Dependendo da forma como você escolhesse contar a história, ela começava com Hermione Granger. A atual Ministra da Magia nunca tivera uma relação fácil com sua filha. As duas eram diferentes demais em suas formas de viver e parecidas demais em seus temperamentos. Uma combinação perfeita para o desastre, que estava sempre causando tempestades violentas. Ainda assim, Rose amava sua mãe. Hermione a amava de volta. Mais do que isso: a conhecia muito bem.

— Qual o problema, Rosie? — a mãe questionou.

As duas se acomodavam no sofá, xícaras em mãos, enquanto Ron e Hugo lidavam com a louça do jantar.

— Scorpius disse que me ama. — não adiantava fingir que não havia problema.

— Isso é um problema por…?  — Hermione sequer parecia surpresa.

— Porque ele está complicando tudo.

— Por que seria complicado?

— Não quero um relacionamento.

— Basta dizer a ele.

— Se fizer isso, será o fim do que temos.

— Você não quer isso?

— Gosto de tê-lo na minha vida.

— Ele é um rapaz razoável, talvez  aceite ser seu amigo.

— Não quero que ele seja meu amigo.

— O que você quer, Rosie?

A garota não respondeu, não tinha uma resposta.

— Você percebe que disse muitas coisas, mas não que não o ama?