Love Without End escrita por Morgan


Capítulo 3
Lily Luna


Notas iniciais do capítulo

E agora: o último! Esse capítulo me deu um tanto de trabalho para escrever e preciso dizer que se eu falei alguma besteira sobre o nascimento de bebês, peço desculpas. Vejo vocês nas notas finais. Boa leitura! ♥



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Lily Luna nasceu no dia 28 de julho mais ensolarado de todos os anos e anos depois Harry não podia imaginar um dia que combinasse mais com a garota. Mesmo que não tenha sido nada bom para aqueles que o viveram.

Harry e Ginny já tinham James e Albus, não estavam esperando por outro, mas aconteceu. Meio sem querer. Meio querendo. Ginny nunca admitiria depois de dizer tantas vezes que jamais teria uma casa cheia como A Toca. Mas o fato é que aconteceu e eles agarraram isso desde o primeiro segundo, torcendo para que, dessa vez, viesse a tão sonhada menina.

E ela veio. A vontade era tanta de vir para a família que Lily Luna acabou vindo antes do que deveria.

Lily nasceu com 29 semanas. Foram até o St. Mungus que prontamente recomendou que seguissem para o hospital trouxa de Londres que possuía muito mais recursos para cuidar do bebê. Ginny passou o caminho inteiro chorando enquanto Harry tentava consolá-la de alguma forma, mesmo sentindo-se tão assustado quanto a esposa.

O trabalho de parto começou assim que eles chegaram. Lily Luna não pesava tanto quanto deveria, mas o médico disse que uma cesariana seria perigosa para a mãe.

Lily Luna nasceu com 1,1kg e era tão pequena que Harry poderia agarrá-la com uma mão só. Ela parecia frágil e prestes a se quebrar com o movimento mais brusco. Harry se sentiu sem chão. Não era assim que imaginava, não depois de duas gestações normais onde tudo que recebeu fora amor e dois bebês saudáveis. Não esperava que a terceira daquela forma, com Ginny vendo a filha por 10 segundos e depois sendo separadas, deixando o amor de sua vida chorando, desesperada e preocupada.

Harry quis seguir a enfermeira que levou Lily, mas o médico pediu que esperasse, então assim eles o fizeram. Ginny e Harry esperaram no quarto, ansiosos por noticias que só vieram quase uma hora depois. Toda a família Weasley já estava do lado de fora, tão nervosos e preocupados quanto os pais, mas tudo que Harry conseguia pensar era se a sua garotinha conseguia respirar, se todo seu corpo estava formado, se ela aguentaria... como ela poderia aguentar? Era tão pequena.

Os dois choraram, choraram copiosamente por tanto tempo, de uma forma que Harry não fazia desde de 1998 e não havia sentido falta.

Mas Lily Luna conseguia respirar sozinha, ela não precisaria ser entubada. Harry lembrava-se com clareza de cada frase dita pela enfermeira antes de deixar que os dois a vissem. Ginny chorou ao constatar o que Harry já havia notado: Lily Luna era pequena. Parecia fraca. Parecia... que não conseguiria aguentar.

Mas ela aguentou. Por quatro meses inteiros, Lily Luna aguentou. Seus pais não podiam pegá-la no colo por tempo demais, pois fora da incubadora, Lily gastava energia demais, seus avos mal conseguiram ver seu pequeno rostinho e Ginny não podia amamentá-la, já que no começo a pequena garota não tinha forças para isso.

Quatro meses.

E então os 2,5kg que o médico tanto falava vieram.

Lily continuava pequena, mas agora podia ir para casa. Depois de tomar todas as vacinas e garantir que seu sistema imunológico já estava melhor, ela conheceu todos que tinha direito. Seus tios, tias, primos, primas e avos. Todos ficaram encantados com o bebê de cabelos ruivos.

Ginny e Harry tiveram que ter um pouco mais de cuidado com Lily por algum tempo, mas para ele estava tudo bem, pois sua filha estava ali e não iria embora e isso era muito mais do que ele poderia pedir desde o momento em que a havia visto. Sua esposa também se tornou uma preocupação – Ginny se culpava, mesmo que o médico tivesse dito que não era culpa dela, que não era culpa de ninguém e que bebês prematuros eram comuns, mas nada disso os impedia de ter uma vida normal. Harry sabia esse discurso decorado e alguns mil outros que havia pesquisado em livros de medicina para repetir a esposa nas noites em que ela acordava de um pesadelo e chorava.

Bebês prematuros podiam ter sequelas, mas Lily Luna não teve nenhuma. Cresceu forte. A mais forte de todos os filhos de Harry Potter. Começou a jogar quadribol muito antes dos irmãos, mas também praticou arcoe flecha e esgrima, assim como fez questão de aprender a remar e a nadar. Lily Luna não gostava de ficar parada, exatamente como James. E enquanto Albus e Harry se escondiam na biblioteca para ler algum livro de ficção trouxa, os outros dois e Ginny estavam voando desembestados em suas vassouras.

Lily não se lembrava de nada que passara em seus primeiros dias de vida, mas Harry se perguntava se, inconscientemente, ela conseguia sentir algo e era por isso que tentava viver tudo com o máximo de intensidade possível. Luna diria que é por ela ser de leão.

Mas Harry simplesmente achava que essa era Lily Luna Potter. Uma chama flamejante. Alguém que estava vivo e gostava disso. Alguém que experimentaria todas as coisas do mundo, até as que não gostava para que pudesse criticar com propriedade. Essa era Lily. E Harry se sentia muito grato por ser pai de alguém assim: decidida, dedicada, audaciosa, corajosa e forte – forte o suficiente para aguentar tanto com tão pouco tempo de vida.

Ainda sentia pequenas dores no peito quando se lembrava do medo de perdê-la, mas quando a via correndo pelo jardim ao lado de Louis e Hugo, Harry sabia que viveria tudo de novo, mesmo sabendo do sofrimento, dos meses sem dormir e dos choros gritados e calados, contanto que pudesse tê-la. Contanto que pudesse ser seu pai, Harry faria tudo de novo quantas vezes fossem precisas.  


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Notas finais do capítulo

E fim! Essa história surgiu na minha noite de domingo e eu não consegui não escrever e nem não postar ela logo. Eu amo essa família e amo esses irmãos. Pra mim, o Harry é o melhor pai do mundo, que ama incondicionalmente e apoia sempre. Não importa o quê. Espero muito que tenham gostado e possam me dizer o que acharam! Até a próxima! ♥



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