Afire Love escrita por eve


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, como vocês estão?
Eu mesma estou morta só falta enterrar. Por aqui o fim de semestre tá sendo bem difícil.
Espero que semana que vem eu consiga voltar a postar nos dias certos.
Boa leitura!



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P.O.V. Daryl

Eu tenho tentado ao máximo fazer com que tudo fique bem, mas só vou ficar em paz quando cada um dos Salvadores estiver morto e como sei que isso pode levar a minha própria morte tenho tentado ficar bem com todos. Estou tentando ser uma boa companhia para Sophie, deixar Carol em paz e me preparar para que quando o momento chegue eu possa vingar o que aconteceu com o Glenn.

Sophie e eu voltamos para Hilltop e mesmo que ainda seja difícil para mim estar na presença de Maggie, é melhor estar aqui do que no Reino, porque aqui nós estamos a par de tudo que está acontecendo e estamos nos preparando para a luta. Nós temos mais pessoas agora que Rick encontrou um novo grupo que está disposto a nos ajudar, mas as armas ainda não são o suficiente.

—Então quanto mais quebradas mais eles são? -pergunta Sophie.

—Sim e você tem que pisar onde está mais úmido. 

Há alguns dias ela me pediu para ensinar a ela como rastrear, então agora saímos para a floresta todos os dias, antes mesmo de amanhecer, para que ela possa aprender um pouco e não vou dizer isso para ela, mas a garota melhorou muito, nos primeiros dias eu podia ouvir ela com quilômetros de distância.

—Porque é mais silencioso.

—E porque se você estiver perto de onde tem água fica mais difícil se perder.

—Ainda não entendi direito essa lógica, mas se você está dizendo. -diz ela me seguindo. -Ei olha, almoço.

Sophie acerta um esquilo em uma árvore. Ela faz bastante isso quando saímos e eu sempre fico impressionado com o quanto seus tiros são limpos, melhores que os meus para ser honesto. Depois que ela pega o animal nós começamos o caminho de volta para Hilltop.

—Desde quando usa o arco? -decido finalmente sanar a minha curiosidade. Agora que pude ver o quanto ela é boa acabei ficando curioso, ela era jornalista então isso destoa bastante.

—Desde criança, só precisei ter idade suficiente para conseguir segurar e então comecei a fazer aulas.

—Por que o interesse?

—Minha mãe competia e depois que eu fiquei grandinha o suficiente meus pais acharam que seria uma boa ideia de hobby para eu treinar o equilíbrio e desenvolver alguma habilidade.

—Sua mãe era profissional?

—Medalhista quando era jovem, você tinha que ver o quanto ela era boa.

—Você também é boa, como acabou jornalista? -pergunto e ela acaba rindo.

—Como acabei jornalista? -repete ela com humor. -Acho que eu sempre quis fazer algo relacionado a comunicação e eu então me apaixonei pelo jornalismo, meu pai sempre me incentivou a fazer alguma coisa com a qual eu poderia me expressar, eu encontrei isso na escrita. E muito obrigada pelo elogio, mas eu não chego aos pés dela.

—Seu pai também era jornalista?

—Músico. -diz ela. -Bennie and The Jets foi a primeira música que aprendi a tocar no piano.

—Espero que você seja melhor tocando do que é cantando. -digo e ela acaba rindo mais uma vez.

—Minha mãe iria adorar você. Ela também parecia durona, mas é uma das maiores manteigas derretidas que eu já conheci. Igualzinha a você.

—Eu? Manteiga derretida? Está mesmo falando com a pessoa certa?

—Você é bem mais sentimental do que admite.

—Não mesmo. -me defendo.

—Não estou reclamando, Daryl Dixon. Você não sabe o quanto eu sou completamente rendida por... -diz ela e então subitamente para de falar.

Escolho não falar nada até porque não sei o que dizer, mas isso me deixou mais feliz do que eu achei que poderia me sentir, principalmente agora depois de tudo o que aconteceu. Não acho que eu seja muito sentimental, mas se eu for é ótimo que ela goste disso. 

—Eles levaram seu piano embora. -aviso.

—Está tudo bem, aquela era uma forma de lembrar do meu pai mais do que qualquer outra coisa, eu já não toco tem muito tempo e foi pura sorte encontrar aquilo em Alexandria. -diz ela, mas parece triste. -Eles também levaram o arco da minha mãe, mas isso também não importa mais.

—Por que não?

—Eu não preciso dessas coisas para me lembrar deles, eles são parte de quem eu sou e sempre vão ser enquanto eu estiver viva. Não tem como ter apego por coisas nesse mundo, principalmente depois dos Salvadores.

—É um discurso motivacional e tanto, está tentando tirar alguma coisa boa de tudo isso?

—O discurso motivacional é só mais uma das minhas habilidades, é por isso que eu sou uma recrutadora. E eu não estou tentando tirar algo bom disso, acho que não tem algo bom para tirar dessa história.

—Acho que os seus dias de recrutamento acabaram depois de tudo que aconteceu.

—Então que bom que nós encontramos outras atividades para fazermos juntos.

—Sexo? -brinco e ela acaba rindo.

—A cada dia que passa você fica mais parecido comigo.

—Disse a mulher que está me acordando de madrugada para aprender a rastrear.

Quando chegamos em Hilltop ainda estava amanhecendo e para a nossa surpresa um grande grupo vindo de Alexandria estava lá. Sophie finalmente pode reencontrar Aaron e Eric. Ela e Aaron demoram um bom tempo para se soltarem um do outro, acho que eles tem a mesma relação que eu tenho com Rick. Depois que se separam, Aaron também me abraça, mas ficamos um pouco desajeitados.

Ele pergunta como Sophie e eu estamos, mas é ele quem está com uma cara péssima, Aaron ainda estava com o rosto muito machucado e nós sabemos que isso se deve aos Salvadores. Aaron nunca fez nada além de ser gentil e ajudar as pessoas, foi ele quem se arriscou e nos estendeu a mão quando precisamos. Essa vai ser mais uma coisa pela qual os Salvadores vão ter que pagar.

Felizmente isso está mais perto do que nunca. Rick encontrou um grupo que vive num lixão e que está disposto a nos ajudar, mas nós precisamos de mais armas para que eles se juntem a nós. Para a nossa sorte Tara sabe onde encontrá-las. Ela esteve em uma comunidade chamada Oceanside que é fortemente armada, mas não tem a menor chance de que sua líder se junte a nós contra os Salvadores, ela não nos contou nada antes porque jurou às pessoas de lá que não o faria, mas agora ela sabe que essa é a nossa única chance então nós temos um plano.

Nós iremos até Oceanside com as armas que já temos e vamos fazer o grupo de refém até que eles entreguem o que precisamos. Isso deveria nos fazer parecer com os Salvadores, mas nós não estamos indo lá com a intenção de machucar ninguém e Tara nos faz garantir que quando tudo estiver acabado nós vamos devolver cada uma das armas que pegamos. É mais como um empréstimo e estará acabado assim que os Salvadores estiverem mortos.

Rick tem um plano e veio até aqui porque precisa de nós pra executá-lo. Ele quer que eu, Sophie, Sasha e Rosita participemos, mas as duas estão desaparecidas desde a noite passada quando decidiram ir atrás do Negan por conta própria. Ou seja, aparentemente seremos apenas nós, Enid que insiste que também deve ajudar e Jesus que se oferece para ir conosco.

E então nós nos preparamos.

[...]

Tudo ocorreu como o esperado em Oceanside. Acabamos precisando improvisar um pouco, mas conseguimos sair de lá com as armas e nenhum ferido, pelo menos gravemente ferido. A velha que comandava o lugar não ficou nada feliz com o que fizemos, mas algumas pessoas lá lutariam ao nosso lado se ela não tivesse o pulso tão firme.

Agora que já tínhamos as pessoas e as armas, Sophie e eu voltaríamos para Alexandria e iríamos esperar pelos Salvadores junto ao resto do nosso grupo. Eles já me procuraram na comunidade e sabem que eu não fui pra lá depois que fugi, então nós temos alguns dias antes que eles voltem pela comida. Nós ainda temos o rádio que Jesus roubou deles então seremos avisados caso alguma coisa aconteça.

Já era noite quando chegamos a comunidade e no momento em que atravessamos os portões somos avisados por Rosita que tem algo que precisamos resolver e nos pede para acompanhá-la Ela não nos diz do que tudo isso se trata, mas nos conta que ela e Sasha foram atrás do Negan e que Sasha provavelmente foi morta ou capturada.

Rick, Michonne, Tara, Jesus, Sophie e eu vamos até um porão onde Morgan construiu uma cela quando ainda estava aqui e para a minha surpresa Dwight é quem está lá. No momento em que eu coloco meus olhos nele eu parto para cima, mas no mesmo instante todos tentam me segurar e eu sou impedido de chegar até ele. Rick quer ouvir o que Dwight tem para dizer.

—Eu quero ajudar. -diz o desgraçado.

—Está bem. -diz Rick e então saca a arma. -De joelhos.

Dwight o obedece e eu fico um pouco mais calmo, se eu pudesse faria com que ele passasse por cada coisa que nos fez então esse já é um começo, mas definitivamente não é o suficiente.

—Por que isso agora? -pergunta Rick.

—Porque quero que isso acabe. -responde ele. -Quero o Negan morto e eu não posso fazer sozinho, eles são todos Negan.

—A garota que você matou, ela tinha um nome. -diz Tara e eu sei que isso está sendo difícil para ela. -O nome dela era Denise, ela era médica, ajudava as pessoas.

—Eu não estava mirando nela. -diz Dwight e eu perco o controle. Chega, não existe conversa. Ele precisa morrer.

Ninguém me segura dessa vez então o jogo contra a parede e mantenho minha faca a centímetros de seu rosto. 

—Se você quer que termine desse jeito, vá em frente. -diz ele. -Mas eu sinto muito, de verdade. Eu sei que você quer fazer isso.

—Ele pode ter vindo para ver se você estava aqui. -Rick se intromete. -Nós não podemos confiar nele.

—Ele me controlava, mas não controla mais. -Dwight volta a falar. -Eu fiz o que fiz por outra pessoa, mas ela fugiu. Sherry foi embora, então agora eu estou aqui e por causa dela, você também está. 

—Foi ela que encontramos. -diz Jesus.

—Foi ela quem nos disse onde Daryl estava? -pergunta Sophie.

—Sim. -diz Dwight. -Ela deixou tudo escrito em uma carta para que eu encontrasse quando fosse atrás dela. Um cara de cabelo longo e uma garota ruiva deixaram com que ela fosse embora, acho que esses são vocês dois.

—Somos nós. -diz Jesus. 

—Isso não importa. -diz Tara. -Daryl, mate-o.

—Você sabe que existe uma outra alternativa. Negan confia em mim. Nós podemos fazer isso juntos. -Dwight começa mais uma vez. -Você me conheceu naquele dia na floresta antes de tudo isso e me conheceu agora, você sabe que eu não estou mentindo.

—Daryl, faça logo. -insiste Tara.

Eu quero muito fazer isso, eu já esperei demais para finalmente colocar as mãos em Dwight, mas aqui e agora eu acredito nele e eu sei que isso é maior que nós dois. Se o que ele estiver falando for mesmo verdade e eu estiver certo essa é melhor chance que nós temos de pegar o Negan, de pegar todos eles de uma vez só. 

Dwight pode nos dar todas as informações, ele pode nos colocar frente a frente com o Negan, mas o que ele já fez é grande demais e se ele estiver mentindo eu não sei se um dia vou ter outra oportunidade como essa.

—A decisão é sua, Daryl. -Sophie finalmente se dirige a mim. -Nós confiamos no seu julgamento.

Eu também confio então abaixo a faca e me afasto de Dwight.

—Negan virá amanhã, com uns três caminhões provavelmente. -diz Dwight. -Vinte Salvadores e Negan.

Dwight nos explica todo seu plano, ele se propõe a atrapalhar os Salvadores o máximo que puder e nos ganhar algum tempo. Depois que nós os matarmos ele irá nos ajudar a atrair mais deles e então nós poderíamos trazer os trabalhadores do Santuário para o nosso lado e por fim combater os postos avançados.

Não é um plano completamente ruim então nós decidimos dar uma chance a ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje.
Beijooos. Nos vemos no fim de semana!



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