A cascata de cabelos ruivos tampa a visão do rosto da jovem ômega acorrentada, os membros presos em grilhões nas paredes, os caninos à mostra em rosnados silenciosos, a temperatura de seu corpo alta, fazendo-o brilhar suado, indicando o período de cio, assim como sua fúria enrustida de não obter um parceiro.

Cientistas e seu algoz observam-na protegidos pela parede de vidro, a criatura começa a babar e então ergue a cabeça, os olhos verde-avermelhados injetados e numa veneta, destrói os grilhões.

Com as garras crescidas pula no vidro, como uma aranha, socando-o furiosamente e delirando ameaças de morte para o velho.

Aquele homem que era o seu sequestrador, o responsável por ter servido de experimento.

Cai de quatro no chão, quando quebra, seu alvo fugia disparado pela porta, corre atrás dele o perseguindo, porém é rodeada pelos guardas da base.

Atacam-lhe com bastões de choque, mas esquecem das características que adquiriu do soro de inumano com animalia, a resistência dos predadores e a determinação das presas.

Arranha o peito de um deles e dá-lhe uma chave de perna no pescoço quebrando-o e com uma acrobacia de giro, finaliza um mortal carpado no peito do segundo. Com um salto pula no teto agarrando o tubo de ventilação, rastejando-se por ele até sair pela porta.

O cheiro do seu alvo bem demarcado em seu cérebro, nota-o dentro do helicóptero e então, seu corpo ganha uma velocidade ao correr em quatro patas.

Segura no trem de pouso decolando e impulsiona-se para dentro, agarra pela guela os capangas jogando-os.

Em frente de seu objetivo, sibila com crispear movendo o pescoço.

— Eu me tornei o que você me criou para ser... - Puxa-o pelos cabelos até arrancar a pele do corpo. - Uma besta.

Engole o couro dele, finalizando com uma mordida na jugular.