Eu, Isa e Bella escrita por Novacullen
Ao estacionar o carro no estacionamento de Darmouth vejo o momento exato que um carro atinge uma garota.
Saio do carro juntamente com meus irmãos.
Os alunos mais próximos logo cercaram a cena do acidente.
O motorista sai do carro completamente abalado. E vê a garota meio que sentada no chão com o peso do tronco apoiados nos antebraços, o que evitou que ela batesse sua cabeça no asfalto.
— Aí, Deus, moça...
— Eu, estou bem. - a moça diz ao motorista ao se levantar.
Sério, como ela se levanta como se não acabasse de ser atropelada? Está certo que o carro não estava em alta velocidade, mas ainda sim ela recebeu algum impacto, não fatal, mas esperava-se que fosse o suficiente para que ela tivesse algum osso quebrado, ou ao menos com dor por conta do impacto.
— Desculpa, o carro patinou no gelo.
— Entendo que não foi sua culpa. – a garota garante que acredita nele.
Outro homem se aproxima apressadamente da garota.
— Sou o reitor Keane, já chamei uma ambulância, melhor aguardar sentada, não foi prudente se levantar.
— Não preciso de ambulância estou bem, só foi um susto. Vou para a aula.
— Irá para aula apenas se o médico te liberar.
— Reitor eu realmente estou bem.
— Eu insisto é meu dever prestar a assistência a você.
— Ok. - ela concorda em esperar a ambulância, percebo a chateação em seu rosto por ter o motorista fazendo um pedido de desculpa atrás do outro, do reitor com a insistência na ambulância e por ter praticamente todo o corpo discente assistindo a cena.
A ambulância chega e os paramédicos fazem o procedimento de coloca-la na maca.
— Porque quer ir com ela ao hospital? – me questiona minha irmã Alice ao ver a decisão que tomei, por meio do seu dom de clarividência.
— Não sei algo não bate aí.
Aproximo-me do reitor e explico que meu pai estava de plantão no hospital e me ofereci para acompanhar a garota.
Ele aceita na condição de eu que repasse a ele o que meu pai avaliou imediatamente.
Sigo a ambulância em meu carro. Já que ficar confinado na ambulância, com a garota e os paramédicos não era opção, devido a minha sede de sangue e eu também não a queria deixar mais desconfortável do que já estava também, eu a queria receptiva a mim no hospital.
Entro na enfermaria.
— Bella está bem. Só alguns arranhões nos braços. Vou preparar a liberação e a receita médica.
Meu pai sai da enfermaria.
Eu olho para a garota para explicar por que o médico estava me passando informações sobre seu estado de saúde.
— Oi! Eu me chamo Edward, sou aluno na universidade, e o médico que a atendeu é meu pai, eu disse ao reitor que meu pai estava de plantão e me ofereci para vir com você. Segui a ambulância no meu carro...
Seu olhar estava vidrado ela parecia não me ouvir. Por um momento pensei que seus olhos tivessem passado de castanho cor de chocolate a cinza rapidamente. Será ou foi impressão? Bella se senta na maca, saio das minhas reflexões e volto minha atenção para ela novamente.
— Eu posso levá-la para sua casa quando meu pai te liberar.
— Não precisa. – Bella disse parecendo que seus pensamentos vinham de um lugar distante, pensamentos... Espera! Eu não consigo escutar os pensamentos dela, como isso é possível?
Meu pai volta à enfermaria.
— Aqui está a receita. - ele entrega a Bella- E você pode ir para casa.
— Obrigada! – ela salta da maca e sai rapidamente do quarto.
— O que a fez sair assim? – me questiona papai.
Apenas neguei com a cabeça, guardando o que aconteceu para mim, eu não tinha como explicar, pensaria sobre isso antes de compartilhar o que aconteceu.
Bella não apareceu no dia seguinte, e nem no seguinte, ela faltou à semana toda.
Porque não vir para a universidade, se ela não tinha machucados sérios, ela queria ter ficado na aula após o acidente, o que a fez faltar todas as aulas então?
Vou descobrir. Formulo rapidamente uma maneira de como descobrir onde Bella mora.
Dirijo-me a coordenação do curso de música. Avistei a secretaria, uma senhora casada na casa dos cinquenta anos, bem eu esperava alguém mais jovem, e solteira, mas não era ora para escrúpulos, eu iria a seduzir para conseguir o que eu queria, eu estava preocupado com Bella.
— Olá!
Uau! Que voz. - foco em ler sua mente também.
— Acho que ficou sabendo do acidente de Bella? - me inclino um pouco sobre o balcão ficando mais próximo a ela.
Aí minha nossa, que gato!
Meu Deus! Está ficando quente aqui, ou é impresso minha?
— Senhora? – trago um pouco do seu foco para o que estou dizendo. Os pensamentos delas estavam começando a ficar fora de controle demais.
— Sim, o acidente, que bom que ela não teve nada grave.
— Sim, foi uma sorte, eu sou da turma dela, e gostaria de passar as atividades para ela. Ela não veio essa semana, e bem não sei se sabe, mas me ofereci para acompanhá-la ao hospital, meu pai estava de plantão no dia do acidente.
— Oh, não sabia, foi gentil da sua parte.
— Sim. - sorri meu sorriso torto, sempre tinha efeito nas mulheres.
Oh, meu Deus preciso me controlar ele tem idade para ser meu filho.
— Então eu gostaria de fazer mais outra gentileza a Bella, levar as atividades da semana a ela, mas não tenho seu endereço, pode me ajudar com isso? – passo minha mão em meu cabelo de um jeito sexy.
— Cla... Claro.
Sorri, mais pelo fato de ter conseguindo o que queria do que para ela, mas ela não nota isso.
— Um instante.- a vejo se atrapalhar no computador, mas me consegue o endereço.
Dou-lhe um sorriso agradecido.
Bella morava em uma casa pequena de andar a poucos metros da rodovia, não era tão dentro da floresta como a minha, mas não dava para ver a primeira vista da rodovia, apenas se você soubesse o que procurar.
Estaciono meu carro um pouco distante.
Aproximo-me a pé da casa sorrateiramente, escuto galhos estalar atrás de mim, vejo um vulto banco, um animal, um lobo talvez, embora a cor branca seja incomum por aqui. Mas deixo para lá era só um animal.
Aproximo-me da casa e percebo não ter ninguém, eu não podia ouvir a mente dela, mas não havia nenhum coração batendo lá dentro, escalo uma das árvores para ver o segundo andar da casa, havia dois cômodos, um quarto e o outro era um pequeno estúdio de música.
Ah, aí está uma pessoa com quem eu gostaria de fazer meus trabalhos em dupla, ela é uma verdadeira amante da música. Vi um piano, um violão e um violino. Hum... Tínhamos o piano em comum.
Mas onde você está Bella?
Ouvi barulho de galhos novamente.
Mas que diabos! Esse lobo está me perseguindo ou desejando a morte, só pode! Pensando bem até que um lanchinho não faria mal para aplacar minha frustração por não achar Bella.
Farejo o cheiro do animal, mas não era apetitoso, como pode? Animais carnívoros tem o cheiro mais apelativo para nós vampiros.
Sigo o rastro, mas acaba no rio. No rio?
Mas que animal esperto! É como se soubesse que seu rastro seria apagado ao entrar no rio e deixaria de ser perseguido por mim.
Mas que diabos! Nunca vi lobo fazer isso antes. Esse animal tem um instinto de sobrevivência em tanto.
Deixei minha presa para lá.
E volto para casa duplamente frustrado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se houver interessados(as), me deixem saber que eu continuo a postar a história.