Eu, Isa e Bella escrita por Novacullen


Capítulo 6
Capítulo 6




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Saio do carro indo em direção a porta da mansão, escuto a voz de Edward dizer de dentro da casa que tinha algum desconhecido se aproximando,   quando sinto um cheiro que não o sinto desde quando me tornei adulta no século XIII,  não pode  ser...

Fico pasma ao me virar e vê- lá ali na minha frente.

— Vossas majestades! – digo me ajoelhando, e abaixando a cabeça em sinal de respeito a rainha Enhe e a rainha loba Duana que me via pela mente de Enhe.

E imediatamente estendo meu escudo mental a elas, meu senhor curioso não ia gostar, mas manter o segredo era necessário. Já que pelo cheiro eles acabaram de perceber que elas eram como eu, mas não o que exatamente.

— Pode se levantar Bella.

Os Cullen saem de casa, mas permanecem nos degraus quando faço sinal para que eles não avançassem mais.

— Visitando vampiros Bella?

— Eles são diferentes, são bons. - me apresso em defendê-los- Eu não descumpri o pacto, mantive o segredo o máximo possível, tudo o que eles sabem são apenas algumas questões biológicas que seria impossível que eles não percebessem com a convivência, já que o Edward, o de cabelo acobreado  é meu imprint e de Isa, e os demais são a família dele. Sei que um imprint entre vampiro e nossa espécie nunca aconteceu, não sei por que isso aconteceu conosco, mas nós amamos, e estamos conseguindo fazer nosso relacionando a três funcionar.

— Amo as duas. - diz Edward vindo até a mim e, passa um dos seus braços ao redor da minha cintura. Nós mantemos uma frente unida, eu não queria me indispor com minhas rainhas, mas eu tão pouco poderia abrir mão do meu imprint.

— Vocês e Edward não são os primeiros Quileutes e vampiros a sofrerem um imprint.

Eu e Edward arfamos surpresos ao mesmo tempo. Pois, além de não sermos os primeiros, Enhe estava revelando nossa espécie aos Cullen.

— Não. - Enhe reafirma, falando num tom mais alto, pois a família de Edward estava comentando também surpresos sobre o que acabaram de ouvir- Eu e Diana somos frutos de um imprint entre uma Quileute e um vampiro. - e um silêncio se fez presente,  todos ficaram em choque com mais essa revelação.

— Por que nossa tribo não sabe disso?- questiono ao me recompor do choque.

— E nem os vampiros? – questiona Edward.

— Por conta dos Volturi.  Isso não era segredo e nem era raro acontecer imprint entre as duas espécies na época que a realeza vampírica era composta pelos romenos, meu pai era Amum.

— O reinado Romeno. Sim, isso é de nosso conhecimento, sabemos que antes dos Volturi os Romenos reinavam, mas porque os Volturi deliberadamente omitiram sobre a existência dos Quileutes e sobre o imprint? – questiona Edward.

— Os irmãos Volturi, Aro, Caius e Marcus queriam o poder, derrubar o reino de nosso pai, queria proibir os imprint entre vampiro e Quileute por que julgavam isso ser uma aberração, e ainda por cima queria forçar os Quileutes a servirem em sua guarda.

— Então os irmãos Volturi silenciosamente juntaram um exército de rebeldes que incluía Jane e Alec, os malditos gêmeos bruxos, com os dons deles os Romenos e Quileutes caíram. Do clã Romeno e da realeza Quileute só sobrou apenas eu e Duena a minha parte loba. Meu pai havia me incumbido de fugir com as crianças, fiz isso com a ajuda de alguns Quileutes adultos que foram designados por meu pai para nos levar para longe do confronto. Ao saber de nossa derrota continuamos nos escondendo. E como não íamos nos submeter a servir os Volturi, preferimos deixa-los acreditar que havia dizimados os Quileutes. Eu proibi os adultos de relevar as crianças sobre a possiblidade de imprint entre Quileutes e vampiros, foi uma decisão difícil que eu e Deuna tivemos  que tomar, mas tínhamos de nos esconder, nos manter distantes dos vampiros por medida de segura. E os irmãos Volturi fizeram o mesmo por uma razão diferente, eles proibiram que se falasse que eles dizimaram os Quileutes, já que era isso que eles pensavam que aconteceu por que isso poderia gerar descontentamento entre os novos vampiros, já que bem essa decisão deles fez com que alguns vampiros nunca fossem capazes de encontrem seu par, se estivessem no destino deles seus pares serem um Quileute.

Edward olha para mim, e nem é necessário palavras para entender o que seu olhar transmitia, fomos sortudos por termos nos encontrado.

— Quando as crianças se tornaram adultos, tivemos que tomar outra decisão difícil, eu e Duena resolvemos que aqueles que não encontraram seus pares entre o grupo, que se espalhassem pelo mundo, e que sozinhos tivessem que si proteger, ser sempre vigilante para si manter longe de qualquer vampiro que aparecesse, mas tomei essa decisão porque os casais que se formaram teriam filhos e nos tornaríamos um grupo maior o que dificultaria nos esconder, pois chamaria mais atenção.

— Eu e Duena lamentamos que tenham passado tanto tempo sozinhas Isa e Bella. Lamentos ter escondido sobre o imprint entre Quileutes e vampiro, lamentamos...

— Não, não lamentem por nada minhas rainhas.- as impedi de continuarem se desculpando - Todas as suas decisões foram para nos proteger e de certa forma se eu e Isa nunca tivessemos deixado o esconderijo, nós  jamais teríamos encontrado nosso imprint, e olha que  juro que fugimos de vampiros como o diabo foge da cruz. – digo a última parte brincalhona, queria espantar a melancolia. E funcionou, pois todos riram um pouco.

— O que mudou agora majestades? Por que estão se expondo vindo até mim e Isa, deviam se manter protegidas. 

— Durante esses quase dois milênios Isa e Bella, novas gerações de quileutes foram surgindo, você sabe que só somos férteis nas luas de sangue, então nossa tribo vem aumentando lentamente com o passar desses quase dois milênios, já que a luas de sangue demoram a aparecer.

— Espera vossas majestades são  frutos... - olho para Edward.

— Nós podemos então... - Edward diz,  não conseguimos nos expressar direito, impactados por só agora nos darmos conta de que era possível termos filhos.

— Sim, nas luas de sangue vocês podem gerar filhos.

Edward aperta um pouco mais a lateral da minha cintura emocionado com a possibilidade de ser pai.

Eu e Isa, oscilamos nossos olhares para ele emocionadas também por essa possibilidade de termos filhos. Não cogitamos isso, por vampiros não poderem ter filhos, mas com as Quiletes isso é possível.

— Então o número de Quileutes aumentou um pouco desde o massacre no período da inquisição no século XIII, há alguns meses eu e Duena temos rastreado os Quileutes que pedimos para deixar o esconderijo, estamos indo a cada um de vocês revelando esse segredo, chega de nós escondermos, vamos nos impor aos Volturi, lutar contra eles para sair das sombras e ser livres sem medo deles nos escravizar.

— Conte comigo e Isa majestades.

Percebo Edward olhar para os demais da família e eles assentem.

— Contem com os Cullen também. - ele fala em nome de todos.

— E temos amigos que assim como nós, que não reconhece os Volturi como a realeza vampírica, podemos contatá-los, tenho certeza que lutarão ao nosso lado.

— Eu agradeço senhor...

— Carlisle.

— Obrigada Carlisle vocês serão um reforço em tanto. E depois que eu e Duena rastrearmos todos os Quileutes que falta temos que elaborar  um plano, pois temos de achar um jeito de anular Alec, ficamos sabendo que os Volturi perderam Jane. O que eu não daria para saber quem matou aquela bruxa dos infernos e tentar convencê-lo ou convencê-la lá a nós ajudar na nossa causa.

— Foi a Isa, conseguimos vingar nossos pais quando a vi matá-los antes que Amis me puxasse para longe para fugir dali.

— Como driblaram o dom dela? – diz Enhe agradavelmente surpresa.

 - Temos um dom, um escudo mental, que nos protege de dons mentais, só o descobrimos há pouco tempo. Não sabemos se não percebemos antes que o tínhamos ou só se manifestou recentemente, mas o que sabemos é que também podemos estendê-los aos outros, eu estou fazendo isso com vossas majestades.

— Nossa!  O dom de vocês é uma benção, nossa salvação, mas por que colocaram o escudo em nós?

— Edward tem o dom de ler mentes, e bem tinha a questão de manter nossa espécie em segredo.

— Não há mais segredo, bem que vocês podiam parar de estender o escudo.

— Não, os pensamentos de minhas rainhas continuaram protegidos de você senhor curioso.

— Parem de me chamar assim, que culpa eu tenho se ler mentes? Isso é algo que faz parte de mim, eu não consigo desligar esse dom.

— Ah, tudo bem Isa e Bella, podem retirar seu escudo de nós, estamos felizes que não temos mais nada a esconder. Parece que o peso do mundo sai de nossos ombros, a cada vez que contamos a um Quileute o que escondemos.

— Estão nos procurando sozinhas? Vossas majestades é perigoso.

— Eu e Duena como rainhas somos as que melhor consegue sentir os Quileutes, e sair em grupo é perigoso.

— Mas majestades...

— Não se preocupe Isa e Bella temos tomado cuidado e além do mais somos também as únicas capazes de criar um link mental de longo alcance, para isso preciso de Isa agora Bella.

Eu assinto e me afasto um pouco de Edward, e deixo Isa assumir sua forma.

Enhe deixa Duena assumir, há quanto tempo não vejo a loba negra de olhos igualmente pretos, bem mais alta e mais forte do que eu,  deixando claro que a linguagem real corre em suas veias.

— Vou estabelecer um link mental, ele é de longo alcance, mas só será usando para falar o que não podemos falar usando os meios de comunicação, não sabemos se os Volturi tem algum controle dos meios de comunicação, então é melhor não arriscar, usar esse link drena muita energia, então provavelmente só o usarei para entrar em contato com vocês quando tiver mais próximo do confronto, para montarmos um plano.

— Entendemos majestades.

— Quando eu e Enhe rastrearmos todos, vamos nos reunir, e acabar com os Volturi.

Eu assinto.

Ela olha para Edward.

— Obrigada Edward, e agradeço sua família pelo apoio também. E cuide bem dos seus imprint, elas são  incríveis. - Duena diz a Edward que agora lia sua mente já que havíamos removido o escudo como minhas majestades haviam dito que podia.

— Acredite eu sei. Sou muito sortudo por tê-las. E eu vou continuar cuidando bem delas. Eu prometo.– garante Edward fazendo um carinho em meu pelo.

Duena acena com a cabeça uma despedida a todos e desaparece floresta adentro.


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