13 Anos atrás...

Monika POV

Diane- Então para além de já não fazer parte do time 10 também vou perder a minha amiga...

Naguiza- Sim... Nós já somos Jonins... E além disso cada uma já tem o seu caminho...

Ela disse isso olhando carinhosamente para a minha barriga.

Diane- Sim... A barriga já está a aumentar, em breve o meu afilhado nascerá.

Monika- Não sejas exagerada, ainda faltam 6 meses.

Liz- 6 meses passam rápido.

Monika- Diz a mulher que está ansiosa para o seu casamento que vai acontecer daqui a um mês.

Liz- Tu sabes que eu não consigo esperar.

Todas menos ela, estávamos com um sorriso nos lábios.

Liz- O que foi?

Todas- Liz- Sangue Tsubaki!

Nós caímos na gargalhada, é típico dela ficar entusiasmada, mas os Tsubakis são mesmo assim, ao menos os três que eu conheço...

Liz- Aff,  já faz 10 anos desde que nos conhecemos e vocês não param de falar isso...

Nós paramos de rir. Ela é muito bipolar e muito perigosa também. Mas é uma excelente amiga.

Naguiza- A propósito, precisas de ajuda para os detalhes finais?

Liz- Não, já está tudo pronto. Mas obrigada pela atenção *Sorriso*.

Lá está ela com o seu sorriso contagiante.

Diane- Bipolaridade é uma doença grave.

Liz- Oi?

Diane- Nada não...

Ninja da folha- Monika-Sama!

Monika- Sim?

Ninja da folha- O Hokage-Sama quer vê-la...

Monika- Está bem... Eu vou até ao escritório do Hokage meninas, vemo-nos amanhã!

Despedi, sem consciência nenhuma do que me esperava.

Quando eu cheguei no escritório do Hokage vi que ele estava preocupado.

Naruto- Oi Monika-Chan...

Monika- Olá Hokage-Sama... O senhor precisa de mim?

Naruto- Bem... *Suspiro* Senta-te.

Eu fiz o que ele pediu.

Naruto- Estás bem? Como vai o bebé? Tens ido às consultas?

Monika- Hokage-Sama... Eu sei que o senhor não me chamou aqui para isso... Aconteceu alguma coisa?

Naruto- *Suspiro* Monika-Chan, eu vou ser direto contigo... Os líderes do teu Clã querem que tu voltes.

Monika- Mas porquê? E logo agora.

Naruto- O Clã Ishida está em guerra com um grupo de shinobis que ninguém sabe quem são nem porquê que atacam os Clãs. Mas ao que parece eles são os mesmo que destruíram o Clã Matsuda, eu não sei o por quê deles quererem que voltes justo agora, mas talvez... Monika?

Senti o ar mais denso, o mesmo não entrava mais em meus pulmões.

Monika- E o meu irmão? E os meus tios? Os líderes...

Eu respirava fundo, estava a ter um ataque de pânico.

Naruto- Tem calma Monika... Monika... Monika!

Uma equipe médica entrou no escritório e não sei porquê, mas eu perdi a consciência...

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Quando acordei estava em um quarto de hospital. Aí a ficha caiu.

O meu Clã está a ser destruído e eu estou aqui sem fazer nada.

O Hokage-Sama sabia que eu podia reagir assim e por isso chamou uma equipe médica. No meu estado eu não podia alterar-me assim. E também não podia ajudar os membros do meu Clã. Mas eu não posso ficar aqui sem fazer nada...

???- Monika...

Monika- Haru...

Ele ficou do meu lado e segurou a minha mão.

Haru- Diz-me que estás bem...

Monika- Eu vou ficar melhor quando chegarmos no Clã Ishida...

Haru- Não faças isso, eu posso ir para lá ajudar, mas tu não podes, especialmente agora...

Monika- Um Clã tão forte quanto o Clã Matsuda caiu por culpa deles... O nosso Clã não vai aguentar Haru... Eu não vou suportar saber que eu podia ter feito algo e não o fiz...

Haru- Monika... Pensa no nosso filho, fica aqui e cuida dele, eu e o Shiro vamos para lá...

Monika- Eu lamento imenso, mas já tomei a minha decisão.

Ele suspirou derrotado. Quando eu ponho algo na cabeça ninguém me faz mudar de ideias.

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Quando saí do hospital pedi autorização ao Hokage-Sama para voltar ao país das rochas. Foi lá onde eu nasci e foi lá onde eu vivi antes do meu pai morrer e a minha mãe decidir que queria voltar para Konoha.

No início o Hokage-Sama e as minhas amigas tentaram me convencer a ficar, mas se nem o Haru conseguiu convencer-me do contrário então mais ninguém conseguiria. O meu Clã precisa de mim e eles entenderam isso, por isso deixaram-me ir.

A Liz ficou chateada porque eu não ia estar aqui no dia do seu casamento, mas ela entendeu que eu precisava partir.

Diane/Kikyou- Estás pronta?

Monika- Sim!

Quem disse que o Hokage-Sama ia deixar eu ir assim?

A Diane, a Kikyou, o Haru e o Shiro também vão comigo.

A Diane, porque ela é uma excelente ninja médica. A Kikyou, porque ela é muito boa em selos e podia me ajudar caso eu perdesse o controlo. O Shiro vai porque ele é um Ishida, nunca fui muito amiga dele, mas ele é boa pessoa e está noivo da Diane. E o Haru vai porque ele também pertence ao Clã Ishida e porque ele é o meu marido e jurou estar ao meu lado sempre. Mas só vamos nós os cinco porque eu não aceitei mais pessoas.

Estava tudo certo, quando chegamos lá conseguimos ajudar todos os sobreviventes. E decidimos ficar lá pelo menos até o Clã voltar a ser o que era, mas o meu mundo caiu em ruínas em apenas um dia.

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Em Outubro nós descobrimos que a Diane estava grávida e em Novembro o meu filho nasceu.

No dia 7 de Novembro, o meu pequeno Akira nasceu.

Tão pequeno, tão fraco, tão vulnerável. Tudo o que eu queria era protegê-lo.

O Haru chorou nesse dia, o que era algo bem raro, além disso ele tornou-se um pai super protetor.

Mas depois de um tempo tudo aconteceu...

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No dia 12 de Abril o grupo voltou a atacar, mas dessa vez eles trouxeram uma arma poderosa.

Para o nosso azar eles tinham a Bijuu de duas caudas. E em apenas alguns minutos tudo estava destruído.

Todos estavam no chão, inclusive eu.

Monika- Haru... Akira...

Eu não sentia o chakra do Haru e do Shiro, eu não sentia o chakra do meu irmão...

Eu apenas sentia o chakra da Diane e da Kikyou, mas eles ficavam cada vez mais fracos...

Elas estavam a morrer...

Deixei a minha dor e a minha raiva tomarem conta de mim e perdi o controle.

Era impossível, eles não podiam estar mortos, não agora que estava tudo tão perfeito...

Mas a realidade era cruel demais...

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Uma melodia estranha invadiu os meus ouvidos, e quando recuperei vi que não havia rastros do Nibi, nem de ninguém. Aquilo estava totalmente deserto, nem um corpo foi encontrado. Procurei por sobreviventes. Mas não encontrei nem a Diane e nem a Kikyou, que eram as únicas que ainda podiam estar vivas...

Caí de joelhos e voltei a chorar.

Eu não podia ter perdido tudo tão de repente...

Monika- Haru... Akira... Akira!

Eu sentia-me cada vez pior.

»Kokuou- Concentra-te, está um bebê a chorar...«

Monika- U-Um bebê... Akira!

Corri que nem uma louca enquanto procurava por ele, mas realmente não havia ninguém ao redor.

Monika- Akira...

Dessa vez eu consegui ouvi-lo, parecia que vinha do solo, mas era impossível... A não ser...

Flashback ON

Monika- Haru, o que vamos fazer? Por quê que tu me chamaste para treinar assim tão de repente?

Haru- O Shiro está em uma missão e o Subaru está ocupado com os assuntos do Clã...

Limitou-se em responder.

Ele sempre foi assim, e por não falar muito me deixava sempre curiosa.

Quando dei por mim estava perdida nos olhos tão idênticos aos meus...

Os cabelos castanhos rebeldes...

O pequeno sorriso que ele dá quando eu coro...

Haru- Monika?...

Ele estava perto e com a mão na minha testa.

Monika- O-O que foi?...

Haru- Chamei por ti algumas vezes mas tu não respondeste... Estas bem? Queres que eu te leve ao hospital?

Monika- Não Haru... Eu estou bem...

De certeza que eu corei e ele riu.

Haru- Como eu ia dizendo, preciso que tu me ataques.

Monika- Porquê?

Haru- Eu estou a aperfeiçoar o meu escudo, mas nos últimos dias reparei que os ataques do Subaru já não são um desafio para mim...

Monika- Então...

Haru- Quero que me ataques até a exaustão, não tenhas piedade de mim está bem?

Monika- Sim...

E começamos o treino.

No final do dia ele estava exausto e eu estava com medo de o ter magoado.

Monika- Vamos parar por aqui...

Ele abanou a cabeça concordando comigo e sentou-se no chão.

Monika- Tu estás bem Haru?

Haru- Eu vou ficar bem...

Respirava fundo.

Haru- Amanhã... Podemos treinar juntos outra vez?

Monika- Sim... Mas eu ainda não entendi o objetivo desse treino...

Talvez por passar o tempo todo a admirá-lo...

Haru- O objetivo não é apenas fazer um escudo subterrâneo forte...

Ele fazia escudos que pareciam o solo...

Haru- ... Além disso, eu quero fazer um escudo maior...

Monika- O quão grande e forte tem que ser?

Haru- Não sei...

Monika- E se for o suficiente para proteger cem homens?

Haru- E o suficiente para impedir uma bomba Bijuu...

Monika- Isso é impossível!

Haru- Se eu não tentar será realmente impossível...

Monika- Hum... Tens razão... Mas não tentes uma coisa dessas está bem?

Haru- Vai depender...

Monika- Do quê?

Haru- Do momento...

Flashback OFF

Monika- *Sussurro* Um escudo subterrâneo capaz de proteger cem homens...

Lembrei do momento em que o Haru pediu para que todos baixassem segundos antes do Nibi atacar...

O chakra dele havia drenado tão de repente...

Ajoelhei e senti que o solo era diferente.

Monika- É aqui...

Bati várias vezes mas o solo não sofria nenhuma alteração, o que provava que era um escudo feito pelo Haru...

Ele realmente parou uma bomba Bijuu, mas a que preço?

Lembrei o que a Liz um dia disse...

“O escudo do Haru pode ser forte, mas um pequeno desequilíbrio na corrente de chakra que o envolve pode danificá-lo!”

E foi isso que eu fiz, apesar de não ter sido um pequeno desequilíbrio eu consegui quebrá-lo.

E lá estavam eles.

O Haru abraçando o Akira enquanto ele chorava.

Peguei-o no colo e ele parou de chorar.

Monika- Tu conseguiste Haru...

Pouquíssimas pessoas estavam vivas graças a ele... Mas ele não...

Agora eu só tinha o Akira, e eu ia protegê-lo com a minha vida.

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Não voltei para Konoha, não fui capaz, por minha culpa eles estavam mortos.

Se eu não tivesse insistido em vir...

Se eu não aceitasse ficar...

Se eu fosse mais forte...

O meu coração estava quebrado.

Perdi todos que eu amava por puro egoísmo.

Mas isso não ia ficar assim.

Eu iria vingar-me deles, nem que tivesse que desonrar os meus princípios.

E foi isso que eu fiz.

Eu conheci dois idosos muito amáveis que também sobreviveram graças ao Haru, eles deram um teto para mim e para o meu filho. E eu sou eternamente grata a eles. O Akira já tinha 1 ano quando eu descobri mais sobre aqueles desgraçados que atacaram o meu Clã.

Então, quando consegui a localização deles eu o fiz.

Eu os ataquei sem dó nem piedade e o Kokuou ajudou-me.

Ele sempre foi meu companheiro, sempre esteve do meu lado e me entendeu, nós nos entendiamos tão bem que parecia que não vivemos um sem o outro. Mas isso está certo, sem ele eu não vivo e é por isso que o meu mundo ruiu.

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Eu tinha acabado de chegar em casa e fui recebida pelo meu pequeno anjo.

Ele já tinha 4 anos e  era extraordinariamente quieto. Não o culpo, afinal ele é meu filho.

Ele tem olhos cinzas e cabelos castanhos, mas não era para admirar afinal, isso é típico dos Ishidas e eu e o Haru éramos do mesmo Clã por isso não ia mudar muito.

Akira- Boa noite mamã!

Cumprimentou com um sorriso nos lábios e com as bochechas coradas. Ele era tão fofo!

A Baa-San já me disse para voltar para Konoha, mas com que cara eu voltaria?

Fiquei a saber que aconteceu uma catástrofe à 3 anos.

E mais uma vez eu não estava lá para ajudar. Eu sou uma péssima pessoa. A única coisa que eu mereço é ficar longe de Konoha...

Eu me sentia tão culpada...

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Já era tarde da noite e eu estava acordada. A insônia me perseguia desde que saí de Konoha, mas hoje em particular eu estava com um mal pressentimento.

Saí para apanhar um pouco de ar. Estava tudo bem até eu ouvir alguém chamar por mim.

Eu virei surpresa e vi uma mulher com uma capa vermelha com capuz.

Monika- Quem és tu?

Ela não disse nada, simplesmente começou a tocar uma flauta.

Essa flauta e essa melodia...