The Bravest Thing escrita por Little Alice


Capítulo 1
U: you know when it’s time to go


Notas iniciais do capítulo

Oi, todo mundo! Como vão estão?

E aqui estou com mais uma fanfic Drastoria para vocês. Confesso que, depois de escrever uma pequena bíblia Drastoria em dezembro, para o amigo secreto do Fearless, pensar em uma história nova sobre os dois não foi exatamente fácil, pois já não estava mais no clima do ship (enjoo fácil das coisas, culpo o meu sol em gêmeos por isso rs). Porém, eu não podia deixar de participar do Fevereiro Drastoria, não é mesmo? No fim, surgiu essa ideia de escrever uma songfic inspirada em “It’s time to go”, da Taylor Swift. É uma fic simples e pequena, um pouco triste e um pouco feliz. É também a minha despedida fanfiqueira e espero que todos gostem!

Sugiro a leitura com a música tema:
https://youtu.be/1iRbIYkccgw

Boa leitura ♥



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That old familiar body ache

The snaps from the same little breaks

In your soul

You know when it's time to go

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Astoria colocou uma mão sobre o trinco da porta, enquanto a outra segurava com uma firmeza exagerada a alça do seu velho malão, que a acompanhava desde os seus onze anos de idade. Ela não hesitaria depois de tudo, porém, isso não a impediu de olhar para trás. Mesmo que por apenas alguns segundinhos. Porque, bem ali, diante dela, estava toda a sua vida e tudo o que conhecia até então; o que, em si, não era muito, considerando que, aos vinte anos, ainda era tão nova, tão inexperiente. Por apenas alguns segundinhos, ela encarou a vida que escolhia deixar. Não era fácil dizer adeus. Nunca é. Uma parte sua ficaria para sempre naquele lugar, entre as grossas paredes da mansão Greengrass: o seu passado, a garotinha rebelde com e sem causa que foi, as pessoas que amou desde o seu primeiro momento naquele mundo de cão, apesar dos apesares, e a mulher que poderia e deveria ter sido, mas que não queria mais ser.

Porque aquela mulher nunca seria ela, em sua integridade. Astoria entendia isso agora.

Embora compreendesse, doía. Doía muito. Era inevitável que doesse. Dar às costas ao conhecido, à sua zona de conforto — e que, no fundo, não passava de uma zona de desconforto. Astoria estudou cada detalhe do seu quarto de menina; as colchas azuis-turquesa e de fios egípcios, os livros empoeirados na estante, que foram lidos e relidos tantas vezes, as pinturas de artistas trouxas que mantinha por gosto e por provocação pregadas nas paredes cor de gelo, as tintas ressecadas e os pincéis velhos espalhados na área de trabalho, a horrível enciclopédia medibruxa que ainda jazia na mesinha de cabeceira. Cada um daqueles detalhes contavam uma história, às vezes boa, às vezes ruim. No geral, mais ruins do que boas. Quando parava para refletir, chegava à conclusão de que sua vida não havia sido uma maravilha. Era triste perceber aquilo sobre si própria, mas uma verdade triste ainda era uma verdade.

E era justamente por isso que estava indo embora. Se dizer adeus a tudo que conhecia doía, permanecer doeria mil vez mais. Permanecer a mataria aos poucos. Em algum momento, não sobraria mais nada que valesse a pena, apenas arrependimento; um sentimento com o qual não queria lidar em um futuro distante e, para isso, teria que ser corajosa aqui e agora. Quase sem perceber, Astoria ia se deixando levar pelos caminhos que trilhavam para ela. Ia se tornando não quem desejava ser, mas quem os pais queriam que fosse. Buscando o amor e a aprovação dos outros desesperadamente, abdicando de si mesma no processo. Nublando o próprio destino, ao ponto de não vislumbrar nada adiante, somente um vazio enorme e sufocante. Ela se matriculou no curso de medicina bruxa e aguentou por dois longos e exaustivos anos não por talento ou por ambição, mas porque aquela era a tradição da família Greengrass desde que o seu tataravô paterno fundou o St. Mungus séculos atrás e porque, aparentemente, aquela deveria ser a sua vocação.

Não era.

Mas, talvez, só talvez... seguir por aquele caminho esperado a fizesse se sentir mais amada e mais aceita pelos pais. Era o que às vezes pensava. “Talvez eles possam se orgulhar”, sussurrava quando o coração se apertava e tudo em sua vida parecia errado, das suas escolhas até as suas ações. Quando era uma criança agitada e, posteriormente, uma adolescente emburrada, Astoria tentava conseguir a atenção dos pais com um comportamento rebelde e indisciplinado, pois não conhecia outra forma de fazê-lo e ainda não era madura o suficiente para controlar o próprio temperamento. Entretanto, no início da vida adulta, já cansada de não ter o que queria e devastada pelo pós-guerra, apenas tentou se encaixar de alguma forma às expectativas, ainda que minimamente. Ser medibruxa lhe pareceu importante, e o mundo, abalado pelos últimos acontecimentos, precisava de pessoas que ajudassem pessoas. Em uma esfera mais pessoal, ela precisava saber que não estava sozinha naquele mesmo mundo e que poderia ser motivo de orgulho. Seu pai sorriu quando a sua carta de aceite chegou, os anos de decepção sendo diluídos naquele gesto que durou apenas alguns minutos, e aquilo lhe deu esperança. Talvez, só talvez, eles pudessem amá-la.

Não amaram.

Por mais que se esforçasse, Astoria não conseguia atravessar os limites dos corações do Sr. e da Sra. Greengrass. No fim, precisou admitir que não importava o que fizesse, o quanto se dedicasse em ser a melhor residente do St. Mungus ou uma filha paciente e boa, sempre haveria algo nela que os decepcionaria, fosse o seu jeito de se portar, de se expressar ou de simplesmente existir no universo. Ela os desenganou no momento em que nasceu. Afinal, não era um menino, como ambos tanto desejavam. Era uma segunda menina, que, como Daphne, não daria continuidade ao sobrenome puro e aristocrático deles. Aquilo não era sua culpa, no entanto. Nada daquilo era. Os pais pareciam patologicamente incapazes de amá-la e Astoria não tentaria mais mudar aquilo às custas da sua própria felicidade. Queria ser amada pelo que era, não pelo que esperavam e pelo que não podia alcançar.

Aquela decisão, contudo, não surgiu em um ímpeto. Não foi uma epifania que teve em um dia nublado qualquer e meio sem graça. Não, veio aos poucos, dia após dia, em doses homeopáticas, a cada vez que se frustrava e a cada choro que engolia. Quando percebia que estava no lugar errado, na hora errada. Quando notava que ser medibruxa poderia ser importante para os pais e para o mundo, mas não para ela. Quando se dava conta que só se sentia verdadeiramente como si mesma ao pintar as suas telas, que poderiam ou não ser dignas de algo — Astoria ainda não sabia ao certo, mas talvez valesse o risco de descobrir. Eram pequenas e conhecidas dores que percorriam todo o seu corpo. Estalos em sua alma que ameaçavam quebrá-la. Sentimentos que lhe sussurravam que era hora de ir. De desistir. De pegar o caminho da esquerda, por mais arriscado que pudesse ser, por mais abismos que pudesse conter.  

Então, depois do que pareceu eras lutando batalhas invisíveis contra si, enfim se ouviu. Enfim, decidiu se escolher, a despeito de tudo. Astoria buscaria o próprio amor, a certeza de estar tentando fazer o seu melhor, por si e para si mesma. Ela não estaria sozinha; na verdade, nunca esteve. Tinha amigos, tinha um namorado e, o mais importante, tinha a si própria e sempre teria. Aquilo precisava bastar — e bastaria. Ela apertou com mais força a alça do seu malão, até o nó dos dedos embranquecerem, e percorreu o quarto com um olhar pela última vez. Aquele lugar tinha o seu passado congelado em cada detalhe, mas ela, Astoria, tinha o seu futuro nas mãos, vivo e em movimento. Com aquela convicção, que fazia o seu peito borbulhar corajosamente, ela abriu a porta, respirou fundo e deu um passo à frente, em direção ao desconhecido, porém, um desconhecido que ansiava e queria.

 

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Sometimes giving up is the strong thing

Sometimes to run is the brave thing

Sometimes walking out is the one thing

That will find you the right thing

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Draco e coragem nunca andaram juntos. Se tivesse que ser honesto, diria que sempre estiveram em margens opostas, sem jamais se cruzarem ou mesmo se avistarem; fora assim desde o princípio, antes mesmo que aquela maldita marca se cravasse em sua pele, em sua alma e em todo o futuro que poderia ter tido. A covardia e a má fé, digna de seu sobrenome, o precediam. Os seus atos pareciam condensados àqueles dois aspectos e, por um tempo longo e cruel demais, não acreditou que sua vida poderia ser mutável. Não achou que, depois de tudo o que aconteceu, ele poderia ser mutável. Draco era o que era e lidaria com aquilo — não da melhor maneira possível, como a sua mãe ou mesmo o seu pai desejavam e, talvez, até pedissem aos céus, à Merlin ou a qualquer entidade superior que pudessem acreditar. Fechando a abotoadura da sua camisa social, ele encarou a própria imagem refletida no espelho.

Naquele gesto, via com clareza em quantas partes sua vida se dividia. Antes, houvera o orgulho e a glória. Draco crescera e se acostumara a enxergar a si próprio como um alguém maior do que era, merecedor de mundos e superior aos demais. Diante da vida, se erguia em um pedestal de soberba e preconceitos e, diante de espelhos como aquele, se via exatamente como um Narciso. Depois, houvera o declínio e a miséria. Aquela antiga glória se tornou desonra e o orgulho que nutrira por toda uma existência caíra sobre os seus pés, em completa ruína. Como um espelho que se quebra, a ideia que fazia de si se distorceu, se fragmentou… e Draco se deixou afogar. Sabia bem quem foi, o que fez para se salvar durante a guerra, e entendia que havia sido desprezível em níveis imperdoáveis; mas não sabia mais quem deveria ser, o que precisava fazer para se salvar durante o pós-guerra, e o que era necessário entender para alcançar, ao menos, o próprio perdão.

Como previsto, Draco não buscou um caminho alternativo, onde pudesse se reconstruir aos poucos, de modo comedido e sensato, mas sincero. No lugar disso, substituiu a imagem de um semideus pela imagem de um monstro. No fim, era mais fácil assim. Trocar um pelo outro, o antigo pelo novo, sem espaço para as nuances. Ele jamais seria capaz de enfrentar batalhas internas e incansáveis ou de brigar pelas respostas e pelos meios. Não era um homem corajoso, afinal. Nunca foi. Era mais fácil se deixar afundar em autopiedade. Amargar os seus dias e a sua falta de perspectiva. Odiar o seu passado, ao mesmo tempo em que se prendia a ele. Se trancafiar dentro daquela Mansão decrépita, que o recordava todos os dias do que viveu e do que viu. Desprezar, igualmente, a todos os que o desprezavam. Ter como companhia garrafas e mais garrafas de uísque de fogo. Selar o seu destino por completo. Se declarar um mártir, em suma.

Só que, não, não era mais fácil.

Era pior.

Compreendia isso agora.

No fim, talvez não fosse por covardia; embora, sim, enfrentar fantasmas pessoais e superar os próprios fracassos soassem como algo terrivelmente desafiador para ele. Talvez fosse apenas por não conhecer outra maneira de lidar com o que era e com o que se tornou, além daquela, em que se autodestruía pouco a pouco. Talvez Draco só não pudesse atravessar aquilo sozinho, sem ajuda. Durante os anos pós-Hogwarts, o rapaz apenas existiu. A vida passava miseravelmente por ele, sem que reagisse. Condenado pelos seus erros, crédulo de que permaneceria naquele mesmo lugar até o fim, de que não existia nada adiante. Até que, eventualmente, aquilo tudo transbordou e Draco teve o seu primeiro — e esperava que último — surto.

Aquilo lhe rendeu algumas semanas internado no St. Mungus e um tempo indeterminado de psicoterapia. Diziam que sofria de um quadro de estresse pós-traumático, o que Draco traduziria como “consciência pesada”. À princípio, o rapaz resistiu ao tratamento e teria dado um fim àquela baboseira ridícula, não fosse a insistência de sua mãe, que poderia ser muitas coisas ruins, mas que jamais poderia ser acusada de não o amar com a força de mil constelações. Enfim, depois de algumas tentativas falhas, Draco encontrou uma médica em quem confiava e as primeiras melhoras começaram a ser notáveis em seu dia a dia, mesmo que ainda parecesse quebrado de várias formas. 

E então…

Houve Astoria.

A garota de olhos profundos e escuros, que conheceu na sala de espera do St. Mungus e que, aos poucos, ia se tornando a pessoa mais importante e mais brilhante do seu universo. Na ocasião, ele aguardava a sua consulta semanal e ela apenas matava algum tempo, tomando um chá aguado e sem açúcar, antes de voltar para aquilo que, mais tarde, Draco descobriria que só a machucava e a impedia de ser verdadeiramente completa. Um laço inesperado e bem-vindo se formou entre ambos e, ao lado de Astoria, ele reviveu sentimentos que considerava mortos e experimentou sensações tão únicas e tão especiais, que a existência delas poderia ser colocada em xeque se ele próprio não as tivesse vivenciado, em sua pele e em seu coração. Ela o dava forças e, de algum modo estranho, aquilo parecia ser recíproco. A trajetória de autodescoberta e de bravura dela o inspiravam a continuar, a buscar por sua melhor versão.

Agora, vendo-se refletido no espelho, uma terceira parte de sua vida se revela diante dele: uma em que teria que se reaprender, se recriar. Draco precisava construir uma nova imagem sobre si, uma imagem que não necessariamente o redimiria perante àqueles cujas vidas prejudicou direta ou indiretamente, mas que traria alguma paz interior, um pouco de perdão para si mesmo. Não queria mais ser nem o semideus, nem o monstro. Não havia nada que pudesse fazer para mudar o que passou, não existia um feitiço que revertesse existências errantes; porém, o futuro ainda podia ser ressignificado, ainda podia ser bonito e bom. No longo percurso que aqueles últimos meses significaram em sua vida, Draco ia aprendendo a se desprender do seu passado e a viver o seu presente da melhor maneira que conseguia. Antes, achava que precisava se manter naquela Mansão, para que o passado jamais fosse esquecido. Agora, estava pronto para deixar aquele lugar e guardar aquelas memórias em um canto não inacessível de sua mente, mas também não principal. 

Draco ajeitou o casaco sobre os ombros, ergueu o queixo e caminhou em direção à sua cama, onde o seu malão já estava feito. Quando Astoria propôs aquela ideia meia maluca de largarem tudo e de construírem algo inteiramente novo e deles, ele soube no mesmo instante que precisava aceitar. Que precisava dar aquele próximo passo, se arriscando no mais profundo desconhecido. Que precisava ser, enfim, um homem corajoso. Por si mesmo, por Astoria e pelo destino que iam desenhando, juntos e separados, naquela tela em branco que era a própria vida. O medo, obviamente, se fez presente enquanto aquela decisão se concretizava. Às vezes, Draco temia por Astoria; às vezes, se culpava por estar deixando aquele passado sombrio e que o formava para trás, por estar desistindo daquela autopunição a que outrora se condenou. Apesar dos pensamentos intrusos irem e virem com alguma constância, lutava para não ser consumido por eles. Draco estava fazendo a coisa certa, afinal. Estava sendo corajoso, ainda que em uma dimensão micro. Estava dizendo sim para a vida. Aquela era a única forma de prosseguir.

Deixar o passado no passado.

Tentar encontrar o caminho correto.

Draco ergueu o malão — não levava muita coisa, não havia muito o que quisesse levar daquele lugar — e o arrastou até a saída. Em nenhum momento, parou ou olhou para trás. Apenas seguiu adiante, indo embora. Para longe.

 

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And you know in your soul

When it's time go

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O apartamento era simples, mas aconchegante. Astoria sorriu, enquanto observava cada detalhe ao seu redor resplandecer. A sua nova casa. A sua nova vida. Imaginou a felicidade que os aguardava entre aquelas paredes ainda em branco. Imaginou também se haveria espaço para tristezas e decepções naquele lugar. Provavelmente sim; a vida ainda era a vida, no final das contas, e sempre seria. A verdade era que não sabia como seria o dia de amanhã, muito menos o dia depois do amanhã. Apesar disso, aquela chama de expectativa e de alegria ardia em seu coração. Ela sentiu uma mão envolver a sua, pressionando-a suavemente e aquecendo-a. No mesmo segundo, Astoria se virou e encarou aquele par de olhos acinzentados — tempestuosos na superfície, amáveis na profundidade. Draco também sorria, um gesto que, de raro, passou a frequente. Ao menos, ao lado dela. Sempre ao lado dela. Suspirando lentamente, ela se aninhou ao peito dele. Astoria, de fato, não sabia muita coisa sobre o futuro, entretanto, sabia de três coisas, naquele momento: que eram fortes, cada um à sua própria maneira, que possuíam um ao outro e que havia esperança de algo bonito pela frente.

Eles estavam prontos para viver aquela nova página.

 

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Then you go

You just go

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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. O que acharam? Se chegou até aqui, não se esqueça de me dizer a sua opinião nos comentários! ♥

E, aqui, eu me despeço desse pequeno universo. Desde o início da pandemia, as fanfics funcionaram como uma espécie de refúgio para mim e me ajudaram a enfrentar esses tempos difíceis. Apesar dos eventuais surtos (ok, nem tão eventuais assim), sou muito grata a tudo o que esse retorno me proporcionou. Sou grata especialmente a todas as pessoas incríveis que pude conhecer e acompanhar durante esse período ♥ Porém, como aconteceu com a Astoria e com o Draco, chegou a minha hora de dizer adeus e de me arriscar em novos mundos (quem sabe minhas próprias histórias originais?). É algo que sinto há algum tempo e que estou finalmente ouvindo e colocando em prática, é isso me deixa triste e feliz ao mesmo tempo. A música da Taylor diz muito sobre isso e se encaixa perfeitamente com o momento que estou vivendo, de modo que foi bom escrever uma fanfic inspirada nela e torná-la a minha despedida fanfiqueira. Muito obrigada a todos que leram ♥

Beijos e nos vemos por aí :*



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