Dragon Ball - A Saga de Yamoshi escrita por ericyagami


Capítulo 23
Confronto no Pântano das Trevas! O Código Samurai de Yajirobe!


Notas iniciais do capítulo

Uub concede seu corpo e alma para ser usado pelo espírito do Sagrado Kaioshin, que era o seu guardião interno. Surgido através da maturação do Estado Definitivo atribuído a Uub por meio dos poderes de um Shin enfraquecido, o Sagrado Kaioshin catapultara os poderes de Uub, que era o candidato a destruir Yamoshi, selando sua magia com o Kai Kai Matoru. Para isso, ele primeiro teria de destruir Mousake, o leal Seviçal de Yamoshi, amigo de Gojiru, quem criara apreço por Uub em seu leito de morte.

Movido pelo seu passado trágico, onde vira seu amigo morrer diante de seus olhos, Mousake via sua dualidade se diluir, quando percebera que sua vida só tinha sentido servindo Yamoshi. Ele trava sua batalha honrada aos limites, quando pede a Yamoshi um meio de impedir o Sagrado, recebendo do Deus Saiyajin a Destruição da Alma, seu golpe especial, o qual utilizou contra Uub, ceifando o espírito do Sagrado Kaioshin, ligado a sua alma. Mousake vencera, mas se recusara a matar Uub, em honra a Gojiru.

Tal ato desagradara Yamoshi, que fizera Mousake explodir diante dos olhos de Uub, assim como fizera com Gojiru. O terráqueo, mesmo sem os poderes do Sagrado, promete que irá quebrar essa ciclo quando se reencontrar com Yamoshi. Em seu interior, pra ele, só interessava que Boo não se sacrificasse pelos seus, mas isso parecia longe do possível, pois agora, com o fim do Sagrado Kaioshin, Boo era a única esperança da Terra!



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Os dois cometas de energia vermelha caíram sob o piso do pátio da Corporação Cápsula, o qual estava sendo restaurado no momento, por um pedreiro que saíra correndo com medo da explosão. As duas híbridas-Saiyajins, Pan e Bra, que treinavam na área em condições daquele pátio, se voltaram para o local da explosão, contemplando a nuvem de fumaça se dissipar, surpresas:

— Então eles já estão aqui... - Pan murmurou, vendo os Serviçais do Cavaleiro da Desolação se revelarem - Mas eu não senti nenhuma energia chegando! Isso só pode significar que... - a fumaça se dissipa num aceno de mão do primeiro Serviçal, revelando suas silhuetas por completo - ...eles possuem Ki Divino!

— Se for isso, estamos completamente ferradas... - Bra engole seco e encara a figura dos Serviçais, tentando não desabar em suas emoções - Pela direção de seus pés, sei que sua intenção é nos atacar! A pergunta é: por que atacariam duas garotinhas quando existem guerreiros mais poderosos na Terra?

— Krokrokrokro... pelo menos tem humildade! - o primeiro Serviçal, de cabelos verde musgo espetados, de íris do olho num verde limão opaco, com traços finos no rosto que emanava desprezo, trajava armadura preta de ombreira verde metálica, assim como capa num tom mais claro, em contraste com as botas de mesma cor - Convenhamos que pela média de poder dos Terráqueos, vocês estão no mínimo no top 10 dentre os potenciais atuais! E eu, Kuroko, do Espectro de Crocodilo, estou aqui para eliminar tal ameaça a mando de Yamoshi-Sama, Meu Soberano...

— Nosso Soberano, Kuroko! - o segundo Serviçal, de cabelos brancos, que caíam abaixo das costas, sorri, seus olhos branco pérola em um triunfo sem igual, dando a aparência de um cego que olha para o horizonte sem fim. Sua armadura negra fazia contraste com sua ombreira única esquerda, capa, botas e braceletes, que eram todos em cor branca, tornando sua presença marcante. Ele tinha o corpo troncado, quase o dobro da musculatura de Kuroko. - A propósito, eu sou Toraru, do Espectro de Tigre de Bengala... e também vim até aqui para acabar com vocês! Agora que as apresentações acabaram, acho que já podemos executá-las, não é? - a calmaria em sua voz era inacreditável

No andar próximo do pátio, Taitsu observava pela janela, afoita, portando sua Arma Tecnológica, mas não tinha coragem de sair lá fora, tamanha a presença diabólica dos Serviçais que ali estavam. Ela apenas tem a reação de olhar pro lado, encarando um Yajirobe de armadura samurai, vociferando:

— O que está esperando, seu grande idiota!? - sua cabeça fica gigantesca enquanto grita, comicamente e Yajirobe olha pra ela sem graça - Você não disse que ia lutar dessa vez? As meninas precisam de ajuda!

— Você anda pensando muito no Vegeta, não é? Está até agindo igual ele... - Yajirobe debocha e então sorri de canto, a deixando vermelha - Eu só estava esperando o momento para fazer a entrada triunfal! - ele espalanca a janela e sobe sob o parapeito, saltando em direção ao pátio - Chegou a minha hora... - ele ativa o relógio dourado em seu pulso esquerdo - Vamos nos falando por aqui, pessoal! - naquele momento, o sinal conectara todos os guerreiros com relógio e o samurai se revelara em campo - Olá, meninas! Precisando de uma ajudinha com esses aí? 

— Não que vá fazer muito diferença, não é? - Pan olha pro lado, descreditada, fritando Yajirobe com seus olhos que emanavam raios - Da outra vez você não se deu o trabalho nem de levar as Sementes dos Deuses, que eu saiba! - uma névoa escura e melancólica se apossara da cabeça de Yajirobe, que ficara cabisbaixo 

— Ei, Pan! Pega leve com ele... - Bra, que trajava blusa cor de vinho por cima do vestido florido, em contraste com os tênis amarelos, se sensibiliza ao ver o samurai perder parte do espírito de luta - Se ele teve coragem de sair aqui fora e encarar esses valentões, bem, acho que as intenções dele são nobres dessa vez, não é?

— Obrigado pela compreensão... - Yajirobe ergue novamente seu rosto, ao mesmo tempo que sacava sua katana da bainha presa ao lado esquerdo de sua armadura vermelha, trabalhada em vincos negros - Dessa vez as coisas vão ser diferentes! - ele desfere vários golpes no ar e para com sua katana empunhada em duas mãos, na altura da cintura - Eu irei cortar a cabeça deles fora, como se corta a parte podre de um pepino!

— Devia tomar cuidado com suas palavras, samurai! - Kuroko ergue o braço direito na direção da cabeça e o esquerdo mantém na altura da cintura, levando as pernas na mesma direção - Antes de se preocupar com a cabeça dos outros, devia se preocupar com a sua, ou não notou que sua armadura não possui um elmo? Quem irá ter sua cabeça a rolar será você!

— Primeiro, que nem sempre fui um samurai... por muito tempo fui um Ronin! - Yajirobe encara Kuroko, sem temor - Então não espere que eu siga regras! Mas se está curioso, bem, essa armadura não precisa de um elmo, pois ela é tão incrível que as probabilidades de você cortar minha cabeça fora são quase nulas!

— Krokrokrokrokro... muito bem! Ao contrário de você, que não parece possuir humildade alguma, eu sei bem o meu lugar... - Kuroko olha de soslaio para Toraru - Meu amigo aqui, bem, ele é mais poderoso que eu e por direito deve ficar com as presas mais difíceis! Por mais que em uma mistura louca, aquelas duas possuem traços de nossa raça, mas já você, parece que em seu interior está implorando para ser morto! Está tudo bem pra você, Toraru? - o Serviçal acena com a cabeça, exibindo um sorriso solene - Então está feito! Esse "Ronin" gorducho é minha presa! - o espectro de um crocodilo de energia verde surgiu atrás de Kuroko, movendo sua mandíbula 

— Se precisarem, meninas... - Yajirobe ergue o pulso esquerdo, exibindo o relógio dourado - Sabem como me chamar! - ele então volta a empunhadura de duas mãos e move seus pés, ao mesmo tempo que Kuroko o faz, causando uma vibração de ar - Goryaaaaaaaaah!!! - num movimento rápido, Yajirobe desvia do soco de Kuroko e desfere o corte no braço esquerdo do Serviçal, que é arranhado pelo fio da katana, ficando surpreso - Viu, eu disse que ia... - antes de completar a frase, Yajirobe levou um gancho que o atirou em direção aos céus

Pan e Bra já utilizavam o Zenkai, fazendo seus corpos liberarem uma energia embranquecida, enquanto elevavam seus Ki's. Toraru já preparava seus punhos, no melhor Estilo Tigre, com seus espectro a rugir atrás de si. Taitsu olhava para tudo aquilo apreensiva, vendo Kuroko ascender aos céus, em direção a um Yajirobe a rodar sem rumo, enquanto Pan e Bra avançavam numa investida de socos e chutes, os quais Toraru ia rebatendo. A luta foi se distanciando dali, num rodopio de alta velocidade em meio a cidade, a essa altura, quase totalmente abandonada, com exceção dos poucos que resistiram a convocação de Yamoshi, num romper de energia branca:

— Lembrem-se, meninas! Deixem o relógio ativado! - Taitsu diz, erguendo o seu pulso e falando em direção ao seu - Qualquer coisa que descobrirem sobre seu oponente que pode ser útil para o restante, bem, tratem de alertá-los! Acredito que a essa altura, eles já estão caçando o restante de nós!

"E como estão!" - Bra responde, voando em alta velocidade, num rodopio de magia - "Ainda bem que esses relógios possuem um escudo potente, do contrário já estariam despedaçados, hehe... até que é emocionante lutar, mesmo que eu o tenha rejeitado durante tanto tempo. Ei, vocês estão aí, pessoal?" - naquele momento, Marron, Hiyori e Yamcha responderam, assim como Yajirobe, que apenas gritara de dor - "Ué, acho que o Uub é o único que não se conectou, tia..."

— É, então minhas suspeitas estavam corretas... - Taitsu segue até a Sala de Estar - Eu bem que desconfiei que ele o havia esquecido. - ela olha para o relógio dourado, com o nome Uub gravado na pulseira - Seria fundamental caso ele desse perda total. Como não temos mais Kami-Sama, bem, agora ele está no escuro caso precise de socorro. Tome cuidado, Uub... - Taitsu se lembra da figura gentil do garoto - Ou melhor, lute com tudo o que tem, discípulo de Son Goku!!! - naquele momento, Uub e Mousake entraram em colisão

No alto dos céus acima da Capital do Oeste, Yajirobe continuava a girar pelo ar, descontroladamente, devido ao gancho que Koroko o atingira. Brotando rapidamente acima do samurai, Kuroko desfere um chute de perna direita direto na barriga do gorducho, que é arremessado como um meteoro em direção ao solo, num disparo curvo. Yajirobe estava prestes a atingir o chão de um local tomado por raízes e cipós, quando moveu os braços e conseguiu estabilizar-se. Ele estava voando, como aprendera a o fazer no Novo Mundo, caindo a deslizar de pé, sob o pântano escuro que chegara:

— Pensou que eu não podia voar, seu calango dos infernos? - Yajirobe sorri, mesmo com os chinelos de pau mergulhados no brejo, enquanto ouvia o ecoar das vozes dos outros sair do relógio, com sons de explosões ao fundo - Eu evoluí muito no Novo Mundo e isso ainda está dentro de mim, mesmo que eu tenha relaxado nos últimos tempos e agora com a ajuda dessa armadura que Jaco me vendeu, estou confiante de que posso vencer!

— Eu sou um Deus agora, "Ronin"... - Kuroko pousa calmamente, no espectro esquerdo daquele pântano escuro e úmido - Acredita que alguém como você, um terráqueo, é capaz de me vencer?

— Sempre me disseram que eu tinha um potencial acima da média, mas eu nunca acreditei e isso gerou muita desavença na minha vida. Bem, no Novo Mundo eu consegui ver que isso poderia no mínimo ser verdade. Agora, nesse momento onde a Terra depende que eu seja corajoso, nem que eu morra, eu pelo menos acreditarei nesse potencial e com a ajuda dessa armadura, lutarei até o fim! - Yajirobe empunha sua espada, que brilha sob um filete de raio solar - O que está esperando? Cai dentro!

Naquele momento, Kuroko viera numa dança sincronizada de golpes de palma abertas e chutes curtos, os quais iam sendo rebatidos pelos joelhos e braços de Yajirobe, para a surpresa do Serviçal. Kuroko aumentara a velocidade e Yajirobe também, agora, sendo atingido vez ou outra. No final, ele deixou os dois últimos golpes de palmas o esbofetearem o rosto, cravando os pés sob o brejo, e avançando com sua katana, num corte de energia azul. O corte rachara a armadura negra de Kuroko, que esbugalhara os olhos, furioso, seus cabelos verdes, balançando ao vento. Naquele momento, um esfera de energia atingira o peitoral da armadura de Yajirobe, o qual fora lançado longe.

O samurai gira no ar desengonçado e da com os pés numa grande raiz, logo em seguida caindo de pé, mantendo a espada do lado direito de seu corpo, a levando para trás, carregando seu Ki, quando desferira uma sequência de golpes sincronizados, que se alastraram como aros de energia azul, os quais Kuroko rebatera de mãos nuas, saindo apenas com arranhões. O Serviçal então eleva seus poderes, com um manto de energia verde se alastrando por cima de sua armadura, quando posiciona seu braço direito acima da cabeça e o esquerdo na direção da cintura:

— O Esmagar do Dragão!!! - ao mover seu braços, uma mordida de energia gigantesca abocanhara a área onde Yajirobe se encontrava, partindo as árvores e cipós em pedaços, atingindo também o gorducho que gritara de dor ao ver o sangue espirrar de seu pescoço - Krokrokrokro... parece que alguém já está pedindo arrego! Eu disse que você precisava de um elmo... mais um desses e você já era! - Kuroko move seus braços da mesma maneira que antes, preparando mais um Esmagar - Deve agradecer e muito a esse seu amigo que lhe vendeu essa armadura, do contrário, você já estaria morto!

— Você disse que era humilde, mas por acaso não está me subestimando? - Yajirobe sorri, em meio ao tremor de braços, com seu pescoço sangrando - Eu nunca disse que tinha ativado a armadura! Todo esse tempo... - Yajirobe da com a empunhadura de sua katana no centro da armadura vermelha, na região do estômago, a ativando com seu Ki - ... eu estava usando meu poder latente sem o auxílio de armadura alguma! 

— Krokrokrokrokrokrokroooooooo!! - os olhos de Kuroko se enchem de lágrimas pela excitação da batalha, numa gargalhada psicótica - Então aquela velocidade e força... você possuía tudo isso aí, escondido dentro de você!? - Kuroko move seus braços - É uma honra lutar contra um terráqueo tão poderoso! Contemple mais uma vez... o Esmagar do Dragão!! - os braços se fecham e a mordida de energia rompe o cenário ao meio mais uma vez, agora trazendo luz aquele lugar inóspito e escuro - Não pode ser...

Yajirobe se encontrava de braços cruzados em forma de X, a proteger o rosto, sua katana, empunhada por sua mão direita. A armadura agora ativada, havia o salvado da morte. A armadura que usava de seu Ki e de seu poder interior latente, para catapultá-lo a um novo nível. O Samurai desfaz a proteção e encara o rosto estupefato de Kuroko. Naquele momento, num acesso de alta velocidade, Yajirobe saca a primeira adaga de seu cinto e a lança, Kuroko desviando de sua trajetória. A segunda adaga é lançada e o Serviçal desvia facilmente, dessa vez cuspindo no chão, a caçoar:

— Você ri, mas quem disse que eram para atingi-lo diretamente? - num piscar de olhos, Yajirobe puxa dois fios de energia e as adagas são puxadas de trás de Kuroko, rompendo em suas costas, ao estilhaçar sua armadura, que cai de sua travas e despenca perante os olhos dele - E não é só isso! - Yajirobe larga sua katana num filete de pedra em meio ao brejo e saca seu arco - Agora que está sem sua armadura, eu posso causar um dano mais sério!!!

— Kro... kro... krokrokrokRoKRO-KROOOOOOOOOO!!! Está enganado, "Ronin"! - Kuroko escancara a boca, quando seu manto de energia se eleva as alturas, num pilar de energia - Agora que minha armadura, meu símbolo de devoção a Yamoshi, foi destruída... - o Serviçal encara o samurai com olhar sanguinário - É aí que eu luto com tudo o que tenho! Eu admito, você é um oponente digno e por isso irei dar tudo de mim! - naquele momento, Yajirobe esvaziara seu coldre, atirando todas as flechas banhadas por seu Ki

Uma a uma as flechas iam se desmanchando em poeira ao tocar o manto de Ki denso que exalava do corpo de Kuroko. Sem flechas, o samurai pega sua katana novamente em punhos e dispara, num ataque direto ao Serviçal. O corte de Yajirobe atinge o peito de Kuroko, lhe arrancando sangue, mas isso foi um ato intencional da parte do Seviçal, se deixar ser atingido. Naquele momento, Kuroko agarrara Yajirobe pelo pescoço, o impossibilitando de se mover e o deixando sem ar:

— Esse planeta, naturalmente já não suporta rebeldes como você... - Kuroko diz, enquanto sufocava o samurai, que largara sua katana, impotente, a qual caíra sob o brejo - O ar está diferente e isso torna o terreno mais apto a nós, Servos de Yamoshi, do que a escória que ameaça nosso império! Vocês não devem ter percebido, mas está ficando cada vez mais difícil para respirarem e suas energias estão se esgotando mais rápido. - a energia de Kuroko ia tomando posse do corpo do terráqueo, rompendo sua armadura samurai, que catapultava seus poderes latentes, assim como seu relógio dourado, que se espatifara, o fazendo perder contato com os outros - Me diga, nessas condições, qual a probabilidade de sair vivo do Enforcar do Dragão?

Naquele momento, a armadura samurai de Yajirobe rachara quase que completamente, se partindo em pedaços, com exceção do peitoral, que continuava acoplado a seus ombros. Ele via seu ar acabando e sua vida se esvaindo. Seus braços e pernas tremiam, mas ele nada podia fazer. Flashes de sua vida se passavam em sua cabeça, em especial, algo ligado ao caminho que seguira durante toda sua jornada. Ele se via agora como um jovem samurai, o mais forte da região, voltando de uma missão junto de seus companheiros, em missão pelo grande Daimyo da terra onde vivia...

"Estranho, por que o Daimyo está com toda a sua guarda uma hora dessas?" - um dos samurais do time atual de Yajirobe, o seu braço direito na verdade, ele e o restante, os quais respondiam ao Daimyo vigente, indaga, ao ver a fileira de soldados - "Ei, Yajirobe-San... por que sua família está ali, de joelhos, perante ao Daimyo?"

"Eu realmente não sei..." - Yajirobe, de corpo atlético, bem longe de sua figura atual, tinha um coque samurai trabalhado, trajando vestes lilás floridas - "Mas eu garanto que vou descobrir! Sem temor, pessoal... são tempos difíceis!" - confiante, o jovem Yajirobe se aproximou com seus quatro comparsas, fazendo uma reverência ao Daimyo, que se sentava numa liteira - "Já terminamos a missão, como prometido, nobre Daimyo Chigeru-Sama..."

"Sem formalidades agora, Yajirobe." - o Daimyo se levanta de sua liteira, sendo amparado pelos seus súditos mais próximos - "Você sabe bem por que sua família está de joelhos. Roubar do tesouro do Imperador foi um grave erro seu e o último!" - o Daimyo se aproxima da família de Yajirobe, seu velho pai e mãe, que serviam como empregados nos salões do templo do Daimyo e seu irmãozinho, que servia aos filhos do Daimyo como brinquedo humano - "Sua família se prostra perante meus pés, confessando que o renegam por tal ato... e acredita que se até a sua família sabe da gravidade de seu ato, eu irei perdoá-lo?"

"Mas, eu não sei do que está falando, Chigeru-Sama!" - Yajirobe entra em choque, amparado por seu comparsa mais próximo - "O que exatamente foi roubado? De onde?"

"O colar de cristais que existe a gerações em minha família, o qual traz sorte a todos os sucessores do trono, foi encontrado embrulhado em trapos nos seus aposentos, na vila ao lado! Achou que não desconfiaríamos de você, que não quis morar nos aposentos da guarda, se distanciando dos demais?" - Chigeru passou a mão em seu bigode e concluiu - "Acredito que você quer que meu império caia e por isso roubou o objeto que garante que ele fique de pé!"

"O senhor está enganado, Chigeru-Sama!" - Yajirobe fica boquiaberto, mas mesmo assim apela - "Eu não quis morar nos aposentos internos do palácio por que gosto de ter minha liberdade! Agradeço por ter confortado minha família e por ser um exemplo de Daimyo, o qual aceita até mesmo que seus contratados tenham tais regalias, mas eu... eu apenas sou um espírito livre! Eu não roubei esse colar, alguém deve tê-lo colocado em meus aposentos para acabar com minha reputação!"

"Isso não me interessa..." - Chigeru volta para a liteira, se sentando - "O colar foi encontrado em seus aposentos. Se existe alguém tramando contra você a tal ponto, o que acho difícil, você não é confiável o suficiente para permanecer em nossa companhia. Sua família não quer mais vê-lo aqui, não percebe? É uma desonra imperdoável. Você está banido de seu cargo e não é mais um samurai... eu, como Daimyo dessas terras, o destituo de seu cargo..." - um silêncio se faz, quando Chigeru termina - "Ronin..." - naquele momento, os súditos do Daimyo começaram a atirar flechas contra Yajirobe, que desatara a correr, gritando por sua família, que o ignorou como se não existisse 

"Yajirobeeeeeeeee!" - seu companheiro mais próximo acenava pra ele, com lágrimas nos olhos - "Eu nunca vou te esquecer, meu amigo!" - alguns dos súditos cercaram o amigo samurai de Yajirobe, que ergueu os braços, com as flechas apontadas para  seu pescoço - "Eu irei parar... é só que, ele jamais faria isso..." - repreendido pelos três colegas samurai, ele caíra de joelhos - "Eu sinto muito, eu ofendi a honra do nobre Daimyo... eu irei fazer um jejum de um mês para compensar tal ofensa..." - e assim, Yajirobe se foi, ferido pelas flechas que o atingiram de raspão e seu amigo, em penitência pela alma do senhor das terras a qual servia

"Droga... por que isso foi me acontecer?" - Yajirobe parara diante de um rio, tomando água e lavando o rosto, com o seu coração em chamas - "Por que o destino quis isso para mim? Por que alguém faria isso comigo?" - uma luz então veio a mente de Yajirobe - "É por que eu sou o mais forte..." - naquele momento, ele pegara sua katana e segurara seu coque com a mão esquerda, o partindo com o fio da espada, jogando o tufo de cabelo no rio, o qual vira partir para longe - "Então esse é meu fardo..." - ele se despe de seu manto florido e fica só com suas vestes habituais, um kimono laranja - "Tenho de ser forte, como dizem que sou, não é?" - ele taca fogo sob o manto e retira o brasão do império da empunhadura de sua katana, seguindo viagem - "Terei de seguir por conta própria, independente do que acontecer..."

E assim, Yajirobe seguiu como um Ronin, fazendo missão autônomas para cidadãos comuns em troca de comida. E como ele gostava de trabalhar. Ele trabalhava tanto e de forma tão eficaz que acabava por comer demais, todo santo dia, ao contrário de outros Ronins menos experientes. Por ser tão eficaz, ele foi engordando e mesmo assim, as missões não paravam de chegar. Famoso até mesmo entre os Ronins, ele seguiu sua vida, até juntar uma certa grana e se aposentar das missões, vivendo como um eremita numa floresta, vivendo da caça. Ele mantinha seu carro e hobbies com sua pequena fortuna, que adquirira com seu trabalho árduo. Uma verdadeira lição de vida, que com o tempo foi esquecida, pois outros tomaram seu lugar.

Após conhecer Goku e lutar contra os Namekuseijins a serviço de Piccolo Daimaoh e de participar do Torneio de Artes Marciais, ele finalmente encontrou a glória. Um novo senhor o acolhera em seu templo. Ele era novamente um samurai. Esse senhor, apresentado a ele por Son Goku, chamado Mestre Karin, lhe tratava como um igual. Servindo a essa senhor em troca de regalias, ele seguira até os tempos atuais, onde seu passado fora trazido novamente a tona, seja no Novo Mundo, onde encontrou coragem e poder como nos tempos de outrora, seja no Reino das Feras, onde resistia mesmo a beira da morte, asfixiado por Kuroko, do Espectro de Crocodilo. 

"Eu voltei a ser um samurai... mas aqueles tempos de Ronin, bem, acho que eles nunca saíram de mim..." - Yajirobe, com o rosto roxo, abre os olhos, vendo Kuroko se deliciar com seu sofrimento - "Como Ronin que era, meu Código Samurai atual é um tanto peculiar..." - Yajirobe faz toda a força do mundo e consegue mover sua perna - "Eu sou um espírito livre e meu Código Samurai é lutar sem restrições... fazendo coisas que não se faria nem pra seu pior inimigo!" - naquele momento, Yajirobe atingira um chutão no saco escrotal do Serviçal, que soltara seus braços do pescoço do gorducho a caíra de joelhos, gritando de dor - "Esse é o código que minha vida me ensinou!"

— Eu... Eu me pergunto... - Yajirobe fazia esforço para falar, cambaleando a tatear por sua espada mergulhada no brejo - Eu me pergunto o por que vocês tem saco se não se reproduzem... - ele então ri de sua própria piada, retirando a katana do brejo e a empunhando - Que eu saiba vocês são todo homens, não é? Yamoshi deve ser um baita de um macho alfafa, por se recusar a ter mulheres em seu exército...

— Não fale assim de Yamoshi-Sama, seu grande idiota! - Kuroko se levanta, embora seus grãos latejassem - Você não sabe nem mesmo isso aqui de nossa história! - Kuroko demonstra com o indicador e o dedão, os milimetros correspondentes ao conhecimento do samurai a respeito do exército de Yamoshi - Se não nos conhece, não deve tirar conclusões precipitadas!

— E você também não... você não conhece a minha história, então estamos quites... - Yajirobe coloca a mão esquerda sob o peitoral de sua amadura, a única parte que restara - Pela nossa honra, então, meu caro Kuroko, vamos disparar nossos últimos golpes. Aquele que vale por nossas vidas! -  naquele momento, o peitoral da armadura de Yajirobe começara a sugar toda sua energia vital - Meu poder latente é grandioso, assim como sua devoção a Yamoshi! Vamos ver qual dos dois se sai melhor! - naquele momento, Yajirobe sentira uma mão lhe apalpar o ombro - Não é mesmo, Jiroubo-San? - o companheiro samurai dos tempos de outrora, o qual Yajirobe nunca mais vira, surge espectralmente atrás dele 

— Krokrokrokrokrokro... - naquele momento, um pilar de energia brotara do corpo de Kuroko, com seus poderes se elevando ao máximo - São mesmo incríveis, Yamoshi-Sama, as centelhas de seu poder! - erguendo ambos os braços, ele carrega a esfera de energia verde e a baixa, frente a seu peito, de braços estendidos - Disparo de Escamas Dorsais!!!

— Obrigado, pessoal... - Yajirobe avança em direção aquele poderoso ataque, vendo as figuras de Jiroubo, Son Goku, Mestre Karin, Bulma, Taitsu, Jaco e Mirai Trunks passarem em sua cabeça - Todos vocês me mostraram que... - a katana faz seu corte, em empunhadura de mãos unidas, varrendo o ataque de Kuroko num corte de alta potência, iluminado pela energia vital em cor azul que fora drenada do corpo de Yajirobe - ...aquele eu forte dos meus tempos de outrora, ele não era minha maldição. Ele era o eu que deveria seguir pra sempre comigo! Aquele que protegeria as pessoas e esse planeta que tanto amamos...

Yajirobe, após romper o Disparo de Escamas Dorsais, para pouco longe das costas de Kuroko, agachado, com sua katana rachada e vertendo sangue. A cabeça de Kuroko voava para o alto, enquanto seu sangue manchava aquele pântano verde e gosmento em veios escarlates. Um Serviçal com poder divino, derrotado por um terráqueo com poder de um mortal, catapultado por sua fibra... fibra essa que tivera coragem de dar sua vida em troca de um futuro melhor para os seus. Yajirobe, tendo sua vida sugada para aquele último ataque, agradecera Jaco pela armadura, a qual jazia em pedaços, enquanto se entregava a morte. Poucos segundos depois, montado sob a Nuvem Voadora, alguém se aproxima, saltando dela:

— Olá, Yajirobe... - o guerreiro se agacha próximo de seu corpo e coloca duas Sementes dos Deuses em sua boca - Seu senhor me mandou trazê-las até você. Ele disse que dessa vez, não precisa seguir viagem para ajudar os outros. Ele diz que dessa vez você irá apenas descansar! Um dia de folga de seu Daimyo depois um trabalho bem feito! - Upa, o qual havia caído para as feras malignas e se curado pelas Sementes dos Deuses que Karin tinha concedido a ele e sua tribo, coloca Yajirobe de pé, que sente um respiro de vida lhe invadir novamente - Quando estiver pronto, Mestre Karin lhe espera em sua torre!

— Obrigado, Upa... - Yajirobe se via em lágrimas, vendo o índio subir sob a Nuvem Voadora - Então depois de todo esse tempo ainda tem um coração puro? Impressionante como você é parecido com Goku nesse ponto! - e assim, Upa se vai para ajudar outros que precisassem se curar, enquanto Yajirobe se via ali, com seus pensamentos - Obrigado, Karin-Sama... isso significa muito pra mim... - distante dali, em sua torre, Mestre Karin coçava seus bigodes, orgulhoso de seu servo 

A essa altura, as batalhas contra os Serviçais haviam chegado a seus clímax em todos os pontos de fricção. Pan e Bra seguiam num embate violento contra Toraru, do Espectro de Tigre de Bengala, com um manto dourado invadindo suas silhuetas! Como se dará o desfecho dessa emocionante batalha que botará a prova o potencial das guerreiras prodígio?


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Notas finais do capítulo

Não percam, o próximo capítulo de Dragon Ball Sem Limites - A Saga de Yamoshi, será:

Rivais em Ação! O Despertar Furioso das Donzelas Saiyajins!



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