Avril Lavigne – Alice

I'll get by

Eu vou vencer

I'll survive

Vou sobreviver

When the world's crashing down

Quando o mundo estiver se partindo

When I finally hit the ground

Quando eu finalmente atingir o chão

I won't turn myself around

Não vou apenas me virar

Don't you try to stop me

Não tente me parar

I won't cry

Não vou chorar

Capitulo 3

Já fazia um bom tempo que Edward Cullen não dava as caras nessa escola. Eu via que os irmãos dele sempre vinham e me encaravam de canto, virou um habito eu olhar pra mesa dos Cullen na hora do almoço.

Camila ia chegar hoje à noite, ela ia trazer junto a Poly. E como eu tava com saudade dessas duas, porque, por favor, só se vê patricinha naquela escola, é muita gente de rosa. Minha mãe me mandou um, UM misero e-mail, de duas linhas, todo esse tempo.

Isabella

Eu espero que você esteja feliz com o seu pai. Soube que ele está casado. Mande meus pêsames pra sua madrasta. Tomara que você esteja gostando da escola, tem um desfile no próximo fim de semana, eu já mandei as passagens pra você.

Renné Swan

Ela só escreveu isso, e desejando pêsames porque Sue se casou com o meu pai. Como diz a Camila, mais que vaca desgraçada. Minha mãe me tira do serio. Agora eu me lembrei do que o Rafael, uma biba amiga minha, sempre me dizia. 'Barbie seu problema é falta de macho. Você precisa de carinho. E já que esta com raiva da naja da sua mãe coloca o nome dela na boca do sapo, sempre funciona. ' Como eu sentia falta do meu amigo pai de santo. Ele fazia agente rir tanto, se ele fosse macho, macho mesmo, eu dava uns pegas.

Eu falava todos os dias por telefone com as minhas BEST's. Conversava bastante com Sue, ela era uma pessoa muito simpática à mãe que eu sempre quis ter. Seth era um irmão e tanto, me divertia horrores com ele. Eu e meu pai sempre estávamos juntos, falando de alguma coisa, ele fazia o que minha mãe nunca fez, perguntava como foi meu dia, se eu estava bem. Esses são alguns dos motivos pra mim ama-lo tanto.

Essa semana eu me obriguei a comprar um carro, aqui é muito frio pra andar de moto. Comprei um Aston Martin Vanquish preto. Eu achei aquele carro tão lindo, e potente. Como você já deve ter notado EU AMO PRETO. Grande parte das minhas coisas são pretas. Antes que você pergunte, não, eu não sou gótica.

Eu não uso maquiagem pesada, só passo lápis de olho e rímel, coisa bem simples. Meu guarda-roupa tem roupas normais também, fora às peças pretas, eu tenho roupas brancas, azuis, até cor de rosa, mas essa última eu não uso muito. Você pode achar impossível, mas eu ate gosto de ouvir Taylor Swift. Por baixo da rebeldia e das roupas pretas, há uma menina normal, que gosta de musicas românticas e adora olhar caras sarados correndo de sunga na praia.

Vou dizer outras coisas que podem te impressionar, eu tenho um diário, como a maioria das garotas. Eu tenho um pijama de ursinhos, minha cama tem bichinhos de pelúcia, eu tenho pôsteres de atores gatos atrás da porta do meu quarto. Eu olho todas as noites pro Orlando Bloom antes de dormir.

Na escola, eu fiz amizade com Ângela e Ben, eles são pessoas muito legais e boas de conversar. Não são como Jéssica e Laurent, que são patricinhas esnobes. Eu não aturava mais aquelas duas. Viviam puxando o meu saco, na esperança de que eu apresentasse minha mãe pra elas. Elas tinham o sonho de ser modelo, até eram bonitinhas, mas não tinham cabeça pra isso. Elas pensam que tudo é fama e glamour, coitadas.

Eu peguei minha linda jaqueta de couro e desci as escadas correndo. Eu já tinha avisado meu pai e Sue, que as meninas iam passar o fim de semana aqui.

- Pai. – eu chamei, ele estava encarando a tv.

- Sim? Pode falar querida.

- Eu estou indo buscar as meninas no aeroporto. – ele assentiu com a cabeça.

- Oi Bella. – Seth me deu um beijo na bochecha, como de costume, quando desceu as escadas vindo do seu quarto.

- E ai? Seth ta afim de ir comigo buscar minhas amigas no aeroporto? – eu gostava muito da companhia dele, aposto que as meninas também iam gostar.

- Claro, só vou pegar minha jaqueta. – ele subiu e foi buscar a jaqueta de couro que eu tinha dado pra ele. Cara ele ficou muito stily, lindo de mais, com uma carinha de mau.

- Sue, Seth vai comigo buscaras meninas, tem algum problema? – eu entrei na cozinha, ela me deu um beijo na bochecha. Quem visse pensaria que ela que é minha mãe, e Renné que é a madrasta má.

- Pode ir querida, mas não demore muito, estejam aqui na hora do jantar. – eu dei um abraço nela e ela beijou minha testa, eu sentia falta de amor materno.

Eu e Seth entramos no carro, ele foi no banco do carona. Ele começou a olhar meus CD's escolhendo um pra gente ouvir, ele acabou escolhendo um CD do Linkin Park, Minutes to Midnight, eu simplesmente amava esse Cd. Agente estava escutando Leave out the rest, eu fiquei impressionada quando ele começou a cantar.

- Eu não sabia que você gostava de Linkin Park. – eu comentei.

- Eu gosto, os caras sabem cantar. – Seth tinha treze anos e eu dezessete, mas nos gostávamos de coisas muito parecidas.

Quando chegamos ao aeroporto, fomos comprar um milk-shake. O vôo das meninas ia demorar mais uns vinte minutos pra aterrissar. Depois de tomar os milk-shakes fomos esperar as meninas. Aos poucos eu vi os cabelos cacheados da Mila e ao seu lado os cabelos agora castanhos da Poly. Quando elas me viram saíram correndo na minha direção. Nós abraçamos, beijamos as bochechas, sorrimos umas pras outras, ate Seth limpar a garganta.

- Quem é bachinho, ele é mo cat*. – Mila perguntou, Seth corou.

- Ai ele é muito fofo. – Poly deu um abraço em Seth. Eu sabia que elas iam gostar dele.

- Esse é Seth, meu irmão mais novo. – eu disse as meninas deram beijos na bochechas dele, uma de cada lado. – Seth essas são Camila e Poly.

- Muito prazer meninas. – Seth beijou a mão delas, o garoto era bem galanteador*.

- O prazer é todo nosso. – elas disseram juntas. Depois dessa pequena apresentação fomos pro carro.

As duas matracas que eu chamava de melhores amigas, estavam sentadas no banco de trás, com Seth no meio delas. Ele tava gostando de ser paquerado por duas garotas lindas, e cheias de curvas. As meninas me contaram todos os babados que estavam acontecendo em Nova York. Trouxeram presentes pra mim, e cartas que o G e os meus outros amigos fizeram questão de escrever.

Eu estacionei meu carro na frente de casa ao lado da minha moto. Seth e eu ajudamos as meninas a carregarem as malas, elas não trouxeram muita coisa, cada um só trouxe duas malas, uma média e uma pequena. Nós colocamos as malas no meu quarto e fomos pra sala apresenta-las pro meu pai e Sue. Eles estavam sentados no sofá de mãos dadas, quando eu e as meninas vimos à cena, suspiramos, eles faziam um casal tão fofo.

- Pai, Sue? - eles se viraram pra nos encarar. – Essas são minhas amigas que eu falei Camila e Poly. – eu indiquei com a mão cada uma.

- Muito prazer meninas. – meu pai disse, acenando. – Eu uma honra conhecer vocês, desde que Bella chegou não para de falar sobre vocês.

- Pai não é pra tanto. – eu disse sorrindo de leve.

- Ai Barbie, agente sabe que você nos ama muito. – Mila disse

- Não precisa ficar com vergonha. - Poly disse, as duas me abraçaram.

- Vocês são muito lindas meninas, prazer em conhecê-las. Sou Sue. – minha amada madrasta deu um beijo na bochecha de cada uma. – Agora vamos jantar, eu fiz uma comida especial pra vocês.

Sue fez bife e batata frita, eu nunca comi tanto na minha vida. Passamos o jantar conversando, como uma família normal e as amigas da filha mais velha. Sue conversava com a gente como se fosse uma adolescente, não uma mulher casada e com dois filhos. Fazia tempo que eu não me sentia tão em casa.

- Dona Sue, quando a Bellinha disse que você cozinhava bem eu não imaginei que fosse tão bem assim. – Poly disse sorrindo.

- Não me chame de Dona me faz sentir muito mais velha do que eu sou. – Sue disse beijando a testa dela. – E eu não cozinho tão bem assim.

- Claro que cozinha, se eu comece tão bem assim todos os dias estaria virada numa bola agora. – Mila disse.

Depois disso fomos pro meu quarto e arrumamos as coisas pra elas dormirem. Amanhã como era sábado, faríamos umas compras pro meu quarto, alem de umas roupas de inverno, há noite iríamos pra uma boate de Seattle, no domingo Seth iria nos levar a La Push. Meu pai iria pescar com seu amigo Billy, Sue iria visitar sua filha, e nós ficaríamos passeando e talvez ate iríamos surfar um pouco. As meninas estavam animadas pra conhecer os caras de La Push, elas disseram que estavam enjoadas dos nova-iorquinos, queriam algo diferente.

Nós tomamos banho e colocamos nossos pijamas, eu liguei o ar-condicionado, logo estávamos todas deitadas na cama conversando sobre bobagens.

- Então como é esse Edward Cullen que você nos falou? – Poly perguntou.

- Vai Barbie conta todos os detalhes, você deixou agente morta de curiosidade. – Mila disse.

- Ele é alto, cabelos castanhos avermelhados, olhos negros, branco como papel, com uma carinha de mau-.

- Ui, carinha de mau, você ama garotos com cara de mau. – Mila me interrompeu, eu olhei pra ela de canto. – Foi mal, pode continuar.

- Ele é lindo, mas meio que ele me encarou com raiva na aula, uma coisa muito estranha. Geralmente as pessoas começam a me odiar quando eu apronto com elas.

- Bizarro Barbie, imagina se ele for gay, ele ia querer que um garoto bonito sentasse do lado dele não você. – Poly começou a tagarelar.

- Ele não é gay, acredite, foi mais com uma cara de mau mesmo, nada ver com opção sexual. – Eu disse. Se Deus fez aquele cara gay, ele devia estar bem irritado com as mulheres na hora.

- Pode contar o que você ta pensando sobre ele. – Mila disse cruzando os braços, as duas sabem quando eu to tentando esconder alguma coisa.

- Ta eu conto. – eu me rendi, eu ia acabar falando mesmo. – Ele me chamou muito a atenção, ele é muito lindo, e parece ter cérebro também. Eu vou falar uma coisa pra vocês, mas prometam não rir.

- Prometemos. – elas fizeram aquele gesto de escoteira, eu fui obrigada a rolar os olhos.

- Eu venho sonhando com ele todas as noites, isso nunca aconteceu comigo. É muito bizarro. – eu escondi meu rosto no travesseiro. Eu esperei as gargalhadas, mas só ouvi suspiros. – O que foi?

- Você está apaixonada. – Poly disse.

- Como eu vou ta apaixonada se eu nem falei com o garoto?

- Amor à primeira vista, Barbie. – Mila disse fazendo um coração no ar. – Que fofo, dizem que o amor à primeira vista sempre é mais forte.

- Como vocês são melodramáticas, nem é pra tanto. – eu disse.

- Barbie, o que eu sempre digo pra você? – Poly perguntou.

- Siga meu lema.

- E qual é o lema dela? – Mila perguntou?

- 'Viva a vida, faça amigos e beije bastante, pois a vida é curta, os amigos são poucos e o fôlego acaba. ' – eu tava cansada de ouvir elas repetindo isso pra mim.

- Esqueceu o outro lema. – Poly disse.

- Qual?

- Relaxa e goza. – elas disseram juntas, eu me obriguei a jogar almofadas nelas.

- Se as duas pervertidas se esqueceram, eu ainda sou virgem. – eu disse.

- Você não sabe o que ta perdendo, sexo é a melhor coisa do mundo. – Mila disse.

- Nem respondo. – eu disse. – agora vamos dormir que já são três e meia da manha, amanha agente tem muita coisa pra fazer.

- Ok, boa noite Barbie. – elas disseram juntas, eu tinha que aprender como elas faziam isso.

- Boa noite.

Mo Cat* - muito gato, muito lindo. Meu amigos roqueiros rebeldes, vivem falando isso.

Galanteador - Cara essa palavra é do tmepo da minha avó, quer dizer galante, com bom papo, bom paquerador.