Scorose - Quase sem querer escrita por Aline Lupin


Capítulo 32
Uma verdade dolorosa




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Rose acordou pela manhã, sentindo algo coçar seu nariz. Espirrou alguma vezes, para abrir os olhos e fitar um par de olhos amendoados. 

— Jim? - indagou, surpresa por ver o pelúcio sobre seu peito, tentando arrancar seu colar.

Ela o fitou indignada e ele parecia ter feito um ar inocente. Tentou agarra-lo, contudo, ele se esquivou, caindo no chão e correndo por entre as camas.

— Merda! - praguejou.

Para sua sorte, não havia ninguém no dormitório. Apesar disso, como iria pegar o maldito pelucio? Seria um problema e tanto conte-lo. Perguntou-se, enquanto pegava sua varinha sobre a mesinha de cabeceira, como ele havia parado no dormitório das meninas. E Lorcan, o que ele havia feito com sua maleta? Ele não estava cuidando das criaturas que habitavam naquela maldita maleta? Rose suspirou, irritada, procurando o pelucio e praguejando baixinho, olhando por baixo das camas, procurando saber onde ele havia se metido. Foi quando viu a porta do dormitório se abrir. Lorcan entrava, parecendo exasperado. E Jim se esgueirou por suas pernas, agilmente.

— Lorcan - Rose o fulimou.

— Ah, sinto...muito? - ele disse, em tom de pergunta, parecendo sem graça. 

**

A caça ao pelucio havia terminado em um desastre na sala comunal da Grifinória. Jim havia roubado cada objeto que via, dos poucos alunos que estavam na sala. As garotas gritavam com histeria, enquanto Rose e Lorcan tentavam agarrar o pelucio e lançar feitiços para conte-lo. Infelizmente, a mesinha de centro da sala foi quebrado, pois Rose havia se jogado por cima, tentando agarra-lo pelo rabo. No final, quem conseguira pega-lo fora Hugo, que agilmente o prendeu sobre um feitiço de suspensão.

Rose foi para enfermaria, pois sentia seu braço doer e estava deslocado. Lorcan no entanto...

— Detenção! - Minerva, da diretora de Hogwarts disse, em tom enérgico ao rapaz - O que estava pensando em trazer essa maleta, meu rapaz?

— Eu...só queria...bem...- o rapaz balbuciava.

— Foi tudo culpa minha - Lily respondeu, entrando na sala da diretoria - Eu que pedi para ele levar o pelucio...

— Senhorita Potter, a senhorita não deveria entrar aqui, muito menos, sem ser convidada - Minerva disse em tom seco, então suspirou - Sinto muito, Senhor Scamander, mas vou precisar confiscar sua maleta e falar com seus pais.

— Não, por favor. Meu pai não sabe que eu peguei a maleta - Lorcan disse, em tom sofrido, com a bochechas tingidas de vermelho.

O rosto de Minerva, que era coberto de rugas pela idade, parecia ter se tornado ainda mais enrugado, pela seriedade que ela encarava o rapaz, se encolhia na cadeira. Rose, com o braço preso em uma tipoia, observava tudo, com ar de pena. Não queria que o menino se encrencasse. 

— Isso significa que o senhor cometeu um delito muito grave - Minerva disse em tom severo - O senhor não deveria trazer um objeto como esse para essa escola, sabendo que existem criaturas dentro dessa maleta que podem...bom...serem perigosas.

— Não são. Eu sei cuidar delas! - protestou o garoto.

Minerva suspirou, passando a mão pela testa. Parecia que os anos como diretora a estavam esgotando. O que não era para menos, lidar a linhagem dos Potter e Weasley já causavam grandes transtornos e agora os gêmeos Scamander...isso realmente era algo que estava além das forças da diretora de Hogwarts. 

— Meu rapaz, o senhor seria expulso, depois de trazer um objeto como esse para essa instituição.

Lorcan ficou branco feito cera de vela. Tremia tanto, que Rose resolveu intervir.

— Senhora Mcgonnagal, por favor, não o expulse.

Ela fitou Rose com um olhar cortante.

— Eu sei muito bem o que devo fazer e não pedi sua opinião, senhorita Weasley. Entretanto - então, houve uma pausa solene - Não tomarei uma atitude drástica - O suspiro fora audível - Dessa vez - completou, em tom enérgico, fazendo os presentes segurarem as respirações, esperando o veredito final - Mas, vou apenas confiscar a maleta e enviar uma coruja aos seus pais, para buscarem...esse...objeto - ela fitou com um ar desconfiado para a maleta sobre sua escrivaninha. 

— Ficamos muito gratos - Rose disse - Não é, Lorcan?

— Não - respondeu ele, demostrando estar descontente com a decisão da diretora.

Ela, no entanto, parecia redutível, o que fez com que Rose levasse um Lorcan magoado e uma Lily nervosa, para fora da sala da diretoria. 

— O.que.vocês.estavam.pensando? - ela indagou, frisando cada palavra, quando terminaram de descer a escada em caracol.

Lily e Lorcan olharam para os próprios pés, parecendo envergonhados. 

— Eu queria ver o pelucio, só isso - Lily murmurou fracamente. 

— Ah, você queria? - Rose indagou, em um tom irônico, o que fez Lily erguer os olhos impetuosamente - Você é impossível.

— É você é chato, igual a vovó.

— Eu não sou a vovó - Rose retrucou.

— Ainda bem que não - pensou ter escutado a voz de Scorpius atrás de si. Girou nos calcanhares, para vê-lo, tão bonito e exuberante, vestindo terno e gravata. Ela perdeu o folego ao vê-lo. Era como se o dia se tornasse mais claro, mais brilhante - Ei, amor, parece que tem baba aqui, ó - Ele passou a mão pelo queixo dela.

O encanto havia terminado. Scorpius estava a irritando, como sempre. Ela deu um passo atrás, pensando em retrucar, mas só fez um cara feia para ele, que apenas sorriu, de orelha a orelha. Isso quase a desarmou, quase. 

— Parece que você está machucada - ele fitou o braço dela, preso na tipoia

— Ah, sério que você percebeu isso agora? - ela ironizou.

— E você está bem azeda - ele retrucou, com bom humor. 

Ela tentou chuta-lo na canela, ao ouvir a provocação, mas ele desviou com destreza, lhe brindando com mais de um dos seus sorrisos marotos.

— O casal vai ficar ai discutindo, eu vou é comer - Lily disse, puxando Lorcan pelo braço, que ainda estava abatido - Vamos.

— Não pense que terminamos - Rose resmungou para eles, vendo-os sair, sem se dar ao trabalho de responde-la. 

Claro, ela estava sendo um tanto azeda, como Scorpius havia dito, contudo, ela havia perdido seu sábado na enfermaria. Seu sábado!

— Ei, que tal tomarmos café juntos? - Scorpius perguntou, tentando enlaçar a cintura dela, que se afastou, ainda irritada - O que foi? - perguntou, parecendo magoado com a atitude esquiva dela.

— Eu estou irritada - Então, desatou a desabafar no quanto se sentia indignada com Lorcan e por estar com o braço mobilizado, até que a poção para colocar seu ombro no lugar fosse terminada pela Madame Pomfrey - ...e você sabe que tenho que estudar...e...espera - ela o fitou mais atentamente. Ele estava muito arrumado, para um sábado - Onde você vai?

Ele a fitou com pesar, passando a mão pelo queixo.

— Eu vou para o Ministério, Rose - ele respondeu, parecendo triste.

— Espera, o que? Mas, você não fez nada...você...- Ela parou de falar, analisando o olhar culpado dele. Então, sua ficha caiu. Ele havia feito algo. Ele apenas não lhe contou tudo - Você fez, não fez?

O estomago dela embrulhou. Ela pensara que Scorpius era inocente, que fora enganado por Leon, que não havia feito nada a trouxa que fora assassinada, mas ele parecia tenso, para quem era inocente. 

— Eu participei de algumas reuniões com Leon - ele disse, em voz baixa - Por favor, não me olhe assim.

— Por que você fez isso? - ela indagou em tom ferido. Sentia-se perdida, de repente. Não sabia se conseguiria respirar. O ar parecia escapar de seus pulmões.

Ele respirou, profusamente, então fechou e abriu os olhos.

— Vamos lá fora. Eu preciso contar para você toda a verdade.

Quando chegaram na área onde havia uma ponte que ligava o castelo e passava pelo lago, Rose se apoiou na murada, sentindo o vento frio cortar seu rosto. O vento soprava e enregelava seu corpo, contudo, ela não se importava com isso. Ao menos, o frio poderia anestesiar sua decepção. Scorpius se postou ao lado dela, sem chegar tão perto. Ele parecia pressentir o que ela estava sentindo e o que estava pensando sobre ele.

— Rose...eu...espero que entenda. Eu não sabia muito bem o que estava fazendo. Eu queria me encaixar  e minha avó sempre dizia que sangue ruins não era...bom...pessoas que deveriam ser respeitadas e que não deveriam nos misturar com eles.

Ouvir aquilo parecia retalha-la por dentro. As lágrimas pinicavam em seus olhos.

— Eu sou filha de uma nascida trouxa, Scorpius - ela o fitou com um olhar acusatório. Scorpius se encolheu, parecendo arrependido - Você pensava isso de mim? Que eu era uma sangue ruim?

— Não...eu...não, nunca - ele negou com a cabeça. Parecia exasperado para confirmar isso - Eu apenas escutava isso constantemente da minha avó. Algo que irritava muito meus pais. Papai sempre ficava quieto, na verdade. Em cada visita que precisamos fazer a vó Narcissa, era um martírio. Minha mãe chorava e meu pai ficava calado, sem pensar em revidar. Fui crescendo em um ambiente estranho, pois meu pai não parecia interessado em defender o ponto de vista de nenhuma delas. Mamãe sempre foi defensora dos nascidos trouxas, até mesmo admirava sua mãe - Rose não pode deixar de sorrir, afinal, sua mãe era uma representando dos nascidos trouxas e ministra da magia - Contudo, meu pai...bom, ele dizia: "Isso não é problema nossa. Vamos viver nossas vidas. Não precisamos dizer o que é certo ou errado" - Rose engoliu a seco. Ao que parecia, o pai de Scorpius não estava interessado em tomar partido de nenhum dos lados, o que poderia ter confundido a mente de Scorpius, contudo, Rose ainda não conseguia compreender como Scorpius havia se aliado àquela seita, a qual Leon fazia parte - Eu não sabia quem estava certo...eu me sentia confuso, apenas vendo meus pais brigarem, o casamento deles...era um saco. Eu me sentia no meio daquilo, perdido e sem saber no que acreditar. Os quadros...meus familiares mortos falavam comigo. 

"A mansão Malfoy está cheia deles, se quer saber. Cada um com ideias estranhas sobre o mundo, sobre os trouxas, sobre os nascidos trouxas. Eu fui obrigado a conviver com eles, vendo minha mãe se desgastar. E quando conheci Leon, ele parecia me entender. Ele parecia...ele me enganou é claro - A voz dele se tornou amarga. Ele passou as mãos pelo rosto, parecendo cansado. Ela ficou tentada a tocar em seu rosto, mas se conteve - Rose, quando fui as reuniões com os amigos dele eu não fazia ideia do que estava fazendo. A principio, eram apenas rituais mágicos. Algo para se divertir. Ninguém saia ferido. Até que escutei sobre a supremacia bruxa. Nesse período, eu quis sair. Mamãe ficaria horrorizada comigo se eu concordasse e eu...eu gostava muito de você - ele evitou olha-la, mas seu rosto e pescoço ficaram totalmente vermelhos. Ela engoliu a seco, sentindo-se envergonhada pela confissão dele, mas não era como se já não soubesse disso. Contudo, ouvir sempre a deixava vulnerável e ruborizada - Então, bom, eu já tinha feito um pacto com Leon. Nós juramos proteger a vida um do outro. É um voto perpétuo. Eu prometi lealdade a ele e ele a mim. Quando vi, não poderia mais sair. Eu evitava ir as reuniões, que se tornavam cada vez mais...estranhas - ele esfregou o rosto, parecendo enojado - Rose, você não tem ideia do que eles falam dos trouxas, dos nascidos trouxas...eu simplesmente estava apavorado, querendo sumir e consegui. Meu pai deu um basta nisso, no dia que aquela trouxa morreu. Era para ter sido um simples susto...eu...- Ele engoliu a seco - Eu não esperava que ela morresse...Leon disse que iria na casa dela, assusta-la, a mando do líder do grupo, o qual eu nunca vi. Eu não queria ir de jeito nenhum e me escondi na floresta que havia próxima ao local que estávamos. Fiquei ali, até que tudo terminasse. Então, eu soube que ela morreu, no momento em que voltei e vi meu pai carregando o corpo dela para fora da casa. Ele parecia arrasado. Mas, ele não me disse como chegara ali e por um momento desconfiei dele. Todo aquele discurso de que não devemos nos meter na vida de ninguém e não se colocar em nem posicionamento me parecia estranho. A Rose...- ele engoliu a saco - Eu sinceramente fui um imbecil".

O choro então, veio. De forma silenciosa a principio, mas se tornou audível. Feria o silêncio que fazia na ponte de pedra. Apenas o vento carregava o choro arrependido do garoto. Rose se aproximou dele, para abraça-lo. Ele retesou por um instante, mas permitiu o contato físico. Ficaram em silêncio, até que o choro cessasse. 

— Você me odeia? - ele perguntou, preocupado, deixando-se ser abraçado por ela.

— Eu...claro que não...que ideia - ela disse, abraçando-o pela cintura, com mais força - Eu sinto muito por isso. Por tudo. Eu não fazia ideia. 

— Se soubesse, talvez, me odiasse - ele sussurrou. 

— Eu nunca odiaria você, Scorp. Apenas ficaria triste se você pensasse com essas pessoas.

— Eu não penso. Percebi no instante em que escutei eles falarem sobre o que fariam como trouxas, como nascidos trouxas como você...Santo Merlin, eu não quero pensar nisso! - Então ele a abraçou com força, dessa vez, beijando o topo da sua cabeça - Eu não quero te perder nunca, Rose. Não quero que nada de mal aconteça com você.

Ela anuiu com a cabeça, sentindo a batida acelerada do coração dele. Sentia-se protegida. Sentiu medo então. Medo de nunca mais vê-lo. Medo que ele fosse para longe dela, devido ao seu envolvimento com aquelas pessoas. 

— Você precisa contar a verdade ao meu tio. Ele pode ajuda-lo - ela sugeriu, em uma suplica, fitando-o nos olhos. 

Ele a fitou de volta, descrente.

— Acha mesmo que ele vai me ajudar, depois disso? 

— Eu tenho certeza. Meu tio tem um bom coração. E ele vai ajuda-lo. 

Ao menos, era o que ela esperava. 

 

**

 

Depois que Scorpius fez sua confissão voluntária a Harry, tudo ficou mais claro. Contudo, Draco desabou ao saber que seu filho havia dito toda a verdade sobre a situação. Temia que seu filho ficasse preso. Fez um escândalo, ao saber por Harry o depoimento do seu filho. 

— Você disse que iria protege-lo! - Draco gritara, em uma sala privada, no Ministério da Magia.

Draco estava sobre prisão, mas em uma cela especial, a mando de Harry, que não desejava fazê-lo sofrer. Os anos de raiva que sentira haviam se dissipado, dando lugar a pena e compaixão. Não que Draco precisasse disso, afinal, demonstrara ser uma pessoa digna, como medibruxo. Não era o mesmo garoto mimado, que fizera bullying com ele nos tempos de escola. 

— Se acalme - pediu Harry - Seu filho vai ficar bem. Por ser menor de idade, nada estará implicado a ele. Isso ajudará você em seu caso. O juro irá ao seu favor. Você será inocentado. Não era o que queria?

— Não...eu não quero essa mancha sobre ele...ele não sabia o que estava fazendo - Draco passou a mão pelo rosto, exasperado. O olhar injetado - Ele é meu filho, Potter. É meu garoto. Não quero que ele sofra o mesmo estigma que sofri. Eu devia ter cuidado melhor dele, me feito mais presente...

— Ei, cara. Calma. Você fez seu melhor.

— Não me venha com sua falsa piedade, Potter - ele cuspiu as palavras, irado - Você, mais do que ninguém, deveria me odiar. E sei que odeia. Deve estar feliz com meu derrocada. 

— Não. Não estou - Harry estava com uma estranha calma, como se nada o abalasse. Ver Draco assim, sem controle sobre suas emoções, fazia Harry compreende-lo, afinal, ele tinha filhos. Não queria mal deles - Eu sinto muito, mas era necessário que Scorpius contasse a verdade. Com o depoimento de Leon e do pai dele, tudo se encaixa perfeitamente. Seu filho será inocentado. Talvez, tenha a possibilidade de ir para um reformatório...- Draco fulminou com o olhar - Eu não posso controlar o que será decidido pelo júri, apenas garanto que com essas evidências, podemos salva-lo. Ainda mais pelo juramento que fez ao rapaz, Leon. Ele estava preso em uma situação difícil. Dê tempo a tempo, Malfoy.

Aquela conversa não acalmara em nada os animados de Draco, que apenas anuiu com a cabeça. O julgamento seria para dali duas semanas. Ele somente esperava que seu garoto não sofresse como ele um dia sofreu.

**

Três semanas depois

Rose não tivera mais notícias de Scorpius, depois que ele fora ao Ministério da Magia. Apenas uma carta do tio, pedindo paciência a ela, que esperasse o julgamento, pois Scorpius ficaria em casa, com sua mãe. Infelizmente, ela estava entrando em colapso. Não conseguia dormir, comer ou estudar. Seus amigos estavam preocupados. Cada um deles tentou ajuda-la como pode, principalmente Alvo. 

As notícias nos jornais não eram nada boas. Havia fotos de Adrian, o líder dos Dragões, aterrorizando a Londres Trouxa e Bruxa. E ao lado dele, David, seu sobrinho e amigo de Rose. Ela engoliu a seco, sem vontade de comer no Salão Principal. Infelizmente, outro jornal do Profeta Diário cairá sobre a mesa dela, com a vinda das corujas, trazendo o correio.

"Filho de ex-comensal, é levado a julgamento devido envolvimento com assassinato de uma trouxa, no subúrbio de Londres

O envolvimento do jovem Scorpius Malfoy, 17 anos, com o assassinato de uma trouxa trouxe comoção na câmara dos bruxos. De 25 jurados, 10 votaram a favor de inocenta-lo, por ter sido aliciado a entrar na seita que fora supostamente montada por Adrian, o atual líder dos Dragões, que vem aterrorizando o mundo bruxo e trouxa. Infelizmente, 15 jurados votaram contra a inocência do jovem Malfoy. Sua pena é branda, o que pode leva-lo a um reformatório, na Bulgária. Mais informações, na página 3..."

 

Rose se sentiu enjoada, de repente. Não havia ingerido nada, mas sentia que colocaria para fora tudo que continha dentro do estomago. As lágrimas vertiam incessantemente. O burburinho ecoou no salão, fazendo-a se sentir tonta. A última coisa que viu, fora Alvo vindo em sua direção, quando desmaiou. 

**

— Ela vai ficar bem? - perguntou Alvo, olhando para a prima, desacordada, na maca da enfermaria. 

Madame Pomfrey o fitou com um ar irritado.

— Claro que vai, meu rapaz. Agora, saia. Tenho muito trabalho a fazer.

— Nossa, como é educada - ele resmungou, se afastando para sair.

Não sem antes dar um beijo na testa da prima. Ai, então ele saiu. Merideth estava ao seu lado, silenciosa como uma freira, tão quieta, que isso assustou Alvo.

— O que você tem? - ele perguntou.

— Nada, eu só...- Foi então que viu como a garota parecia comovida - Eu gosto da Rose, sabe. Nunca disse isso, mas ela é uma das minhas melhores amigas nesse castelo.

— Ei, venha aqui - ele a puxou para um abraço, sem pensar nas consequências disso. Esperou um empurrão, um safanão, mas não recebeu nada disso. Ela apenas o abraçou de volta. 

Esperava muito que Scorpius saísse logo do reformatório. Não conseguia pensar em uma vida naquele castelo sem ele. E não conseguia pensar que Rose iria perder seu brilho, por não ter ele por perto. 

 


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