. Você sente toda a culpa que há em mim, para dizer o mínimo. - A viu meramente apertar os lábios e Bucky se levantou, um tanto perturbado, pois não estava acostumado a estar, ele próprio, sob escrutínio.  - Então, como pode se sentir mais tranquila diante de tudo isso? 

A análise, mesmo que silenciosa, vinda de Wanda ou de qualquer um que tentasse fazê-lo, o invadia e o desconcertava, tirando-o de seu eixo. Se aproximou do parapeito do terraço, observando sem realmente ver o pequeno movimento de pessoas andando sob as luzes amareladas pela avenida da cidade àquela hora, já que não havia grandes atrações noturnas. 

A ruiva não se moveu, mas suspirou de forma audível e esperou por um momento, antes de descruzar as pernas e ladeá-lo com calma, muito diferente da mulher que havia tropeçado em palavras para pedir que ficasse apenas minutos antes. Agora, era apenas a Wanda Maximoff controlada que via todos os dias, com raras exceções. 

— Conhecer a mente de uma pessoa… É diferente de conhecer a pessoa em si. - Evitou olhá-la, mas sabia que o olhar resignado estava em toda dela. - Vejo como se esforça para ser um homem totalmente diferente do que a sua mente traumatizada insiste em dizer que é, então… Essa minha habilidade não é tudo o que conta. Não para mim. 

Bem, isso, de fato, não era segredo para ninguém. Não era necessário saber ler mentes para compreender que Bucky se esforçava para compensar o mal que já fizera e o próprio fato de ter ficado ali, ao pé daquele monte esquisito, fazendo companhia para uma garota que sequer conhecia direito, que lidava com habilidades muito distantes das suas, era a prova disso. 

Depois de tantos dias acompanhando-a, no entanto, não gostaria que Wanda tivesse pedido que ficasse, pois sabia, sem precisar se aprofundar muito, que só precisava de uma desculpa para tanto - mesmo que todos os instintos o mandassem se afastar em nome da própria sanidade ou do bem de seu coração. 

Se voltou para ela, notando a leve brisa movimentando os fios ruivos ao redor do rosto. Os olhos eram tão marcantes quanto as mãos e os dedos, místicos sem parecer fazer nenhum esforço. Os orbes esverdeados, ainda que geralmente pesados, aparentavam saber mais do que dizia e menos do que gostaria, mas sempre pareciam saber exatamente o que se passava com ele. 

Assim foi no momento em que sua própria visão, involuntariamente, percorreu as pequenas sardas no nariz e desceu para os lábios bem desenhados, apenas hidratados. Mesmo que não quisesse e ainda que não fizesse uso de seus poderes, ela sabia o que se passava na mente dele, por isso, o leve vacilo em meio a um suspiro contido e levemente constrangido. 

— Você não precisa decidir agora. 

Ela alcançou seu pulso novamente, no espaço de pele entre a luva e a jaqueta, apertando brevemente sob os dedos quentes e, em seguida, ouviu os passos dela discretos deixando o terraço e voltou a se debruçar no parapeito. Foi só ao se apoiar nos próprios cotovelos novamente e fixar o foco em qualquer coisa que não fosse Wanda, que notou a respiração ainda suspensa.


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Notas finais do capítulo

Wanda quer que Bucky fique e acho que ninguém tem nenhuma dúvida de que ele só queria que ela pedisse rs

Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo, de toda essa pequena grande intimidade, dessas hesitações e confusões sentimentais porque os dois já estão nesse ponto!

Muito, muito obrigada a quem tem comentado e amado a história tanto quanto amo escrever sobre esse dois, mergulhando de verdade neles ♥ Me deixem saber suas opiniões!!!

Até breve! ♥



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