Playing With Fire 🔥 Sirius Black escrita por Beatrice do Prado


Capítulo 6
Cosmos


Notas iniciais do capítulo

Vim agradecer aos novos leitores que começaram a acompanhar a fanfic, espero que gostem do novo capítulo.

É isso, boa leitura!



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"Sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Não são permitidas maldições."

—Imagina se fossem permitidas. – Caçoou Frank – Parece até que os professores dessa matéria estão dentro de uma.

—E por quê? – Perguntou Mcguire, parada em frente à entrada da sala.

—Desde o meu primeiro ano, sempre houve a troca de professor com o início de um novo ano letivo. – Explicou Frank, parado ao lado da amiga. – Sempre acontece alguma coisa para o professor anterior abandonar as aulas.

—Ainda bem que nós escolhemos outras matérias para darmos aula. – Mencionou Lizzie.

—Bem lembrado.  – Concordou Longbottom entrando na sala ainda vazia, em companhia de Elizabeth. – Ei, não esquece que hoje à meia-noite temos aula de Astronomia e que vamos te buscar lá no Salão Comunal da Sonserina, antes desse horário.

—E quais casas fazem essa matéria juntas? – Perguntou Mcguire.

—As quatro, fiquei sabendo que muitas pessoas não atingiram notas suficientes nas NOMs, por isso deu para juntar todo mundo. – Respondeu Frank.

—Mas é uma das melhores matérias. – Apontou Lizzie, sem acreditar no que havia ouvido.

—Pois é, mas por não usarmos magia nelas, algumas pessoas não acham tão importante. – Apontou o amigo.

—É por indiferenças como essa, que nascem grupos de pessoas que acreditam que a Terra é plana. – Afirmou Mcguire.

—Tem gente que acha isso? – Perguntou Frank, sem acreditar.

—Tem, você acredita? – Caçoou Lizzie.

—Bom dia, Mcguire. – Saudou Lilian, que ao entrar no local, se aproximou da dupla. – Bom dia, Longbottom.

—Bom dia, Evans. – Disse Lizzie, acompanhada do amigo que também cumprimentou a colega.

—Menina, estão falando por aí que você fez alguma coisa para deixar o Black quieto, é verdade? – Perguntou Alice, se aproximando deles.

—Bem. – Elizabeth olhou no sentido da entrada, para se certificar de que estavam apenas os quatro na sala – Eu lancei um feitiço, que vai deixar os dentes dele verdes por uma semana, e por causa disso ele está tentando não falar, para que não percebam. – Explicou fazendo as colegas rirem.

—Ele deve ter ficado muito bravo. – Afirmou Alice às gargalhadas.

—Você tinha que ver a cara dele, quando eu revelei que não tinha reversão. – Comentou Elizabeth, fazendo os colegas rirem novamente.

—Assunto encerrado, o quarteto chegou. – Avisou Evans.

—Bom dia. – Cumprimentou Lupin que ao se aproximar, recebeu uma resposta de todo o grupo de dentro da sala.

—Bom dia, linda Lilian Evans. – Cumprimentou James sorridente.

—Bom dia, Potter. – Respondeu Evans, secamente.

—E você Black, não vai dar bom dia? – Provocou Elizabeth, recebendo em troca, um olhar de desdém do colega.

Quando enfim todos os alunos ocuparam a sala, o novo professor da matéria se posicionou à frente deles, para dar início à sua primeira aula com aquela turma.

—Bom dia, alunos, meu nome é Anthony Napier e eu vou lecionar a matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas. – Se apresentou sucintamente – Para darmos início, peço que formem duplas, pois hoje eu vou ensinar a vocês a respeito de Feitiços não-verbais e já vamos começar a praticá-los. – Ordenou o professor.

—Que sorte a sua, Black, não vai precisar falar. – Provocou Lizzie mais uma vez, já se virando para encarar Frank, que seria a sua dupla.

—Essa aula é de extrema importância no aprendizado de vocês, pois com os feitiços não-verbais poderemos emitir encantamentos sem que haja a necessidade de dizermos o nome deles em voz alta, e em uma disputa isso se torna uma estratégia muito eficaz, sem contar que se estivermos dentro da água, não será possível falarmos, então a não verbalização se torna cem por cento útil. – Explicou o professor – Dessa forma, quero que fiquem um de frente para o outro, vamos começar o treinamento com o feitiço Expeliarmos.

 -Pronta para perder a sua varinha, Mcguire? – Perguntou Longbottom, provocando a amiga.

—Como? Assim. – Respondeu Lizzie, desarmando o colega.

—Nossa, mas como? – Perguntou o amigo, se abaixando para pegar a varinha.

—Eu treinei muito nas minhas férias com o meu tio. – Respondeu Elizabeth.

—Mas os alunos não podem usar magia fora da escola. – Afirmou Frank, confuso.

—Em Ilvermorny, podíamos. – Explicou Mcguire.

—É o que? – Perguntou Frank impressionado.

—Era a única coisa boa daquele lugar. – Desabafou a aluna.

—Agora eu quero que mentalizem o feitiço e se concentrem para desarmar o colega da frente.   – Ordenou o professor, percorrendo entre os alunos, a fim de acompanhar o desempenho dos pupilos.

—Vai Frank, mentaliza a cena da minha varinha saindo da minha mão junto com a verbalização do encantamento. – Lizzie deu a dica.

—Vou tentar. – Disse Frank, que seguiu as dicas da amiga e em alguns segundos conseguiu desarmá-la.

—Arrasou. – Parabenizou Lizzie, cumprimentando o amigo com um tapa em sua mão.

—Muito bem, sr. Longbottom, acertou de primeira. – O professor olhou para Elizabeth e pediu para que ela tentasse também, e após verificar que ela também conseguia efetivar o feitiço não-verbal a parabenizou da mesma forma – Que dupla incrível é essa, que eu tenho aqui. – Felicitou o mestre, satisfeito – Muito bem jovens, continuem praticando.

—Depois disso, ele vai pedir para um de nós emitir o Expeliarmos e o outro o Protego. – Mencionou Lizzie, praticando com o amigo a pedidos do professor, que estava parado ao lado de Pedro e Remus, os auxiliando com o treino.

—E como eu vou saber se o oponente está lançando o encantamento, se ele não vai falar em voz alta? – Indagou Frank.

—Meu tio deu a seguinte dica: fique de olho no comportamento físico do oponente, principalmente na mão que está a varinha. – Disse Lizzie, fazendo com que o amigo prestasse atenção nos alunos à sua volta. – Muitos ainda apontam para o adversário e os que não fazem, mexem a mão mesmo que inconscientemente.

—É verdade, eu mesmo apontei a minha varinha, mas você conseguiu manter ela ao lado de seu corpo. – Mencionou Longbottom.

—Isso porque eu treinei muito nas férias. – Explicou Elizabeth – Existem até bruxos que emitem encantamentos sem a varinha, apenas usando as mãos.

—É sério isso? – Frank perguntou maravilhado, nunca havia cogitado a possibilidade de transmitir magia sem uma varinha.

—Sim, meu tio me disse que os alunos da Escola de Magia Uagadou, que fica na África, são muito famosos por isso. – Informou a amiga.

—Seria muito útil para mim, porque às vezes eu acabo perdendo as coisas e isso inclui a minha varinha. – Mencionou Longbottom.

Após alguns minutos observando os seus alunos praticarem o feitiço requerido, Anthony iniciou a segunda parte de sua aula.

—Sr. Longbottom e srta. Mcguire, venham até a frente. – Pediu o professor – Agora nós vamos praticar um ataque e uma defesa, um de vocês vai lançar o Expeliarmos e o outro o Protego, entendido? – Perguntou Anthony, recebendo um sinal positivo de ambos.

—Você ataca e eu me protejo para começar, o que você acha? – Sugeriu Mcguire.

—Tá bom. – Concordou Frank, se concentrando para lançar o feitiço na amiga.

Assim que conseguiu se concentrar o suficiente, lançou o encantamento que fora interditado por Elizabeth.

—Perfeito, agora invertam. – Ordenou o educador empolgado.

Na primeira tentativa de barrar o feitiço da amiga, Longbottom não obteve sucesso, mas o educador insistiu para que o aluno tentasse novamente e assim que o fez, obteve sucesso.

—Muito bem, dez pontos para a Grifinória e dez pontos para a Sonserina. – Concedeu o mestre – Vocês foram muito bem, ainda mais você srta. Mcguire, nem ao menos mexeu a sua varinha, parece até que já treinou isso antes. – Felicitou Anthony – Agora quero que troquem de par com outra dupla, para treinarmos ainda mais, não esqueçam de revisar quem ataca e quem protege.

—Frank, Elizabeth, troquem com a gente. – Convidou Lilian, ao perceber a aproximação de Potter.

—Longbottom, não esquece de dar aquela dica para a Alice. – Mencionou Lizzie, tentando ajudar o amigo com a conversa que teria com a aluna Fortescue.

—Sempre que quiser fugir do Potter, estarei à disposição. – Mencionou Lizzie, fazendo Lilian rir. – Você também não gosta deles?

—Nós até nos dávamos muito bem quando chegamos em Hogwarts, mas eles já provocaram muitas brincadeiras sem graça com as pessoas daqui, com pessoas especiais para mim. – Evans respirou fundo – E eu sei que não são más pessoas, mas brincadeira tem limite. – Lilian fez uma pausa – O único que presta ali é o Remus.

—Acho que essa é uma opinião unânime. – Afirmou Mcguire.

—Olha lá, ele já vai aprontar. – Disse, olhando no sentido de Potter, que desarmou o aluno Severus, próximo a ele.

—Eu vou desarmar ele e quando eu fizer, você me desarma para parecer que estamos praticando e não arruinando os planos dele. – Planejou Elizabeth.

—Combinado. – Disse Evans empolgada, prestando atenção em James, pois assim que fosse desarmado, ela deveria fazer o mesmo com a parceira.

E assim se fez, no instante que o feitiço foi lançado em Potter, Evans ligeiramente emitiu o encantamento Expeliarmos em Lizzie.

—Desarmada, Mcguire. – Apontou Evans, encarando a parceira com o olhar zombeteiro.

—Como eu fui me distrair dessa forma? – Debochou Elizabeth, fazendo a parceira dar risada.

Como se tratava de uma lição de extrema importância, o professor continuou observando com muito cuidado os seus alunos, já que não podia permitir que houvessem ali, estudantes que não conseguissem denominar aquele manejo tão importante.

—Na próxima aula nós vamos seguir com a prática dos feitiços não-verbais, então peço que revisem os feitiços aprendidos nos anos passados e pratiquem entre vocês. – Solicitou Anthony – Aula encerrada, alunos, podem ir.

—Que tal se nós treinarmos juntas? – Sugeriu Evans.

—Seria ótimo, podemos chamar a Raven, Henry e Frank. – Mencionou Mcguire.

—O Remus e a Alice também. – Citou Lilian.

—Nos encontramos todos na sala de estudos e lá decidimos um local para treinarmos. – Afirmou Lizzie.

—Combinado. – Concordou Evans, estendendo a mão para a colega, que retribuiu o gesto.

 (...)

Ao aconchegar-se para almoçar, Elizabeth percebeu uma nova leva de corujas que adentravam no Salão Principal, mas dessa vez não era a coruja de seu tio que trazia uma carta, e sim a coruja de sua mãe Katherine.

Assim que apanhou a correspondência e se despediu da ave, a garota posicionou o envelope na mesa, ao lado de seu prato, já que tinha dúvidas se abriria naquele momento ou se aguardaria chegar em seu dormitório, para ler o que a mãe havia escrito.

Afinal, não queria estragar a refeição caso lesse algo que a deixasse emotivamente desgastada.

—Você não vai abrir a carta? – Perguntou Ethan, que sentando ao seu lado, olhava para a correspondência.

—Eu prefiro abrir no meu dormitório. – Respondeu Elizabeth, se movendo para o lado para que o garoto se acomodasse.

—Mas deve ser dos seus pais, pode ser algo importante. – Insistiu o rapaz.        

—Você tem razão. – Lizzie concordou, não queria criar uma situação de tensão naquele momento e muito menos com aquele estudante em específico.

Querida Elizabeth,

Como está a sua adaptação em Hogwarts?

Ficamos sabendo que você entrou para a Sonserina, eu te disse para não se preocupar, mas como sempre, você não me ouve.

Eu e o seu pai ficamos muito amigos do Jefferson White, pai de seu colega de estudo, Ethan, foi ele quem nos contou da sua seleção. Ele é um bom moço, estávamos até pensando de passar o Natal juntos, acredita?

Por enquanto é isso, se comporte e tire as melhores notas.

Abraços de Katherine e Robert.

 

 

—Os seus pais se deram muito bem com o meu pai, estão até combinando em passar o Natal juntos. – Informou White, ao perceber que a colega havia encerrado a sua leitura.

—É, ela mencionou na carta. – Afirmou Lizzie, agora o encarando. – Mas você não acha que é muito cedo para falar de Natal?

—É sempre bom planejar as coisas com antecedência, ainda mais uma festa comemorativa tão importante como essa. – Afirmou o sonserino.

—Isso é verdade. – Concordou Elizabeth – Bom, vamos almoçar, porque essa é umas das melhores horas do dia.

(...)

Faltando cerca de vinte minutos para o início da aula de Astronomia, o trio de amigos já aguardava Elizabeth há um bom tempo na entrada do Salão Comunal da Sonserina, quando finalmente a aluna saiu do local.

—Desculpem a demora, é que eu cochilei e quase perdi a hora. – Justificou-se Lizzie, se apressando para chegar mais perto dos amigos. – Dormir é uma das melhores coisas que existem, e eu não consigo ter controle disso.

—Relaxa, ainda temos muito tempo até a aula começar. – Consolou Raven, se enrolando no braço da amiga.

—Te entendo completamente, eu sempre me atraso para essa aula por não conseguir controlar o meu cochilo da tarde. – Revelou Frank.

—Vocês estão dormindo demais, não acham que precisam se exercitar um pouco para ganharem energia? – Questionou Henry.

—Somos jovens e temos energia de sobra, não precisamos de exercícios. – Retrucou Raven.

—Estou vendo a energia na cara de cansaço de vocês. – Provocou Henry.

—Isso é a cara de estudantes aplicados, que passam o dia todo se dedicando aos estudos. – Contra-atacou Raven.

—Eu voto na Raven. – Declarou Elizabeth levantando uma das mãos, em companhia de Longbottom.

—Eu conheço vocês há cinco anos, sei muito bem da rotina que vocês têm. – Respondeu Henry.

—Mas você tem que entender que nós não somos capitães de quadribol, não precisamos nos exercitar como você. – Raven retrucou novamente.

—Eu ainda vou convencer vocês a terem uma vida saudável. – Declarou o lufano.

—Somos jovens e jovens não são saudáveis. – Afirmou Mcguire, encarando Henry.

—Eu voto na Lizzie. – Retribuiu Raven.

—Ei, mudando de assunto, o Black ainda não tentou nada pelo que você fez? – Perguntou Henry.

—Ainda não. – Respondeu Lizzie.

—Isso é um mau sinal, ele deve estar bolando algo grande para se vingar do que você fez. – Apontou Frank.

—Ou ele desistiu de mexer com você. – Opinou Henry.

—Um homem com o ego ferido não desiste tão fácil, meu amigo. – Afirmou Elizabeth.

—Sabe o que é engraçado? – Apontou Raven – Ele é o aluno mais aplicado em Astronomia e a professora sempre pergunta as coisas para ele. – A aluna fez uma pausa ao rir com os amigos –Quero ver o que ele vai fazer hoje, quando a professora perguntar alguma coisa.

—Também com o nome que ele tem, se não for o melhor aluno de Astronomia, seria melhor desistir dos estudos. – Considerou Lizzie, fazendo os amigos rirem novamente.

Dentro da Torre de Astronomia, a mestra já posta à frente dos estudantes ali presentes, cumprimentava os alunos com muito bom humor, em contraposição a muitos jovens que pareciam ter acabado de acordar.

Fato esse, que ia de encontro com a realidade, já que muitos estudantes despertavam poucos minutos antes daquela aula ter o seu início.

—Então vocês são os sobreviventes da minha matéria? – Perguntou animada, encarando os rostos de seus alunos, que mesmo sonolentos, sorriam para ela em resposta – Fico muito feliz em tê-los comigo por mais um ano. – A professora direcionou o seu olhar para Elizabeth – Srta. Mcguire, seja muito bem-vinda a Hogwarts e às minhas aulas, meu nome é Aurora Sinistra e eu serei sua professora de Astronomia pelos próximos dois anos – Cumprimentou a aluna com um aperto de mãos – Eu vi o seu histórico de Ilvermorny e suas notas são excepcionais, espero que continue com essa dedicação conosco.

—Pode deixar, essa é uma das minhas matérias favoritas – Respondeu Lizzie animada.

—Que bom, srta. Mcguire, fico feliz por saber disso. – Aurora sorriu gentilmente no sentido da novata – Sabe, no primeiro ano, quando eu estou conhecendo os meus alunos, eu sempre pergunto qual é o planeta favorito deles, poderia me dizer qual é o seu?

—O meu é o Urano, professora. – Respondeu Mcguire.

—Sr. Black, poderia falar para a classe quais são a características desse planeta? – Perguntou encarando o aluno da Grifinória, que sinalizou negativo com a cabeça, ao mesmo tempo em que segurava o pescoço com uma das mãos.

—É que ele está sem voz, professora. – Explicou James, recebendo um sinal positivo do amigo.

—Que pena, sr. Black, desejo melhoras para a sua dor de garganta. – Disse sorrindo amigavelmente para o estudante – Alguém pode citar as características do planeta Urano?

Após o questionamento da mestra, os alunos Remus e Raven levantaram uma das mãos a fim de responder à pergunta disposta, e ao perceber a sincronia, Lupin deu a palavra a colega de sala e estudos.

—Obrigada, Lupin. – Agradeceu Raven, olhando para o colega – Urano é o sétimo planeta a partir do Sol e o terceiro maior em questão de extensão territorial, é também um dos quatro planetas gasosos do Sistema Solar e o seu movimento de translação que dura 84 anos.

—Srta. Taylor, para concluirmos o assunto, poderia expor para a sala, quais os gases de maior quantidade encontrados nesse planeta? – Perguntou Aurora.

—São os gases Hidrogênio e Hélio. – Respondeu a aluna de prontidão.

—Excelente, srta. Taylor, dez pontos para a Corvinal. – Gratificou a aluna – E cinco pontos para a Grifinória pela gentileza e companheirismo do sr. Lupin.

—Obrigado, professora. – Agradeceu Remus.

—Bom, hoje o tema da aula será: Princípio Cosmológico, mas antes de apresentar a teoria desse conteúdo para vocês, eu vou pedir para que se aproximem o máximo que puderem do bloqueio da torre e contemplem o firmamento estrelado acima de vocês. – A mestra fez uma pausa – Durante toda a aula, eu vou pedir que mantenham o campo de visão de vocês no espaço.

Os estudantes se aproximaram da barreira de segurança da torre e juntos contemplaram o céu por alguns instantes, até que a mestra iniciasse a sua dissertação a respeito do tema daquela aula.

—Agora, empenhem-se em imaginar o Universo afora, como se estivéssemos viajando a bilhões de anos-luz, o planeta em que vivemos está ficando cada vez menor e a nossa galáxia também. – Aurora projetou no céu uma representação do que havia enunciado anteriormente, figuras representando componentes do Universo apareciam no céu acima dos alunos, e a cada segundo que passava, esses mesmos elementos ficavam cada vez menores, o céu ficava cada vez mais uniforme em todas as partes da figura. – Isso o que eu estou mostrando a vocês é o cosmos em grande escala, o que nos permite concluir que ele é homogêneo e isotrópico.

—O que significa ser isotrópico e homogêneo, professora? – Questionou um aluno lufano.

—Ser homogêneo significa que há uma distribuição uniforme da matéria, veja a figura que eu criei, é possível perceber que não há elementos diferentes na figura, são todos iguais e estão distribuídos igualmente. – Aurora fez uma pausa – E ser isotrópico, significa que alguns meios ou materiais possuem as mesmas propriedades físicas em todas as direções, olhe para a imagem novamente, perceba que a aparência do universo é a mesma em qualquer direção.

—É como se o Universo tivesse a mesma aparência, visto por qualquer ponto do infinito? – Perguntou o mesmo aluno.

—Isso mesmo, mas lembrem-se de considerar essa percepção a uma grande escala. – A professora se aproximou mais dos alunos, mudando a figura que havia projetado, por outra – Se fosse possível carimbar a foto do espaço em uma folha de papel, cada centímetro quadro da folha teria exatamente a mesma aparência. O Universo se parece o mesmo não importando quem quer que você seja ou onde quer que você se encontre.

Após os esclarecimentos ao aluno, Aurora continuou suas explicações a respeito do tema, apontando quais seriam as observações qualitativas e citando nomes de estudiosos responsáveis por tais conclusões, além de apresentar quais seriam as contribuições daquele estudo à sociedade.

—Como leitura complementar, quero que aprofundem o conhecimento de vocês a respeito dos responsáveis por essa conclusão astronômica, ensinada hoje. – Aurora se certificou de que não haviam braços levantados e se despediu da classe. – Sendo assim, desejo uma ótima noite de sono para vocês. Podem ir.

Após à autorização de encerramento da professora, os alunos se retiraram do local lentamente, tomando cuidado para não tropeçarem em nenhum dos degraus da escada em espiral, que dava acesso à Torre.

—A didática dessa professora é incrível, eu amei ela. – Apontou Elizabeth.

—Ela é realmente muito boa, não sei como tantos alunos reprovaram nessa matéria. – Apontou Raven, que ao perceber o aluno Remus se aproximando, iniciou uma conversa com ele.

—Remus, muito obrigada pela sua gentileza na aula. – Mencionou a corvina, encarando o colega, que já estava ao seu lado.

—Que é isso, eu não fiz nada demais. – Disse Lupin, timidamente – E também, a minha resposta não seria tão completa como a sua.

—Eu tenho certeza que seria completa sim. – Retrucou Raven, fazendo o garoto corar levemente.

—E não é que você deu um jeito de não responder a professora, Black. – Provocou Elizabeth, ao ver que Sirius estava logo após Lupin.

Black se certificou de que não haviam outros alunos por perto, além dos dois grupos e contra-atacou Lizzie.

—Apesar da cor verde nos meus dentes, eu ainda consigo falar. Pode ser que na sua vez, você não tenha a mesma sorte. – Finalizou a provocação piscando para ela, ao se afastar do quarteto, com os amigos.

—Eu falei que ele não tinha desistido. – Apontou Lizzie.

—Espero que ele não estrague a sua ida a Hogsmeade e à cabana do Hagrid. – Declarou Henry, preocupado.

—É verdade, você precisa comer os doces da Dedos de Mel e os bolinhos de abóbora do Hagrid. – Informou Frank.

—Se eu for encontrada no Lago Negro, vocês já sabem quem foi. – Dramatizou Mcguire.

—Credo, menina, não fala isso. – Reprovou Raven, dando um tapa no ombro da amiga.

—Você tem razão, eu não posso morrer antes de ver o casal mais fofo do mundo juntos. – Falou Lizzie, se referindo à Raven e Remus.

—Vocês viram, ele corou. – Mencionou a corvina, feliz.

—Cara, ele tá tão na sua. – Disse Lizzie, fazendo os amigos rirem.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?