Jade Snape escrita por Ana27734


Capítulo 9
Cards de Quadribol e Corujas Malucas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, eu estava super ocupada.Aproveitem o cap!



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Cards de Quadribol e Coujas Malucas


Uma coisa é tentar achar um presente para Ana. Outra coisa completamente diferente é tentar achar um presente para Ana COM SCOTT. O cara pode ser irritante quando quer, mas o problema era outro.

Harry garantiu que se sentia totalmente confortável mesmo dividindo a Capa com Rony e Hermione (vai saber para que eles a usam), mas não tenho certeza se ele estava tirando uma com minha cara (um erro terrível) ou se EU é que achava a Capa meio pequena.

Depois de deixar a Dedosdemel, resistindo à tentação de pegar um doce só para fuder com o disfarce, passar o natal na detenção e ainda por cima perder a Capa, saímos procurando por uma loja boa. O que também não é uma tarefa fácil quando se esta com Scott. Principalmente debaixo de uma capa com Scott.

Teve uma hora que ele tropeçou (em uma formiga, imagino) e nós dois fomos a baixo pondo em risco o plano. Por sorte não havia ninguém passando para ver a marca que ficou no lugar. Eu queria ficar e fazer uns anjinhos de neve, mas Scott me apressou:

– Se, quando voltarmos, formos pegos, não vai ser legal se for DEPOIS do toque de recolher. – É ele tem razão. – Mas de que tipo de presente a sua amiga gosta?

–Quando tinha cinco anos eu fiz um cartão de natal, no qual escrevi errado o nome dela, e ela fez a mesma cara de quando juntei minhas economias e comprei o CD que ela passou um mês esperando.

–Hmm, agora ficou difícil. – Ele resmungou. Passamos um momento em silêncio – Olha ali, aquela loja deve ser nova, não estava aí no dia do passeio.

E não é que eu também nunca tinha ouvido falar da loja Quinquilharias Mágicas? Nem Karina falou dela, e olha que ela teve que descrever Hogsmead inteira para me consolar por ter passado a tarde de cama na Ala Hospitalar. Tiramos a Capa depois de entrar, ouvindo o tilintar de um sininho preso à porta de entrada.

O ambiente dentro da loja era... Como dizer... Estranho. Dos fundos vinha uma fumaça roxa que eu realmente não queria saber de que era e as estantes e vitrines eram todas pintadas de amarelo.

E tinha todo tipo de tralha. Esmalte que muda de cor com o humor (comprei um desses junto). Bolas de Cristal esfumaçadas, que, segundo o anuncio, “Preveem seu futuro! Um novo amor? Morte de um parente? Não tem erro.”. Boné da Invisibilidade (“Sobressalente, o feitiço dura 2 anos, depois é necessário recarregar”). Perfume Repelente de Dementadores (tinha cheiro de chocolate).

Fomos em direção do fulano com cara de entediado atrás do caixa.

– Oi, quanto custam aqueles esmaltes na vitrine? – Falei com meu sorriso reservado para valentões e vendedores.

O cara levou quase um século para erguer os olhos da revista que estava lendo. Passou os olhos por nossos uniformes (Droga! Porque me esqueci de trocar de roupa?!) e falou:

– Vocês não deviam estar na escola, moleques? – Com desinteresse. Perguntei-me porque Scott estava tão quieto e o peguei encarando um conjunto de cards de jogadores de quadribol. Cards raros, ele falou mais tarde.

– Pago mais 10 galeões se não disser a ninguém que estivemos aqui. – Falei com minha voz de negócios.

– 15 galeões! – Ele logo disparou.

Hmmm, pensei comigo mesma, então de dinheiro ele entende. Já ia revidar quando uma voz veio da porta ao lado, a que vinha fumaça roxa.

– Richard! Quantas vezes eu já disse para não barganhar dinheiro quando os alunos dão escapadas e vem comprar algo? – a voz em questão vinha de uma mulher alta, de uns 50 anos, que encarava o Cara do Balcão como se tivesse pegado uma criança de oito anos fazendo uma travessura. Tinha cabelos ruivos já com mechas grisalhas presos para trás.

– Deixa que eu cuido dos clientes. Vá fazer algo de útil, tipo cuidar do meu gato. – o tal do Rinhard (Qual era o nome dele mesmo?) resmungou algo tipo ‘Gato Maldito’ e ‘Afogar no caldeirão’ e foi para os fundos da loja.

– E então queridos, o que procuram? – a moça perguntou. Ignorei Scott, que a olhava como se fosse um alien vestido de palhaço oferecendo donuts. Ai, agora to com fome!

– Eu queria um presente de natal para minha amiga senhora...? – falei dando uma cotovelada em Scott. Se ele quer encarar a fulana que seja discreto!

– Oh não querida, senhora é minha mãe. Pode me chamar de Celeste. – ela disse. Tá, Celeste. Tuuuudo bem. – E o que você tem em mente? Temos tralhas espalhafatosas encantadas, brincadeiras para pegadinhas, produtos de beleza milagrosos e... 50% de desconto com cards de quadribol.

Nessa hora Scott deu um pulo de susto como se tivessem dado um soco na cara dele. Provavelmente estava babando no card do Lynch. De novo. Acho que posso gostar dessa mulher...

– Um minutinho, por favor – disse para Celeste e arrastei Scott para um canto.

[N/A Hmm, sério?]

Cala a boca!

[N/A OK, OK, estou caladinha]

– Da pra para de dar uma de estranho?

– Ok, mas... Os cards... – o olhar dele parecia meio sonhador meio desfocado. Cara, eu não sabia que ele era fanático por quadribol. Sério.

– Não se preocupa. Eu tenho um plano. – e é serio. Eu tive mesmo uma ideia. – Mas preciso que você fique bem aqui quietinho enquanto eu acabo as compras!

Ele pareceu pensar um pouquinho, então olhou para o lado e deu de cara com alguns bótons maneiros. Aí, provavelmente, achou uma boa ideia.

Voltei para o balcão.

–Eu quero, hmm... – falei dando uma olhada em volta. Não, muito idiota. Rosa demais. Pra que isso serviria? Ah, perfeito. Apontei para o presente – Eu quero aquilo, um desses esmaltes que muda de cor e um pacotinho de cards de quadribol da seleção da Irlanda. Aqueles que brilham, por favor.

***

–Eu já disse! Quantas vou ter que repetir? – quase gritei enquanto tentava prender o pacote na perna de Amora. A fofa estava excitada com sua primeira entrega. Manter ela parada estava exigindo grande parte de minha atenção.

Gritar com Scott é no modo multitarefa.

– Talvez mais umas cem – ele disse engraçadinho – Mas o que você comprou para ela? Pooor favor.

Ele fez uma carinha estranha, provavelmente uma imitação mal feita de mim.

–Querido você precisa melhorar suas técnicas de atuação. E eu não vou te dizer o que comprei!

Espera... Cadê a carta?! Dei a coruja para Scott segurar e procurei em minhas vestes. Será que caiu?

Mais ou menos nessa hora uma voz irritante veio de trás de mim, falando bem alto.

“... tem várias pessoas legais aqui. Os professores é que são chatos, mas o meu pai é o pior. Não, me enganei, o Tio Slug é o pior, parece que tem certeza de que eu sou cria do diabo e que não tenho futuro.

Sei o que vai perguntar. Sim, sua pervertida maluca, aqui tem vários gatinhos, mas nem todos prestam para alguma coisa.”

Virei-me de costas. MALFOY estava parado com um sorriso sacana (N/A*suspiro*) segurando a MINHA CARTA. E isso me irritou. Muito.

– Malfoy – falei tentando controlar minha raiva – O que, exatamente, você está fazendo com essa carta?

Cadê a minha MALDITA varinha quando preciso dela? Ah, já achei. O Espírito Gostoso e Idiota está segurando.

– Ora Snape, só estava andando tranquilamente por aí quando a achei no chão. Presumo que seja sua? - ele disse, mas eu não estava exatamente prestando atenção. Estava olhando para a consciência. A cara dele não parecia a de quem estava prestes a me entregar a minha varinha. E Malfoy continuou – E suponho que aquela, hmm, coruja seja sua.

OK. Existem coisas que as pessoas não podem falar na minha frente sem levar tapa. Tipo, me chamar de louca (a exceção de Ana), insultar minha mãe (meu pai meio que pode desde que não pegue muito pesado) e... Insultar minha coruja (mesmo que ela seja irritante e temperamental).

E ela também se sentiu insultada.

Soltou-se de Scott, bicou a cara e as mãos da Doninha Albina, me trouxe a minha carta e tudo isso sem derrubar o pacote que eu estava tentando a fazer segurar.

Momento chocada.

.

.

To orgulhosa...






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Notas finais do capítulo

Review não dói e faz bem para o coração da autora!Bjokas