Depois Daquele Amanhecer... escrita por UchiHaruAkasum


Capítulo 4
Tumultos A Vista


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.

Depois de varios meses no limbo estou de volta. O pc que uso para digitar esse capitulos é uma porcaria por isso estou demorando para postar, mas até o meio do ano planejo comprar um novo e postar com mais frequencia.
Espero que aproveitem o capitulo e deixem os seus reviews, pois são eles que me incentivam a continuar lutando com essa lata velha.

Bjs.



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A Dona De Pemberley

 

Cap. 04 - Tumultos A Vista

 

 Apesar de quase ter morrido de hipotermia Fitzwilliam Darcy não podia dizer que a sua manhã não estava sendo boa. Os momentos que passara sob aquele carvalho encobertos pela tempestade que ainda não dava trégua lhe eram preciosos e ele sentia que nada no mundo poderia deixa – lo de mau humor naquele dia, nem mesmo a correspondência matinal.

— Tia Catherine... – Resmungou ao examinar os envelopes que a governanta acabara de lhe entregar.

 O papel ali envolto estava leve então devia se tratar de uma carta curta, ele não sabia se ficava aliviado ou temeroso com isso. A última missiva que lhe enviara fora para informar que se casaria com Elizabeth, sabia que isso provavelmente iria provocar a sua fúria, mas era melhor que ela soubesse a notícia diretamente dele que desde então estava se preparando para uma resposta longa onde ela apelaria para o seu sentido de honra, falaria da inferioridade da noiva (algo que ele mesmo havia feito para o seu eterno constrangimento), em como o nome Darcy estaria manchado para sempre a partir do momento em que tal dama se unisse a família, sem esquecer é claro que seus pais deveriam estar se revirando nos túmulos de desgosto pela escolha do filho.

     Por isso era estranho que a carta fosse tão breve. Hesitou, por um momento temendo o que leria, mas ao olhar para o relógio se deu conta de que deveria se apressar, o almoço seria servido em dez minutos. Pegou o abridor de cartas, com um movimento decidido rompeu o lacre de Rosings e respirando fundo preparou – se para a leitura.

             

   Caro Sr. Darcy.

 

Não sei se ainda posso chama – lo de meu sobrinho depois dessa escolha tão infeliz de sua parte e pelo fato de não escutar a mim em relação a inferioridade de tal moça. Estou disposta a crer que está sofrendo de algum tipo de privação de bom senso e lhe peço que nada faça de irremediável até que eu chegue a Pemberley, restabeleça o equilíbrio e conserte o seu erro.

 

   E a carta terminava daquela forma sem nem ao menos uma despedida educada da parte de uma mulher que era considerada a mais refinada da sociedade. Fitzwilliam sentiu o sangue subir e atirou a folha de volta em sua escrivaninha, irritado pelo destrato de sua tia a Elisabeth por puro capricho. Era absurda a forma como via somente o superficial sem ao menos se dar conta de quão única e bondosa sua noiva podia ser. E ele se recriminou mais uma vez por até alguns meses atrás ter agido daquele mesmo jeito.

“Se minha tia quer cortar relações que esteja à vontade.” Pensou, percebendo que apesar da missiva ser curta era tão repleta de desprezo e veneno quanto uma de várias páginas. Bem... nada daquilo lhe interessava, iria almoçar com Elizabeth e os Bennet’s e não mais dar atenção as calunias de uma senhora amargurada. “Espere... ela escreveu ‘ate que eu chegue a Pemberley’?”

 Assim que essa questão se assentou em sua mente ele abandonou a maçaneta da porta do escritório que estava prestes a puxar e voltou – se mais uma vez para a carta que havia caído no chão. E ali viu confirmada os seus medos, Lady Catherine estava a caminho há um dia de distância no mais agradável dos cenários...

 __

 

  Horas haviam se passado e ele ainda não decidira o que fazer, havia almoçado como programado e em seguida se isolara em seu escritório alegando que precisava resolver uma papelada, mas a verdade era que a sua inquietação nada tinha com documentos, mas sim em como pouparia os seus convidados de um encontro desagradável.

  A chuva ainda açoitava as vidraças e ele dava graças a ela, quanto mais chovesse, mais tempo sua tia teria que esperar para poder prosseguir com sua viagem a Pemberley e mais tempo ele teria para pensar.

— Posso falar com você? – A voz de Bingley o fez se virar, ele estava a porta do escritório o olhando com urgência.

— Sim. – Respondeu se sentando em frente a escrivaninha. – Entre e feche a porta, por favor.

    Charles hesitou por alguns segundos, mas acabou fazendo como o amigo pedira, pensando em como prosseguir a partir dali. Darcy estava estranho desde o almoço, quieto e retraído quase como se estivesse voltando aos poucos para dentro da concha onde se escondia até conhecer Elizabeth e começar a perceber que não era tão ruim assim conviver com mais pessoas do que o seu pequeno e restrito círculo de amizades.

Infelizmente perdera a oportunidade de vê – los chegando do temporal, um dos empregados lhe trouxera a correspondência e ele tivera algumas cartas para responder, mas pelo que Jane lhe dissera os dois estavam mais relaxados do que nunca na presença um do outro, trocando vários olhares e sorrisos pelos menos durante os poucos minutos que tiveram antes de se separarem, então era no mínimo esquisito vê – lo quase surtando a sua frente.

— Há algo errado Darcy? – Questionou por fim. – Por que esteve tão quieto e distante no almoço?

— Trata – se de... um problema que preciso resolver com urgência.

— Bem... – Começou Bingley respirando fundo como que para tomar coragem. – Seja o que for, pode ter certeza de que o ajudarei se for capaz...

— Obrigado. – Ele o cortou parecendo aliviado, mas o seu amigo ainda não havia terminado.

— Contanto que... – Estipulou sério como dificilmente ficava o que atraiu toda a atenção do senhor de Pemberley. -... pare de magoar sua noiva agindo como um ogro.

— O que!? – Exclamou Fitzwilliam surpreso com aquelas palavras duras. – Eu magoei Elizabeth? Quando?

  Charles suspirou cansado, sentindo pela primeira vez na vida vontade de chacoalhar o amigo pela gola da camisa branca que estava vestindo. Como ele poderia ser tão cego?

— Você ficou de expressão fechada sem explicação aparente, não falou com ela nenhuma vez durante todo o almoço e ainda se isolou aqui. Honestamente Darcy, está querendo fazer com que a Srta. Elizabeth comece a despreza – lo? Pois, se continuar agindo assim darei total razão a ela.

   As palavras de Bingley foram dirigidas a ele com raiva o que mostrava o quão séria era a situação, não se lembrava de já te – lo visto daquele jeito e se havia chegado naquele ponto significava que ele realmente agira mal com a mulher que amava.

— Eu... – Darcy tentou começar, mas parou ao lembrar de como os olhos negros o fitaram ao final da refeição, sem aquele brilho costumeiro que tanto apreciava, na hora estava tão preocupado com Lady Catherine que não pensou no motivo de tal mudança, mas agora... - Não percebi... estou nervoso...

— Achei que seria esse o caso. – Bingley tentou resgata – lo parecendo mais calmo depois de soltar o que estivera pensando e de ver que o melhor amigo parecia realmente arrependido por seu comportamento. – Você agiu mal é verdade, mas pode consertar, basta pedir desculpas a ela. Quanto ao que o perturba podemos resolver.

— Minha tia está vindo para Pemberley. – Soltou, enquanto se largava na cadeira de madeira maciça ao passo que Charles arregalava os olhos.

— Lady Catherine?

Darcy apenas o olhou como que perguntando ‘Quem mais?’ e Bingley repetiu o gesto do amigo desabando na cadeira a sua frente, enfim entendendo o porquê de sua agitação.

— Ela sabe que os Bennet’s estão aqui? – Perguntou, vendo Fitzwilliam dar de ombros. – Acha que os ofenderia?

— Lady Catherine faria mais do que ofende – los se os encontrasse, do jeito que está zangada é capaz de fazer uma cena por eles estarem ‘manchando’ a casa dos Darcy’s.

— Por Deus! – Charles exclamou de repente tão perturbado quanto o outro. – O que vamos fazer?

— Graças a tempestade ela deve chegar apenas amanhã, provavelmente a tarde. Gostaria que os Bennet’s não presenciassem isso, pois com certeza não será um encontro agradável.

— Posso leva – los para a visitar a propriedade que pretendo comprar. – Revelou esfregando uma mão na outra, nervoso. – Porem a Srta. Elizabeth não me parece tão bem para esse tipo de passeio.

— Como assim? Ela está doente? – Darcy se levantou rapidamente, mas do que pronto a ir até a noiva, mesmo que tivesse que enfrentar a sua raiva.

— Não, não creio que seja tanto. – Bingley tratou de tranquiliza – lo. E esperou que ele voltasse a se sentar para lhe dar mais informações. – Jane me disse que a Srta. Elizabeth estava meio febril após o banho e levando em conta todo o frio e chuva que você e ela pegaram não é se admirar.

— Seu rosto estava levemente mais corado no almoço. – Comentou consigo mesmo, dando a entender que apesar de estar meio distante na ocasião não deixara de olha – lá, como vinha fazendo desde que a conhecera. - Mas não achei que estivesse se sentindo mal.

— Creio que ela nunca se deixaria abater por uma febre. É uma mulher forte, a mais forte que conheço. – Reconheceu o ruivo com admiração, ao passo que Darcy o fitou curioso. – É preciso ser, já que aceitou casar com você, qualquer outra teria sucumbido ou sido esmagada.

— Obrigado. – Agradeceu o outro irônico. – Fico feliz em saber a opinião que tem de mim.

— Ora, não fique com raiva. – Charles pediu rindo levemente. – Que você tende a ser difícil de lidar não é novidade.

  Diante daquilo Fitzwilliam se viu incapaz de retrucar e se ateve a retomar o assunto anterior. Já tendo decidido pelo menos uma coisa.

— Elizabeth ficara em Pemberley. – Disse com um suspiro resignado. – Verei o que fazer quando minha tia chegar.

— Até onde sei esse não seria o primeiro embate entre elas. E pelo que ouvi a sua noiva sabe se impor de maneira esplendida.

— Não quero que nada mais a aborreça. Elizabeth já teve o suficiente disso.

 Bingley estreitou o cenho desconfiado de que havia algo ali de que não tinha conhecimento, seu amigo parecia mais do que disposto a colocar Elizabeth Bennet em uma redoma de vidro como que para preserva – lá e pelo que conhecia da cunhada aquela era uma péssima maneira de se lidar com ela.

— Quem mais a insultou? Achei que havia sido só a sua tia.

   Darcy desviou os olhos e seus ombros caíram de forma tão culpada que não restou mais nenhuma dúvida para Charles, seu queixo caiu e ele só pode olha – lo cheio de espanto.

— A minha corte a Elizabeth não foi exatamente como lhe fiz acreditar. – Confessou ainda evitando olha – lo. - O pedido em Longbourn não foi o primeiro que fiz a ela.

  Bingley engasgou olhando completamente surpreso para Darcy, que observava a janela, satisfeito pelos açoites da chuva contra o vidro aquilo lhe dava mais algum tempo para proteger a sua felicidade.

— Quando fui a Rosings acabei por encontra – lá, hospedada com os Collins. Visitei - a constantemente pensando no que queria dizer e quase no fim de minha estada lá a pedi em casamento.

— Mas isso foi em... abril!? – A surpresa era quase grande demais para ele, Fitzwilliam confirmou com a cabeça. – Então por que só agora tornaram tudo público?

— Por que ela me rejeitou.

— Rejeitou você? – O ruivo se viu repetindo as palavras que acabara de ouvir, aquilo só podia ser piada. Fora ele e Jane nunca conhecera um casal mais apaixonado do que aqueles dois, mesmo que só tivessem passado a demonstrar esse amor recentemente. – A Srta. Elizabeth o ama, por que iria rejeita – lo?

— Na época ela me detestava, tinha razões fortes para isso e não ajudei a mim mesmo depreciando a sua família ao formular o pedido.

— Oh, Darcy...  – A expressão no rosto de Bingley era a de alguém que realmente sentia dor. – Como você pode...

— Compreendo agora o quão estupido e orgulhoso fui. A rejeição de Elizabeth foi certeira e suas palavras me marcaram fundo. – Admitiu com um suspiro cansado. – Aprendi uma lição valiosa naquele dia, mesmo que só fosse perceber isso depois.

— Entendo.

— Por isso quero evitar que minha tia a ataque. – Darcy devolveu parecendo novamente decidido a encontrar uma forma de impedir aquele encontro. – Elizabeth já aguentou o suficiente. Nada mais é preciso ser dito.

— Sua noiva não vai deixa - lo. – Charles respondeu o calando de imediato. – Como lhe disse a pouco ela é forte, não tem medo de ninguém. Honestamente temo mais por Lady Catherine em tal reunião.

— Não faça graça agora Bingley. – Pediu o Sr. de Pemberley parecendo um pouco mais calmo apesar de ainda não estar convencido.

— Estou falando sério, meu amigo. – O ruivo não demorou a retrucar sabendo que era preciso faze – lo entender aquilo o quanto antes. – Vou levar os Bennet’s comigo para a propriedade a venda. Isso os poupara de constrangimentos desnecessários, mas ainda acho que você deveria pedir desculpas para a Srta. Elizabeth e informa – lá da visita iminente de sua tia.

— Quando você se tornou tão... – Darcy começou o olhando surpreso. -... sensato?

— Acho que a partir do momento que Jane disse ‘Sim.’ – Bingley respondeu todo sorrisos ao lembrar do fato, o que fez Fitzwilliam ainda vislumbrar aquele rapaz inseguro e modesto que tinha o prazer de chamar de amigo. - Você a de concordar comigo que estar com a pessoa amada pode mudar e muito um homem.

— De fato. – Darcy murmurou abrindo um sorriso pequeno ao pensar na noiva, mas o mesmo murchou levemente ao se lembrar que ela estava febril e certamente com raiva dele. – Seguirei seu conselho já que ficou de repente tão sábio. Obrigado.

— Foi um prazer lhe ser de alguma ajuda. – E assim praticamente terminada aquela conversa os dois apertaram as mãos firmemente. – Agora vá conversar com a Srta. Elizabeth, tenho algumas partidas de gamão para ganhar.

 E com isso dito o ruivo saiu do escritório deixando Fitzwilliam ali sozinho para planejar qual seria o melhor jeito de explicar a sua amada por que estivera tão estranho no almoço e prepara – lá para o que estava por vir.

 

—_

 

 Encontrar Elizabeth não fora difícil, difícil fora acreditar que ela era não estivesse guardando repouso durante seu estado febril. Naturalmente ele achara que a encontraria no quarto em que havia se instalado junto de Jane, mas para a sua surpresa nenhuma das duas estava ali e sim na sala de jogos junto com o restante da família, Georgiana e o Sr. Bingley.

— Elizabeth. – Chamou ao entrar no cômodo e vê – la enrolada em uma manta sentada na poltrona próxima a lareira acesa. O corado de seu rosto revelava que a febre não fora completamente vencida. – Deveria estar deitada.

   Ao ouvir isso a segunda filha dos Bennet’s ergueu imperiosamente o queixo e voltou a atenção ao livro que estava lendo. Á mesa de cartas Bingley congratulou – se ao revelar o seu jogo a Kitty e o Sr. Bennet que começaram a queixar – se da sorte dele e juravam ganhar a próxima partida. A Sra. Bennet conversava com a Sra. Reynolds (na certa perguntando quanto cada item a vista valia), Georgiana e Mary debatiam sobre livros e músicas parecendo muito a vontade uma com a outra, já Jane estava sentada próxima da irmã adoentada lançando olhares nervosos dela para o Sr. Darcy sabendo que aquela situação poderia declinar rapidamente dependendo da abordagem que o seu futuro cunhado usasse.

     Mesmo diante da ‘resposta’ fria de sua noiva Darcy deu mais um passo em sua direção decidido a falar com ela, notando isso Jane se levantou da poltrona próxima e depois de uma mesura foi para junto da mesa de jogos permitindo – o se juntar a Elizabeth que continuava a sua leitura inalteradamente.

— Como está se sentindo? – Perguntou após vários minutos quando se tornou claro que ela não se pronunciaria.

— Ótima. – Ela respondeu virando a página do livro um pouco mais energicamente que o necessário.

     Mas alguns segundos de silencio se passaram, nervoso com a forma irritada da noiva, Darcy voltou os olhos para o amigo que o encorajou com uma piscadela discreta e um sorriso jovial. Apertou uma mão contra a outra como era o seu costume fazer quando se sentia encurralado e respirou fundo antes de voltar a se pronunciar.

— Lamento pela forma com que me comportei no almoço. – Começou e ganhou mais confiança ao receber enfim a atenção de Elizabeth. – Recebi uma notícia preocupante... por isso acabei me isolando em meus próprios pensamentos.

— Preocupante?

— Minha tia enviou sua resposta a minha última carta. – Revelou baixo deixando claro que deveriam manter segredo sobre aquele assunto. – Ela está a caminho de Pemberley.

A reação de Elizabeth diante daquelas palavras foi no mínimo interessante, passada a surpresa um sorriso divertido tomou o seu rosto o que o fez arquear uma sobrancelha confuso. Fechando o livro e enfim virando – se para ele, mais uma vez o surpreendeu ao pegar uma de suas mãos entre as dela.

— Não achei que a veria tão cedo. – A voz dela parecia tudo menos preocupada. – Na certa vai tentar convence – lo a mudar de ideia sobre o casamento.

— Sim. Mas nada me fara desistir de você. – A mão que estava desocupada tocou seu rosto corado buscando ali a confirmação que ela não estava mais com raiva dele. Aos sussurros contou o que havia combinado com o amigo e acreditando que receberia total apoio, mas para a sua surpresa aos poucos o sorriso que acalentava começou a diminuir e os olhos negros desviaram – se dos seus. – Em que está pensando?

— Nada, eu só... – Elizabeth começara, mas hesitou logo em seguida. No entanto as íris azuis a sua frente deixavam claro que era necessária uma resposta completa. – O senhor quer afastar a minha família apenas para poupa – los desse encontro ou... quer poupar a si mesmo do constrangimento que eles podem vir a causar?

  Darcy sentiu aquela pergunta como um soco em seu estomago tamanha era a sua surpresa. Após alguns segundos chegou a abrir a boca para retrucar aquilo e dizer o quanto era um absurdo que sua noiva ainda pensasse daquele jeito dele, mas se viu mais uma vez mudo. Não tinha pensado naquilo, o seu senso de proteção era derivado de preocupação com os Bennet’s ou apenas consigo próprio?

— Não parei para refletir sobre a razão. – Confessou sabendo que a melhor saída para lidar com Elisabeth era a verdade, pois era nisso que basearia o casamento deles, bem... nisso e no amor dos dois. – Quando li a carta meu primeiro pensamento foi em como evitar esse encontro, minha tia foi muito... incisiva em suas palavras. Temo pelo que ela pode dizer a seu pai principalmente. Já que o tenho em alta estima e sou – lhe eternamente grato por ter – me concedido a sua benção mesmo que a certo custo.

   Ao ouvir aquilo a expressão de Elizabeth se suavizou e ela concordou com um aceno, de fato seria melhor poupar o seu querido pai de tal aborrecimento se possível. Quanto a si própria estava mais do que pronta para enfrentar Lady Catherine mais uma vez, com ou sem febre nada a impediria de firmar – se como a futura Sra. Darcy.

— Quando a pedi em casamento pela segunda vez... – Fitzwilliam se viu falando baixinho, de repente aqueles sentimentos lhe pareceram grandes demais para continuarem contidos. – Já estava habituado o bastante com a sua família, as palavras duras que me disse em abril foram eficientes e fizeram – me ter uma nova visão do mundo, por isso não acredito que queira poupar a mim mesmo.

— Compreendo. – E pelo tom doce na voz dela era possível que compreendesse mesmo. – Obrigado.

— Eu amo você. – Foi tudo o que ele pode dizer e apenas a forma que Elizabeth lhe sorriu foi o suficiente para que seu coração entrasse em um ritmo acelerado.

— Ah, finalmente a chuva está parando. – O comentário de Kitty fez com que todos voltassem a atenção para as amplas vidraças onde pouco a pouco a frequência dos respingos diminuía.

   Darcy e Elizabeth entreolharam – se sabendo exatamente o que aquilo significava, as mãos unidas se apertaram mutuamente e apesar daquela reunião desagradável surgindo no horizonte o casal não pode deixar de sorrir um para o outro.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso. Lady Catherine esta a caminho para estragar a felicidade do seu sobrinho, será que ela vai conseguir? Bem,isso só no proximo capitulo.

Me digam o que estão achando da fic até agora.

Beijos e até a proxima.



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