Drama Total Sela Gineta escrita por odilio


Capítulo 6
Não É Fácil Ser Vilão


Notas iniciais do capítulo

Não pude fazer o capitulo para essa terça, mas ele chegou na sexta! Esperro que gostem, me dei liberdade de escrever um pouquinho de coisas a mais, pelo menos é o único na semana que irão ler!



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Christina – Anteriormente no Drama Total... Os nossos competidores participaram de diversos duelos, mas parece que alguns estavam duelando com as pessoas da própria equipe. Depois de começar ganhando, as Lebres Ferozes acabaram perdendo a prova e na votação Isis foi a eliminada da noite, e teve gente que ficou muito feliz, e uns não gostaram nada disso. Qual o destino que isso nos reserva? Descubra isso e muito mais no episódio de hoje de Drama... Total... Sela Gineta!

ABERTURA

Gorete, Shermy e Sully estão correndo em direção a caverna, embaixo de uma intensa chuva, mas ao chegarem ao local encontram uma grande pedra tampando a passagem.

Sully – Como isso veio parar aí?

Shermy – Vamos passar a noite na chuva?

Gorete – Vamos ir para de baixo de uma árvore grande, deve pingar menos – Elas então seguem no sentido contrário e logo se acomodam um pouco mais protegidas da chuva.

Shermy – Vocês viram como Patamon me tratou?

Sully – Ele só exagerou da dramatização, amanhã tá de boas.

Shermy – Eu ainda expliquei tudo pra ele, minhas razões e tal, mas ele ficou abalado, não esperava isso.

Sully – Ai, amiga, mas você fez o correto.

Gorete – Porque era o que você queria?

Sully – Claro!

Gorete revira os olhos.

Longe dali Patamon se encontrava sozinho extremamente seco, debaixo de árvores com as folhas maiores, ele estava encolhido e pensativo.

Confessionário On

Patamon – Não acredito que a Shermy me trocou assim. Eu realmente não posso confiar em ninguém, a vida já me ensinou isso e eu me deixei levar novamente. Agora ela vai pagar caro por isso! Todas elas. Só preciso saber como.

O tempo passou e o sol saiu, todos se encontravam a caminho do refeitório para fazer seu almoço.

Darlene – Bom dia rapazes! – Ela se aproxima dos outros quatro integrantes da sua equipe – Como é gostoso ter um quarto só pra mim, eu dormi como uma princesa.

Clyde – Nem se incomodou com o toró que caiu ontem? Pareceu que o mundo tava desabando.

Darlene – Tenho sono pesado, depois de cuidar de doze filhos por tantos anos e conquistar sua paz depois de já crescidos, você só aceita como é bom dormir!

Valdemiro – É, mas parece que você foi a única que não se incomodou com a chuva, foi tanto barulho não dormi totalmente bem.

Clyde – E tem gente muito pior – Ele aponta para as três meninas da outra equipe. Elas estavam com aparência de quem não dormiu, olhos fundos, cabelos ressecados e corcundas de cansaço.

Sam – Abriram as portas do cemitério – Sam falava alto para elas, que estavam se aproximando, ouvirem.

Gorete – Podia até pensar numa resposta pra você... se eu conseguisse pensar no momento.

Valdemiro – Por que você tá chorando, gatinha? – Fala em direção a Shermy.

Shermy – Uma noite mal dormida, problemas na equipe, minha coluna dói novamente, eu queria poder não sentir meus olhos, tantas coisas...

Valdemiro – Uai, mas não pode chorar não, uma moça bonita dessa chorar.

A barriga de Darlene logo ronca de fome.

Darlene – Estou sentindo o cheirinho de carne!

Sully – Ai, eu nem com fome estou, só queria... a... a... a... ATCHIM! – O nariz da garota estava bem vermelho. Com o espirro as outras duas se afastam.

Shermy – Amiga, não podemos pegar gripe, temos uma prova para vencer amanhã.

Sully – Não é gripe – Falava fanhosa. – É só um resfriadinho.

Confessionário On

Sully – Pelo menos uma vez nesse show eu consegui o que eu queria, me livrar da Isis! Grande sabor da vitória encharca a minha a boca, mas não mais do que a água ontem, quase me engasgava dormindo, entre muitas aspas. Meu objetivo hoje é unicamente vencer! Custe o que custar. Estou totalmente fora de mim, preciso de um descanso.

Patamon um pouco mais atrás estava indo para o refeitório também.

Confessionário On

Patamon – Como eu detesto elas. Essa Sully é uma fracassada. Ela tentar ser vilã, mas foi enganada. Certo que eu também fui, mas ela não conseguiu achar um ídolo com pista, armou um plano para a Isis que não surtiu efeito nenhum e ainda foi traída sem a Shermy ligar em falar para ela. E aliás, como vilões pegam resfriados? Que moral ela tem depois disso? Já viu um vilão fraquejar assim? Tem que ser punida! – Ele continuava sem expressão ao falar tudo isso, mas dava para notar seu tom de voz um pouco alterado.

Luke – Patamon! – Ele corre em direção ao rapaz, que estava mais longe dali, enquanto os outros seguiam no seu caminho para o almoço. – Eu olhei para as três meninas sozinhas e fiquei preocupado pensando que você tinha sido eliminado, ainda bem que não – pega no ombro do menino.

Patamon – Obrigado por mostrar companheirismo, meu... meu amigo. Eu fiquei desolado porque as coisas não saíram como eu queria.

Luke – Poxa, eu entendo. Sabe que quase fui o primeiro eliminado sem eu saber, né? Uma coisa muito chata mesmo.

Patamon – Não sei se minha equipe perder eu serei o próximo eliminado – Ele fica pensativo durante um tempinho. – Será que se você entregasse o desafio sua equipe te eliminaria? Não que precise de esforço, né?

Luke – Ei. Eu não sei... eu votei na maioria na última cerimônia que fomos, mas meu nível social não é dos melhores ainda.

Patamon – Talvez eu tenha que passar por cima das minhas morais e tentar formar algo com Gorete, seria burro da parte dela seguir com duas pessoas tão aliadas como Sully e Shermy.

Luke – Bem, o que você pensar me diga. Ah! A propósito, não sei se você tem alguma crença, mas eu venho rezando para esse pequeno totem que achei na areia da praia – Fala isso retirando-o de seu bolso. – Desde então eu melhorei bastante meu desempenho! Mesmo ainda não alcançando o lado bom.

Patamon então esbuga os olhos e percebo que Luke estava com o ídolo de imunidade.

Luke – Se você quiser usar ele por uns dias. Só tem que me devolver depois.

Patamon – É CLARO! – Mais um trovão soa dos céus. – Digo... eu adoraria. Tenho minhas devoções, mas posso tentar seu jeito se isso deu tão certo para você.

Luke – Ai! Eu fico muito feliz de ajudar alguém, mesmo que seja só com coisa psicológica, me sinto mais útil – Ele então dá o ídolo para Patamon, que recebe quase esboçando uma expressão de felicidade.

Patamon – Não imagina como estou – Ele olha no fundo do olho do rapaz loiro. – Eu poderia até te dar um beijo por isso.

Luke – Ah! Pode dar.

Patamon cora. Luke se aproxima do rapaz e dá sua bochecha esquerda. Mas Patamon se beneficia disso dando apenas um abraço e pensando sobre o ocorrido.

Confessionário On

Patamon – Estava pensando, será que Luke é uma espécie de herói? Bem, ele está me ajudando, não sei se ele sabe, mas ele não fará o bem com isso. Então ele é um vilão não intencional e isso... isso é o bastante para mim – Parece sentir vergonha em admitir. – Mas tive sorte grande, com esse ídolo as três meninas podem votar em mim e eu não serei eliminado e ainda vou escolher sozinho quem sair.

Luke – Não sou bom com minhas relações então tenho que prezar as que tenho, né? Mesmo sendo com pessoas de outra equipe. Espero que os deuses do totem sejam bons com o Pata e que ele melhore assim como eu melhorei no jogo.

Todos estavam no refeitório quase terminando suas comidas, menos Patamon que analisava o ídolo do lado de fora. Não sabíamos o que ele estava falando, mas ele parecia falar alto e um som de trovão foi ouvido novamente.

Sully – Mais trovões, mais trovões.

Shermy – Calma, mulher.

Sully – Eu não aguento mais! Não aguento mais água. NÃO AGUENTO!

Confessionário On

Gorete – A Sully tá surtada, dá vontade de bater nessa v*** e mandar ela focar no jogo. Mas óbvio que não posso fazer isso com uma nova aliada.

Gorete – Calma, estamos em abril, acho que logo logo as chuvas param.

Na mesa das tartarugas, Clyde e Valdemiro conversam sobre livros, Sam parece entediado, Luke está bicando sua comida e Darlene raspando seu prato.

Darlene – Essa macarronada estava estranhamente deliciosa. Clyde. Clyde! – Repetia para o menino ouvir. – Pega mais uma pra mim?

Clyde – Você já comeu a do Sam, quer repetir de novo?

Darlene – Sim, e daí?

Clyde – Ah, mas vai pegar você.

Darlene – Você irá negar serviços para uma velha senhora que pode morrer a qualquer hora de AVC, parada respiratória, isquemia, diabetes, coqueluche, qualquer doença parasitária, leptospirose, mal agouro, engasgada, afogada, queimada, soterrada ou de fome? – Clyde então faz uma cara de estranhamento.

Sam – Minha nossa, você quer muito isso, não é? – Ele se põe na conversa.

Darlene – SIM!

Sam – Eu vou pegar pra você.

Darlene – Meu Deus que menino de ouro. Clyde você acabou de cair no meu conceito! – O menino ignora a fala dela e volta a tagarelar com Valdemiro. Ela o fita com os olhos, mas logo esquece do assunto quando Sam chega com mais um prato de macarronada.

Confessionário On

Darlene – Bem, eu sou uma pessoa que precisa de muita comida e a gente só tem uma refeição de verdade na ilha, no almoço, então tenho que aproveitar o máximo que der! Espero que não pensem que eu sou morta de fome e sem classe, só estou pensando em me nutrir para dar meu melhor no desafio. Eu sei bem de nutrição, pois tenho uma filha nutricionista.

Darlene olha para Luke que está comendo aos poucos.

Darlene – Rapaz, por isso que você é fraco, não quer comer nem uma comida boa dessas.

Luke – Eu tô comendo, só que devagar.

Darlene – Come mais rápido! Parece que tá com medo. Você e Clyde são tão magrinhos, parece que se um vento bate leva vocês. Tem que ver meus filhos, eles são tão fortes!

Luke – Eu não preciso...

Darlene – Coma, rapaz – Ela mete uma garfada cheia de macarrão do seu próprio prato na boca de Luke inesperadamente, que arregala os olhos. – Assim é melhor. Hmm que delícia. – Sorri com seu ato enquanto o rapaz mostra dificuldade para mastigar tanta comida.

Após mais uma noite, dessa vez sem chuvas, e mais um almoço, todos se preparam para a próxima prova, no décimo primeiro dia de programa.

Christina – Vocês já são nove! Preparados para a prova de hoje?

Darlene – Sempre!

Sully – A gente tem que ganhar hoje – Sully parecia em melhor estado, mas seu nariz ainda tava meio vermelho e ela estava um pouco fanhosa.

Christina – Para a prova de hoje vocês deverão rodear a ilha inteira com esses barcos, com uma corrida, deverão todos da equipe subir nele e só vencerão quando tiverem dado a volta completa. O ponto de partida e chegada será simbolizado por aquela boia ali. Mas o barco está sem as chaves e sem gasolina, vocês deverão correr para pegá-las. As chaves se encontram no refeitório, não direi onde. E a gasolina em um galpão de pesca.

Sam – Galpão? Nunca vi um aqui.

Christina – Que também não direi onde fica! É simples, nenhuma dúvida, não é? – Todos confirmam. – Preparar, apontar, começou!

Patamon – Eu sei onde fica galpão, ando muito nessa ilha.

Gorete – Ótimo, então temos uma boa vantagem sobre eles.

Patamon – Mas quem disse que eu vou dizer?

Gorete – Oi?

Patamon – Eu quero mais é que vocês se lasquem no momento.

Shermy – Patamon...

Gorete – Olha aqui, Ratamon, trata de agir como uma pessoa crescida que você já é! Não precisamos de uma âncora na equipe.

Patamon – Se não? Vão me eliminar? Acho que não podem – Ele então tira seu ídolo do bolso.

Sully – Não.

Patamon – Sim.

Sully – NÃO!

Patamon – SIM! – Mais um trovão é escutado, mesmo com o clima ensolarado.

Sully – Você achou isso sem a pista? Ou a Shermy te deu?

Shermy – Eu não fiz nada.

Patamon – Achei só, sou uma pessoa competente. Diferente de outras...

Valdemiro – Eu pensei – As tartarugas se dividiam para pegar as duas coisas juntas – em eu ir procurar esse galpão, já que sou mais rápido posso olhar em mais lugares melhor.

Darlene – Eu pego a chave no refeitório.

Valdemiro – Alguém pode estudar o barco enquanto vamos, já que teremos que dirigir ele.

Sam – Mas quem sabe dirigir isso? – Darlene então limpa a garganta. – Não me diga que...

Darlene – Que eu tenho um filho que por acaso tem um barco e já me ensinou a dirigi-lo? Tchê tchê tchê. – Sam se surpreende.

Sam – O que mais você pode fazer?

Valdemiro – Então os meninos podem pegar a chave no refeitório.

Luke – Eu posso ir com você, Val?

Valdemiro – Acho que é melhor ir sozinho para não ter perigo de enrolar em nada.

Luke – Ah, mas eu serei de ajuda, quatro olhos funcionam melhor que dois.

Valdemiro – Tudo bem. Vamos lá, mãos à obra! – Todos se separam.

Shermy – A outra equipe já foi!

Gorete – Então, eu e Shermy procuramos esse galpão. Sully como você tá doente só vai pegar a chave no refeitório e nos espera aqui.

Sully – Eu já estou melhor!

Shermy – E Patamon não vai fazer nada?

Gorete – Ele que vá tomar no...

Confessionário On

Shermy – Eu fico muito muito muito triste que o Patamon está agindo dessa forma, porque eu gostei muito dele. Na verdade, eu simpatizei mais com ele do que com a Gorete, o papo fluiu melhor, mas ele continuando a agir imaturo assim fica difícil... – Ela se entristece. – Eu sei que ele tem só dezoito anos e todas nós somos mulheres formadas já então temos uma mente melhor, mas né... poderia ser diferente.

Gorete e Shermy já se encontram a procura do galpão, sozinhas.

Gorete – É um local de pesca, então de ficar perto da praia, talvez a gente só precisa continuar andando por ela até achar.

Shermy – Bem pensado! Você é inteligente.

Gorete – Ah... – Se envergonha. – Pensamento lógico! – Enquanto andam, elas começam a conversar mais sobre ambas.

Já Luke e Valdemiro estão correndo na floresta, Valdemiro um pouco mais a frente e Luke tendo dificuldades de manter o passo, mas tentando não demonstrar.

Confessionário On

Luke – Claro que eu quis vir aqui para passar ainda mais tempo a sós com ele. Passei um tempo me perguntando se esses dias que passamos juntos era pouco para se apaixonar, mas decidi não me importar com isso e viver o momento. Mas claro que nunca falarei nada para ele, já que ele é claramente hétero.

Valdemiro – Apressa o passo, não podemos nos deixar ser ultrapassados.

Luke – Estou tentando. – Um pouco após acabar de falar, Luke tropeça em um dos galhos no chão e solta um grito. Valdemiro volta para a ele e olha feio. – AI! Acho que torci meu pé!

Valdemiro – Imaginei que isso aconteceria...

Luke – Ai, estraguei tudo.

Valdemiro – Estamos muito longe pra voltar e não vou te deixar aqui sozinho, vem, sobe nas minhas costas, você é leve, acho que consigo te carregar.

Luke – Tudo bem.

E então, no refeitório, Sully e os meninos acabavam de chegar e apesar de não esperarem encontrar as chaves rapidamente, Clyde e Sam a viram perto da geladeira, pegaram e logo saíram dali. Havia lugar para duas chaves, mas só havia uma ali.

Sully – Não entendi, cadê a outra chave?

Patamon – Aqui – Ele aparecia como um vulto. – Você realmente acha que eu ia deixar vocês se beneficiarem? Já falei que nós vamos perder.

Sully – Garoto, você não tem esse direito. – Ela falava abatida, realmente não queria dormir mais uma vez ao ar livre.

Patamon – Você é muito fraca Sully. A prova viva de que não é fácil ser vilão.

Sully – Eu não sou uma vilã, oras. Eu só... gosto das coisas do meu jeito. E se eu quero... eu consigo! – Ela dá um salto em direção ao rapaz e logo eles estão em briga pela chave.

Patamon – Fracassada.

Sully – Mal-amado.

Patamon – Burra.

Sully – Esquisito.

Patamon – Enxerida.

Sully faz toda a força que consegue puxando a chave e pensa no pior xingamento que vem na sua mente.

Sully – Nanico! – Não demora muito até que ela consiga tomar de suas mãos. – Tcharam! – Ela faz um sinal de beijo para ele e sai correndo dali. Patamon se levanta descabelado, mas ainda sério e vai atrás dela.

Confessionário On

Sully – O menino não tem nem um metro e setenta e quer bancar de doido pra cima de mim? Pois ele viu quem é que manda aqui e certamente não é ele. – Fala levantando a chave no alto, que está em sua mão direita. – Tem que crescer pra me peitar, meu amor.

Luke e Valdemiro ainda estão a procura do galpão.

Valdemiro – Eu estou tão cansado – põe Luke um pouco no chão enquanto toma um ar.

Luke – Faz bem tirar um tempinho.

Valdemiro – Mas tem que ser bem pouco, temos que ganhar novamente a prova hoje.

Luke olha para Valdemiro ofegante e o acha ainda mais bonito enquanto desarrumado.

Confessionário On

Luke – Eu me sinto uma princesa do lado dele, e ele é meu rei proibido. – Fica um tempo em silêncio enquanto olha pra câmera. – Pera aí, ele vai ver essa fita, não é? Não, não, não. Ele não pode saber que eu falei essas coisas – começa a mexer na câmera que fica com a imagem distorcida. – Como tira isso? Ai que mico, que vergonha!

Luke – Como você é forte e dedicado.

Valdemiro – Acho que é só impressão, meu corpo não é fora do normal, é mais porque não tem ninguém acima da média aqui e eu pareço incrível, qualquer um pareceria – Fala com uma pitada de humor.

Luke – Acho que pareceria de qualquer forma, ainda mais com essas tatuagens pelo seu corpo... – Luke perde a noção do que estava dizendo e enche sua cabeça de pensamentos, enquanto Valdemiro logo percebe o jeito diferente que Luke está falando e muda o objetivo da conversa.

Valdemiro – Só queria saber onde fica esse galpão logo, nada mais no mundo me deixaria feliz.

Luke – Val... Eu posso falar onde fica o galpão.

Valdemiro – O quê?

Luke – O Patamon me contou antes da gente sair, não sei se você viu.

Valdemiro – E porque não falou antes?!

Luke – Ah... a gente não tem muito tempo a sós, você sempre tá com Clyde ou Sam – Valdemiro parece ainda mais cansado depois de ouvir isso.

Confessionário On

Valdemiro – Eu realmente gosto do Luke, ele é um amor de pessoa, mas precisa medir suas palavras e ações pra não sair tão palhaço desse jeito. Sério que ele sabia e me deixou ficar exausto pra contar? Parece que se esforça pra ser ruim. Ainda bem que eu sou muito paciente, paciente como era Jesus – Ele faz sinal de mãos como se estivesse rezando.

Valdemiro põe Luke nas suas costas e começa a andar por onde o menino deu a direção. Depois de um tempo, em uma velocidade moderada, eles dão de cara com Gorete e Shermy já voltando com seu galão de gasolina.

Gorete – Oi rapazes! Eles ainda vão demorar um pouquinho pra chegar lá, vamos apressar o passo! – Fala para Shermy.

Shermy – Nossa, você parece tão cansado – Ela para um pouco tocando em Valdemiro, Gorete continua seu passo com o galão na mão.

Valdemiro – Isso não é nada!

Shermy – É tão fofo dando uma de machão – Ela ri enquanto ele cora.

Gorete – Shermy!

Shermy – Já vai! Já vai! – Ela se vira para Valdemiro e toca o seu queixo. – Depois nos vemos, garanhão. Hoje você não vai ganhar de mim – Ele ri.

Valdemiro – É isso que vamos ver – Ajeita Luke em suas costas e continua andando em direção ao galpão, agora mais rápido.

Confessionário On

Valdemiro – Eu adoro minha relação com a Shermy, ela não é só um... possível interesse amoroso, também é minha rival! Não sei se ela sabe, mas ela vem aumentando meu espírito competitivo que eu nem sabia que tinha muito e outros espíritos meus também...

As duas meninas chegam no cais com o galão.

Sully – Que demora!

Gorete – Era longe demais isso! – Ela então olha para os lados. – Cadê o Patamon.

Sully – O baixinho ficou dentro do barco, pelo menos isso ele não relutou – Ele olhava para elas sério.

Gorete – Ótimo! E vamos para a vitória.

Patamon – Quem ri por último, ri melhor... – Falava baixinho unicamente para ele ouvir.

Ali perto, Clyde e Sam viam o barco das lebres zarpando, Darlene estava cantarolando alguma melodia dentro do barco e eles entediados um do lado do outro, sem muito papo. Sempre que um puxava assunto, ele não durava minutos e logo vinha o silêncio.

Confessionário On

Sam – Eu não gosto muito de “normies”, eu sei que meu maior aliado é meio que isso, tanto que se dá bem com o Clyde, mas ele é mais interessante, tem outras camadas.

Clyde – Queria me dar melhor com o Sam, a gente parece simplesmente não funcionar juntos, mas tudo bem, desse jeito fica mais fácil decidir em qual direção no jogo eu devo seguir.

Um tempo depois, os dois rapazes vinham, Luke carregando o galão e Valdemiro carregando Luke.

Clyde – O que aconteceu?

Valdemiro – Ele torceu o pé.

Luke – Amanhã devo estar melhor.

Sam – Anda, passa pra cá, não temos tempo a perder.

Darlene – Oba! E lá vamos nós. Vroom Vroom!

Confessionário On

Darlene – Let’s Ride!

No barco das lebres, eles estão quase dando a volta completa. Gorete está dirigindo e Sully já começa a sorrir pensando na cabana. Mesmo animadas, o silêncio paira e logo Patamon o quebra.

Patamon – É aqui que eu entro!

Sully – An?

Patamon retira um martelo de suas costas e danifica o motor do barco que para perto da linha de chegada.

Sully – Não acredito! NÃO. NÃO. NÃO.

Shermy – Calma amiga, pelo amor de Deus.

Gorete – Garoto, você realmente tá forçando um embate aqui, a coisa vai ficar feia.

Patamon – Que tal só me eliminarem então? Não podem? – Ele retira o ídolo do bolso novamente.

Shermy – A gente não pode passar muito tempo assim, o barco das Tartarugas já saiu, eles logo logo dão a volta na ilha.

Gorete analisa bem a situação.

Confessionário On

Gorete – Eu não acredito no que os meus olhos vêem, um homem praticamente agindo como uma criança. Mas eu bolei um plano e isso tem que dar certo.

Gorete – Mulheres, nós três temos que descer do barco e empurrar ele até a linha de chegada. Devemos estar só uns quatro metros de distância.

Sully – O quê? Mais água? – Ela analisa também, dando de ombros e pulando do barco para empurrá-lo.

Patamon – Isso é sério?

Gorete – Seríssimo, não tinha nenhuma regra contra isso.

Shermy – Eu estou tão cansada para nadar, mas qualquer coisa por uma cama! – Ela pula também no mar.

Patamon – Lá vem o barco das Tartarugas. É, duvido de vocês.

Gorete – No três, mulheres, um, dois, três! – Elas logo colocavam toda a força que tinham. O barco não era muito grande, era o suficiente para quatro pessoas caber, e os ventos estavam ajudando elas empurrando as águas na direção da linha de chegada. – Força!

Clyde – A gente vai vencer!

Darlene – Acelera!

Patamon via o barco cada vez mais próximo e parecia minimamente animado.

Christina – Parece que será preciso tirar uma foto para ver quem é o vencedor – Ela tira uma câmera do bolso.

Os dois barcos cada vez mais rápidos cruzam a linha de chegada ao mesmo tempo, mas teve um que claramente alcançou primeiro.

Sam – Cruzamos.

Darlene – Foi a gente? Foi a gente? – O barco vai parando aos poucos mais longe da linha de chegada, enquanto o barco das lebres se encontra em cima dela.

Christina – As lebres vencem! Tartarugas nos vemos na Cerimônia da Fogueira.

Gorete – Parece que o melhor realmente ri por último – Ela e Sully se entreolham e logo soltam uma risada. Patamon se enfurece, uma expressão mínima, mas a maior que já fez na ilha.

Confessionário On

Patamon – Essas pessoas me fazem sentir coisas que eu nem sabia que conseguia sentir, tantas camadas de coisas negativas brotam em mim. Eu estou muito chocado, comigo mesmo para falar a verdade.

Gorete – Preciso dizer que você fez muito bem hoje, Sully.

Sully – Irei te dar uma colher de chá e dizer que, surpreendentemente, você também foi bem útil – As duas riem um pouco, ainda na água.

Gorete – Tanta felicidade que você nem se importa que também está molhada.

Sully – Ai meu Deus, SHERMY!

Shermy estava boiando com o corpo interamente submerso na água, apenas seus grandes peitos estavam do lado de fora.

Um tempinho depois, Clyde, Darlene e Luke conversavam sobre quem iriam preferir eliminar entre os meninos.

Luke – A gente pode ir no Sam? Valdemiro é útil pra gente.

Clyde – Eu concordo, não tem outra opção.

Darlene então pensa com cuidado sobre.

Darlene – Eu gosto muito do Sam. Tenho uma proposta diferente, que tal eliminarmos o Valdemiro?

Luke – Porquê eliminaríamos ele?

Darlene – Logo vai ter a fusão, as provas vão ser individuais, ele vai ter vantagem na maioria das áreas eu nunca venceria dele numa prova, só se for de comer. Além do mais, ele tem contato com a Shermy na outra equipe e a gente não tem com ninguém – Eles não ligavam para Luke a ponto de nem perceber direito sua relação com Patamon.

Clyde – Isso é verdade, ele é ameaçador, mesmo sendo um cara legal, talvez o mais inteligente seria eliminar ele. Você topa, Luke?

Luke – Não sei...vocês são minha aliança, né? Mas preferia eliminar o Sam.

Darlene – Entenda, o Valdemiro é melhor.

Luke – Se vocês quiserem isso então...

Darlene – Ótimo! Nos vemos na cerimônia, bebês.

Confessionário On

Darlene – Eu sou muito inteligente. Confessem – aponta para a câmera.

Clyde – Eu gosto tanto do Valdemiro, temos uma conversa bem fluida, mas eliminar ele me soa bem, eu quero tentar ser estratégico mesmo e ele é sim a melhor opção para se votar pelo jeito, irei renovar o jeito que se joga Drama Total.

Luke – Eu não me sinto confortável com isso, talvez eu vote nele, mas... tenho que falar com ele também! Ouvir os dois lados da história.

Luke então conta tudo para Sam e Valdemiro.

Valdemiro – Me eliminar? Se quase vencemos o desafio hoje foi por causa de mim e da Darlene, perdão a vocês, mas não acho que deveria sair.

Sam – Outras pessoas já saíram mesmo sendo fortes ou esqueceu do Nicolas? – Luke então dá um sorrisinho.

Luke – Então, eu queria saber o que vocês acham disso.

Valdemiro – O mais óbvio seria ir em um deles dois que querem isso.

Luke – Sabia que ainda tenho trauma dessa palavra, Val... – Dá uns risinhos e Valdemiro sorri para ele.

Sam – Mas então... Clyde, né?

Valdemiro – Sim, Darlene nos ajuda mais.

Confessionário On

Sam – Fico feliz que Valdemiro não quis eliminar a Darlene, não que a gente seja grandes amigos ou coisa do tipo, mas gosto dela aqui.

Valdemiro – Eu disse que Luke seria um ótimo apoio pra gente, ele é ruim em provas, mas ele tá na minha – Eles conversam a sós depois do loiro sair dali.

Sam – Sim, mas você não acha um pouco rude iludir ele, Valvalzinho? – Zomba.

Valdemiro – Ele tá se iludindo sozinho, nem preciso fazer nada, e nem quero porque detesto jogar sujo. Depois do reality eu explico tudo direitinho pra ele, que só tô usando o que o destino está me dando e, então, podemos ser amigos.

Sam – Ele nem falou se vai votar no Clyde mesmo, podemos estar encrencados. Podíamos eliminar ele também, a Tidinha me cansa tanto as vezes.

Valdemiro – Cara, ele deve me salvar, será possível?

Num arbusto ali perto, Patamon aparece para as câmeras e pareceu ouvir tudo.

Confessionário On

Patamon – Alguém sempre estará assistindo.

Cerimônia da Fogueira.

Christina – Vou começar a distribuir os marshmallows, o nome que eu não falar será o eliminado de hoje. Recebem os marshmallows Darlene, Sam...

Ela faz um suspense.

Christina – Luke – O jovem respira fundo. – Clyde e Valdemiro, os dois estão aqui por motivos estratégicos aparentemente. Sem  mais delongas, o último vai para...

Valdemiro – Então a gente se votou mesmo, não é?

Clyde – Espero que a gente continue amigo independente de quem sair, gostei muito de você.

Valdemiro – Igualmente. Realmente adorei te conhecer, você é uma pessoa muito legal.

Christina – Valdemiro! – Os dois logo se entreolham e se levantam.

Darlene que estava em paz logo se incomoda com o ocorrido.

Christina – Isso significa que Clyde caminhará pelo cais da vergonha hoje.

Clyde – A aliança era uma farsa, caras? – Fala se virando para Darlene e Luke.

Sam – Tinha mesmo uma aliança, né?

Darlene – Menininho, você me traiu! – Ela aponta para Luke alterada.

Clyde – Não precisa ficar com raiva, sou eu que estou sendo eliminado, ainda tem jogo pela frente. Poderia desejar boa sorte para todos vocês, mas quero desejar só para alguns.

Luke olha para cada membro de sua equipe e parece novamente incerto do seu futuro.

Darlene – Decepcionada... não imagina como estou me sentindo... – Começa a se emocionar em seu banquinho.

Christina – Parece que teremos mais uma nova encrenca depois dessa votação, Sela Gineta está fervendo nas traições! As equipes se encontram com membros empatados novamente, e ambas tem alguém que se sente humilhado, o que será que o destino tem aguardado para nossos competidores e quem será o próximo eliminado? Descubra isso e muito mais aqui no Drama... Total... Sela Gineta!


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Notas finais do capítulo

Clyde votou em Valdemiro

Darlene votou em Valdemiro

Luke votou em Clyde

Sam votou em Clyde

Valdemiro votou em Clyde



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