Deside - Muito além do prazer! escrita por Beth Borba


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Se você é um leitor fantasma se manifeste!

A cada dia eu vejo a fanfic ganhar visualizações mas nem um comentário me dizendo o que estão achando eu recebo, então favor comentar.

Obrigado, de nada!



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Meu segundo dia em Deside está se mostrando um tanto curioso, apesar de ser uma cidade pequena, com aproximadamente 3500 habitantes, tem pontos turísticos interessantes, o comércio não deixa a desejar para cidades metropolitanas sem perder o quê de cidade do interior. 

 

Gente sorridente, calorosa e cheia de costumes próprios, Mia estava me levando para a prefeitura conhecer meu superior, Dimitri Belikov depois de um tour pelos principais pontos da cidade.

 

Além do homem ser o primeiro juiz e chefe do departamento de segurança da cidade, também era o prefeito.

 

O prédio da prefeitura ficava bem no centro da cidade, era uma construção antiga, mas como Mia tinha me falado passou por uma reforma a pouco mais de três anos e tem pontos na arquitetura que deixam o prédio mais moderno. 

 

Não precisei esperar muito e logo sua secretária Natasha Ozera nos anunciou.

Era uma mulher bem bonita com grandes olhos azuis. Foi super simpática e agradável, mas meu faro policial me disse pra ter cuidado com ela.

 

Ao entrarmos na sala me deparei com um ambiente meio frio e de dar medo. Tudo preto, cinza e com poucos detalhes em branco. Uma estante de livros à direita, uma porta à esquerda presume ser um banheiro. Um lindo lustre de cristal no centro do teto. Um sofá enorme próximo a porta. E de frente uma mesa com duas cadeiras. Sobre a mesa havia um computador, telefone,alguns papéis e uma plaquinha escrita Dimitri Belikov. 

 

E por falar em Belikov o homem ficou de pé para nos receber e Jesus qual a altura dele? Dois metros?!

 

O homem era um gigante, cabelos pretos curtos, rosto quadrado de expressão forte,ombros largos,corpo musculoso, boca pequena e vermelha e olhos castanhos de falcão em mim. 

 

—Como vai senhorita Hathaway?

Seja bem vinda a nossa cidade! Disse com sua voz forte porém calma. 

 

Me arrepiei inteira!

 

—Muito bem senhor Belikov, obrigado! Respondi da melhor maneira possível.

 

—Bom designei Mia para ajudá-la com sua adaptação, acho que já percebeu que Deside tem suas particularidades espero que possa se adaptar e exercer um bom trabalho aqui. Falou sem tirar os olhos de mim

 

—Tenha certeza disso. Respondi. A vida dos outros não me interessava. Como ele falou eu só preciso fazer o meu trabalho e ponto. 

 

—Soube que tinha um relacionamento com seu antigo superior, devo me preocupar com algo? Perguntou se acomodando em sua poltrona.

 

Ele pediu para não me meter na vida dos outros e acha que pode se meter na minha? Sério isso? A vontade que eu tenho é de mandar ele ir a merda. Mas quer e poder são duas coisas bem diferentes. E apesar de ter um temperamento forte não cheguei aonde estou sendo imprudente. Pelo menos não na maior parte do tempo. 

 

—Sim senhor namoramos por um tempo mas o nosso relacionamento chegou ao fim e não há motivos para se preocupar.



—Ótimo, os detalhes do trabalho vão ser dados com o tempo a cidade pode ser pequena mas manter a ordem aqui não é fácil. Mas acredito no seu desempenho, afinal foi muito bem recomendada e tem um excelente currículo. 

 

—Agradeço o voto de confiança e tenha certeza que não vou decepcionar. 

 

—Ótimo Hathaway, por enquanto é só isso. Tenha um bom dia e mais uma vez , seja bem vinda a Deside. 

 

—Obrigado mais uma vez e até. 



Apesar da conversa ser padrão, a atmosfera me sufocava. Esse homem o Belikov me dá arrepios e sua sala tinha um tom tão sombrio que me senti no fantasma da ópera.

 

***

 

—Rose esse caso é complicado a vítima foi espancada pelo marido que por sua vez era envolvido com drogas, mas se nega a prestar queixa, alega ter  caído da escada.  Na nossa cidade isso é raro mas como o distrito vizinho está sobrecarregado e a vítima se encontra no nosso hospital assumimos o caso. Você pode pegar seu depoimento? Perguntou Michael

 

—Eu iria, mas preciso ficar e receber um representante do distrito vizinho. Talvez ele queria falar com você mas isso fica para amanhã o importante é prenderem esse idiota. O testemunho é peça chave e você por ser mulher talvez ela se abra 

mais.

 

—Farei sim, eu vou sozinha porque Mia está ocupada mas ligo o GPS. Disse pegando minhas coisas e saindo, um carro foi disponibilizado para facilitar minha locomoção, visto que não há transporte público na cidade. Além de tudo estar muito perto, todos tem carros ou usam bicicleta pois a cidade em toda a sua extensão possui ciclofaixas. 

 

Li brevemente o caso pela cópia que Michael me deu e em cerca de vinte minutos cheguei ao hospital da cidade. 

 

Era um lugar tão lindo que nem parecia ser hospital de cidade pequena. Amplo, iluminado e agradável.

 

O diretor que se chamava Adrian iria me receber já que o próprio atendeu a vítima.

Fui orientada após me apresentar e ser devidamente identificada sobre encontrar o doutor Adrian.

 

Confesso que sua fisionomia era o que menos me preocupava , mas o homem que encontrei chamava atenção por onde passava,tinha uma altura considerável, talvez uma 1:85, seu tom de cabelo era um castanho claro,lindos olhos verdes,  corpo magro mas bem estruturado. Rosto com traços delicados porém másculos.

 

Ele se enquadra na categoria, gostoso demais. 

 

—Bom dia senhorita Hathaway me chamo Adrian, diretor do hospital de Deside, fui eu que acompanhei a paciente desde a sua entrada no hospital.  Disse com sua voz harmoniosa e firme. Ofereceu a mão e ao aceitar o cumprimento pude sentir o calor e maciez da sua palma. 

 

Me entregou o relatório clínico da mesma e me passou orientações sobre seu estado psicológico, em seguida me levou a vítima e estava em um quarto mais afastado. 

 

A vítima é uma mulher de trinta anos , que se encontrava muito machucada fisicamente, mas apesar de  abalada não quis me dar informações sobre o suspeito. 

 

Não poderia forçá-la a falar mas deixei claro sua situação e o que faria a seguir. Foi muito mais um monólogo do que diálogo mas acredito ter sido importante para a mesma. Uma mente conturbada e doente nos leva a caminhos tortuosos. 

 

Quarenta minutos o doutor Adrian voltou para informar que a consulta com a psicóloga iria iniciar. Me despedi da mulher que se chamava Paula lhe dando meu cartão e afirmei estar disponível a qualquer hora que precisasse. 

 

Ao sair do hospital notei que o diretor me olhava de um jeito estranho que me causava calafrios e tensão. 

 

Sai de lá voltando para a delegacia terminar meu plantão. Às sete segui rumo ao estacionamento em direção ao meu carro e durante o caminho peguei uma chuva forte.

 

 A minha casa não era longe do prédio da delegacia mas com a chuva repentina o caminho estava difícil de ser percorrido até que na última curva meu carro trombou com algo que me fez bater minha cabeça do volante e gemer de dor.

 

Mas que merda!






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Notas finais do capítulo

Até o próximo!