it’s the terror of knowing (pressure) escrita por Martell


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, quem ainda lê o que eu posto!

Uma fic mais fofinha focada no JaySix e minha segunda fic da nova geração. E sim, aqui ele é lufano, é minha AU e eu amo a lufa-lufa, é isto.

Essa é a minha quarta e última contribuição para o projeto do Pride Month Fanfics, tem muita coisa incrível, espero que consigam conferir!

Essa fic tem duas playlists porque sim, então vão aí os links:

https://open.spotify.com/playlist/72oFzkTlYjpva2APCmE3c6?si=ba6f4e7c94434309

https://open.spotify.com/playlist/12W05AxUM3ORyXoYhFzphM?si=47c0c25c01a64b44

Boa leitura!



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James, com 10 anos, não conhecia o termo “heteronormatividade”, mas é o que melhor definiria a maior parte das relações que tinha contato – e, talvez por isso, chegou a conclusão desde muito cedo que não se encaixava, pelo menos não dentro das narrativas que havia sido construídas sobre quem era e quem viria a ser.

Amava a sua família mais do que tudo. Esta era formada por pessoas incríveis que haviam sacrificado muito pelo bem do mundo bruxo, por vezes, em brincadeiras que o deixavam desconfortável, mesmo tendo demonstrando a sua insatisfação. Não por serem pegadinhas ou algo do tipo, James era um grande fã de pegadinhas e praticamente idolatrava o seu Tio George.

O problema era a insistência constante de que ele iria “arrasar corações” em Hogwarts ou como se casaria com qualquer menina de sua idade que estivesse sendo amigável. Comentários normais, mesmo que desagradáveis, mas considerando que James estava se preparando ainda para o primeiro ano e não ter nenhum interesse na figura feminina, o faziam se sentir deslocado – algo estava errado e ele apenas não sabia o quê.

Desde que ele e seus primos (percebidos como garotos) transitaram dos sete aos oito aos nove anos e passaram a ver meninas como algo além de fontes de sapinho, havia percebido que não compartilhava o interesse nelas que demonstravam. Nada anormal, segundo o seu pai, quando fora o quesTionar do porquê Freddy estar tão obcecado pela sobrinha da tia Fleur. O seu pai só havia demonstrado interesse em garotas após os 12 anos.

E então, nas vésperas dos seus 10 anos, vira o poster de Oliver Wood na parede do quarto de Victoire – a prima era obcecada por quadribol, como boa parte da família, então não era estranho ver símbolos dos times que gostava e dos jogadores que acompanhava quase religiosamente espalhados por seu espaço. A sensação que perpassou por seu corpo quando vira o goleiro piscar de seu canto da parede, porém, fora a coisa mais absurda que já havia sentido.

Sem saber o que fazer, seguiu a voz mental da sua madrinha e começou a pesquisar. Tentou identificar momentos que repetissem a anomalia que havia experimentado e sempre dava no mesmo: um cantor que Lily estava obcecada, um artista nas revistas de suas primas, os jogadores de quadribol nos jogos que ia com seu pai.

Segundo Freddy, que era o seu melhor amigo no mundo inteiro, a sobrinha de tia Fleur, Camille, com seu cabelo loiro platinado e olhos verdes-água, o fazia se sentir esquisito e o seu pai, Tio George, havia dito que era porque gostava dela. Comparando os sinais, isso só poderia significar uma coisa: James gostava de garotos.

O único casal que conhecia que não era formado por um homem e uma mulher eram as Sras. Patil-Brown. Sabia, então, que duas garotas poderiam se gostar, mas dois garotos?

Resolveu não comentar com ninguém. Depois de muito pensar, decidiu que era quem ele era, gostando de meninas ou não, e nada poderia mudar. Se ele nem conhecia dois homens em um relacionamento além de comentários vagos dos adultos, como poderia ter sido influenciado? A única coisa que fazia sentido para James era ter sempre sido diferente desse jeito e esperava que para todo mundo fosse tão simples quanto fora para ele.

E se a cada brincadeira sobre sua relação com Ananya Patil-Brown, sua outra melhor amiga e a menina mais incrível do universo, James queria gritar que nunca gostaria de Ana desse jeito? Bem, isso era só mais um segredo que pretendia guardar por enquanto.

Infelizmente, James Sirius Potter era bom em muitas coisas, mas segredos não eram a sua especialidade.

I. Teddy Lupin 

 

James não estava particularmente nervoso sobre ir para Hogwarts. Na verdade, parecia que o tempo havia começado a se arrastar desde que recebera a sua carta. Nunca havia se sentindo tão ansioso por algo antes na vida – mal podia esperar para entrar na escola e aprender a usar magia corretamente e fazer novos amigos e jogar quadribol no time da Grifinória ou talvez da Lufa-lufa.

Sentiria falta dos pais e de Al e Lily, assim como dos seus primos e o resto da sua família, mas havia ganhado uma coruja e tinha uma coleção de penas impressionante, então manteria contato quase ininterrupto com todo mundo.

Além disso, Freddy e Ana também estariam no primeiro ano junto a ele – provavelmente não iriam para a mesma casa, Ana era uma corvina declarada e James sabia que tinha grandes chances de ir para a Lufa-lufa, enquanto Fred já havia comprado pijamas vermelho e dourado, mas os veria praticamente todos os dias e isso que importava.

E, claro, tinha Teddy. O seu irmão mais velho em tudo menos sangue estava no último ano e era monitor-chefe, o que deixava claro que não teria tempo para ficar de babá de James. Mesmo assim, pretendia perturbar o mais velho o máximo possível e aproveitar que o veria durante o ano inteiro em vez de apenas alguns meses e feriados.

Teddy era tudo o que queria ser no futuro: divertido, seguro, corajoso. Não era segredo para ninguém que se espelhava no garoto e ouvira inúmeras histórias de como costumava o seguir pelos cantos quando era mais novo. Tentava não sentir vergonha do seu comportamento no passado, afinal, era uma criança e Teddy realmente era uma boa pessoa para se admirar, mas até mesmo James, extremamente confortável em sua pele mesmo tão novo, não conseguia evitar esse constrangimento. 

Confiava mais em Teddy do que a maioria das pessoas, entretanto, não havia contado a sua recente descoberta sobre si, uma que havia conseguido colocar um nome apropriado – não por ter dúvidas em relação ao que sentia, mas por medo de ser rejeitado por alguém tão importante. Lera, em meio a sua pesquisa, que não era algo comum ou bem visto por muitas pessoas.

James não entendia o porquê de odiarem a mera existência de pessoas como ele, mas não estava disposto a assumir esse risco. Nunca se recuperaria se Teddy o desprezasse por algo que não tinha controle e que não se envergonhava de ser.

Nada disso impediu, porém, que deixasse escapar o seu segredo sem querer no primeiro dia em Hogwarts.

Ir para a Lufa-lufa foi decepcionante por alguns segundos, até ver o sorriso orgulhoso de Teddy no meio do mar amarelo e preto. Acenou para Ananya, radiante na mesa da corvinal, e para Freddy, um grifinório como a maioria dos Weasley. Estava contente, conversando com seus novos colegas de quarto e possíveis amigos – seria feliz como lufano, conseguia sentir.

Depois de ser apresentado ao salão comunal e ao seu quarto, decidiu se juntar a Teddy, animado com a perspectiva de passar um ano próximo do amigo. Mesmo cansado e quase incoerente de sono, estava tentando manter uma conversa, claramente para a diversão do mais velho.

Tão fora de si, não havia percebido que seus olhos estavam focados em uma pessoa até Teddy comentar:

— Ela é velha demais para você, Jay.

A garota que aparentemente estava encarando era bonita de um jeito clássico: cabelo castanho claro, olhos azuis, pele pálida, rosto redondo com o que pareciam ser sardas pontilhando o topo de suas bochechas. Ela parecia estar em seus últimos anos e claramente estava desconfortável com um garoto de 11 anos a observando.

— Ew, – respondeu involuntariamente, fazendo uma leve careta. Não para a menina, mas para a ideia de que ele estaria fitando obsessivamente uma pessoa que não conhecia por ela ser bonita.

— Ainda na fase de achar garotas nojentas? – Teddy riu, descontraído. James revirou os olhos e os fechou, relaxando na poltrona que estava sentado e perdendo o seu filtro.

— Eu sou gay, Edward, não uma criança.

O silêncio do outro fez o garoto perceber o que havia dito. James abriu os olhos abruptamente, virando para encarar Teddy com receio. O amigo parecia chocado, mas não horrorizado, o que parecia ser um bom sinal, mesmo que não estivesse falando nada.

— Você acabou de sair do armário para mim, Jamie? – Perguntou hesitante, quebrando a quietude desconfortável em que estavam.

— Eu acho que sim, – respondeu, fechando os olhos novamente e suspirando, – e agora eu vou dormir e fingir que isso foi um pesadelo terrível.

— Okay, se é o que você quer, então boa noite, Jamie, – Teddy assentiu e abriu os braços, – eu te amo e respeito e isso não muda nada, ta?

— Boa noite, Teddy, – levantou da cadeira e, sem graça, recebeu o abraço do amigo, sussurrando contra seu peito: – promete não contar a ninguém?

— Eu prometo, Jamie.

 

 

II. Percy Weasley 

 

James não acreditava em favoritismo dentro da família, amava todos igualmente e faria o que fosse preciso para protegê-los. Entretanto, era natural que fosse mais próximo de umas pessoas do que de outras e o seu Tio Percy estava na lista de pessoas com as quais tinha quase nenhuma proximidade, o que tornava a situação em que havia se encontrado ainda mais constrangedora.

Tio Percy havia se separado de Audrey assim que Lucy, a filha mais nova do casal, havia entrado em Hogwarts e desde então morava com o melhor amigo, ninguém menos que Oliver Wood. E, pela primeira vez em anos, havia decidido trazer o seu colega de quarto para o natal na casa dos Weasley.

James não sabia desse pequeno detalhe até entrar na cozinha e dar de cara com Wood ajudando a descascar batatas com a vó Molly. Olhando as feições que pareciam só ficar mais bonitas com a idade e as mãos habilidosas, não aceitaria julgamentos por ter murmurado para si mesmo:

— Meu Merlin, eu sou tão gay.

A risada incrédula do seu Tio Percy o fez perceber que não estava sozinho na porta da cozinha como havia imaginado e James quis se enterrar ali mesmo. Mesmo com vergonha, não tirou os olhos do seu ídolo, incapaz de desfocar dos antebraços expostos.

Deveria ser ilegal um gesto simples quanto puxar as mangas de sueter ser tão atraente, mas James era um adolescente hormonal de 15 anos e o cara que o fizera perceber que era gay estava na cozinha da casa de seus avós como se isso fosse algo normal.

— Ele é um pouco velho demais para você, James, – a voz do seu Tio o despertou do transe em que estava. Quis amaldiçoar seus genes Weasley, porque sabia que seu rosto estava escarlate.

Lançou um olhar de lado para avaliar o que Percy estava pensando, mas ele parecia estar mais preocupado em beber a cena doméstica à sua frente. Um sorriso leve curvava seus lábios, transformando toda a sua feição, algo que nunca havia visto no rosto do homem.

Todas as peças se encaixaram quando Wood levantou o olhar das batatas para lançar um sorriso rápido na direção do seu colega de quarto, antes de voltar a focar em vó Molly.

— Mas não pra você, ein, Tio Percy? – Provocou levemente, algo que minutos atrás não ousaria fazer.

Outra risada incrédula, mas sincera e James nunca tinha visto o Tio tão contente – sem contar quando estava com as suas filhas, é claro. Percy Weasley era um homem sério em regra, contrastando com 90% da família, mas aparentemente não ao redor de Oliver Wood.

— Ah, James, – respondeu, bagunçando o cabelo do sobrinho em um gesto carinhoso que nunca havia feito, – não para mim.

E piscou. Percy Weasley piscou um olho para ele, como se isso fosse normal, e andou em direção a onde estava a sua mãe e o seu “amigo”. Foi a vez de James rir desacreditado.

 

III. Scorpius Malfoy

 

Ser pego aos beijos com o capitão do time de quadribol da Sonserina em um armário de vassouras não estava nos planos de James, menos ainda por Scorpius Malfoy, melhor amigo do seu irmãozinho. Mas tudo estaria bem se o loiro não tivesse começado a chorar inesperadamente, como se a cena o machucasse em um nível pessoal.

Sinceramente, estava preocupado com a estabilidade mental do garoto se essa era a reação dele ao ver duas pessoas se beijando. Despediu-se de Anthony, que parecia dividido em entrar em pânico junto com Scorpius e fugir o mais rápido possível, e de uma noite relaxante aproveitando a banheira dos monitores, que adorava usar, principalmente com o seu quase-possível-talvez-um-dia-namorado, e focou na crise imediata.

Sabia que precisava consolar Scorpius de alguma forma, mesmo não sendo a pessoa mais qualificada para fazer isso, mas a outra alternativa que tinha era deixar o garoto abandonado no meio de um corredor escuro vulnerável e nunca se perdoaria se acabasse contribuindo para o que quer que estivesse deixando o menino tão instável a ponto de chorar ao ver uma cena comum.

Felizmente estavam no sétimo andar, então apenas o guiou para frente da Sala Precisa e desejou um espaço confortável para conversarem, sem se preocupar em serem parados, já que ambos eram monitores.

O mais novo ainda estava soluçando quando entraram no que era uma réplica quase perfeita do salão comunal da Lufa-lufa, com sua iluminação confortável e plantas espalhadas quase que randomicamente. Sentou em um dos sofás marrons e puxou o outro junto, mantendo uma distância respeitável, com medo de infringir no espaço pessoal do outro e deixá-lo mais triste. Malfoy imediatamente pegou uma almofada verde que estava jogada em cima do sofá e a abraçou, finalmente parando de chorar.

— Scorp, ei, o que foi tudo isso? – Decidiu seguir a abordagem direta, como havia aprendido que o outro preferia. Poderiam não conversar tanto, já que tinham grupos de amigos diferentes e estavam em anos diferentes, mas tentava ter alguma conexão com alguém que a cada dia mais parecia ser parte da família Potter por tabela.

— Eu não sei, James, – respondeu cabisbaixo, vermelho manchando as suas bochechas.

— Me ver beijando Nott foi tão traumatizante assim? – Tentou brincar, mas as suas inseguranças estavam voltando com intensidade.

Evitou usar o nome de Anthony, tentando implicar que não era nada mais do que o que havia visto: dois estudantes do sétimo descontando o estresse dos NEWTs em um canto abandonado da escola. Clássico e acontecia com frequência, então não precisaria inventar desculpas caso perguntado. Dois homens juntos reduzindo um adolescente as lágrimas não parecia algo positivo e, sinceramente, James não estava pronto para defender sua sexualidade nesse momento.

— Não! – Scorpius exclamou, mas logo se retraiu novamente, – Nott poderia arranjar alguém melhor, é claro, mas não foi isso.

— Malfoy, eu deveria ter te deixado no corredor chorando sozinho, Nott deveria se sentir honrado por meramente existir na minha presença. Ora, “alguém melhor”, – resmungou, pensando em como Anthony concordaria com o loiro apenas para irritar James e depois justificaria com um “você fica lindo com raiva”. Merlin, como o odiava.

O garoto riu fraco, passando uma mão trêmula por seus cabelos loiros e não falando mais nada. James decidiu não pressionar. Conhecia Scorpius por ele ser a sombra de Albus (era quase impossível ver um sem o outro) mas não era próximo dele e não sabia qual seria a melhor abordagem numa situação como essa.

— James, posso te fazer uma pergunta? – Começou, tímido, e James resistiu a apontar que já era uma pergunta.

— Claro, Scorp.

— É normal querer beijar garotos? – Apertou a almofada novamente, escondendo parte de seu rosto, apenas de fora os olhos azuis gelo fixados em James.

— Sim, é super normal, – confirmou, tentando assegurar o mais novo com um sorriso confiante.

— Então você é… gay?

— Você não precisa dizer como se fosse uma doença, Malfoy, – revirou os olhos, tentando não ficar ofendido, – sim, eu sou gay.

— Al sabe? – E essa era uma pergunta que deveria ter esperado, mas não o fizera. Não queria refletir no que sua sexualidade impactaria na sua relação com seus irmãos.

— Bem, – hesitou, mordendo o lábio inferior em nervosismo, antes de responder honestamente: – não. Basicamente ninguém sabe.

— Por que?

— Eu não sei.

E essa era a verdade. Não sabia, simplesmente nunca havia contado. Achava conhecer a sua família o suficiente para prever as reações deles e nenhuma era negativa, mas parecia errado em sua mente ter que anunciar com quem dormia a menos que estivesse entrando em um relacionamento.

Ambos ficaram em silêncio por um bom tempo, perdidos em pensamentos. Ainda estava surpreso com a reação do outro, não sabia se estava o ajudando ou apenas o confundindo – esperava que não, pois Scorpius era uma pessoa genuinamente boa.

— James, eu acho que talvez eu seja gay, – o loiro quebrou o silêncio, tom baixo, mãos trêmulas puxando o cabelo levemente, – e está tudo bem, certo?

— Claro que sim, Scorp, – respondeu veemente, puxando o mais novo para um abraço desconfortável, mas que os dois pareciam precisar, – e nunca deixe ninguém te dizer o contrário.

 

I. Família Potter-Weasley 

 

Decidir abandonar o armário confortável em que estava foi relativamente fácil: as coisas com Anthony estavam cada dia mais sérias e o namorado havia perguntado se gostaria de morar com ele assim que se formassem.

Anthony havia enfrentado o pai, recusado o contrato de casamento com uma herdeira qualquer e agora não poderia voltar para a mansão gélida que os Nott chamavam de casa. James estava muito orgulhoso por sua coragem e preocupado com o seu estado emocional, mas ambos sabiam que essa era a escolha certa. Assim como a escolha certa para James era se mudar com o namorado de quase dois anos.

Na prática, foram dois anos indo e voltando, sem nada fixo, com direitos a dramas adolescentes e sofrimento. Términos e brigas e a pressão de não serem assumidos para a família ou amigos, juntando com a história que os sobrenomes Potter e Nott carregavam. Mas havia se estabilizado no começo do sétimo ano, logo após serem pegos por Scorpius, e James nunca estivera tão feliz. Anthony era bom para ele e gostava de acreditar que a recíproca era verdadeira.

Não havia conversado ainda com os pais sobre se mudar, sabia que eles não aprovariam de cara, mas sentia que precisava dar esse passo. Tinha 18 anos, uma oferta para se tornar um aprendiz de medibruxo e uma sede de provar que era mais do que apenas a sobra dos seus famosos pais. Algo muito sonserino de sua parte, segundo Anthony, e que ele havia ajudado a cultivar. Merlin, como o odiava.

A noite do grande anúncio foi no seu jantar de comemoração pós formatura. Freddy estava com sua namorada, Amélie, uma linda francesa que havia conhecido nas férias – provando apenas que ele tinha um tipo e aparentemente esse “tipo” era, para o desgosto de James, igualzinho à Vic e Domi. James se preocupava com o primo, às vezes.

Todos estavam sentados do lado de fora, a família enorme e barulhenta e feliz e James odiaria arruinar o momento, mas ele queria fazer isso: devia isso a ele mesmo e a Anthony. Ninguém merecia ser tratado como um segredo sujo ou como um “colega de quarto”. Pode ir aprendendo, Tio Percy.

— Ei, família, – em pé, do seu canto da mesa, usou um feitiço para aumentar o volume de sua voz para todos focarem no que tinha para dizer, – apenas informando que eu vou me mudar com meu namorado daqui a um mês, podem voltar a comer.

E então aproveitou o caos que havia gerado, com várias pessoas se engasgando e rindo, os gritos de sua mãe harmonizando com os da vó Molly, questionando a mudança, não a sexualidade, enquanto Albus e Lily recolhiam galeões do resto dos primos. Tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Como sempre, aberta a todos os tipos de comentário desde que não sejam xingando a autora e a história, se não eu choro.

Essa foi um pouco complicada de escrever e não foi betada, então perdão aí qualquer erro.

Muito obrigada por lerem, até a próxima!



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