Color Rush escrita por violet hood


Capítulo 1
01


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais um ano de Pride Month Fanfics e mais uma shortfic wolfstar minha nesse projeto ♥
Essa fanfic é inspirada na série Color Rush, gosto muito desse universo da série e precisava escrever uma fanfic nele, mas a série em si não sou tão fã (revelação kkkkk), a fanfic segue um caminho bem diferente
E hoje posto minha primeira fanfic, mas ainda tenho outras várias para postar esse mês. Quero agradecer prongs por ter betado, e as outras adms maravilhosas do Pride: red e noora, amo organizar esse projeto com vocês ♥
Estou muito feliz por ver o projeto crescendo tanto, espero que vocês gostem dessa fanfic. O primeiro capítulo é mais uma introdução, os outros serão um pouco maiores

música: neon - dpr live



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01

“Blue, pink, yellow, green, red, orange, violet. You”

 

Cinza claro, cinza chumbo, cinza grafite, cinza névoa... existiam diversos tons de cinza e Remus Lupin provavelmente conhecia todos eles. Cinza era a única cor que ele enxergava desde que nasceu.

Remus era um mono, ou seja, via o mundo monocromático. A única maneira dele enxergar outras cores era se encontrasse o seu probe, todo mono tem um, mas o probe pode estar em qualquer lugar do mundo e os monos poderiam passar a vida sem encontrá-los.

Probes conseguiam ver cores normalmente, não tinha nada que os diferenciava de pessoas comuns. Contudo, quando um mono vê o rosto do seu probe pela primeira vez, ele passa por algo chamado Onda de Cores, onde, de uma só vez, o mono consegue ver todas as cores.

Algumas pessoas eram obcecadas em encontrar os seus probes, passavam a vida toda buscando por eles, só para poder ver as cores. E às vezes a obsessão se tornava algo nem um pouco saudável, o que resultava em probes sendo sequestrados e, até mesmo mortos. A Onda de Cores não dura para sempre, se um mono fica longe de seu probe ele volta a ver o mundo monocromático.

Remus nunca pensou muito sobre encontrar o seu probe, ele viveu sua vida toda vendo o mundo cinza, não esperava ver outras cores. Parte dele temia ficar tão obcecado a ponto de fazer algo perigoso. A única coisa ruim em ser um mono era que quando as pessoas descobriam, não deixavam Remus em paz, sempre pegando no seu pé, dizendo que ele deveria ser um maluco assim como os monos que apareciam nos jornais.

Isso foi o que aconteceu no colégio que estudava em Londres, e Remus achou que teria que aguentar até se formar. Porém, no seu último ano, o pai dele recebeu uma grande promoção para trabalhar em uma cidade menor e afastada de Londres.

A maioria dos adolescentes não iria gostar de se mudar no seu último ano de ensino médio, mas Remus estava aliviado em estar indo para Hogsmeade. Um lugar onde ninguém o conhecia, poderia passar o resto do ano letivo na dele, sem ninguém pegando no seu pé.

Remus encarou seu reflexo no espelho. Seu novo colégio, Hogwarts, era um colégio privado só de meninos, com uniforme e tudo. Remus nunca imaginou estudar em um lugar assim, mas Hogwarts não era tão cara e seu pai conseguia pagar. Os pais dele estavam muito animados em poder mandar o filho para uma boa escola.

O uniforme era o mesmo de qualquer escola privada da Inglaterra, Remus não se sentia nem um pouco especial nele. Porém, os olhos de sua mãe, Hope Lupin, brilharam assim que ele apareceu na cozinha.

— O uniforme ficou perfeito em você! — exclamou, contente. — Como o meu filho é lindo!

Hope apertou as bochechas do filho que fez uma careta, mas não disse nada. Ela era uma mulher alegre, sempre tentava parecer feliz na presença dele. Mas Remus sabia o quanto ela estava preocupada com ele indo para uma nova escola. Nunca disse para os pais sobre o que sofria em sua antiga escola, contudo tinha certeza de que eles já tinham notado.

Os dois eram pessoas comuns, não foi fácil para eles descobrirem que tinham um filho mono, mas sempre fizeram de tudo para cuidar de Remus da melhor maneira possível.

Sentou-se na mesa enquanto sua mãe colocava torradas em seu prato. Seu pai, Lyall Lupin, tomava o seu café enquanto lia o jornal. Ele era um homem sério, não muito bom em mostrar afeto, mas estava sempre preocupado com o filho.

— Se acontecer algo na escola você tem que contar para a gente — disse sério, sem tirar os olhos do jornal. — Existem outras escolas muito boas em Hogsmeade além de Hogwarts.

— Sim, pai — respondeu.

Remus esperava não ter problemas em Hogwarts, mas também não planejava contar se tivesse. Não queria estragar a felicidade dos seus pais, poderia aguentar um último ano. Iria fazer o possível para passar despercebido.

Ele pegou um ônibus perto de casa para chegar na escola, notando que havia outros estudantes com o mesmo uniforme cinza que ele. A mãe de Remus tinha dito que o uniforme era realmente cinza com alguns detalhes em vermelho, mas para Remus era só outro tom de cinza.

Não demorou nem dez minutos para que o ônibus parasse na frente da imponente construção. Hogwarts era gigante, o prédio costumava a ser um castelo e depois foi reformado e transformado na escola. Hogsmeade não era grande como Londres, ainda assim era maior que muitas cidades do interior, entretanto, não imaginava que teriam tantos meninos na cidade para frequentar uma escola desse tamanho.

Remus teve sorte em conseguir encontrar a diretoria com facilidade, precisava pegar seu horário e queria chegar na sala antes da aula começar, assim poderia se sentar sem chamar a atenção de ninguém.

Porém, foi um pouco mais difícil encontrar a sala da sua primeira aula. A funcionária que entregou seu horário tentou explicar, disse que era fácil de achar porque tinha um grande quadro verde perto.

Claro que aquilo não ajudou Remus nenhum pouco. Ele agradeceu e saiu a procura da sala. Felizmente, apesar da demora, encontrou antes da aula começar.

Vários meninos conversavam e brincavam quanto ele entrou, distraídos demais para notá-lo. Remus só avistou uma carteira vazia, ficava uma fileira antes da última fila de cadeiras.

Um bom lugar para passar despercebido, pensou.

Ninguém tentou falar com ele, o que já era um bom começo. E não demorou muito para o sinal tocar marcando o início da primeira aula.

O professor Binns de história logo entrou, ele era um homem velho com uma expressão mal-humorada.

— Vejo que estão todos aqui de novo — comentou sem nem mesmo dar um bom dia.

Ele colocou os pertences na mesa e analisou a sala, os olhos logo pousaram em Remus, que aparentemente era o único rosto novo ali. Já esperava por isso, não era comum que pessoas mudassem de escola no último ano do ensino médio, além do mais em uma cidade do interior.

— Uma cara nova! — exclamou o professor, Remus não conseguia decifrar se ele estava feliz ou triste com isso. — Qual o seu nome, meu jovem?

Sentiu os olhares rapidamente se virando para ele, muitos só notando agora a presença do aluno novo. Remus realmente não gostava da atenção, porém imaginou que aquilo pudesse acontecer.

— Remus Lupin, senhor — respondeu educadamente.

Binns pareceu satisfeito com a educação dele.

— E de onde você é? Não costumamos a ter alunos novos no fim do ensino médio.

— Sou de Londres, senhor.

Alguns meninos cochicharam na sala com a menção de Londres, e Remus realmente esperava que ninguém tentasse iniciar uma conversa com ele depois disso.

Binns assentiu com a cabeça, enquanto pegava um dos livros de história na mesa.

— Sejam bem-vindo, Remus — disse. — Espero que seja melhor aluno que esses folgados.

Os outros estudantes reclamaram do comentário, mas Binns não se importou.

— Vamos abrir na página 50 — começou levantando o olhar para ver os alunos abrindo os livros. Remus obedeceu a ordem, mas assim que voltou a encarar o professor, viu que ele encarava um ponto atrás de Remus, com uma expressão nada feliz. — Sirius Black!

Remus se virou, vendo um menino na última fileira na diagonal dele, mexendo no celular. Sirius Black usava uma jaqueta escura em vez do blazer, a camisa de botões do uniforme estava desabotoada demais e estava de óculos escuros dentro da sala. Ele parecia muito com os garotos que pegavam no seu pé e, logo soube que queria distância dele.

Sirius levantou o olhar despreocupado para o professor, parecendo não se importar com a bronca que iria tomar.

Binns bufou irritado.

— Será que terei que começar o ano letivo confiscando esse maldito aparelho? — questionou. — E tire esses óculos escuros! Estamos dentro de uma sala de aula.

Sirius deu de ombros, indiferente.

— Estou com conjuntivite — respondeu.

Os outros alunos riram, Remus imaginou que ele estava mentindo e que aquele comportamento era comum.

Binns parecia conhecer Sirius muito bem, porque escolheu não insistir no assunto.

— Apenas guarde logo esse celular — mandou. — Não vou repetir de novo.

Sirius guardou o celular, mas não tirou os óculos.

***

A aula do professor Binns seguiu normalmente, ele falava um pouco mais devagar do que o normal e, metade da sala dormiu no meio. Mas Remus nunca teve problema para se concentrar.

Todas as suas outras aulas eram no mesmo andar e com as mesmas pessoas. Remus ficou grato por isso, por ver o mundo todo cinza, tinha um pouco de dificuldade em decorar rostos, todo mundo parecia igual. O único da classe que se destacava era Sirius Black, de quem Remus fez questão de manter distância.

Entretanto, não obteve muito sucesso. Assim que o intervalo começou, um menino apareceu do lado dele. Ele usava óculos de grau redondos e o cabelo dele era incrivelmente bagunçado, como se nunca o tivesse penteado na vida.

— Remus, certo? — perguntou se aproximando dele no corredor. Remus apenas assentiu, não querendo começar uma conversa. — Eu sou James, estamos na mesma sala.

James não esperou pela reação dele, logo apontou para os amigos que estavam atrás.

— Esse é o Frank — disse, apontando para um menino alto que sorriu para ele. — E Sirius.

Sirius também sorriu e, se não fosse pela jaqueta e os óculos escuros, não pareceria tão intimidador. Porém, Remus ainda pretendia manter distância.

James se apoiou na parede.

— Você é de Londres, né? Isso é tão legal — comentou, parecendo não ter pressa para encerrar o assunto.

Mais uma vez Remus só assentiu.

Frank se aproximou mais deles.

— Tem muitas garotas bonitas em Londres? — perguntou curioso. — Todo mundo fala que as garotas de lá são bem mais bonitas que as daqui.

Sirius riu.

— Fala isso como se chegasse perto de uma garota.

James revirou os olhos para Frank.

 — Nenhuma garota é mais bonita que a Lily — retrucou.

Remus imaginou que aquela deveria ser a namorada dele, mas não pediu explicações. Não precisava saber.

Infelizmente, o trio parecia não querer desistir.

Sirius logo explicou:

— Lily é uma garota que ele gosta desde os onze anos, mas ela nunca deu bola para ele.

James não parecia abalado com isso.

— Lily vai aceitar sair comigo esse ano, tenho certeza — disse, confiante, fazendo com que os dois amigos rissem.

Remus pensou que aquela poderia ser uma boa hora para sair de mansinho, ele nem estava se esforçando para fazer parte da conversa.

— Ei, gente — chamou Frank assim que as risadas acabaram. — Vocês estão deixando Remus desconfortável. — Ele o encarou. — Desculpa te prender aqui, cara.

Remus decidiu que Frank era a melhor pessoa naquele trio. Estava prestes a dizer que tudo bem e se despedir, quando James foi mais rápido:

— Culpa de Sirius, que ‘tá todo intimidador com esses óculos.

— Ei! — protestou Sirius. — Só quis me vestir bem para o primeiro dia de aula.

— Não sei como ainda não te mandaram para diretoria — rebateu James e, com ironia, acrescentou: — Diretor Dumbledore deve estar morrendo de saudades de você.

Sirius fez uma careta para o amigo.

— Tudo bem — disse, por fim. — Vou tirar os óculos, mas só porque Remus está aqui.

Remus não tinha interesse nenhum em ver o rosto de Sirius Black, mas notou que não teria muita escolha. Ainda queria ir ao banheiro antes do intervalo terminar, porém, preferia que o sinal tocasse logo para que pudesse se despedir daquele grupo.

Sirius colocou a mão no rosto e muito devagar foi tirando os óculos, como se estivesse fazendo um suspense. Remus o encarava entediado, esperando que aquilo acabasse logo.

Contudo, assim que Sirius abaixou os óculos e o encarou nos olhos, Remus sentiu sua visão tremer como nunca. O cinza dos olhos de Sirius foi sumindo e adquirindo uma cor que Remus nunca tinha visto antes. Logo em seguida, o cinza no rosto dele desapareceu e cada parte de Sirius foi sendo tomada por uma cor nova. Em menos de um minuto, todo o corredor explodia em cores desconhecidas.

Onda de Cores, pensou Remus, sentindo sua respiração acelerar enquanto seus olhos se esforçavam para assimilar tudo a sua volta.

A última coisa que viu antes de desmaiar foi a expressão confusa no rosto de Sirius Black.


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Notas finais do capítulo

Opiniões? Amarei receber os comentários de vocês ;)
O capítulo 2 já está pronto, mas acho que só posto semana que vem (preciso terminar o 3 antes!!), segunda posto uma fanfic albus/oc que foi a que mais gostei de escrever, então passem lá ♥
Até o próximo!



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