Nunca pensei muito em como morreria —mesmo que tivesse motivos suficientes nos últimos meses. Mas, mesmo depois de lembrar das situações de "quase morte", não teria imaginado que aconteceria assim...

No entanto, morrer no lugar de alguém que eu ame, talvez fosse uma boa maneira de partir.
Nobre e justo. Portanto, quem sabe isso até poderia contar para alguma coisa. Para, talvez, o paraíso. Se é que exista mesmo esse lugar, eu esperava que alguma dinvidade tivesse piedade da minha alma, porque se o que eu estava fazendo não era digno de salvação, agora não haveria tempo para arrependimentos.
Às vezes a coragem era uma atitude muito tola. Porém, não era justo que uma pessoa que eu amasse, perdesse sua vida pelas consequências das minhas escolhas. Então não poderia ser tão tolo ter coragem, se significasse que minhas decisões não resultariam na morte de quem não merecia esse destino pelo qual sabia — e tinha consciência — que estaria fadada mais cedo ou mais tarde.

"Não há nada no mundo, nem recompensa, nem castigo, o que há são consequências."

Pensei conforme avançava vagarosamente para o estúdio de ballet. 
A escuridão dentro era opressora, e a sensação de conforto que antes sentia, havia sido substituído por um medo e um terror cegante.

Um arrepio percorreu minha espinha, e meu corpo tremeu incontrolávelmente. Encarando-me no espelho, desejei que fosse rápido e sem sofrimento — o que duvidava, porque, fitando os olhos vermelhos do caçador, sabia que seus planos seriam os mais terríveis e dolorosos. A piedade e a compaixão para ele já estava inexistente há séculos de sua humanidade. 

O caçador encarou-me, com uma frieza perversa. Ele avançou, suas narinas dilatando quando ele inalou profundamente.

Que Edward e minha família possam me perdoar…
Pensei, fechando meus olhos quando o vampiro se aproximou.