Extinção escrita por Alina Black
Ilha de Renesmee 54° 47' S 64° 15' O, 23 de dezembro de 2004
— Ninguém aqui vai machuca-la.
— Você sabe que infringiram mais um regra não sabem? Perguntou meu avô cruzando os braços mas seu olhar na direção da garota foi terno e hospitaleiro.
— E quem liga? Disse tia Rosalie – Nós já estamos condenados, estamos escondendo alguém que infringe a nova e maior regra deles.
Eu olhei para a garota e ela novamente se escondeu – Quem é ela? Perguntei tocando suavemente em um dos dedos da mamãe e ela sorriu.
— É a nova integrante da família – Respondeu meu pai – Embora sua expressão fosse de reprovação ele tentou não ser tão rude.
— Ela precisa de um tempo para de adaptar – Disse minha avó Esme como sempre carinhosa, com um sorriso gentil ela se aproximou da menina agachando-se a sua frente – Não precisa ter medo, somos sua família agora, aqui ficará bem.
Apesar do semblante de medo ela deixou com que Esme se aproximasse, aquela era a primeira vez em que eu conhecia alguém que não era um adulto, tranquilamente eu passei entre meus pais que estavam a minha frente em uma posição protetora e caminhei até Esme me colocando ao lado de minha avó.
— Oi – sussurrei dando um sorriso – Meu nome é Renesmee e o seu?
— Natalie Katie.
Meu sorriso se alargou – Você tem dois nomes como eu, o meu é Renesmee Carlie.
— Que interessante – murmurou ela.
— Espero que sejam amigas – Disse minha avó de forma gentil.
— Filha vem – Disse meu pai aparecendo ao meu lado e tocando meu ombro.
— Meu Deus Edward, Reclamou tia Rose – É só uma menina.
— Eu sei – ele murmurou me puxando pela mão de forma carinhosa – aparentemente.
Enquanto meu pai me puxava pela mão olhei para trás e a menina ficou ao lado de tia Rose e tio Emmett, acenei com a mão e sorri, mesmo a conhecendo por poucos minutos eu já gostava dela.
Snider, 35° 31' 53" N 97° 26' 53"
Sara se sentou sobre um pneu que estava separado de uma pilha de pneus velhos abandonados, deixei a mochila ao lado dela e segui Nat – Não entendo – falei tentando alcança-la – Porque está dizendo que eu sou um problema?
A vampira parou e virou seu corpo ficando de frente para mim – Porque desde que eu entrei na família tudo gira em torno de você, olha onde eu estou, eu não tenho para onde ir tudo porque Emmett e Rosalie insistiram para que eu viesse com você.
Meu semblante mudou para surpresa – Achei que tivesse vindo para se proteger e…
Nat gargalhou- Me proteger do que Renesmee? Eu sou uma criança imortal a muito tempo, que perigo eu representaria para os Volturi?
Olhei para Nat e suspirei, talvez ela só tivesse com medo, tínhamos passado os últimos anos de nossa existência juntas e agora corríamos o risco de sermos separadas – Nat, eu entendo você, não precisa se sentir assim, nós vamos continuar juntas.
— Você não pode me garantir isso! Disse ela novamente de uma forma agressiva.
Olhei para Sara e ela abria um pacote dos salgadinhos que estavam dento da mochila – É claro que posso, eu vou falar ao Jacob Black que somos um pacote completo, se ele me aceitar terá que aceitar você.
Nat cruzou os braços – E porque acha que ele aceitará isso? Por ser um pedido seu? Claro – murmurou ela com sarcasmo – O mundo sempre gira em torno de você.
— Não não gira – respondi .
— Claro que gira, sempre girou, desde o primeiro dia em que eu entrei na familia Cullen tudo gira em tornod e você, nós temos que comprar roupas para a Renesmee, se a Renesme se chatear temos sorvete, precisamos proteger a Renesmee.
— Nat eu realmente não estou entendendo você.
— Tem muitas coisas que sempre disse a você, coisas que eu reprimi – disse ela se afastando – essa era a razão da antipatia de Edward Cullen por mim, não foi fácil para Emmett e Rosalie o convencerem que eu teria que vir com você.
Olhei nos olhos de Nat e estavam vermelhos, eles sempre mudavam de cor dependendo do humor dela e quando estavam naquela cor era um sinal de perigo- E porque nunca me disse? – perguntei tentando acalma-la – Sempre fomos amigas.
— Uma parte de mim sempre desejou isso, ser sua amiga mas a outra – Nat girou o rosto e olhou em outra direção, para o vazio – A outra sempre a culpou por tudo que aconteceu comigo.
— Eu não tenho culpa Nat.
Seus olhos retornaram novamente para mim- Se você não existisse, se sua raça não tivesse existido não tinha ocorrido a guerra dos Volturis contra mestiços, os humanos não saberiam e meus pais ainda estariam vivos, eu estaria viva.
— Nat você não esta bem, olha você não caça a alguns dias e…
— Eu estou bem – disse ela em um tom alto de voz, olhei para Sara e a garota lançou um olhar desconfiado sobre nós duas – Estou tão bem que estou pela primeira vez falando tudo que sempre quis desde o primeiro momento em que eu vi você.
— Nat…murmurei.
—Você tirou tudo de mim, você tirou a minha humanidade, meus pais, minha vida, olhe para você, você cresceu, você pode tocar alguém, você pode chorar, e no final quando eu tive a única coisa que ainda me fazia ter controle que era a Rose e o Emmett você também os tirou de mim.
Mesmo vampiros tendo uma expressão marmorizada e sem vida, eu podia ver a dor no rosto de Nat, em todos esses anos eu nunca havia imaginado que elas sentia-se dessa forma com relação a mim – Eu não tive culpa eu…
— Você teve – Disse ela me interrompendo – E só agora eu vi o quanto fui imbecil em continuar na sua sombra Nessie, eu não quero mais ser descartada, eu vou reescrever o meu destino, e eu não quero mais você nele.
— Nat você está chateada se quiser podemos apenas deixar a menina e podemos ficar juntas e…
— Você está pensando novamente só em você, chega – Gritou ela – O mundo não gira em torno de você Renesmee, por isso eu vou para o outro lado e você vai para aquele – Disse ela apontando para o Norte – Nós despedimos aqui.
Em silêncio e sem conseguir esboçar qualquer reação, tentei compreender aquela atitude, porque Nat estava me dizendo palavras tão duras? Virei meu rosto novamente na direção da vampira, mas eu encontrei apenas o espaço onde ela estava vazio, Nat não estava mais, ela havia partido sem mim.
Fechei meus olhos e controlei minhas lagrimas, em seguida voltei a olhar para Sara que me observava em silêncio, lentamente caminhei indo ao encontro da menina – Porque ela foi embora? Perguntou Sara assim que me aproximei dela.
— Ela tinha...fechei os olhos e suspirei – precisou ir.
— Você está chorando?
— Não - sorri timidamente – Precisamos ir, vai escurecer e nós duas estamos vulnerareis nesse lugar.
Sara concordou com a cabeça e senti sua mão tocando a minha com a ponta dos dedos - Não fique triste – disse ela.
—Melhor irmos – respondi segurando a mão da menina e agradeci por ter tido a ideia de me alimentar de forma humana pelo tempo suficiente para que não sentisse falta da outra forma de alimento, enquanto caminhávamos para o Norte e saiamos da cidade eu olhei para trás por uma ultima vez.
Mas não havia nenhuma sinal dela.
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