Amê Souer escrita por Crixscully


Capítulo 40
Capítulo 2.3: Capacetes e Esboços Borrados


Notas iniciais do capítulo

Olá Joaninhas e Gatinhos!

Segue mais um capítulo!



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Marinette acordou com o barulho do despertador. Involuntariamente ela olhou em volta com uma sensação de que estava faltando algo. Era como se ela esperasse que algo aparecesse, mas não sabia exatamente o quê.
Talvez sua mãe ou o seu pai? Não, ela tinha certeza de que não era isso. Era outra pessoa. Alguém que a acordaria e lhe daria uma bronca por dormir demais. Alguém muito fofo, com uma risada contagiante, Bridgette? Não, também não era ela.
Marinette devia estar sonhado com alguém, essa era a única explicação para sentir falta de algo logo ao acordar. É, devia ser isso mesmo. Acordar provavelmente era ser privada do seu sonho bom e isso a deixava com um vazio no peito sempre que abria os olhos.
O cheiro de macarrons emanou pelo ar, os seus pais deviam ter acabado de tirar uma fornada do fogo.
Marinette aspirou esse cheiro, sua mente indo longe. Na direção de algo ou alguém que ela nem sabia se conhecia.
...Ou se existia.
Essa sensação era constante...talvez sua alma gêmea?
Ela ouviu a risada de sua irmã mais nova, e logo sua mãe a chamando.
Era melhor deixar isto de lado...essa sensação ia passar. . .

Marinette passou a primeira aula inteira encarando a cadeira da frente. Curiosamente, ninguém se sentava nela. Era como se houvesse um fantasma ali, assombrando e afastando todos aqueles que ousavam pensar em se sentar naquele lugar.
Seu ombro coçou, ele sempre coçava quando ela olhava muito para aquela cadeira ou pensava em quem poderia ter sentado ali antes do lugar ficar vago.
Sua melhor amiga Alya dizia que isso era sinal de que a sua alma gêmea tinha alguma ligação com isso. E que a sua marca-gêmea sempre despertava quando ela pensava em quem ele poderia ser, por isso, o famoso comichão, neste mesmo local.
Marinette já havia ficado um bom tempo na frente do espelho, tentando ter nem que fosse um ínfimo vislumbre da dita marca.
Mas nada. Parecia que não havia nada lá – e talvez não tivesse mesmo. Talvez fosse apenas uma micose ou qualquer outra doença de pele.
Mas Alya garantia (com fontes de sua própria cabeça) que Marinette logo encontraria a sua alma gêmea e a sua marca-gêmea apareceria em seu ombro direito.
Mari suspirou, sua turma quase que por completa já havia encontrado a sua alma-gêmea, menos ela, Chloé e Juleka – o que não era um consolo.
Chloé era daquelas pessoas que Deus quebrava o molde quando via o estrago que havia feito, não que ela fosse uma pessoa má só era um pouco difícil de lidar, tudo tinha que ser do seu jeito, mas a loira havia melhorado muito no último ano graças ao convívio com os Couffaine.
Mas quem sabe o dia da loira chegasse também, não é mesmo?
Marinette só esperava que sua outra metade não morasse na Antártica ou tivesse nascido no século errado – tudo era possível, afinal.
Hoje estava difícil se concentrar, tudo levava a sua mente de volta ao tema alma gêmea, mesmo assim ela tenta prestar atenção na aula, mas sua marca-gêmea a estava incomodando mais que o normal hoje.

Marinette estava correndo contra o tempo quando tombou em alguém. Sua mochila saiu voando e ela caiu de cara no chão.
Não se machucou, no entanto, ela já tinha até doutorado em sobreviver às quedas. Poderia até dar aula sobre como cair sem quebrar todos os ossos do corpo.
Era realmente admirável.
Mas, do nada, Marinette começou a sentir algo.
Um comichão abaixo de sua pele, bem no lugar onde a sua “suposta” marca-gêmea deveria estar.
Assombrada, Marinette ergueu o olhar e se deparou com uma pessoa vestida com o uniforme de esgrima.
Um garoto estava sentado à sua frente, parecendo meio perdido já que a queda havia girado o seu capacete, o impossibilitando de ver qualquer coisa. Ele até tentava vira-lo para o lado certo, mas não parecia estar tendo muito sucesso no processo.
Enquanto observava as tentativas falhas dele, Marinette sentia a sua suposta marca começar a queimar.
Aterrorizada com o significado daquilo, Mari se ergueu num pulo, pegou sua mochila e saiu correndo dali o mais rápido que suas pernas conseguiram, para ir se esconder no melhor esconderijo que já foi inventado no universo – o banheiro feminino.

Deixado para trás, Adrien tentava em vão tirar o capacete que havia ficado preso em sua cabeça e, para completar, virado do lado oposto.
Algo ou alguém havia colidido com ele. E, a julgar pelo doce aroma, deveria ser uma garota.
Ainda preso em seu dilema – conhecido como capacete – Adrien sentiu quando alguém tocou suas mãos, retirando-as do objeto e logo em seguida, com destreza, retirando o capacete e libertando a cabeça do rapaz de sua prisão.
Adrien, enfim vendo a luz novamente, ergueu o olhar e se deparou com uma garota oriental de belos olhos amendoados.
Adrien nunca admitiu para ninguém, mas tinha uma quedinha por orientais da mesma forma que também gostava de animes.
— Deveria tomar cuidado, poderia ter morrido sufocado – a garota lhe diz, jogando o capacete em sua direção.
Ele o pega por reflexo enquanto a observa se afastar, sem conseguir tirar o brilho daqueles olhos misteriosos de sua mente.
Os cabelos dela, lisos e curtos, ondulavam em volta de sua nuca, tão negros que quase eram azuis. Ela estava usando um uniforme vermelho de esgrima, isso devia significar que ela era a aluna da qual seu professor, o senhor D'Argencourt estava se gabando.
Sentido o ponto entre o seu ombro e o seu peito latejar, Adrien se levantou e foi para a sua aula. Pela primeira vez ele estava ansioso pela aula de esgrima.

Marinette ruía as unhas enquanto juntava coragem para olhar para o seu ombro. Ela teria coragem de olhar? Duvidava. Até porque não teve coragem nem de ajudar o garoto que havia derrubado, deixando o pobre coitado preso em seu próprio capacete.
Mas por fim ela respirou fundo e olhou, e lá estava ela a marca-gêmea, um cobra trevo pulsava num vermelho vivido e a pata negra de um gato estava lá pulsando e sumiu, como num passe de mágica, não estava mais lá.
Ela ficou lá parada olhando para o local vazio novamente, o que tinha sido aquilo?

Abaixadas, no topo da escada. Alya olhava por seu binoculo enquanto Marinette recolhia as pernas contra o peito, sentada de costas para a grade, sem ter coragem de olhar para baixo.
— Ele é alto ou baixo? – Alya perguntou.
— Baixo? – Marinette respondeu, em dúvida, até porque não tinha como saber a altura dele já que ele estava no chão, caído por causa dela.
— Forte ou magro?
— Forte? – Marinette responde, logo voltando atrás: - Não. Magro!
Até porque se fosse forte não teria caído com aquela simples trombada, não é mesmo? Era o que Marinette pensava.
— Eu sou uma jornalista, Marinette. Preciso de fatos e não de invenções – Alya suspirou, frustrada.
— Eu não sei, tá legal! – Marinette retrucou, cansada de toda aquela maldita história sobre almas gêmeas. – Minha marca não está mais queimando então ele não deve estar por aqui.
— É, pode ser – Alya concordou, vendo que sua amiga estava prestes a ter um colapso neural.

Mas, acontece, que ele estava SIM ali.
— PONTO! – o professor exclamou, apontando para o adversário de Adrien que havia marcado o toque.
Adrien, confuso, massageou o ombro que havia latejado bem na hora que ele iria se defender do golpe, fazendo seu contra-ataque errar.
Estranhando aquela pontada quente, ele olhou em volta e viu a garota de uniforme vermelho na pista ao lado.
Porque o seu ombro sempre latejava quando ela estava por perto?
Arregalando os olhos, Adrien correu para o banheiro, abrindo as pressas a parte de cima de seu uniforme, ele a viu por um instante antes de voltar a sumir.
Eram um cobra trevo pulsava e dentro uma joaninha vermelha pulsava. Mas antes que pudesse detalhar a figura tatuada em seu ombro, o desenho sumiu como se nunca tivesse estado ali.
Marcas eram permanentes.
Uma vez que apareciam, não deveriam desaparecer.
Eram eternas.
Eram a marca mais sublime do amor.
Então porque a sua havia sumido?
Ele não era digno daquele amor?


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Notas finais do capítulo

Que drama hein kkkkk
Ele crente que a sua alma gêmea é a Kagami. Alguma teoria sobre o porquê da marca sumir?



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