Assassina De Lendas escrita por NathyYellow
Notas iniciais do capítulo
parrésia
substantivo feminino
RETÓRICA (ORATÓRIA)
liberdade oratória; afirmação corajosa.
— Você...! — Ele começou, mas logo se interrompeu, porque minha lâmina continuava em seu pescoço.
— Vai dizer o trabalho ou não? — Tirei a lâmina de seu pescoço vendo se sua parrésia em falar naquele tom comigo continuaria.
— Eu quero que você capture com vida uma pessoa. Um acutipupu, e o traga até mim no endereço combinado em três dias é capaz disso?
— Com vida sai mais caro.
— Estou disposto a pagar.
— Tudo bem, só me dar uma foto e o nome dele. 50% agora e depois mais 50% quando terminar o serviço.
— Certo... Só por favor, seja gentil com ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Deixo para vocês no final a lenda do Acutipupu, tem genero fluido até em criaturas folcloricas sim:
Acutipupu é uma criatura que é ao mesmo tempo homem e mulher e vivia na Serra do Japó.
Conta-se que Acutipupu, quando estava como mulher, dava à luz a filhas mais belas que as estrelas.
Por outro lado, ao se encontrar com o corpo masculino, fecundava as mulheres e estas pariam meninos fortes e valentes, radiosos como o sol.
Um dia, sob forma de mulher, Acutipupu teve uma filha de Uaiú, um índio que estava impondo a lei de Jurupari na região. A menina se chamou Erem e como não podia deixar de ser, destacava-se por sua grande beleza.
Uaiú desejou-a e quis fazer amor com sua própria filha, mas Erem se recusou e fugiu para escapar do pai. Foi acolhida por uma tribo chefiada por Cancelri e os dois terminaram se casando.
No entanto, Uaiú não abandonou seu objetivo e declarou guerra a Cancelri. Nesta luta, morreram todos desta tribo e Acutipupu perdia, assim, sua filha querida.